Tudo
cai! Tudo tomba! Derrocada
Pavorosa!
Não sei onde era dantes.
Meu
solar, meus palácios, meus mirantes!
Não
sei de nada, Deus, não sei de nada!...
Passa
em tropel febril a cavalgada
Das
paixões e loucuras triunfantes!
Rasgam-se
as sedas, quebram-se os diamantes!
Não
tenho nada, Deus, não tenho nada!...
Pesadelos
de insônia, ébrios de anseio!
Loucura
de esboçar-se, a enegrecer
Cada
vez mais as trevas do meu seio!
Ó
pavoroso mal de ser sozinha!
Ó
pavoroso e atroz mal de trazer
Tantas
almas a rir dentro de mim!