(1859 - 1906)

Físico francês nascido em Paris, que com a esposa formou o mais brilhante
casal de pesquisadores da história, o casal Curie. O pai, um médico
apaixonado pela matemática, desempenhou papel fundamental em sua formação
científica, incentivando-o nos estudos de geometria espacial, disciplina para a
qual demonstrava grande aptidão. Aos 18 anos formou-se em ciências e ocupou o
cargo de pesquisador de laboratório na Sorbonne. Ali conheceu a polonesa Marie,
com quem se casou (1895), mesmo ano em que obteve o grau de doutor defendendo
uma tese sobre eletromagnetismo. O casal Curie formou uma notável
parceria e fez grandes descobertas. Dois anos depois da descoberta da radioatividade
por Antoine Henri Becquerel, ele e sua mulher, criadores do
termo radioatividade, trabalhando em um modestíssimo laboratório da
Escola de Física e Química de Paris, onde ensinava física, encontraram fontes
radiativas muito mais fortes que o urânio: um eles chamaram de polônio
em homenagem a Polônia e o outro de rádio assim chamado depois que o
casal Curie constatou nesse elemento o fenômeno físico descrito por Becquerel
(1896) e que ele chamou radioatividade, ambos de importância fundamental
no grande avanço que seus estudos imprimiram ao conhecimento da estrutura da
matéria.
Isolaram o rádio e o polônio e verificaram que o rádio era tão
potente que podia provocar ferimentos sérios e até fatais nas pessoas que dele
se aproximassem. Nas pesquisas dos Curie, ele dedicava-se ao estudo da
radioatividade e Marie se ocupava dos tratamentos químicos, particularmente no
da pechblenda ou uraninita, mineral no qual havia sido detectada
uma radioatividade superior à do urânio puro.
Os trabalhos de pesquisa do
casal tornaram possível o aproveitamento das propriedades radioativas dos
elementos químicos e a criação de tecnologias relacionadas ao uso dos raios X
e da energia nuclear. Dividiram o Prêmio Nobel de Física (1904) com Becquerel,
por seus trabalhos com radioatividade. Ingressou na Academia de Ciências (1905)
e uno depois (19/04/1906) morreu atropelado em Paris, ao sair de um almoço na
Associação de Professores da Faculdade de Ciências. Entre suas obras escritas
as mais importantes foram: Investigações sobre as propriedades magnéticas
do aço temperado, Pesquisas sobre as substâncias radioativas, A
isotopia e os elementos isótopos e Tratado da radioatividade.
Voltar ao topo |