Notícias de Dezembro 1999

31/12

Capeta sem modéstia
(fonte: Lance!)

De um jogador premiado pela CBF como o melhor do Brasileiro, o que se espera é ouvir que "tenho de manter a humildade", ou "outros jogadores também mereceram" etc. Acontece que Edílson não é um jogador comum. E não só pelo que faz dentro de campo.

– Ano passado, eu fiz 15 gols. Nesse, só cinco. Todo mundo queria ser eleito o melhor jogador do Campeonato. Na minha opinião, eu mereci ser o melhor. O gol é conseqüência. Nem sempre o melhor é aquele que faz o gol. Eu não fiz muitos gols esse ano. Mas dei muitos passes, fiz jogadas bonitas, ajudei muito o time a ser campeão – diz o Capetinha, na maior naturalidade.

No ano passado, ele também foi escolhido pela revista "Placar" como o melhor do Campeonato, ganhando o prêmio Bola de Ouro. Mas nem o técnico Oswaldo de Oliveira conseguiu elogiar mais seu jogador:

– Pode ser que tenha sido merecido, você olhar para atrás e achar que o neguinho foi o melhor mesmo. Mas é igual a escolher uma miss num concurso para se casar. Todas são bonitas – compara o treinador.

O baiano Edílson não é uma pessoa preocupada com o que as pessoas vão achar de suas declarações. Nunca foi muito preocupado, também, em construir imagem de santo. Mas sabe que hoje já é visto de uma forma muito mais séria do que em tempos atrás. Tanto que aposta na Seleção em 2000.

– Os tumultos que tive na minha carreira hoje só me ajudam. As coisas que eu fazia antes, não faço mais. Na época do Palmeiras, o Evair me disse que eu seria outro jogador quando tivesse 28 anos. Hoje, vejo que ele tinha razão – conta, , aos 28, crente que as embaixadinhas contra o Verdão e todos os problemas que teve com Wanderley Luxemburgo já saíram da cabeça do treinador.

– Em 98 ganhei a Bola de Ouro. Nesse, fui eleito o melhor pela CBF. Só falta a Seleção. Tenho muita fé que nesse ano pinte uma vaguinha.

Romeu foi embora do Timão
(fonte: Lance!)

O torcedor tem a impressão de que ele foi embora há muito tempo. Mas só agora o cabeça-de-área Romeu foi negociado. Liberado pelo Timão, acertou com o Regiana, da segunda divisão da Itália. Romeu chegou em 97, comprado por R$ 2,5 milhões do Goiás. Seria o substituto de Zé Elias. Titular em seu primeiro ano, foi sumindo até ficar apenas treinando no Parque.

Expresso Rio-São Paulo
(fonte: Lance!)

Maurício, Índio, Batata, Nenê e Augusto; Gilmar, Marcos Senna, Edu e Luiz Mário; Fernando Baiano e Dinei. Augusto ainda pode ser negociado com o Botafogo, Adílson perder a posição no time titular para Nenê por estar fora de forma e entrar nesta lista. Mas, salvo uma ou duas mudanças, será esta a escalação que vai defender as cores do Timão no Rio-São Paulo de 2000.

Depois do Mundial, que acaba dia 14, os principais jogadores terão merecidas férias. Não serão de um mês (haverá compensação no meio do ano), mas nenhuma das cobras do Timão vai jogar a competição com os clubes cariocas. Até porque vão voltar das férias para fazer pré-temporada e o Rio-São Paulo estará em andamento.

– Vamos colocar no computador para ver os que mais jogaram em 99. Incluindo os que chegaram no meio do ano e tiveram um primeiro semestre desgastante em seus clubes ou que defenderam a Seleção em muitos jogos. Estes vão dar uma parada – diz Oswaldo.

Desta vez, o Corinthians não vai repetir o erro que cometeu em janeiro de 99, colocando em campo os jogadores que voltavam de férias e em trabalho de preparação física para o ano. Quem não se lembra da campanha (seis jogos, uma vitória, quatro derrotas, seis gols feitos e 16 tomados)? Com o dinheiro da Hicks Muse para montar dois times, nem a multa pela escalação de reservas no torneio preocupa.

– Passar no sinal vermelho às 4h da manhã também dá multa. Mas entre levar uma multa a ser assaltado, eu prefiro levar uma multa – afirma Oswaldo, ele que assumia a equipe em janeiro pela primeira vez. E já encarava a fogueira de colocar um time despreparado em campo. As derrotas foram tão fortes que até entregou o cargo. Risco que o Timão não corre em 2000. Afinal, levar uma goleada de 6 a 1 do Botafogo como aconteceu com os titulares é uma coisa, mesmo com eles fora de forma. Perder com os reservas é outra.

– Vai ser importante colocar esses caras para jogar, para terem ritmo de jogo. Quando precisar deles em uma emergência, estarei mais à vontade para usá-los – diz o treinador, deixando claro que, num semestre que tem Copa do Brasil, Paulista e Libertadores, Rio-São Paulo não pode ser emergência. O Timão aprendeu com a experiência de 99.

Outros nomes que serão utilizados no Rio-São Paulo são Ewerthon, melhor jogador da Copa São Paulo de 99, e Andrezinho. Os dois jogam a Copinha deste ano e depois se integram ao grupo do Rio-São Paulo.

Pouca procura por ingressos
(fonte: Gazeta Esportiva)

Foi fraca a procura de ingressos ontem para o jogo do Corinthians contra o Raja Casablanca, de Marrocos, no próximo dia 5. No Pacaembu poucas pessoas formaram fila e no Parque São Jorge quase não havia movimento. Estima-se que os cerca de 59 mil ingressos se esgotem somente próximo ao jogo.
Apesar do pouco movimento, a polícia permaneceu em alerta. A torcida ficou revoltada por não poder comprar antecipadamente ingressos para outros jogos do Mundial, especialmente para o jogo contra o Real Madrid, da Espanha. Não houve tumultos.

O grande ano de Ricardinho
(fonte: Gazeta Esportiva)

De reserva no começo do ano a um dos jogadores mais importantes na conquista do terceiro título do Campeonato Brasileiro. Assim foi 1999 para o meia Ricardinho, que considera o ano como o melhor de sua carreira. As explicações para tanto sucesso são muitas. “Quando voltei da França, no meio de 98, tive que me readaptar ao futebol brasileiro. Nesse ano, mais adaptado e entrosado com os companheiros, pude mostra todo o meu futebol”, afirmou.
Outro ponto que colaborou muito para conseguir destaque no Brasil, segundo Ricardinho, foi sua família. “O lado pessoal ajuda muito o profissional nessas horas. Minha família está unida e estou contente com o nascimento do meu filho, que será no meio de janeiro”, explicou.
Sobre Seleção Brasileira, o meia corintiano garante que está tranquilo. “Não fico muito preocupado com essas coisas. Claro que quero ser convocado para a Seleção. O que tenho que fazer é trabalhar com dedicação. O Luxemburgo é um grande treinador e já conhece o meu potencial”, comentou o jogador, que foi eleito pela CBF para a seleção do Campeonato Brasileiro.

Corinthians liberou geral
(fonte: Gazeta Esportiva)

Liberou geral no Corinthians. E nada de saber sobre futebol. Essas são as ordens no Timão para as festas de Ano Novo, mesmo com a proximidade do Mundial de Clubes da Fifa. Os jogadores e comissão técnica garantem que aproveitarão ao máximo os dois dias de folga antes do início da competição mais importante da história do clube.
“Vamos ter mais uns dias de descanso. Vou aproveitar bastante para curtir a família em Curitiba e, depois, entrar com tudo para a disputa do Mundial”, afirmou o meia Ricardinho. “Estamos motivados para a competição importante que teremos pela frente, mas vou relaxar bastante nesses dias”, comentou Rincón.
A comissão técnica do Timão não criou nenhum obstáculo para os jogadores nas festividades. “Não temos como segurá-los, depois de jogarem 80 vezes e passarem 200 dias em concentração nesse ano. Podem beber e comer à vontade. É melhor perder um pouco da parte física e estar bem na parte psicológica, na cabeça”, explicou o preparador físico Antônio Mello.
O treinador Oswaldo de Oliveira, que passará o Ano Novo com a família no Rio de Janeiro, contou que já pediu um relatório de todos os jogos de 99 para começar a organizar as férias. “Vou olhar todos os dados de cada um. Minutos jogados, partidas disputadas. Quem atuou mais, terá mais tempo de descanso”, disse o técnico, que irá considerar casos de jogadores como Luizão e João Carlos, vindos de outros clubes no meio do ano.
Renovações - A diretoria aproveitou o último dia de trabalho de 99 para resolver as situações de dois jogadores. O zagueiro Márcio Costa teve o passe comprado definitivamente do Fluminense e já renovou contrato por mais dois anos. O volante Gilmar também renovou seu compromisso com o clube por mais duas temporadas. “Assinei contrato hoje (ontem). Joguei nas finais do Brasileirão e o pessoal viu que me esforcei bastante nas partidas. Isso ajudou muito”, afirmou o Fubá.

30/12

Traje de gala sem uruca
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Corinthians apresentou ontem mais uma novidade para o Mundial de Clubes da Fifa. Não se trata de um reforço para o elenco, mas, sim, da nova camisa, desenvolvido pela Topper para a disputa da competição internacional. O primeiro uniforme será todo branco, com recortes em preto, enquanto o segundo será o inverso. O distintivo do clube terá a terceira estrela da conquista do Brasileirão e ficará centralizado, deixando de ficar do lado esquerdo do peito do jogador.
A estréia da nova camisa está marcada para o jogo contra o Raja Casablanca, dia 5, no Morumbi. Além dos marroquinos, o Timão terá de enfrentar a sina de sempre perder quando lança um uniforme. Um exemplo aconteceu na primeira partida da Copa Mercosul deste ano, contra o Independiente, no Pacaembu. O clube estreou um uniforme preto, cinza e amarelo e perdeu por 2 a 1, de virada. “Isso não tem nada a ver. O negócio é jogar bola. O Corinthians é abençoado. A gente que vai fazer a sorte acontecer nesse Mundial de Clubes”, disse o meia Marcelinho. “A superstição não conta nada nessas horas. Vamos provar nesse Campeonato Mundial que não temos azar com isso e nem somos um time caseiro”, garantiu o zagueiro João Carlos.
O atacante Edílson elogiou muito o novo modelo. “A camisa é moderna. Não tem gola e tem o mesmo tipo do Barcelona, da Seleção Brasileira, ou seja, só grandes times”, afirmou o Capetinha.
O novo uniforme foi feito com a mais moderna tecnologia em confecção de camisas pela Topper. O tecido em microfibra permite que o suor provocado pela atividade física se espalhe por uma área maior que nos uniformes convencionais, propiciando uma evaporação mais rápida.

Jogadores treinam de manhã e viajam à tarde
(fonte: Gazeta Esportiva)

Hoje é dia de correria nos aeroportos para os jogadores do Corinthians. O elenco treina de manhã no Parque São Jorge e, logo em seguida, será liberado para as festas de fim de ano.
A maioria dos jogadores está com passagens de avião marcadas para o período da tarde. O atacante Edílson viaja para Salvador, Ricardinho se encontra com a família em Curitiba e o zagueiro João Carlos vai até Belo Horizonte. Por causa dos problemas de passagens nessa época, a diretoria procurou ajudar os jogadores.
Quem não tem problema são os cariocas Marcelinho, Márcio Costa, Oswaldo de Oliveira e Antônio Mello. Passagens da ponte aérea para o Rio são mais fáceis de ser encontradas.

César Prates acerta com Sporting Lisboa
(fonte: Gazeta Esportiva)

O lateral-direito César Prates foi o primeiro a sair do Corinthians depois da conquista do Brasileirão. O jogador acertou ontem com o Sporting Lisboa para a continuação da temporada 1999-2000 do Campeonato Português.
César Prates não foi inscrito para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa. O lateral ficará no Sporting até o final da temporada e tem o passe fixado em US$ 1,5 milhão.
O próximo que deverá sair do Timão é o zagueiro Luciano, que também não está no elenco inscrito para a disputa do Mundial de Clubes. Enquanto espera uma proposta, o jogador treinará no clube até o dia 31 de janeiro, quando termina seu compromisso contratual com o Corinthians.

Edílson sai em defesa do amigo
(fonte: Gazeta Esportiva)

O atacante Edílson fez questão de defender o amigo Vampeta com relação à indefinição sobre a situação do volante no Corinthians. “Converso com o Vampeta de dez em dez minutos. Ele está resolvendo problemas ligados somente a ele e ninguém tem que se intrometer com isso. O Vampeta é quem vai resolver essa situação, sozinho”, disse.
O Capetinha contou ainda que não há nada de verdade sobre as especulações de que ele estaria sendo sondado por representantes do Celta de Vigo, da Espanha. “Não sei de nada sobre esse assunto. Não tenho empresário e quem cuida de negociações sou eu mesmo. Não fui procurado por ninguém de lá até agora”, garantiu o atacante corintiano.

Vampeta vira novela
(fonte: Gazeta Esportiva)

Assim como o colombiano Rincón, o caso Vampeta está virando novela no Corinthians. O jogador teria que se reapresentar ontem à tarde no Parque São Jorge, mas não apareceu e deixou dúvidas sobre sua situação no clube. “Ele me ligou ontem (terça) à noite e disse que estava resolvendo uma pendência contratual. Garantiu que se apresenta no domingo”, disse o treinador Oswaldo de Oliveira.
Como o técnico afirmou, o volante ficou na Bahia e mandou seu procurador, Reinaldo Pitta, para conversar com os dirigentes corintianos. O diretor de futebol, José Roberto Guimarães, ressaltou que a situação de Vampeta será definida depois do Mundial. “Tive uma conversa com o Pitta e acertamos que tudo será resolvido após o Mundial. Ele se apresenta domingo e treina normalmente”, contou.
O procurador do jogador comentou que Vampeta está disposto a permanecer no Corinthians, mas que tem uma proposta de um clube europeu. “Estou representando uma equipe da Europa e tenho uma proposta pelo Vampeta. Ele quer ficar aqui, mas tem de aproveitar o bom momento por que passa”, afirmou.
Reinaldo Pitta revelou que o Corinthians não está devendo os 15% referentes à compra do passe de Vampeta junto ao Banco Excel Econômico. “O clube não deve nada para o jogador. Ficou acordado que, se acontecer uma nova transferência, aí sim o jogador teria direito a alguma coisa”, disse o procurador do volante.

Timão espiona os azarões
(fonte: Lance!)

Cuidado com os azarões. Real Madrid é o bicho papão, mas Al-Nasser e Raja Casablanca serão garantias de encrenca. Quem avisa é Oswaldo de Oliveira, com a experiência de quem trabalhou mais de 15 anos no Catar, e enfrentou por duas vezes o Al Nasser nos anos 80, como preparador-físico do Al Arabi. Hoje, está longe de conhecer o time árabe, mas sabe que será pedreira.

– Eles jogam em condições bem mais desfavoráveis na terra deles do que o verão brasileiro. Além disso, estão habituados a este tipo de competição. Lá, são seis ou oito times em duas chaves, cada uma em uma cidade, com jogos a cada dois dias – conta o treinador.

– Pelo que conheço do povo, a motivação está lá em cima. Enfrentar um mega time como o Real, para eles é a glória. Têm os mesmos canais por cabo que nós, acompanham o futebol do mundo todo.

Oswaldo conta que há muito não vê o Al Nasser jogar. Mas sua preocupação maior é com os marroquinos do Raja. Ontem, o auxiliar Edson Cegonha estava no Maracanã para o amistoso com o Vasco.

– Teremos tempo de observar o Al Nasser, é nosso último jogo, até lá vamos saber como jogam. Mas, com o Raja, estou mais preocupado, porque nunca vimos. E não é porque eu não conheço que eles não são bons – afirma.

O técnico espera ansiosamente pela fita de vídeo com o jogo do Raja contra o Esperance, da Tunísia, que definiu a vaga para o Mundial. Depois, começa a preparar o Timão de acordo com o adversário. Hoje, ninguém vai a Águas de Lindóia assistir aos árabes contra os juniores do Juventus.

– Não é o Juventus quem vai me dar noção do poder do Al-Nasser – justifica Oswaldo.

– Os outros times estão jogando, mas nós não precisamos de ritmo. Estamos fazendo um trabalho geral, de tomada de bola, chutes a gol, fundamentos. Ainda não fizemos treinos específicos para os jogos porque não conhecemos os adversários – fala Oswaldo.

29/12

Timão pede água em janeiro
(fonte: Gazeta Esportiva)

Os jogadores do Corinthians só querem saber de uma coisa depois do Mundial de Clubes da Fifa: férias. O elenco está desgastado física e psicologicamente após disputar 83 jogos em 1999 e vai pedir água quando acabar a competição internacional. “Acredito que deveremos ter férias depois da disputa do Mundial de Clubes. Todo trabalhador tem direito a um mês de descanso”, disse o atacante Luizão.
O problema dos dirigentes e da comissão técnica é que, logo após o Mundial, o Timão disputará o Torneio Rio-São Paulo. O mais provável é que os jogadores que atuaram mais vezes em 99 sejam liberados e os reservas, com alguns juniores, disputem a competição.
Luizão, um dos que deverão ganhar um descanso, não está dando nenhuma bola para o Rio-São Paulo. “Acho que nem deveria acontecer esse torneio. Ninguém lembra quem foi o último campeão”, comentou o atacante.
O meia Marcelinho quer saber somente de Mundial, mas também acredita que terá um descanso. “Nosso pensamento está voltado agora apenas para a disputa do Mundial. Estamos num momento bom, depois de ganhar o Paulistão e o Brasileirão, e temos de aproveitar isso”, afirmou. “As férias, deixamos para depois”.
A justificativa de Marcelinho é que o título internacional seria uma forma de acabar com o estigma que o Corinthians carrega de ser uma equipe caseira. “É a nossa chance de acabar com isso. Temos de jogar tudo, já que poderemos entrar para a história do clube”, contou o meia. A diretoria do Timão anunciou que conversará na semana que vem com o elenco para definir como serão as férias. “Vamos definir, em conjunto com a comissão técnica, essa situação. Deverá acontecer um escalonamento. As premiações para o Mundial também serão discutidas”, disse José Roberto Guimarães.

Caso Flamengo deixa Rincón estressado
(fonte: Gazeta Esportiva)

O meia Rincón não agüenta mais ouvir notícias de que vai se transferir para o Flamengo depois do Mundial de Clubes da Fifa, em janeiro. O colombiano fez um desabafo ontem e confessou que está chateado com o que estão dizendo sobre esse assunto. “Estou triste com as inverdades que estão dizendo a meu respeito. Até já me chamaram de mercenário, mas as coisas não são bem assim”, afirmou o jogador.
Assim como na semana passada, Rincón confirmou que não conversou com ninguém do Flamengo. “Não falei com nenhuma pessoa de lá ou de qualquer outro clube”, disse. No Rio de Janeiro, no entanto, já dão como certa a ida do colombiano para a equipe rubro-negra carioca.
O que o meia garante é que fica no Corinthians até o final de seu contrato, em julho de 2001. “Tenho um compromisso com o Corinthians e vou cumpri-lo até o final. Assinei um contrato com o clube para isso”, contou Rincón.
O diretor de futebol do Corinthians, José Roberto Guimarães, dá suporte às declarações do colombiano. “Ele não falou nada para mim sobre o Flamengo. Inclusive, o Gilmar Rinaldi (gerente de futebol do clube carioca), deu uma entrevista dizendo que não existe nada do Flamengo com o Rincón”, disse o dirigente.
O Corinthians chegou a solicitar um fax ao Flamengo confirmando o interesse pelo jogador, mas até agora não recebeu nenhum documento.

Motivação é a palavra de ordem
(fonte: Gazeta Esportiva)

Os jogadores tiveram apenas quatro dias de folga depois da conquista do Brasileirão, mas o preparador físico Antônio Mello garante que o time estará no ponto para o Mundial de Clubes da Fifa. Além da parte física, a motivação está sendo o combustível para os atletas. “Estamos trabalhando para dar motivação aos jogadores. Nesse momento, o lado físico está bom e temos que manter todos motivados para ganhar o Mundial”, disse. “O surpreendente é que todos estão demonstrando isso nos treinamentos. Por isso, estou confiante para a competição”.
Mello ressalta que não tem como segurar os jogadores nas festas de fim de ano. “Vou ser sincero. Um cara fica 200 dias concentrado no ano e agora tem mais é que se soltar. Não adianta preservar a parte física e não ter a cabeça em ordem. Então, melhor é aproveitar bastante essas festas”, disse o preparador físico.

Tempo de renovar
(fonte: Gazeta Esportiva)

Com a conquista do Campeonato Brasileiro, o Corinthians aproveita o pouco tempo de folga até o Mundial de Clubes para arrumar a casa com relação a renovações de contrato. Vampeta é o primeiro a puxar a fila. O volante, que ainda está resolvendo problemas particulares na Bahia, se reapresenta hoje à tarde e começa a negociar um novo contrato com a diretoria.
“O caso do Vampeta já é antigo e vem se arrastando desde o Paulistão. Discutiremos um novo contrato e uma proposta que ele recebeu do empresário Reinaldo Pitta. O jogador tem, também, um direito retroativo de 15%, referentes aos US$ 5 milhões pagos pelo Banco Excel Econômico”, disse José Roberto Guimarães.
Outros casos pendentes são de Márcio Costa e Gilmar. O zagueiro está sendo adquirido definitivamente do Fluminense e o volante está em negociações para renovar o contrato. “Os dois estão conversando com a gente, mas não serão problemas para o Corinthians”, afirmou Zé Roberto.

Hicks estipula em US$ 20 milhões o passe de Vampeta
(fonte: Lance!)

Vampeta tem preço. Por US$ 20 milhões de dólares, a Hicks Muse aceita vender o jogador que contratou por US$ 5 milhões em junho. Essa não é uma posição oficial da Hicks Muse, mas a opinião de uma das pessoas mais fortes da parceria que dirige o futebol do Corinthians.

Para se chegar ao valor de R$ 20 milhões, foi levado em conta os US$ 15 milhões que o São Paulo espera arrecadar com a venda de França, jogador que os corintianos acreditam ter menos mercado que Vampeta.

– Se houver mesmo uma oferta de peso, fica difícil segurar o Vampeta, mas até agora não recebemos propostas oficiais de clubes. Por isso, acho que o Vampeta não sairá – diz Zé Roberto Guimarães, diretor de futebol.

A Hicks Muse, segundo Zé Roberto, tem apenas uma oferta oficial por Vampeta, mas não a levou em consideração.

– Recebemos uma oferta da empresa do Reinaldo Pita e do Alexandre Martins, que são os empresários do Vampeta, mas não se fala em números e nem qual é o time interessado.

O interesse da Hicks Muse é ficar com Vampeta. Para isso, promete um bom dinheiro ao jogador.

– Ele tem direito a US$ 750 mi, relativos aos 15% do valor do seu passe. Vai receber integralmente, não precisa se preocupar. Também será acertado um novo salário, com valor retroativo a junho.

Vampeta recebe R$ 30 mil e, se ficar, passará a receber R$ 120 mil, como Marcelinho e Edíson. A diferença de R$ 90 mil, desde junho, significa mais R$ 630 mil no bolso do craque. Se ficasse no Corinthians, Vampeta receberia, então, um total de R$ 2 milhões, aproximadamente.

Zé Roberto Guimarães não acredita na saída de Rincón.

– Ele tem contrato até junho do ano que vem, e quem conhece o modo do Rincón trabalhar sabe que ele não iria forçar um rompimento. E ele nunca se deu tão bem em um clube como no Corinthians. Pensando nisso e no fato de não termos recebido uma oferta oficial, acho muito difícil que ele deixe o time.

Marcelinho quer a glória
(fonte: Lance!)

Marcelinho está cansado. Cansado de ver os companheiros reclamando de cansaço e de estresse pelo acúmulo de jogos.

– Não podemos nem falar nisso. O Mundial não pode ser considerado como um sacrifício para os jogadores. Muito pelo contrário. É um prazer disputar uma competição como essa. Se formos campeões, vamos acabar com a fama ruim do Corinthians de não ganhar competições internacionais e estaremos também na história do clube. Isso é o que importa.

Depois do Mundial, a folga.

– Pois é. Todo mundo vai ter o descanso normal, é só jogar um pouco mais – diz o jogador.

Rincón também não vê a hora das férias.

– Vou tirar todo o tempo que eu tenho direito.

No Rio– São Paulo, estarão os jogadores contratados de junho para cá, ainda sem direito a férias. Dida, Luiz Mário, Marcos Senna, Adílson, Fábio Luciano, Daniel e juniores como Marcelo.

Ordem é apertar o Real
(fonte: Lance!)

Edson Cegonha, auxiliar técnico de Oswaldo de Oliveira, respeita muito o Real Madrid, adversário no Mundial de Clubes, mas não considera o time espanhol perfeito. Mais do que isso, vê defeitos que podem ser bem aproveitados pelo Corinthians.

– O Real é um time que sofre com marcação forte. Eles têm perdido muitos jogos para equipes de menor qualidade técnica, porque se complicam com a marcação. E nós vamos marcar o time deles em cima, com dureza.

A preocupação de Edson é com Anelka.

– Ele joga muito bem, mas ainda não mostrou seu verdadeiro futebol no time do Real. Vamos nos preocupar com ele porque de repente começa a jogar tudo o que sabe e fica complicado.

Edson preocupa–se também com o Raja Casablanca e com o Al Nasser.

– Os marroquinos são considerados jogadores de alto nível. Fizeram um bom papel na Copa. E conseguem assimilar bem o que os treinadores pedem. Se o técnico deles for europeu, estarão bem organizados em campo. Se for alguém da América do Sul, a liberdade de atacar será maior. E o Al Nasser é um time tradicional na Arábia. Um time de massa, acostumado a jogar decisões. Eu e o Oswaldo conhecemos bem.

O técnico do Raja Casablanca, de Marrocos, é o argentino Oscar Luiz Fullone. E ele pode se preparar para descobrir os espiões do Corinthians no Mundial.

– Vamos assistir aos amistosos que eles fizerem. Não vamos enfrentá–los sem saber de nada. Os outros times, vamos conhecendo durante os jogos.

Assaltaram o presidente
(fonte: Lance!)

O presidente Alberto Dualib foi assaltado ontem, a mão armada, quando saía de um almoço em restaurante na Avenida Nove de Julho, em São Paulo. O dirigente não foi reconhecido pelos assaltantes que abordaram seu automóvel. O vidro estava fechado, mas um dos dois ladrões batia na janela com arma na mão. Impossível não ceder.

– Pensaram que o meu motorista era o dono do carro e levaram o relógio e a carteira dele. Falei para ele: ‘quem mandou fazer pose de dono do carro? Se parecesse que você é o motorista, nem iam te incomodar’ – brincou Dualib, que perdeu todos os reais que tinha no bolso. Não houve tentativa de seqüestro, nem violência. Foi mais um susto.

Um susto até menor do que a possível perda de Rincón para o Flamengo depois do Mundial. Anteontem, Dualib anunciou que enviara um fax para o clube da Gávea pedindo explicações ao presidente Edmundo Santos Silva, sobre o assédio do clube carioca ao cabeça-de-área. O colega rubro-negro respondeu ontem, mas aos jornalistas, no Rio:

– Nunca saiu da minha boca que o Flamengo teria contratado o jogador. O Flamengo tem interesse em todo bom atleta e o Rincón se enquadra nesse perfil, mas posso garantir que não há nada fechado. O Dualib tem de falar com o Marcelinho, que foi quem espalhou isso.

Se foi Marcelinho, Edmundo Santos Silva ou seu diretor de Futebol, Gilmar Rinaldi, agora é impossível saber onde começou a história. Fato é que o Fla negocia, sim, com o procurador do jogador, o também colombiano Umberto Quizeno.

Rincón fez seu primeiro contrato com o Timão em dólar, em 97. Quando a Hicks chegou, acabaram os contratos em moeda norte-americana. Mas o procurador de Rincón está insatisfeito com o valor que a Hicks fixou para a conversão do dólar. Daí, negocia com o Fla.

– O Rincón assinou recentemente um contrato de dois anos conosco, diz que está muito satisfeito com o clube. Eu não acredito que o Flamengo esteja negociando com ele. Se estivesse, teria nos procurado o mínimo que seja. E ninguém do Flamengo jamais me dirigiu uma palavra sobre este assunto. Duvido que agiriam assim, falando com o jogador – diz Dualib, que ainda espera uma satisfação de Edmundo.

No embalo do Brasileiro? Nada disso
(fonte: Lance!)

Bom começar um Mundial logo após a conquista de um Brasileiro. O time está todo afinado, preparado para decisões, no auge. Mas assim pensa o torcedor, não o preparador físico do Corinthians e da Seleção Brasileira, Antônio Mello.

Para Mello, o time terminou o Brasileiro no limite. E não só em termos físicos. No limite psicológico, no limite da convivência diária que um grupo com mais 30 marmanjos produz. Para Mello, a preparação do Mundial não é tão simples como apenas pegar embalo do Brasileiro:

– Os jogadores deram o máximo, esgotaram-se para vencer o Brasileiro. O tempo não é suficiente para a gente se recuperar deste limite – diz.

– Não seria inexperiente a ponto de dizer que vou ter tempo de colocar nosso time em uma forma excelente. Mas vamos produzindo de acordo com nossas necessidades – lamenta o preparador.

Para Mello, o ideal era que todos tirassem férias, ficassem um mês sem falar de futebol e só então voltassem para trabalhar visando o Mundial. Condição que um calendário como o nosso não permite. O Timão teve quatro dias de descanso. Os europeus, por estarem no meio da temporada, levam vantagem em relação ao Timão, prolongando seu final de temporada.

Adílson, Daniel e Fábio Luciano estão prontos para jogar. Segundo Mello, os três estão "bem" em sua área, a da preparação física. O trio treinou normalmente com os demais.

Adílson está em São Paulo desde o começo dos playoffs do Brasileiro e vinha trabalhando na clínica do médico do clube, Joaquim Grava, até para não causar alarde com sua contratação.

Sem a sombra de Gamarra
(fonte: Lance!)

Primeiro, foi João Carlos. Agora, é Adílson quem tem de conviver com a difícil sombra de Gamarra no Corinthians.

– Joguei dois anos contra o Gamarra no Sul e sei que ele é muito bom. Mas não quero comparações. Quero apenas jogar meu futebol e sei que tenho futebol – diz Adílson.

Quando defendeu o Grêmio de Felipão, de 95 a 97, contra o Inter de Gamarra, o técnico gremista dizia não entender como Adílson não era chamado por Zagallo. A imprensa gaúcha, então, subia pelas paredes a cada convocação. Adílson, três anos depois, agora tem de provar que ainda é dono de tanto futebol.

– Ainda estou meio estranho, sem tempo de bola. Coisa que você só recupera com jogo – afirma, num discurso padrão de jogador que não vem atuando. E, como tal, Adílson também diz que está à disposição de Oswaldo para começar jogando no Mundial. Mas também não se escala no tricampeão brasileiro:

– Se o Oswaldo quiser, eu jogo. Se ele não quiser, tudo bem.

28/12

Timão bate o pé
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Corinthians está preocupado com o desmanche que pode acontecer depois do Mundial de Clubes da Fifa. Várias especulações giram em torno da saída de alguns dos principais jogadores do time e o perigo de acontecer o mesmo que no rival Palmeiras, que já perdeu sete atletas, é grande.
O caso que parece preocupar mais é o do meia Rincón. O colombiano está sendo pretendido pelo Flamengo e pessoas ligadas à diretoria do clube carioca dão como certa a contratação do jogador. O próprio atleta teria dado declarações no final de semana, quando participou de um jogo de futebol de praia no Guarujá, afirmando que jogará no Rio.
O presidente Alberto Dualib garantiu ontem que Rincón não sairá do Corinthians e fez ameaças ao Flamengo. “O Rincón ficará aqui. Ele renovou o contrato há dois meses e não vai sair. Para ir embora, tem de assinar um atestado liberatório e eu não vou assinar nada”, disse o dirigente. “O Flamengo que se cuide porque pode ser que o Corinthians tire alguém de lá. O Athirson até que cairia bem aqui.”
Dualib ressaltou que o colombiano não será liberado nem com uma proposta tentadora. “Não há dinheiro no mundo que faça o Rincón sair do Corinthians”, disse.
Outras preocupações da diretoria corintiana são com Vampeta e Edílson. O volante já recebeu uma proposta de um clube do exterior há mais de um mês, mas Dualib revelou que a intenção é que o jogador permaneça. “O procurador dele nos apresentou uma proposta, mas não disse qual era o clube, e nós não aceitamos”, contou o presidente. “Vamos acertar a sua situação antes do Mundial começar, renovando seu contrato por três anos”.
Apesar do interesse de clubes da Europa, como o Manchester United, o caso de Edílson é mais simples. “Já renovamos com o Edílson por mais quatro anos. Não há a menor possibilidade de ele sair”.

Objetivo é trazer mais craques
(fonte: Gazeta Esportiva)

A ameaça de um desmanche preocupa o Corinthians, mas a intenção da diretoria e da comissão técnica é fortalecer o time para a temporada 2000, quando o clube jogará cinco competições apenas no primeiro semestre. O presidente Alberto Dualib sabe que o elenco precisa ser reforçado para suportar o acúmulo de jogos. “Nossa idéia é reforçar ainda mais o time. Vamos estar em várias competições ao mesmo tempo e precisaremos de um elenco fortíssimo”, disse.
O treinador Oswaldo de Oliveira repetiu o discurso do presidente, mas preferiu deixar essa questão para depois do Mundial de Clubes. “Claro que a gente pensa nessas coisas, já que precisamos ter um planejamento. Só que, aqui no Corinthians, tudo é feito por etapas. Vamos deixar passar o Mundial para analisar isso.”
Oswaldo ressaltou que procura orientar os jogadores nesse período, quando vários clubes fazem propostas. “O assédio no futebol é normal, mas todos estão com a cabeça voltada para o Mundial”, disse.
O grande objetivo da parceira entre Corinthians e a administradora de fundos de pensão Hicks Muse é divulgar cada vez mais a marca do clube. Principalmente no mercado internacional. Para isso, o clube precisa se transformar num vencedor de torneios internacionais, títulos que ainda faltam na galeria de troféus do Parque São Jorge.
Dinheiro para contratações não deve faltar. Mas o diretor da Corinthians Licenciamento, José Roberto Guimarães, já alertou que todas as contratações serão feitas seguindo critérios técnicos e após muito estudo por parte do clube.

Reforços sem sirene
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Corinthians apresentou ontem os três reforços contratados na semana passada para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa. Os zagueiros Adílson e Fábio Luciano e o lateral-direito Daniel tiveram uma recepção discreta na sala da presidência. A sirene do Parque são Jorge, que é tocada sempre que um grande jogador chega ao clube, desta vez não soou. Logo depois da apresentação, os três foram para o campo, onde fizeram um treino físico.
Ciente das cobranças da torcida com relação à zaga, Adílson espera ter sucesso no Timão. Com 31 anos, o zagueiro não joga há um mês, mas garante que está pronto para entrar em campo. “Só depende da comissão técnica. Eu me sinto bem. Esse tempo que estou parado não vai atrapalhar.”
Fábio Luciano, 23 anos, revelou que está realizando vários sonhos ao se apresentar no Timão. “Jogar num clube grande, como é o Corinthians, é um sonho para mim. Também estou realizando o sonho do meu pai Antônio e do meu irmão Marcelo, que são corintianos”, contou.
O lateral-direito Daniel, 26 anos, espera ter logo sua chance no time titular. “Vamos ver se consigo isso já neste Mundial, que será o torneio mais importante da minha carreira”, afirmou o jogador, um dos destaques da boa campanha da Ponte Preta no Campeonato Brasileiro deste ano.
O treinador Oswaldo de Oliveira não quis antecipar se os três serão titulares no Mundial de Clubes. “Vou avaliá-los durante os treinamentos para, mais tarde, ter uma posição definida”, explicou.

‘Mando buscar Athirson’
(fonte: Lance!)

Feliz da vida, com o título do Brasileiro e os novos reforços à sua volta, o presidente Alberto Dualib desmentiu a saída de Vampeta, Edílson e Rincón após o Mundial de Clubes.

E aproveitou para mandar um recado duro a Edmundo dos Santos, presidente do Flamengo.

– Ninguém vai sair daqui. Essa história de levar o Rincón é coisa do Flamengo. Eles ficam perturbando e podem me deixar nervoso. Então, eu vou lá e tiro um jogador deles. Digo que eles estão correndo um risco grande comigo.

E qual seria o jogador do Flamengo quem mais agrada a Dualib?

– O Athirson é bom. Ele ia ficar bem com a nossa camisa. Eu fui na festa da CBF e vi o Athirson. Foi o único premiado do Flamengo. E eu posso querer ficar com ele.

Dualib mostrou bastante mágoa com a diretoria do Flamengo.

– Há pouco tempo, saiu um boato de que o Corinthians iria querer o Romário. Na mesma hora, mandei um fax para o presidente do Flamengo desmentindo tudo, além de falar por ele ao telefone e agora ele está fazendo diferente.

Dualib mandou um fax para Edmundo, pedindo explicações sobre o caso Rincón.

– Ele nem se dignou a responder. Gosto de trabalhar com ética, mas não sei se essa é a vontade do pessoal do Rio.

Dualib diz que luta sempre para ter uma boa relação com os outros clubes grandes.

– Sempre fui assim. Há um tempo atrás, com o nosso parceiro anterior, houve um caso assim. Eles tinham contratado um jogador com o passe arbitrado na Federação, sem dar a mínima satisfação para o clube. Mandei rasgar o cheque na hora. Não quero nenhuma inimizade com os colegas do Clube dos Treze.

Dualib disse que sua prioridade agora é acertar um novo salário com Vampeta, que recebe bem menos que jogadores como Edílson, Marcelinho e Luizão.

– Não queria tratar disso durante o Brasileiro. Agora, vamos resolver esse assunto.

Ritmo lento no primeiro treino
(fonte: Lance!)

Se pagode foi o ritmo que marcou as festas pela conquista do Brasileiro, o primeiro dia de treinos após as folgas foi em ritmo de valsa.

Algumas corridas pelo campo e avaliações físicas foi o que se viu no Parque São Jorge. O grupo mais lento foi, disparado, o formado por Luizão, Edílson, Dinei e Gilmar. A primeira volta no campo foi feita em 2min23s, marca digna de jogadores aposentados. A média foi mantida nas outras voltas. As cinco primeiras foram feitas em 9min28s.

Os mais rápidos foram Rincón e Kléber. Fizeram a primeira volta em 1min15s e as cinco primeiras foram realizadas em 6min23s. Índio, que fazia parte desse grupo, abriu o bico e ficou para trás, unindo–se a Edu e Fernando Baiano, que gastavam em média 1min50s por volta.

– Eu acho que você está enganado. O ritmo não está lento de jeito nenhum. Considerando–se que é uma reapresentação, foi tudo dentro do programado – diz Antonio Mello, preparador físico.

Oswaldo de Oliveira parte agora para a motivação dos jogadores em busca do Mundial.

– O gosto de ter ganho o Brasileiro foi intenso, mas temos que pensar em outras conquistas. O Mundial é o nosso grande aditivo a partir de agora.

Márcio Costa é do Timão
(fonte: Lance!)

O zagueiro Márcio Costa terá um reveillon mais tranqüilo. Antes mesmo do fim de seu empréstimo, no dia 31, o Corinthians optou por comprá-lo em definitivo, pagando R$ 1,5 milhão ao Fluminense.

Quem não está tendo a mesma sorte é o lateral César Prates. O empréstimo do lateral-direito, que tem o passe preso ao Real Madrid, também termina no dia 31, mas o Corinthians não parece disposto a renová-lo. César Prates não treinou ontem e tem grandes chances de ir para o Sporting de Lisboa. O lateral pode deixar o Parque São Jorge antes mesmo do fim do empréstimo.

Se os jogadores do Corinthians tiveram de apertar um pouco freio no Natal, vão poder compensar e comer mais peru na ceia do ano-novo. Isso porque a diretoria do Timão finalmente pagou os prêmios pela conquista do Brasileiro.

Os jogadores que atuaram mais vezes no campeonato, como os meias Ricardinho e Marcelinho (26 partidas) e o atacante Edílson (28), vão levar uma fatia maior do bolo, com um prêmio em torno de R$ 80 mil cada.

A diretoria corintiana ainda não definiu o valor da premiação para os jogadores caso a equipe conquiste o título do Mundial Interclubes, em janeiro.

Um drama na vida de Adílson
(fonte: Lance!)

Adílson é personagem de um drama vivido por apenas um entre quinze milhões de pais. A filha Vanessa, oito anos, sofre de uma doença raríssima. Fenilcetonúria é o nome do mal que tira o sono do novo zagueiro do Timão.

Vanessa é submetida a um rigoroso controle de alimentação. A menina não pode, em hipótese alguma, ingerir proteínas animais. Ela não pode comer carne de boi, vaca ou frango. Leite? Só um especial, sem proteínas, importado da Alemanha.

– Se ela ingerir estes tipos de alimentos o cérebro fica irritado e pode comprometer o desenvolvimento motor – conta Adílson.

Tirando essas limitações, Vanessa é uma menina quase normal. Segundo o pai, é até bem travessa. Acabou de passar para a segunda série do primário.

– E só com nota dez - orgulha-se o coruja.

O fato de Vanessa ser quase normal é um milagre. O hospital onde a menina nasceu, em Belo Horizonte, não detectou o mal. Adílson ficou quase dois anos sem saber por que a filha não falava. Um padre o alertou sobre a possível doença, que foi diagnosticada em um hospital em São Paulo. Adílson não se conforma.

– Pensei em processar o hospital. Minha filha poderia sofrer lesões motoras irreversíveis.

27/12

Hoje é dia da sirene soar
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Corinthians apresenta hoje, às 16h, no Parque São Jorge, os três novos reforços para a disputa do Mundial de Clubes: o zagueiro Adílson, que estava no Jubilo Iwata, do Japão, e os ex-ponte-pretanos Daniel (lateral) e Fábio Luciano (zagueiro), estes por empréstimo até junho/2000.
Daniel não vê a hora de vestir a camisa do Timão. “Vou tentar dormir mais cedo para ver se a hora passa mais rápido”, garante o novo camisa 2.
Daniel, que tem 27 anos, garante que é corintiano desde criança. “Quando pequeno, várias vezes fui ao Pacaembu assistir aos jogos do Corinthians”, disse.
O novo reforço alvinegro ressalta que vai ficar mais tranqüilo no novo clube, já que terá a companhia do zagueiro Fábio Luciano. Ambos vieram de Campinas. “Isso vai ajudar na adaptação, tanto para mim quanto para ele”. Daniel está na maior expectativa. “É um grupo vencedor, que ganhou o Brasileiro recentemente. Estou bastante orgulhoso de participar dessa equipe”.
O lateral é ciente da cobrança da Fiel torcida corintiana. “Entendo eles. Se vai bem, apoiam, caso contrário há uma revolta. O negócio é entrar em campo sempre com muita garra, raça e determinação”.
Daniel não esperava participar de um Mundial de Clubes tão cedo. “Veio num momento bom na minha carreira. Vou procurar agarrar a oportunidade com unhas e dentes”.
O novo reforço do Timão não se surpreende com o chance. “Sei do que sou capaz”.

Itália quer Vampeta
(fonte: Gazeta Esportiva)

A Fiorentina, da Itália, está disposta mesmo a levar o volante Vampeta, do Corinthians, após a disputa do Mundial de Clubes, que vai acontecer em janeiro.
O aval vem do próprio técnico, Giovanni Trapattoni, que está no Brasil passando as festas de fim de ano. Ele pretende conversar com o camisa 5 do Corinthians.
O time italiano já teria adquirido a prioridade de compra do jogador. Além da equipe de Florença, outros times estão interessados no jogador corintiano, casos do Parma, da Itália, do Manchester United, da Inglaterra, campeão mundial em Tóquio, além de algumas equipes espannholas.
A expectativa é que o negócio com Vampeta seja feito nas próximas semanas, porque no dia 4 de janeiro será aberta a temporada de contratações no futebol italiano.
Vampeta possui muito prestígio na Europa desde que jogava no PSV Eindhoven, da Holanda.

Rincón : -Prioridade é o Corinthians
(fonte: Gazeta Esportiva)

O volante corintiano, que ontem esteve na festa dos melhores do Campeonato Brasileiro promovida pela CBF garante: “Até agora não fui procurado por ninguém do Flamengo. Seria uma honra jogar lá, mas a prioridade é do Corinthians e gostaria de ficar por aqui”, disse
O volante colombiano garantiu que não conversou com nenhum dirigente rubro-negro. Ele está inscrito para disputar o Mundial de Clubes, em janeiro, pelo Corinthians.

Duelo de gerações
(fonte: Lance!)

Um, Roberto Carlos, é lateral-esquerdo, famoso, rico e conhecido mundialmente. Outro, Daniel, vive agora o sonho de ter a primeira grande chance no futebol, ainda corre atrás do grande contrato e, se sair à rua, não será reconhecido pelos torcedores do Corinthians, seu novo time.

Daniel é nove meses mais velho, mas não se assusta com a diferença de currículo. Com a sede dos que sabem que só têm um tiro para matar o tigre, diz que vai ganhar o Mundial e pavimentar sua contratação pelo Timão – por enquanto só há um empréstimo de seis meses garantido. Roberto Carlos já avisou seus companheiros de Real Madri sobre os perigos do calor brasileiro e garante que ninguém veio ao Brasil para passear.

– É o primeiro Mundial da Fifa e queremos ficar com ele. Vai ser muito importante para o nosso clube.

Ah, se Daniel chegasse perto – ou mesmo longe do que Roberto Carlos já ganhou. Seria uma forma de estar mais perto do ídolo.

– Ele é o meu tipo ideal de jogador. É o melhor lateral que conheço. Jogar como ele é um grande sonho.

A primeira coisa que Daniel fará quando chegar ao Parque é pedir desculpas. No último jogo entre Ponte e Timão, alguns jogadores corintianos o acusaram de dar um "migué". Daniel explica.

– Fiquei caído por que o Marcelinho me fez uma falta e o juiz não deu. Quando me levantei vi que o nosso zagueiro ia lançar a bola.

O tal lance aconteceu quando a Ponte vencia por 1 a 0 num Pacaembu superlotado. Até hoje os jogadores do Timão acham que Daniel ficou caído no gramado de propósito, só esperando que a bola chegasse até ele. A verdade é que Daniel só se levantou quando o passe chegou. Surpreendida, restou a defesa do Timão ver Daniel fazer um cruzamento perfeito na cabeça de Vânder. Daniel quer esclarecer o episódio.

– Não fiz de sacanagem. Vou até pedir desculpas. Mas quem mandou o juiz não marcar a falta – indaga.

Migué ou não, alguém dúvida que aquele jogo garantiu a contratação de Daniel? Essa pergunta será respondida hoje.

Sem reforços e sem complexo
(fonte: Lance!)

O primeiro adversário do Corinthians no Mundial Interclubes, a equipe marroquina Raja Casablanca, campeã da África, embarcou neste domingo para o Brasil. O técnico da equipe, o argentino Luís Fullone, programou a viagem antecipada para permitir uma melhor adaptação dos "diabos verdes" ao fuso horário e ao clima brasileiro. Como parte da preparação, os marroquinos enfrentarão o Vasco, que também está na competição, no dia 2 de janeiro.

– Viajamos ao Brasil sem complexo de inferioridade – disse o presidente do Raja, Ahmed Amor.

O presidente ressaltou que o Raja é o único time que não se reforçou para a disputa do Mundial. O treinador da equipe endossou a afirmação do dirigente.

– Contamos com nós mesmos, e nosso objetivo essencial no Brasil será representar o melhor possível o futebol nacional e africano. O Raja está preparado para essa missão – disse Fullone.

Sporting vem buscar Prates
(fonte: Lance!)

César Prates está fora do Mundial de Clubes, mas seu currículo, com breve passagem pela Seleção, está ajudando-o bastante a fugir do desemprego.

O Sporting de Portugal conta como certa a contratação de César Prates. Jornalistas lusitanos ligam constantemente em busca de informações. César é tratado como um jogador de Seleção, como jogador top de linha do futebol brasileiro.

O Botafogo do Rio, último clube de César Prates também tem interesse na volta do jogador.

O passe de César Prates pertence ao Real Madrid, que também disputa o Mundial de Clubes da Fifa.

26/12

Rincón é Timão e não abre
(fonte: Gazeta Esportiva)

Rincón é Timão e não abre. O volante colombiano confirmou que vai continuar no clube paulista, pelo menos, até a disputa do Campeonato Mundial de Clubes, a ser realizado de 5 a 14 de janeiro do ano que vem, em São Paulo e no Rio. “Meu futuro vai ser disputar o Mundial pelo Corinthians”, disse.
Apesar de ter contrato com o time de Parque São Jorge até 2001, ele vem sendo cotado para se transferir para o Flamengo no ano que vem. O jogador foi indicado pelo técnico Paulo César Carpegiani. O jogador sente-se lisonjeado com a sondagem de outros times interessados em seu futebol.
Havia a expectativa do colombiano se transferir para o time carioca agora, já que na véspera da segunda partida da final com o Atlético-MG Rincón teve problemas com a diretoria corintiana por causa do valor da conversão do dólar em seu salário e esteve perto de não disputar a final, realizada na última quarta-feira.
Rincón é o único jogador corintiano que tem o salário dolarizado. A diretoria vem pagando R$ 1,40 por dólar, enquanto a cotação de anteontem indicava R$ 1,83 a unidade da moeda americana.
O volante negou que não disputou o segundo jogo da final do Brasileiro por causa dos problemas salariais. Oficialmente, ele não entrou em campo porque estava contundido.
César Prates está fora - O lateral-direito César Prates e o zagueiro Luciano devem ser os primeiros jogadores a deixarem o Corinthians. Ambos não foram inscritos para o Mundial de Clubes.
Mas depois da competição internacional, outro jogador que deve deixar o clube é o volante Vampeta. O jogador tem propostas de vários times, como o Manchester United, da Inglaterra, Roma e Fiorentina, ambas da Itália.
Apresentação - Os três novos reforços do clube (o lateral-direito Daniel e o zagueiro Fábio Luciano, que jogaram o último Brasileiro pela Ponte Preta, e o zagueiro Adílson, que estava no Jubilo Iwata, do Japão), serão apresentados amanhã no Parque São Jorge.

Dida curte miniférias
(fonte: Gazeta Esportiva)

Tudo que é bom dura pouco. O goleiro Dida, do Corinthians, considerado o melhor em campo na decisão do Campeonato Brasileiro, contra o Atlético-MG, na última quarta-feira, no Morumbi, curte hoje o seu último dia de férias. Amanhã, ele estará de volta aos treinos no Timão, visando as disputas do Campeonato Mundial de Clubes.
Desde quinta-feira ele curte o carinho da família, na cidade de Lagoa da Canoa (AL). “Sempre que eu posso, venho ver a minha família e rever os meus amigos.”
O camisa 1 do Timão garante que, apesar do pouco tempo, vale a pena ir ao interior de Alagoas. “Venho aqui descansar, realmente.” Mas Dida, além de descansar, bate aquela tradicional pelada, com os amigos. “Vou a campo para brincar e aproveito para relembrar os meus tempos de infância”, conta o goleirão do Corinthians tricampeão.

Corinthians é a base da Seleção do Brasileirão
(fonte: Lance!)

No Oscar do futebol brasileiro, nada mais justo do que o melhor filme levar para casa a maioria das estatuetas. Esse é o caso do Corinthians. A pedido da CBF, uma comissão de jornalistas elegeu a seleção do campeonato brasileiro. Dida, Vampeta, Rincón, Ricardinho e Edílson estão entre os 11 melhores do último campeonato do século. O comandante da trupe também não foi esquecido. Oswaldo de Oliveira, que disputou o seu primeiro Brasileirão, foi eleito o melhor técnico do campeonato.

A entrega dos prêmios será realizada hoje. Que lugar mais apropriado que o Copacabana Palace para a festa, o lendário hotel que virou cartão postal da Cidade Maravilhosa?

Voltando ao futebol, além dos cinco corintianos foram eleitos Alberto, do Atlético-PR, e Athirson do Fla, para as laterais. Roque Jr. e o ex-Guarani Marinho formam a dupla de zaga. O meio-campo é todo corintiano. Vampeta, Rincón, Ricardinho e, pasmem, Edílson, compõem o quarteto. A surpresa é Edílson. Pela lógica, Marcelinho, que jogou ali todo o campeonato, é que deveria ser o quarto homem do meio campo. Só que aí Edílson ficaria de fora.

Os jornalistas consultados o elegeram como o craque do campeonato. A dúvida era onde encaixar o Capeta num ataque com Guilherme e Alex Alves? A solução encontrada foi recuar Edílson, numa função que não faz há anos. Fechando a lista o goleiro Fábio Costa, do Vitória, ganhou o título de revelação do campeonato. Nem a falha no primeiro gol do Atlético-MG na última partida das semifinais chegou a comprometer a eleição do goleiro que tem tudo para ser o titular na Seleção Olímpica que disputa mês que vem, em Londrina, uma das vagas na Olimpíada de Sydney.

Para completar, Oswaldo de Oliveira foi eleito o melhor dos vários técnicos que participaram do torneio. Façanha nada desprezível, ainda mais quando o vencedor começou outro dia na profissão. É claro que a eleição só foi possível porque Oswaldo dirigiu o melhor de todos. Por que não Humberto Ramos ou Toninho Cerezo? Essa pergunta só poderá ser respondida por aqueles que participaram da eleição.

Além da honra de vencer uma eleição na qual concorreram centenas de participantes, os onze eleitos, mais Oswaldo, levarão uma boa grana para casa. Cada um receberá R$ 20 mil. Guilherme, por ter sido o artilheiro e Edílson, por ter sido eleito o craque do campeonato, embolsarão mais R$ 20 mil cada. O Ano Novo da duplinha deve ser bem gordo.

Mais um boato envolve o nome de Vampeta. O técnico da Fiorentina, Giovanni Trapattoni, teria aproveitado a folga no campeonato italiano para vir ao Brasil e acertar pessoalmente a contratação do volante. Vampeta é um velho sonho de Trapattoni. Os diretores do Corinthians continuam afirmando que Vampeta não sai. Pelo menos antes do Mundial.

Além da Fiorentina, fala-se que Vampeta interessa a Parma e Roma, da Itália. O Manchester é outro que estaria interessado. No início dos playoffs, o diretor de futebol do Corinthians, José Roberto Guimarães, admitiu que havia recebido uma proposta oficial por Vampeta.

O mágico quarteto corintiano
(fonte: Lance!)

Quem tem dúvida que o meio-campo do Corinthians é o melhor de seus setores? Poucos. Na verdade, quase ninguém. Há muito não se via uma combinação tão perfeita no futebol brasileiro.

Tudo começa com Rincón e Vampeta. A dupla é responsável pela articulação das jogadas. Rincón joga um pouco mais atrás, ajudando na marcação pelo setor esquerdo. Vampeta tem mais liberdade para sair. Não é raro vê-lo jogando quase como lateral.

A grande surpresa do setor atende pelo nome de Ricardinho. O discreto meia foi o diferencial do time neste Brasileiro. Passes precisos, assistências açucaradas aliados a uma incomum discrição.

O que se estranha é o fato de Marcelinho ter ficado de fora da seleção. Ele foi o titular do meio-campo em toda a campanha corintiana. O eleito para o setor acabou sendo Edílson. Essa, ninguém, ou quase, entendeu.

‘Raúl não mete medo’
(fonte: Lance!)

Fábio Luciano, o zagueiro que o Corinthians trouxe da Ponte Preta, não tem medo de desafios. Para ele, disputar o Mundial de Clubes dentro de dez dias ou a série A-2 do Paulistão, como no primeiro semestre é a mesma coisa. E Benê, centroavante do Mirassol mete tanto medo como Raúl, o badalado craque do Real Madrid.

– Não tenho medo de jogador nenhum. O Raúl é muito bom, um craque que acompanho sempre pela televisão, mas o Edmundo e o Romário são melhores e eu não tive problemas com esses dois.

E a receita para marcar Raúl ou qualquer outro é a mesma.

– Uma marcação dura, sem dar espaço é o suficiente.

Inscrito no Mundial com a camisa 16, Fábio Luciano não se entrega e, novamente demostrando confiança em seu futebol, diz que não aceitará a reserva passivamente.

– Eu gosto mesmo é da camisa 3. Faz um ano e meio que estou jogando com esse número e quero voltar logo, logo. O pessoal do Corinthians é muito bom, eles foram campeões brasileiros, merecem elogios, mas eu também sou bom. Não vim para o Corinthians com o pensamento de ser reserva. Se fosse assim, ficava na Ponte, onde sou titular.

Fã de André Cruz e de Gamarra, Fábio Luciano promete não abrir mão de seu estilo para vencer em seu novo clube.

– Sou um jogador técnico. Não gosto de rifar a bola, de dar chutão. Gosto de jogar bola. Sei desarmar e sair jogando, sei dar um bom passe. É assim que sei jogar.

E quando a coisa apertar, o negócio é recorrer aos ensinamentos de dois companheiros de Ponte Preta.

– Formei dupla com o Ronaldão e o Paulão era nosso reserva. Eles me ensinaram a jogar com seriedade quando for preciso. Sei despachar a bola, sei dar um bico, só que não gosto de fazer isso. Prefiro a técnica mesmo – diz o zagueiro de 24 anos e que chegou à Ponte Preta com doze.

– O Juninho foi meu técnico nos juvenis da Ponte. Disse que se eu levasse a sério, chegaria a um time grande. Tenho certeza que ele está bem feliz agora.

Fábio Luciano chega amanhã às 11 horas ao Parque São Jorge. Antes disso, tem uma reunião com o presidente da Ponte para acertar os últimos detalhes da transferência. Em Campinas, fala–se que ele será emprestado, juntamente com o lateral Daniel, mas Fábio não acredita.

– Acho que fui vendido mesmo. Vou verificar os últimos acertos, ver como os 15% vão ser pagos e estarei pronto para o Corinthians. Tenho futebol para isso.

E confiança também.

24/12

O amor da Fiel
(fonte: Gazeta Esportiva)

Ganhar o Paulistão e o Campeonato Brasileiro no mesmo ano não é tarefa para qualquer um. Ainda por cima, no primeiro ano como treinador. Oswaldo de Oliveira foi, sem dúvida, a pessoa mais festejada na festa corintiana no Morumbi. Com muita competência e trabalho, o técnico ganhou a confiança de jogadores e torcedores, que não se cansaram de elogiá-lo.
“O Oswaldo é uma pessoa maravilhosa e um treinador excepcional. Essas conquistas em 99 são dedicadas para ele, já que fez um trabalho sério e vitorioso”, afirmou o meia Marcelinho. Ele ressaltou que seu futebol melhorou muito com o técnico. “Sempre conversamos antes dos jogos e ele me mostra o melhor para fazer. Isso me deu mais confiança.”
O presidente Alberto Dualib, satisfeito com as conquistas deste ano, revelou que nunca pensou em demitir Oswaldo caso o Timão não ganhasse o Brasileirão. “Ele fez um grande trabalho e merece ficar no clube por mais um bom tempo. Ganhando ou perdendo, ele ficaria no Corinthians”, disse.
A torcida, desde o apito final da partida, não parou de cantar o nome de Oswaldo. No vestiário e na saída do ônibus do Morumbi, o treinador foi saudado pelos torcedores. Oswaldo abandonou seu estilo sereno e, emocionado, comemorou junto da Fiel.

Comandante em alfa com a conquista
(fonte: Gazeta Esportiva)

O árbitro Carlos Eugênio Símon apita o final do jogo entre Corinthians e Atlético-MG. Com os óculos embaçados por causa das lágrimas e da chuva, o treinador Oswaldo de Oliveira corre sem parar pelo campo, abraçando cada jogador e saudando os torcedores, que não paravam de gritar seu nome.
O comandante do terceiro título brasileiro do Timão só queria saber de festejar dentro de campo e foi conseguir falar no vestiário, quase uma hora e meia depois do final da partida. “Essa conquista não tem forma. Não tem pés, nem braços. É uma coisa indescritível. A alegria de ser bicampeão pelo Corinthians é enorme”, afirmou, eufórico.
Sem conseguir conter a emoção, Oswaldo revelou que até se perdeu em alguns momentos do jogo. “Estava em estado alfa. Pensava na partida, mas a minha família vinha na lembrança no mesmo momento. Ela foi muito importante para essa conquista”, disse o treinador. “Depois que começou a chover no segundo tempo, então, acho que não sabia onde estava.”
O técnico corintiano ressaltou que a conquista do Campeonato Brasileiro não é apenas dele. “Esse título se alastra, tem tentáculos. Vai pegar os jogadores, os torcedores e, principalmente, as pessoas que não aparecem, que ficam nos bastidores. Elas têm uma importância enorme”, contou Oswaldo, que destacou o trabalho de seu auxiliar, Edson Cegonha. “Ele tem uma parcela grande nessa conquista. As pessoas precisam reconhecer o trabalho dele.”
Oswaldo de Oliveira só quer saber agora de descansar. Mundial de Clubes, que começa no dia 5 de janeiro, só a partir de segunda-feira. “Sei que tenho três reforços para essa competição, mas tenho mais três dias para continuar em estado alfa. Não quero pensar agora no Mundial”, brincou o treinador campeão.

Família dá força para carreira do treinador
(fonte: Gazeta Esportiva)

Oswaldo de Oliveira tem um grande aliado para a sua carreira de treinador. A família faz questão de dar a maior força e, sempre que pode, aparece nos estádios para prestigiar o comandante do Timão. Na decisão contra o Atlético-MG não foi diferente. Os irmãos Valdemar e Sérgio e o filho Gabriel, de 12 anos, não se contiveram ao final do jogo e foram às lágrimas.
O treinador Renê Simões, amigo de Oswaldo de Oliveira desde os tempos de faculdade, no Rio de Janeiro, também foi ao Morumbi e era só elogios. “Ele é um excelente profissional. Mostrou isso no Corinthians”, disse Renê. “Já trabalhamos juntos na Seleção Brasileira de Novos, em 87, e sei do seu potencial.”

Marcelinho: 6 anos de paixão
(fonte: Gazeta Esportiva)

Nada melhor do que comemorar seis anos de Corinthians com a conquista do tricampeonato brasileiro. Marcelinho lembra até hoje do dia 23 de dezembro de 1993, quando ouviu a sirene do Parque São Jorge tocar, anunciando sua chegada ao clube. “Foi uma emoção enorme. O carinho de todos naquele dia me mostrou que seria feliz no Corinthians”, disse.
Marcelinho estava certo. Desde então, são 167 gols, em 344 jogos, e seis títulos conquistados (três Paulistas, dois Brasileiros e uma Copa do Brasil). “O primeiro gol, lógico, a gente não esquece. Aquele contra a Portuguesa, no Pacaembu, não sai da minha lembrança”, contou.
Depois de uma breve interrupção de seis meses em 97, quando foi para o Valencia (Espanha), o meia pretende ficar ainda por um bom tempo no Corinthians. A diretoria do clube já comprou seu passe da Federação Paulista de Futebol e quer renovar o contrato, que vai até 2001, até 2004. “Esse também é o meu pensamento. Já iniciamos as conversas e acredito que tudo se resolverá o mais rápido possível”, revelou Marcelinho.
Dinei — Quem não conseguiu segurar o choro com o título foi o atacante Dinei. O jogador é o único do elenco que participou das três campanhas vitoriosas em Campeonatos Brasileiros. “É um sonho o que está acontecendo comigo. Por ser corintiano, a emoção é muito grande de ver essas pessoas comemorarem um título brasileiro”, afirmou o Gavião.
Ele ressaltou que, mais uma vez, a conquista foi obtida de forma sofrida. “Essa é a sina de corintiano. Tudo é mais sofrido e não poderia deixar de ser diferente dessa vez. O empate com o Atlético mostrou isso. Jogo nervoso e muitas oportunidades desperdiçadas”, comentou o talismã corintiano. Desta vez, ele não conseguiu deixar sua marca, como na decisão do Brasileirão do ano passado, contra o Cruzeiro.

Rincón na ponte aérea
(fonte: Gazeta Esportiva)

A situação do meia Rincón no Corinthians promete virar uma novela nos próximos dias. O colombiano afirmou, ainda no Morumbi, depois da final do Brasileirão, que pretende continuar no clube de Parque São Jorge e disputar, em janeiro, o Mundial de Clubes da Fifa. No Rio de Janeiro, pessoas ligadas à diretoria do Flamengo dão conta que o colombiano já acertou com o time carioca. O único fato certo é que Rincón está na lista de jogadores do Corinthians inscritos para a disputa do Mundial.
“Estou defendendo o clube que está me pagando. Por isso, é no Corinthians que estou e continuarei jogando. Ninguém ouviu nada da minha boca sobre o Flamengo”, disse Rincón, ressaltando que voltará sua cabeça para a disputa da competição internacional. “Vou me preparar bastante para o Campeonato Mundial. É um torneio importante.”
O meia contou que tomará cuidado nas festas de fim de ano. “Vou procurar não exagerar muito nessas festividades. Voltaremos a trabalhar no dia 27 e preciso estar bem para jogar o Mundial”, disse o colombiano, que passará o Natal no Guarujá, junto com os familiares. No domingo, participará de uma partida beneficente de futebol de praia, com outros craques que jogam no Brasil.
Rincón não está nem um pouco preocupado com as notícias de que tem problemas com seu salário no Corinthians. “Se tem algo de errado com relação à parte financeira, é uma coisa que tem de ser resolvida dentro do clube. Mas não tem nada errado aqui. A gente até recebe adiantado”, afirmou o colombiano. “Estou sendo a pessoa mais atingida nesses dias, mas garanto que nada vai me abalar.”

Timão emociona Negritude
(fonte: Gazeta Esportiva)

O vocalista do grupo Negritude Júnior, Netinho, torcedor fanático do Timão, quase não agüentou de tanta ansiedade para ver a final do Brasileirão. Ele e todo o grupo, formado por corintianos roxos, passaram todo o primeiro tempo do jogo em uma casa noturna, para receber um prêmio.
Netinho disse que, assim que terminou a premiação, ele saiu correndo para casa. “Fiquei ligado no rádio do carro e não agüentava mais de tanta vontade de ver o jogo com minha família e amigos.”
Para o Netinho torcedor, qualquer jogo que envolve o Corinthians é um espetáculo digno de ser assistido. “Tudo empolga. A união dos jogadores, da torcida. O Timão é diferente dos outros times. Mesmo quando está perdendo, mas está lutando, a torcida incentiva até o último minuto”, diz.
O vocalista do Negritude Júnior se emocionou com o pouco que conseguiu ver. “Mesmo não marcando gols, deu para sentir a força de vontade da equipe. Isso é muito mais do que uma vitória.” Para ele, a torcida é movida muito mais pela garra do time que pelos títulos conquistados.

Dualib promete mais
(fonte: Gazeta Esportiva)

A Fiel torcida corintiana pode esperar mais reforços para o time no ano que vem. A promessa é do presidente do clube, Alberto Dualib. “Vamos tentar mais contratações, já que vamos ter várias competições no ano que vem e o elenco precisa ser reforçado.”
Os novos jogadores deverão chegar nas próximas semanas, mas não vão disputar o Mundial de Clubes, em janeiro, porque já foi definido o elenco (veja quadro acima).
O Corinthians se reforçou com os zagueiros Adílson (Jubilo Iwata) e Fábio Luciano (Ponte Preta), além do lateral-direito Daniel (Ponte Preta). Mas perdeu o zagueiro André Santos, que foi envolvido na negociação com a Macaca.
Dualib ressalta a importância de vencer o Mundial de Clubes. “Vamos atrás desse título internacional, porque será um fato inédito na história do clube”, disse o presidente, que se considera um vencedor no futebol. “Nos anos 90, o Corinthians ganhou dez títulos. Provamos que somos os melhores do Brasil.” Ele se refere a três Brasileiros (90, 98 e 99), três Paulistas (95, 97 e 99), uma Copa do Brasil (95), duas Copas São Paulo de Juniores (95 e 99), e um Troféu Ramón de Carranza (96).
Futuro — Além de reforçar o elenco, o Corinthians e a Hicks Muse pretendem iniciar a construção de um estádio para aproximadamente 45 mil torcedores, que deve proporcionar vários formas de receita e comercialização com a marca do Corinthians.
O presidente Alberto Dualib também aproveitou para esclarecer: “A idéia não era arrendar o Pacaembu.”
Para o ano que vem, já está acertado um novo patrocinador, a empresa de refrigerantes Pepsi, que para estampar o nome na camisa alvinegra vai pagar R$ 10 milhões.
Neste ano, a Batavo pagou aproximadamente R$ 6 milhões. O novo contrato aumentou em 70% os ganhos do clube com o patrocínio.

Calendário será dilema em 2000
(fonte: Gazeta Esportiva)

O preparador físico do Corinthians, Antônio Mello, está quebrando a cabeça para o ano que vem. É que o Timão vai participar de sete competições, sendo que cinco delas serão realizadas no primeiro semestre (Mundial de Clubes, Rio-São Paulo, Campeonato Paulista, Copa Libertadores da América e Copa do Brasil).
“Temos que fazer um planejamento cuidadoso, porque teremos um calendário apertado no ano que vem”, ressalta. “Calculo que o time deve fazer aproximadamente 40 partidas nos primeiros seis meses. É muita coisa.”
Mesmo campeões brasileiros, os jogadores terão poucos dias de folga, em virtude do Mundial, a ser realizado em janeiro. O Corinthians estréia no dia 5, enfrentando o Raja, de Marrocos. O elenco volta aos treinos na segunda e trabalha até o dia 30. No dia seguinte, será dispensado. Mas em 1º de janeiro se reapresenta.

23/12

Timão tri no peito e na raça
(fonte: Gazeta Esportiva)

Foi suado, emocionante e dramático até o último minuto. Do jeito que a Fiel gosta. O Timão sofreu, mas segurou o empate sem gols contra o Atlético-MG e conquistou o tricampeonato brasileiro, ontem à noite, no Morumbi.
O técnico Oswaldo de Oliveira surpreendeu ao anunciar o time. Em vez de escalar um atacante no lugar de Luizão, ele optou pelo pesado volante Gilmar. Marcelinho atuou mais à frente, ao lado de Edílson. A modificação feita pelo treinador ajudou o Galo, que teve mais posse de bola e criou boas chances de gol.
Aos 10 minutos, Dida, o herói do Corinthians, fez grande defesa. O matador Guilherme recebeu passe de Belleti e chutou por cobertura, mas o goleirão evitou. Em seguida, Ronildo quase surpreendeu soltando uma bomba de longe.
O Timão, explorando apenas os contragolpes, assustava em jogadas individuais do Capetinha Edílson. Ricardinho e Vampeta não repetiram as boas atuações das últimas partidas, o que prejudicou o toque de bola no meio-campo.
A grande chance ocorreu aos 29. Marcelinho cobrou falta no ângulo esquerdo de Velloso, a bola bateu no travessão e caiu perto da linha do gol.
Na segunda etapa, o jogo ficou dramático, com lances de perigo dos dois lados e grandes defesas dos goleiros. Aos 15, Belletti perdeu gol feito, chutando para fora. Aos 30, Dida deu um leve tapa na bola para evitar o gol, num lance em que Márcio Costa tocou de maneira errada para trás.
Nos últimos minutos, o Timão, com Edu e Dinei, que entraram no segundo tempo, e Edílson, teve várias chances de fazer o gol da vitória, mas parou em Velloso. Humberto Ramos, do Galo, tentou de tudo. Colocou Adriano e Hernani, mas esbarrou na eterna garra que só o Corinthians tem.

Ficha técnica

CORINTHIANS 0
Dida; Índio, Márcio Costa, João Carlos e Kléber; Gilmar (Edu), Vampeta (Marcos Senna), Rincón e Ricardinho; Marcelinho (Dinei) e Edílson. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

ATLÉTICO-MG 0
Velloso; Bruno, Galván, Caçapa e Ronildo; Valdir (Mancini), Gallo, Belleti e Robert (Adriano); Guilherme e Lincoln (Hernani).
Técnico: Humberto Ramos.

Local: Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi), em São Paulo (SP).
Data: 22/12/99. Horário: 21H40.
Árbitro: Carlos Eugênio Símon (RS).
Assistentes: Jorge Paulo Oliveira Gomes (DF) e José Carlos da Silva Oliveira (RS).
Renda: não divulgada.
Público: não divulgado.
Cartões amarelos: Gilmar e Marcelinho (Corinthians); Galván, Caçapa e Gallo (Atlético-MG).
Cartão vermelho: Belletti (Atlético-MG).

Dida, muralha do Corinthians
(fonte: Gazeta Esportiva)

Um grande time (campeão) se começa com um grande goleiro. E Dida não foge à antiga regra dos românticos do futebol. Em uma decisão de 0 a 0, o goleirão do Corinthians fez sua parte com segurança em todas as vezes que teve de intervir.
Logo no início da partida, com elasticidade e mostrando atravessar grande fase técnica, evitou a principal chance do Atlético-MG através do artilheiro Guilherme. O atacante chutou por cobertura. Mas lá estava Dida para fazer a sua maior defesa da partida, evitando um gol certo.
O Atlético-MG precisava vencer a partida de ontem por pelo menos um gol para ser campeão. E foi todo ao ataque do começo ao fim. Além da bela defesa no início do primeiro tempo, Dida esteve presente em todos os momentos de perigo de gol do Galo. Fazendo defesas ou mostrando muita sorte (como no chute de Belletti, cara a cara, que foi para fora) e também quando evitou um gol contra do zagueiro Márcio Costa, tocando a bola para escanteio. Sua última participação foi uma dividida com o meio-campista Gallo.
No final de jogo, sem gols, o reconhecimento de todos os companheiros, que foram abraçar o grande herói da Fiel. “É muito bom ser campeão brasileiro, e receber o reconhecimento dos companheiros é melhor ainda. Tivemos muitas dificuldades durante toda a temporada, mas graças a Deus veio o título”, desabafou Dida, já chorando.
Abraçado pelo seu reserva imediato, Maurício, Dida, inclusive, largou sua costumeira calma para lembrar os companheiros de posição, como o reserva Renato, operado recentemente. “Todos me ajudaram muito”, lembrou.
Dida vibrou muito. E não era para menos. Foi vice-campeão brasileiro pelo Cruzeiro e queria muito ganhar o título pelo Corinthians. Enquanto os jogadores se aglomeravam em volta da taça de campeão, Dida olhava calmamente a alegria dos companheiros. “É bom demais ser campeão. Quero curtir muito esse título, que foi de todos da equipe”, finalizou.

Marcelinho dedica taça a Oswaldo
(fonte: Gazeta Esportiva)

O técnico Oswaldo de Oliveira não conteve a emoção depois de conquistar seu primeiro título de campeão brasileiro como treinador.
Como uma criança, não parava de pular, berrar e gritar: “É campeão!”. Ele foi carregado nos braços pelo jogadores e pela torcida e não quis muito papo com a imprensa.
O atacante Marcelinho Carioca dedicou o título ao treinador. “Esse é um prêmio que tem que ser oferecido ao Oswaldo de Oliveira. Ele teve comando, profissionalismo, carinho e muita educação com todo o grupo”, disse o camisa 7 do Timão. “O time liderou de ponta a ponta o campeonato e isso foi responsabilidade dele também”, disse o Pé de Anjo.
O diretor de futebol, José Roberto Guimarães, também ficou emocionado. “O Corinthians soube como atravessar a competição, superando adversários com muita dedicação. Hoje o Atlético-MG valorizou a nossa conquista. Mas nada para o Corinthians tem sido fácil ao longo da sua história.”

Família dá maior força a Oswaldo
(fonte: Gazeta Esportiva)

A família e os amigos do técnico corintiano Oswaldo de Oliveira foram ontem ao estádio do Morumbi para dar uma força ao parente ilustre.
O filho do treinador, Gabriel, de 12 anos de idade, estava vestindo uma camisa número sete do Corinthians, para homenagear o ídolo Marcelinho Carioca.
Junto com os irmãos, parentes e colegas de Oswaldinho, estava o técnico Renê Simões, que classificou a seleção da Jamaica para o Mundial da França, no ano passado. “Eu sou amigo do Oswaldo há 28 anos, desde a época de faculdade no Rio de Janeiro”, explicou Renê, que estudou Educação Física junto com o atual treinador corintiano.
“Fui no casamento dele, vi o nascimento de seus dois filhos”, contou Renê, que também já trabalhou ao lado de Oswaldo em clubes da Arábia Saudita e até na Seleção Brasileira de novos, em 87, no Torneio de Tóulon. Na ocasião, Renê Simões era o técnico e Oswaldo, o auxiliar.
Chuva — Os jogadores profissionais do Corinthians, que não foram relacionados para ficar no banco de reservas na partida de ontem, deram uma demonstração de amor à camisa alvinegra. Andrezinho, Yamada, Marcelo, Éwerton e Creisler, pediram para a equipe de segurança do Corinthians para assistir ao jogo da arquibancada, bem no meio da da Fiel Torcida.
Os atletas relembraram os tempos em que eram torcedores e vibraram com o Timão, mesmo debaixo de chuva.

Eu já sabia
(fonte: Gazeta Esportiva)

Como no ano passado, o Natal da Fiel não poderia ser melhor. Quem foi ao Morumbi ontem, carrregava no peito a certeza de que o Timão não iria decepcionar a nação alvinegra. Foi exatamente isso que aconteceu. Em campo, os heróis foram realizando seu trabalho. Um susto ali, uma defesa sensacional de Dida aqui, um grito de gol que ficou preso na garganta, quando a bola chutada por Marcelinho acertou a trave de Velloso. O grito de gol não saiu. Melhor. Todas as forças foram guardadas para a explosão final: Timão tricampeão. Feliz Natal, Fiel. De novo.

Paulista é da Fiel
(fonte: Gazeta Esportiva)

Mal acabou o jogo, a torcida do Corinthians invadiu as duas pistas da Avenida Paulista para finalmente festejar a conquista do Brasileirão, que só foi definida com o último apito do árbitro. A chuva não conseguiu abafar o grito “Timão, ê, ô, Timão, ê, ô”, que podia ser ouvido a distância.
Quem veio de longe, e bem antes do início do jogo, como Paulo Wolson Ferreira, que mora na Penha, não se arrependeu. A conquista do Corinthians proporcionou uma bela festa, com direito a fogos de artifício e coreografias improvisadas por quem estava na arquibancada montada na altura do número 900.
A torcida começou a chegar na avenida por volta das 20 horas. O resultado não era certo, mas o título já era comemorado por antecipação pelos corintianos. A única frustração: a partida não foi transmitida no telão instalado na avenida.
Mas estava escrito. Nada podia melar a festa da Fiel. A Paulista se transformou numa passarela em preto e branco.

22/12

DECISÃO À NOITE
(fonte: Gazeta Esportiva)

O prefeito da cidade de São Paulo, Celso Pitta, entrou ontem com uma ação cautelar na Justiça Comum para alterar o horário da decisão do Brasileirão, batendo de frente com a TV Globo, dona dos direitos de transmissão, que marcou o jogo para as 16 horas.
A Prefeitura baseou-se nos laudos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da Polícia Militar, entregues ontem à sua assessoria de imprensa. As maiores preocupações de Celso Pitta são com o trânsito e a segurança dos cidadãos paulistanos. “Férias, compras de Natal, horário de pico, saída de jogo. Tudo isso junto pode prejudicar o trânsito e causar transtorno aos cidadãos. Imaginem então se o Corinthians perder, o que poderá acontecer”, explicou o assessor do prefeito, André Sales.
A Rede Globo defendeu-se durante a transmissão da final do Torneio Seletivo (ver matéria na página 10), argumentando que a decisão do dia 22, se necessária, seria disputada às 16 horas, independentemente dos times que estivessem envolvidos na partida.
Segundo Cléber Machado, narrador da Rede Globo, o horário da decisão do Campeonato Brasileiro já estava definido há seis meses, desde o início da competição.
Este é mais um capítulo confuso na história do desorganizado futebol brasileiro, que ainda não descobriu quem manda na verdade: os dirigentes, as federações, ou as televisões, responsáveis pela transmissão dos jogos, e pela manipulação das tabelas, apenas por interesses comerciais.

Último recurso parar ter Luizão
(fonte: Gazeta Esportiva)

O técnico Oswaldo de Oliveira não acredita que Luizão participará da decisão contra o Atlético-MG e ontem deixou claro que Fernando Baiano será o substituto. O próprio Luizão avisou que não acompanhará a partida nem mesmo pelo rádio, mas a diretoria alvinegra mantém a esperança de contar com o matador.
A antecipação do julgamento não foi possível, já que a súmula do jogo não havia chegado à CBF até o final da tarde de ontem, e o clube tentou garantir o efeito suspensivo com uma medida cautelar. Nesse caso, a decisão depende do presidente do TJD, Sérgio Zveiter, que não se pronunciou até o início da noite de ontem.

Timão faz carinho na taça
(fonte: Gazeta Esportiva)

Fosse o futebol um esporte lógico, o Corinthians entraria em campo hoje com a taça na mão. Tem tudo a seu favor. O estádio, a torcida, a vantagem do empate e ainda um time mais acertado técnica e taticamente. Ainda assim, ninguém ousa contar com o ovo antes da galinha botá-lo. Por mais que a Fiel queira cantar de galo, a imprevisibilidade do futebol assusta os corintianos.
Basta um gol, uma falha da defesa ou do goleiro, um chute bem colocado ou até uma mãozinha da arbitragem, e tudo vai por água abaixo. Aí, é o Galo mineiro que vai cantar alto.
O capitão Rincón, recuperado de um problema muscular, está de volta ao meio-de-campo, para assumir o comando que sempre foi seu e liberar Marcelinho para criar. Em compensação, o ataque tem um sério desfalque. Luizão, o matador, está fora, suspenso.
O substituto deve ser Fernando Baiano, autor de seis gols na Libertadores e um dos artilheiros da competição. Mas a diretoria ainda tenta conseguir um efeito suspensivo e escalar Luizão na marra.
O Atlético-MG, ao contrário, vem com o mesmo time e os mesmos problemas. Marques, ainda machucado, está fora. Curê, seu substituto no jogo passado, perdeu a posição para Lincoln. Mais uma vez, Guilherme é a esperança de uma equipe de poucas estrelas e rara inspiração. Os gols que faltaram no domingo são, agora, a única solução.
Para desequilibrar ainda mais a favor do Timão, o jogo é novamente no Morumbi, palco das maiores conquistas recentes do clube. A Fiel esgotou os ingressos e vai fazer o barulho de sempre. Problema a mais para os mineiros, que, ainda assim, quietinhos, apostam na velha máxima de que o futebol é uma caixinha de surpresas.

21/12

Matadores preparam as armas
(fonte: Gazeta Esportiva)

Luizão e Fernando Baiano são as opções corintianas caso o matador Luizão tenha mesmo de cumprir suspensão amanhã, no último e decisivo jogo contra o Atlético-MG. Os dois têm estilos diferentes, mas já foram importantes para o clube em outros momentos.
Dinei praticamente decidiu o Campeonato Brasileiro do ano passado, dando os passes para todos os gols nos jogos finais contra o Cruzeiro. Além disso, ajudou o time a vencer o Palmeiras na Libertadores e levar o jogo para os pênaltis. Fernando Baiano foi o artilheiro da Libertadores deste ano, com seis gols, e sempre entrou bem quando o titular Luizão esteve ausente no Brasileiro.
O técnico Oswaldo de Oliveira deu indícios, ontem, de que Fernando Baiano deve mesmo ser o escolhido, ao comentar que o garoto “sempre entra bem” e que Dinei “é importante no transcorrer das partidas.” O fato de Baiano ter sido o escolhido nas três vezes em que Luizão não jogou neste Brasileiro — contra o Sport, na fase de classificação, e nos dois jogos contra o São Paulo, pelas quartas-de-finail — reforçam essa tese.
Com Baiano, a mudança tática é pequena. Ele também tem como característica a boa presença na área e a força. O problema é que, até hoje, ainda não mostrou a mesma fome de gols do titular Luizão.
Dinei aposta todas as fichas no bom retrospecto em finais e no fato de que, com ele, jogadores como Edílson e Marcelinho Carioca aparecem mais como finalizadores. Ontem, porém, já dava sinais de que vai amargar o banco. “Se eu entrar no começo, vou agüentar uns 60 ou 70 minutos. Seria uma substituição certa. Fui sincero com o Oswaldo”, disse. “Não tenho vaidade de ser titular. Quero conquistar meu terceiro título brasileiro”, diz o Gavião preferido da Fiel.

Correndo contra o tempo
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Corinthians mantém a esperança de contar com Luizão na partida decisiva contra o Atlético-MG, amanhã à tarde, no Morumbi. O atacante foi expulso no jogo de domingo e a diretoria do clube segue tentando obter efeito suspensivo para que ele jogue a final.
“O tempo corre contra a gente. Vamos tentar a antecipação do julgamento. Um outro caminho seria conseguir uma liminar que tenha o mesmo efeito”, disse o advogado do clube, João Zanforlin, que esteve reunido na tarde de ontem com o presidente Alberto Dualib e com o diretor de futebol José Roberto Guimarães. Zanforlin entrou em contato com o presidente do Tribunal de Justiça da CBF, Sérgio Luís Zveiter, e com o vice-presidente da entidade, Alfredo Nunes. “Eu senti boa vontade da parte deles, apesar de ser difícil conseguirmos o que queremos, pelo pouco tempo e pelo fato de o tribunal estar em recesso”, disse o advogado.
O Corinthians espera que o malote com a súmula do jogo seja enviado pela Federação Mineira de Futebol até o início da tarde de hoje. “Vamos aguardar. Se o jogo fosse no final de semana, poderíamos dizer à torcida do Corinthians que haveria boas chances de o Luizão jogar. Mas nessa situação fica complicado.”
O atacante Luizão falou pouco sobre o caso. “Se não der para eu jogar, vou torcer para que aquele que entrar dê conta do recado”, resumiu. O matador ficou irritado quando questionado sobre as acusações de alguns jogadores do Galo, entre eles o goleiro Velloso, de que teria premeditado a expulsão. “É coisa do passado”, desconversou.

Rincón se defende
(fonte: Gazeta Esportiva)

O meia colombiano Rincón negou ontem que tenha entrado em conflito com o clube por causa de supostos problemas no pagamento de seu salário. O jogador, que recebe com base no dólar, estaria cobrando do Corinthians o pagamento de acordo com uma cotação maior da que estaria sendo paga pelo clube. “Isso tudo é mentira. Algumas pessoas ficam dizendo que sou mercenário, mas não é bem assim. Elas só querem atrapalhar o time nessa hora de decisão”, disse.
Rincón não gostou nem um pouco da divulgação dessa história. “Se tenho problemas, vou resolvê-los dentro do Corinthians e não através da imprensa. Não fiz contrato com a imprensa para ficar falando disso”, afirmou.
O meia garantiu que não jogou no domingo por causa da contratura muscular sofrida na partida em Belo Horizonte. “Só não entrei em campo por causa da contusão. Fui poupado para o terceiro jogo contra o Atlético”, assegurou.
O colombiano fez questão de ressaltar que não existe nada de oficial entre ele e o Flamengo, que já teria dado como certa a sua contratação. “Estou pagando pelo momento bom que estou vivendo. Nessas horas, várias especulações aparecem. Mas não tem nada com nenhum clube. Só penso em trabalhar pelo Corinthians. Até acabar tudo aqui, não falo com ninguém”, disse, irritado.
Outro que ficou bravo com as notícias sobre o colombiano foi o diretor de futebol do clube, Carlos Nujud. Ele desmentiu que o Flamengo já estaria praticamente fechado com o meia. “Isso tudo é mentira.”

Timão vai às compras e traz 2 de Campinas
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Corinthians praticamente comprou uma nova defesa para a temporada de 2000. O clube acertou ontem as contratações de Daniel (lateral-direito) e Fábio Luciano (zagueiro), da Ponte Preta, e ainda pode fechar nos próximos dias com Rubens Cardoso (lateral-esquerdo), do Guarani. O zagueiro Adílson, ex-Grêmio, foi contratado na semana passada e já está inscrido no Mundial.
Pelos pontepretanos, o Timão vai pagar R$ 4 milhões e os passes de André Santos e Índio. O passe de Cardoso está estipulado em US$ 3 milhões.

Ingressos: só confusão
(fonte: Gazeta Esportiva)

Ainda há ingressos para quem quiser assistir à final de amanhã, no Morumbi, mas é preciso correr. Os guichês estarão abertos hoje, a partir das 9 horas, apenas nas bilheterias do Morumbi e do Pacaembu.
A falta de informação causou muita confusão ontem no Parque São Jorge. Torcedores corintianos ficaram revoltados com o cancelamento da venda de ingressos no local e iniciaram um tumulto. A chegada da Polícia Militar e de Dentinho, presidente da torcida e escola de samba Gaviões da Fiel, fez com que os ânimos se acalmassem, dispersando a multidão.
A procura foi intensa durante todo o dia no Morumbi e no Pacaembu, e começou várias horas antes da abertura dos guichês. Algumas pessoas, inclusive, entraram nas filas do Morumbi logo após a partida de domingo e passaram a noite na porta do estádio.
A correria por ingressos deverá continuar durante todo o dia de hoje, e a Polícia Militar estará de prontidão para evitar qualquer tipo de confusão.
O tenente Leandro Pavani, do 2º Batalhão de Choque, diz que há “muita procura por ingressos e pouca oferta”, e que por isso, às vezes, ocorrem alguns incidentes nas filas.
Apesar do grande número de pessoas, nenhum incidente mais grave foi registrado nos postos de venda. A Polícia Militar conseguiu controlar com tranqüilidade a multidão concentrada, tanto no Morumbi, quanto no Pacaembu.
Os ambulantes também trataram de garantir seu lugar nas imediações do Morumbi. A família formada por Maria Senhora de Jesus, de 68 anos, Jane dos Santos, Joveli dos Santos e Jair dos Santos, chegou ontem ao estádio e só sairá depois da final. “Quero que o Corinthians ganhe, pois assim eu vendo mais”, disse Joveli.
Os vendedores de camisetas também confiam na vitória do Timão para acabar com o estoque. Os camelôs de porta de estádio parecem ser os únicos comerciantes paulistanos satisfeitos com a disputa da decisão no horário das 16 horas.

Jogo às 16 horas revolta comércio
(fonte: Gazeta Esportiva)

A programação do jogo de amanhã para as 16 horas revoltou os representantes da Associação dos Lojistas de Shopping de São Paulo.
O presidente da associação, Nabil Sahyoun, explica os motivos da bronca: “Os comerciantes esperam o ano inteiro por essa época, mas os interesses comerciais tomaram conta do campeonato, prejudicando o consumidor. Imagine o que vai acontecer com a avenida Paulista, principalmente se o Corinthians for campeão”, prevê Sahnyoun. “Centenas de lojas serão prejudicadas.”
O presidente confirma que mandou uma carta ao presidente da FPF, Eduardo Farah, em 1998, expondo o caso, sem efeito. “Este ano, vou mandar uma para a Globo”, ironizou.

PM teme recordes de congestionamento
(fonte: Gazeta Esportiva)

A Polícia Militar não se incomoda com a mudança de horário, mas sim com o caos que poderá se instalar no trânsito paulistano antes e após a partida entre Timão e Galo.
O tenente Leandro Pavani, do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar, explica o seu temor. “A população que estiver saindo do serviço vai se encontrar com o público que estiver saindo do estádio. Vamos ter grandes transtornos e recorde de congestionamentos.”
Para Pavani, o fato de ser véspera de Natal aumentará ainda mais a confusão.
“É um desrespeito para com a população. Se o Corinthians vencer, o comércio da avenida Paulista será muito prejudicado”, constata.
O esquema de trânsito em volta do estádio será o mesmo utilizado no último domingo.

20/12

Timão está a um empate do título
(fonte: Gazeta Esportiva)

Foi fácil demais. O Timão mostrou ontem que é o melhor time do Brasil, não teve problemas para matar o Galo, fez os gols da vitória por 2 a 0 na hora que bem entendeu e, agora, precisa de um simples empate, quarta-feira, no Morumbi, para conquistar o terceiro título brasileiro de sua história.
O Corinthians já saiu na frente antes mesmo de o jogo começar. Humberto Ramos apostou no atacante Curê para puxar os contragolpes e se deu muito mal. O jogador não acertou um lance sequer e chegou a atrapalhar o matador Guilherme em diversas ocasiões.
Com um meio-campo fraco tecnicamente, os mineiros não conseguiam armar bons contra-ataques nem assustar o adversário, que tinha o domínio do jogo. Tanto que, em pouco mais de 15 minutos, o Timão criou quatro boas chances de gol. A mais perigosa foi num chute de Ricardinho, que exigiu grande defesa de Velloso.
Edílson bailava pelo lado esquerdo na primeira etapa, deixando o durão Galván várias vezes no chão. Até o jovem Kléber fez a festa pela lateral, de onde saiu o primeiro gol. Aos 28, ele cruzou com precisão, a bola passou pela zaga e chegou a Luizão, que desviou de cabeça: 1 a 0.
Na segunda etapa, Oswaldo de Oliveira manteve a postura ofensiva de sua equipe e Humberto Ramos tentou corrigir o erro que havia cometido. Substituiu o perdido Curê por Lincoln. O time mineiro melhorou e passou a preocupar Dida. Guilherme teve duas chances, mas errou o alvo.
Do outro lado, Luizão não perdoou e deu a extrema-unção ao Galo bem antes do fim do jogo. Aos 14 minutos, ele aproveitou rebote de um chute de Ricardinho e só empurrou a bola por baixo de Velloso.
Com 2 a 0 no placar, o Timão colocou o Galo na roda para delírio dos torcedores.

Ficha técnica

CORINTHIANS 2
Dida; Índio, Márcio Costa, João Carlos e Kléber (Augusto); Vampeta, Gilmar, Marcelinho (Marcos Senna) e Ricardinho (Edu); Edílson e Luizão. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

ATLÉTICO-MG 0
Velloso; Bruno, Galván, Caçapa e Ronildo; Valdir, Gallo, Belleti (Adriano) e Robert (Mancini); Guilherme e Curê (Lincoln). Técnico: Humberto Ramos.

Local: Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi), em São Paulo.
Data: 19/12/99. Horário: 18h30.
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG).
Assistentes: Jorge de Oliveira Gomes (DF) e José Carlos Oliveira (RS).
Renda: não divulgada.
Público: não divulgado.
Gols: Luizão, aos 28 minutos do primeiro tempo, e, aos 14 minutos do segundo tempo.
Cartão amarelo: Valdir (Atlético-MG).
Cartão vermelho: Luizão (Corinthians).

Timão convoca Fiel para a decisão
(fonte: Gazeta Esportiva)

Os jogadores do Corinthians saíram de campo com a certeza de que o título brasileiro está bem perto. “Quarta-feira a gente define isso”, prometeu Marcelinho. “Com o apoio da nossa torcida, tenho certeza de que seremos campeões”, disse o Edílson, convocando a Fiel para lotar mais uma vez o estádio do Morumbi.
Depois da vitória de 2 a 0 de ontem, a confiança tomou conta do elenco corintiano. “Fomos superiores ao Atlético e também tivemos o equilíbrio emocional para vencer este jogo”, comemorou Marcelinho. “O nosso time está bastante confiante. Mostramos que temos capacidade para sermos campeões e agora a preocupação é toda deles”, confirmou Edílson, lembrando que o Timão joga por um empate.
Um dos corintianos mais eufóricos era o lateral Kléber, que participou das jogadas dos dois gols do Timão. “Foi um dia especial para mim, principalmente depois das pressões que sofri esta semana. Estou feliz com o meu desempenho”, desabafou o jogador.

Dá empate no duelo
(fonte: Gazeta Esportiva)

Se o Corinthians conseguiu a vitória no segundo jogo da decisão do Campeonato Brasileiro, o duelo entre Marcelinho Carioca e Velloso terminou empatado. Durante os 75 minutos em que esteve em campo (o meia foi substituído por Marcos Senna, aos 29 minutos do segundo tempo), Marcelinho chutou apenas três vezes ao gol atleticano, sendo que apenas um bola chegou às mãos de Velloso.
Errando muitos passes, o meia corintiano apareceu pouco e não conseguiu realizar nenhuma jogada que agradasse à Fiel. Nem mesmo nas cobranças de falta, sua especialidade, ele se deu bem. As duas punições cobradas não resultaram em nenhum lance de perigo para a defesa mineira.
Velloso, porém, não decepcionou. Embora tenha sofrido dois gols, o goleiro não teve muito trabalho durante a partida. Apenas quatro chutes chegaram até ele, sendo o mais perigoso um de Ricardinho, aos 15 minutos da etapa inicial.
Quanto aos gols, Velloso não teve culpa nos dois lances, ambos resultados de jogadas nas quais Luizão explorou sua velocidade e oportunismo com grande competência.

Matador Luizão tumultua o final
(fonte: Gazeta Esportiva)

O atacante Luizão foi o herói do Corinthians no jogo de ontem no Morumbi. Marcou os dois gols da vitória, chega aos 21 no Brasileiro, mas aos 48 minutos do segundo tempo forçou sua expulsão ao entrar violento em Mancini, do Atletico. Agora, os advogados corintianos vão tentar uma maneira de colocar em campo o artilheiro do Timão no Campeonato Brasileiro no jogo de quarta-feira, mesmo com o Tribunal da CBF já estando em período de férias.
Luizão não é o tipo do atacante falador que faz promessas antes de cada partida. Faz primeiro sua parte para depois contar o feito. Ontem no Morumbi foi assim. Enquanto esteve em campo foi um tormento para a defensiva do Atlético. Correu, passou e chutou para o gol todas as bolas que teve chance até marcar.
Mesmo com os dois gols que marcou, Luizão saiu sem festa do Morumbi. Saiu sendo acusando de tentar tumultuar o time atleticano quando forçou a expulsão, após entrar violentamente em Mancini, aos 48 minutos do segundo tempo. Depois acusou o árbitro Márcio Resende de Freitas de persegui-lo. Em todas suas declarações, Luizão afirmou que chegou a alertar o Corinthians que seria perseguido por Resende. “Eu avisei a diretoria do Corinthians que ele daria cartão para mim. Tinha certeza que me tiraria do jogo decisivo como acabou aconteceu. Ele me persegue há anos”, protestou Luizão no intervalo da partida após receber o amarelo.
Luizão abraçou carinhosamente seu amigo Guilherme, do Atlético e artilheiro do Brasileiro com 28 gols, antes do jogo. “O Márcio Resende é o culpado de tudo. Ele não gosta de mim”, justificou o artilheiro do Timão ao sair de campo expulso após a entrada faltosa.
Luizão se refere a perseguição de Márcio Resende ao jogo em que ele foi expulso contra o Coritiba, em 97, quando jogava pelo Palmeiras. Ele atingiu um adversário e o árbitro mineiro foi severo no relatório contra o atacante que acabou sendo suspenso por sete partidas quando foi julgado.
Fora dos problemas, quem curtiu muito os gols de Luizão na decisão de ontem contra o Atlético foi seu pai, Cidão, corintiano fanático. Agora sua escalação é um caso jurídico.

Chefe livra cara de Luizão
(fonte: Gazeta Esportiva)

O técnico do Corinthians, Oswaldo Oliveira foi taxativo: "Eu não pedi para o Luizão cavar a expulsão. Eu sou o chefe do banco e não ouvi ninguém pedir para que ele tomasse essa atitude”, explicou.
E acrescentou sobre esse assunto. “Se eu estivesse com medo de que um dos meus jogadores fossem punidos, teria tirado todos os que estão pendurados com quatro amarelos assim que marcamos o segundo gol.
O treinador adiantou ainda que gostou da marcação da sua defesa que não deixou o ataque do Atlético jogar. “O Gilmar superou a expectativa. Esteve muito bem na marcação. É evidente que o Rincón faz muita falta. Não quero confirmar a escalação do Gilmar para o jogo de quarta-feira. Eu vou aguardar até aquarta-feira para saber se ele terá condições de voltar ao time", comentou.
O treinador corintiano elogiou o trabalho do Atlético dizendo que valorizou a vitória corintiana. Ao mesmo tempo isentou o árbitro de qualquer interferência na partida.rma. Está atravessando uma grande fase.

Timão vai às compras

O Corinthians promete anunciar hoje reforços para a disputa do Mundial Interclubes da Fifa, que acontece em janeiro. “Vamos ter algumas novidades amanhã (hoje)”, revelou o presidente do clube, Alberto Dualib. O nome mais provável para chegar ao Timão é o do zagueiro Fábio Luciano, revelação da Ponte Preta neste Campeonato Brasileiro e que tem o passe avaliado em R$ 2,8 milhões.
Como o prazo de inscrição para o Mundial da Fifa termina hoje, o Timão deve aproveitar para acertar com mais alguns reforços. Além de Fábio Luciano, o time pode trazer um pacote de Campinas. Os outros nomes pretendidos pelo Corinthians são para as laterais. Daniel joga pelo lado direito e também é da Ponte Preta. Para a esquerda, Rubens Cardoso, do Guarani, é a grande pedida.
Vou de táxi - Depois de ter sido vetado para o jogo, Rincón nem ficou no Morumbi para ver a vitória do Timão. O jogador, que não se recuperou completamente da contusão, pegou um táxi na frente do estádio e foi embora.

Alegria: Aconteceu o que todo corintiano imaginava
(fonte: Gazeta Esportiva)

A Fiel empurrou o Corinthians ontem no Morumbi. Aplaudiu, xingou, berrou e o time chegou à vitória sobre o Galo. Quarta-feira tem mais. Em dois dias, a galera do Corinthians recupera o fôlego e fica pronta para nova batalha
O ano vai chegando ao fim do jeito que a Fiel torcida idealizava. O Corinthians está com a mão da terceira taça de campeão brasileiro, a segunda de forma consecutiva. O Morumbi foi só alegria, ontem, e a torcida vai invadir o estádio mais uma vez na quarta-feira. Os 60 mil ingressos estão à venda a partir de hoje, às 10 horas, no Morumbi e no Pacaembu.
Mais uma vez, o Natal vai se desenhando com as cores preta e branca do Parque São Jorge. A vitória por 2 a 0 coloca o Corinthians com a vantagem do empate na decisão.
Se na semana passada o dono da área foi Guilherme, dessa vez no Morumbi, o nome do gol foi Luizão. O centroavante do Corinthians entrou em campo com tanta garra e vontade que não apenas marcou os dois gols do jogo, como também cavou sua expulsão. A ausência do artilheiro vai ser o único motivo de lamentação para a Fiel.
A defesa do Atlético apresentou as mesmas falhas cometidas na vitória por 3 a 2 no Mineirão. Para delírio da torcida corintiana, o matador não hesitou em deixar sua marca. Ao contrário, a zaga do Corinthians dessa vez não deixou passar nada, contrariando os números que a colocam na estatística das piores defesas de todos os tempos. A ordem é não errar na quarta-feira.

Fiel - Foi jogo de uma torcida só
(fonte: Gazeta Esportiva)

Três horas antes do início da decisão de ontem, o clima de final já predominava nas imediações do Morumbi. A festa da Fiel Torcida contagiou as ruas próximas ao estádio, espantando até a chuva que desabou durante, pelo menos, 25 minutos, antes do jogo.
“É jogo de uma torcida só. Não devemos ter problema mais grave”, disse o major Marcos Marinho, do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O vendedor de camisetas João Lúcio Macena reclamava do fraco movimento, apesar do grande número de torcedores. “Não pode dar Galo de jeito nenhum. Se eles ganharem, o Natal vai ser magro”, disse o palmeirense, que dessa vez estava torcendo pelo Timão.
O torcedor Fábio Luiz Martins comprou a camiseta com a foto do ídolo Edílson e não se arrependeu de gastar R$ 15. “Pelo Timão, eu gasto todo meu salário”, resumiu.
A torcida corintiana, seguindo as declarações dos jogadores durante a semana, estava muito confiante na vitória do Timão. “O Corinthians não perde, nem que a vaca tussa”, garantiu o fiel Maurício Santos, que levou uma vaca alvinegra em cima de seu carro.

19/12

Será que tudo isso foi em vão?
(fonte: Gazeta Esportiva)

Melhor time ao longo de todo o campeonato, melhor ataque, líder de cabo a rabo, 17 vitórias em 27 partidas. A campanha do Corinthians é empolgante, digna de campeão. Mas nada disso terá a menor importância se hoje, às 18h30, no Morumbi, o time não conseguir ao menos um empate contra o Atlético-MG.
A vitória seria ideal, porque o time recuperaria a vantagem de mais um empate na última partida da final. A derrota, porém, significa o fim. Ou seja, tudo isso terá sido em vão para o Timão.
Depois do susto com a derrota por 3 a 2 para o Atlético, domingo passado, todos os cuidados serão tomados para a tragédia não se repetir. Desta vez, a Fiel vai estar presente, o campo é conhecido — foi ali que o Corinthians eliminou Guarani e São Paulo nas fases anteriores — e o time vai estar com força máxima.
O capitão Rincón vai estar em campo, mesmo depois de ter se machucado na primeira partida. João Carlos está de volta à defesa, também recuperado de contusão. E, na lateral, o garoto Índio também está pronto para reassumir a vaga.
O problema é que, apesar de tanta força, do outro lado estará o Galo mineiro, simplesmente do goleador da competição, o atacante Guilherme, 28 gols. No primeiro jogo, inspirado, deixou sua marca por três vezes. Agora, é verdadeiro motivo de pesadelo para a Fiel e ingrediente a mais para transformar o jogo numa batalha.
Do lado mineiro, uma baixa considerável: Marques, machucado, está fora. Em compensação, o experiente Velloso, 31 anos, retorna. Inimigo conhecido desde os tempos de Palmeiras, vai travar outro duelo com Marcelinho.

Oswaldo de Oliveira não quer desespero
(fonte: Gazeta Esportiva)

O treinador Oswaldo de Oliveira não quer ver o Corinthians desesperado no jogo de hoje, contra o Atlético-MG, no Morumbi. A derrota dá o título brasileiro para a equipe mineira e o técnico sabe que o empate não será ruim. “Dependendo do andamento da partida, o empate não será ruim. Para nós, a decisão tem de ir para o terceiro confronto”, disse. “Mas isso não quer dizer que o Corinthians vai jogar pelo empate. Queremos é vencer”.
Oswaldo de Oliveira garante que o comportamento da equipe será diferente do primeiro tempo do jogo de Belo Horizonte. “Vamos atuar como na segunda etapa: atacando o Atlético sempre em busca do gol. Saímos do Mineirão naquele dia com a sensação de que, se tivesse mais cinco minutos, empataríamos a partida”, afirmou.
No rachão de ontem, na Fazendinha, Rincón treinou normalmente e praticamente assegurou sua presença em campo. “Ele deve jogar mesmo. Treinou bem e não sentiu nada”, disse o médico Joaquim Grava. Oswaldo preferiu a cautela. “Vou esperar até a hora do jogo para definir”, disse.

Receita simples para brecar o matador
(fonte: Gazeta Esportiva)

Os zagueiros do Corinthians estão se desdobrando para encontrar a receita para brecar o artilheiro Guilherme. Até agora, todos os ingredientes usados pelos adversários do Atlético-MG no Campeonato Brasileiro foram insuficientes. Os defensores do Timão apostam em um modo teoricamente simples: atenção durante todos os 90 minutos.
“O maior perigo é dar espaço para ele dentro e fora da área. Isto tudo parte de um senso coletivo. Os zagueiros, os laterais e os jogadores de meio-campo têm que trabalhar forte para a bola não chegar nos pés dele”, disse Márcio Costa.
Apesar da preocupaçãocom o matador do Galo, Márcio ressalta as dificuldades que deverá encontrar para marcar o restante do time mineiro. “Nós não podemos ficar só pensando nele. Temos que ficar ligados em todos”, disse o zagueiro.
O seu provável companheiro de zaga, João Carlos, tem a mesma opinião. “Não é só o Guilherme. Tenho certeza que teremos trabalho contra quem entrar no lugar do Marques”, afirmou o zagueiro, comentando sobre os prováveis substitutos do atacante (Adriano, Lincoln e Curê).

Decisão agita família de becão
(fonte: Gazeta Esportiva)

A decisão do Campeonato Brasileiro está mexendo com o zagueiro João Carlos e toda a sua família em Sete Lagoas, perto de Belo Horizonte. O pai Geraldo dos Santos e um irmão, além do próprio jogador, são cruzeirenses. A mãe Conceição e outros dois irmãos torcem pelo Atlético-MG, eterno rival do Cruzeiro e adversário do Corinthians na final.
“São engraçadas essas coisas de família. Ela está dividida entre Atlético e Cruzeiro e sempre dá discussão quando os dois se enfrentam”, afirmou. “Agora que estou no Corinthians, e enfrentando o Atlético, isso é ainda maior. Como cruzeirense, estou bastante motivado para encarar o Galo”, garantiu o zagueiro.
João Carlos se diverte quando fala de sua mãe. “Ela é atleticana roxa. Mas quando eu enfrentava o Atlético na época do Cruzeiro, ela sempre dizia que torcia por mim. Agora ela está dizendo que está fazendo a mesma coisa nessa decisão”.
Mesmo defendendo o Timão, João Carlos não esquece as origens e ressalta que o Cruzeiro continua batendo forte no seu coração. “Meu irmão Geraldo Antônio sempre me levava para os jogos do Cruzeiro no Mineirão. Assim, fui pegando gosto pelo clube. Apesar de que na minha infância o Atlético tinha uma equipe melhor”, contou. “Esse meu irmão, aliás, é cruzeirense doente e já me ligou pedindo para ganhar do Galo na decisão”.
O zagueiro destacou o crescimento do futebol de Minas Gerais no cenário brasileiro nos últimos anos. “O fato de dois times mineiros chegarem a duas decisões consecutivas já mostra isso. Assim como o Cruzeiro de 98, o Atlético desse ano também é forte. Está com a mesma base da equipe campeã mineira”, afirmou João Carlos. “Além do Guilherme, que está fazendo muitos gols, o Galo tem um bom meio-campo com Valdir, Gallo e Belletti. Estão fazendo por merecer onde conseguiram chegar nesse Campeonato Brasileiro”, elogiou.

Superstição mineira tira Luizão do sério
(fonte: Gazeta Esportiva)

O atacante Luizão não gostou nem um pouco da superstição do técnico do Atlético-MG, Humberto Ramos, que prevê o título do Galo baseado em uma coincidência histórica. O clube mineiro conquistou o seu primeiro e único título nacional exatamente no dia 19 de dezembro de 1971, data que coincide com a da partida desta tarde.
“Eles não vão encontrar nenhuma galinha morta aqui. Esse tipo de coisa foi criada pelo Humberto, mas eu tenho certeza de que os jogadores do Atlético não estão considerando essas coincidências”, comentou o jogador.
O atacante tem dois motivos para se sentir motivado a pegar o Galo. Além da vontade natural de vencer o rival para ficar mais perto do título, Luizão vai jogar da forma preferida: pertinho do gol. “Em casa eu atuo mais na frente e por isso as chances de fazer gols aumentam. Fora de São Paulo, procuro jogar mais para a equipe”, explicou.
O Galo reverteu a vantagem alvinegra e jogará fora de casa, mas Luizão acha que esses fatores não dão a certeza de que os mineiros jogarão fechados. “Não vão fazer isso, pois senão vão perder. Eles sairão e nós tentaremos explorar o contra-ataque, nossa principal arma”, adiantou

Dupla que joga por música
(fonte: Gazeta Esportiva)

Fora de campo eles parecem não estar no mesmo ritmo. Cada um segue seu enredo. Harmonia não é o forte. No gramado, algumas vezes desafinam e um exagera no tom com o outro. Mas, na maioria das vezes, do entrosamento da dupla depende o sucesso do Corinthians.
Afinal, Marcelinho e Edílson formam a comissão de frente do Timão e jogam por música. De seus pés, pode nascer a bateria de gols que a equipe tanto precisa hoje.
Além da velocidade impressionante, do bom toque de bola, do drible fácil e da intimidade com as redes, os dois têm algo mais em comum: o prazer pela música.
Marcelinho Carioca é integrante da grupo Divina Inspiração, que tem como maior sucesso a música “Olhos Espirituais”. Já Edílson é dono da banda Raça Pura, que estourou nas FM's com “O Pinto”.
Nos últimos tempos, os dois andam distantes do mundo artístico. Estão concentrados só na decisão do Brasileiro, mas nunca negaram a paixão pela música. Basta um momento de folga e descontração e lá vão eles para o samba.
“Agora não dá para pensar nisso. Deixei tudo de lado porque quero me concentrar só na decisão”, afirma Edílson, que deixou com o irmão a responsabilidade sobre o grupo.
Depois da final, especialmente no período de férias, de volta a Salvador, o baiano vai voltar a investir pesado em sua segunda opção depois do futebol. O mesmo deve acontecer com Marcelinho, que encontrou na música outra forma de demonstrar sua fé.
Até lá, para desespero dos marcadores, a dupla vai continuar fazendo barulho em campo e a fazer zagueiros dançarem à sua frente.

Tudo a ver — Os nomes escolhidos para as bandas representam bem o estilo de cada um. Edílson, o endiabrado camisa 10, é cheio de provocações — já fez até embaixadas contra o Palmeiras — e costuma crescer em finais. Ele se enquadra bem com o nome “Raça Pura”. Já Marcelinho, Atleta de Cristo, costuma conversar com a bola e pedir a Deus a força necessária para acertar o ângulo adversário. Nada melhor do que “Divina Inspiração”.

Pé de Anjo promete pagar dívida
(fonte: Gazeta Esportiva)

O atacante Marcelinho decepcionou os corintianos no último domingo com uma atuação apagada diante do Atlético-MG. O Pé de Anjo sabe que ficou devendo e promete pagar à Fiel com juros e correção monetária nesta tarde.
“A torcida pode ter certeza de que verá um Marcelinho bem diferente da semana passada. Os corintianos vão ver o futebol que sempre apresentei em jogos finais”, garantiu o Pé de Anjo. “Aquele domingo não vai se repetir. Eu nem entrei em campo”, completou.
O Timão viveu uma semana de expectativa, causada pela derrota no primeiro jogo para o Galo e pela dúvida quanto às escalações de Rincón, Nenê, João Carlos e Índio, que estavam contundidos. Em vez de desanimar, todos esses obstáculos estão servindo para motivar Marcelinho, que não vê a hora de apagar a fraca atuação no último domingo. “Agora, a nossa situação está mais difícil. É por isso que se torna mais gostoso”, comentou.

Capetinha espera ajuda dos céus
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Capetinha Edílson espera uma ajuda divina para a partida contra o Atlético-MG, no Morumbi. “Vamos ver se o homem lá em cima dá uma iluminada na minha estrela. Sempre me dou bem em decisões e espero que Ele me ajude novamente”, disse o atacante.
Edílson sabe que os torcedores depositam muita confiança no seu futebol, já que costuma marcar gols nessas horas decisivas, como nas finais do Brasileirão de 98 e no Paulistão desse ano. “Sei que a responsabilidade é grande. Ganhamos bem para isso e temos que mostrar o melhor dentro de campo”, afirmou.
O Atlético-MG terá hoje a volta do goleiro Velloso, que cumpriu suspensão automática em Minas. O Capetinha sabe que será difícil bater o ex-companheiro de Palmeiras. “Ele é um grande goleiro. Joguei bastante tempo com ele no Palmeiras. Vamos ter que chutar bolas indefensáveis para batê-lo. Essa missão não será nada fácil”, comentou.

18/12

Nos números, equilíbrio total
(fonte: Gazeta Esportiva)

Se depender do retrospecto, Corinthians e Atlético-MG vão fazer um jogo equilibrado amanhã. Os números são surpreendentemente iguais em jogos do Campeonato Brasileiro. Dez vitórias para cada um, 31 gols marcados, uma goleada por quatro de diferença para cada lado. No ano passado, o Timão fez 5 a 1. Neste ano, o Galo devolveu: 4 a 0. Nada aponta vantagem, o que esquenta mais o clima de final.
Um equilíbrio que vem de longa data. No primeiro Brasileirão, em 1971, não houve vencedores. O jogo, disputado em São Paulo, terminou 0 a 0. O Atlético-MG terminaria campeão nacional nesse ano.
Nos dois confrontos seguintes, manteve-se a igualdade. Em 72, em dois jogos disputados em Belo Horizonte, dois empates: 1 a 1 e 0 a 0. A primeira vitória para um dos lados aconteceu em 74: Atlético-MG 2 x 0 Corinthians. No mesmo ano, os mineiros voltaram a levar a melhor: 3 a 1. A primeira vitória corintiana só ocorreu em junho de 74, pelo placar de 1 a 0.
Apesar do equilíbrio em retrospectos, no atual Brasileiro a vantagem é mineira. Como venceu no domingo passado, o Atlético-MG passou a depender de dois resultados iguais para ser campeão. Ou seja, de agora em diante, os mineiros torcem para que o equilíbrio se mantenha. Ao Corinthians só resta a alternativa de acabar com a igualdade.
A favor do Corinthians, apenas o fato de que quem joga em casa costuma levar a melhor. O Galo venceu apenas quatro vezes fora. O Timão é mais equilibrado. Venceu cinco em casa e cinco fora. A maior goleada foi em Minas.

Kléber corrida rumo à glória
(fonte: Gazeta Esportiva)

Aos 19 anos, Kléber custa acreditar que seja atualmente o titular da camisa 6 do Corinthians e, mais do que isso, já ter a oportunidade de conquistar o primeiro título brasileiro de sua carreira. O lateral-esquerdo, revelado nas categorias de base do clube, é um bom exemplo de atletas que tiveram ascensão meteórica no futebol. Há 11 meses, defendia o Timão na campanha vitoriosa da Copa São Paulo de Juniores. “Eu não esperava ter essa chance tão cedo, mas sempre acreditei que pudesse acontecer”, disse.
A chegada de Augusto, contratado da Portuguesa, no meio do ano, para o lugar de Silvinho, vendido para o Arsenal, da Inglaterra, não chegou a decepcionar o jogador. “Ele estava bem, mas coloquei na cabeça que agarraria a posição com unhas e dentes quando o Oswaldo (de Oliveira, técnico) precisasse de mim”, contou.
Paulistano do bairro de Itaquera (Zona Leste da Capital), o lateral passa pelo momento mais delicado desde que chegou ao Parque São Jorge. Ele teve de lidar durante toda esta semana com um peso nas costas, pela má atuação na primeira partida da decisão contra o Atlético-MG, domingo passado. De uma falha de marcação sua saiu o primeiro gol do Galo na vitória mineira por 3 a 2.
“Eu fiquei muito chateado, pois nunca tive uma atuação como aquela. A ansiedade atrapalhou e eu acabei ficando um pouco nervoso na hora”, admitiu. O jogador já foi alertado pelos jogadores mais experientes e por Oswaldo de Oliveira. Kléber acha que aprendeu a lição. “Como eu sou um dos mais novos do elenco, tenho que ouvir para pegar experiência. Agora vou ter uma boa chance de dar a volta por cima”, afirmou o lateral. Ele procura driblar a ansiedade ouvindo música e vendo TV quando não treina.
Kléber conta com total apoio do treinador, que segue apostando alto em seu futebol. “Ele está crescendo aos poucos. É normal que o Kléber oscile nesta fase, mas a tendência é que se firme na equipe titular”, analisou Oswaldo de Oliveira. O técnico do Corinthians vem moldando Kléber desde o ano passado, quando era auxiliar do então técnico corintiano, Wanderley Luxemburgo, hoje comandando a Seleção Brasileira.

Escalação de Rincón vira filme de mistério
(fonte: Gazeta Esportiva)

Ainda não foi ontem que a torcida corintiana ficou sabendo se verá Rincón em campo na segunda partida contra o Atlético-MG, amanhã, no Morumbi. Havia a expectativa de que o meia colombiano participasse do coletivo da tarde, no campo do Romão, em Atibaia. Mas o jogador fez apenas um treino físico, correndo pelo gramado. Rincón se recupera de uma contratura na coxa esquerda.
“Ele treinou pela manhã, mas preferimos não colocá-lo no coletivo. A definição só deverá acontecer amanhã (hoje)”, disse o médico do clube, Joaquim Grava. O meia saiu do treino com uma bolsa de gelo no local da lesão e não deu entrevistas.
Caso Rincón não tenha condições de jogo, seu provável substituto será Gilmar. João Carlos deve formar a dupla de zagueiros com Márcio Costa.

Edílson bate papo para não amarelar
(fonte: Gazeta Esportiva)

O atacante Edílson encontrou uma fórmula de não receber cartão amarelo na hora de tentar arrumar um pênalti para o Corinthians e, por isso, ficar de fora de um possível terceiro jogo contra o Atlético-MG. O Capetinha revelou que pretende ter uma conversa com o árbitro Márcio Rezende de Freitas antes do jogo. “Vou falar para ele que, se cair na área, é porque fui mesmo atingido pelo adversário. Não é enrolação”, disse. “Tem muito árbitro que já vem mostrando cartão amarelo, pensando que estou cavando.”
Edílson contou que esse método já foi utilizado na partida em Belo Horizonte, com o árbitro paulista Oscar Roberto Godoi. “Falei com ele sobre isso e, mesmo tendo caído na área duas vezes, não aconteceu nada comigo”, comemorou.
Além do Capetinha, o Corinthians tem mais cinco jogadores pendurados — Luizão, Kléber, Dida, João Carlos e Rincón. Assim como na semana passada, o treinador Oswaldo de Oliveira já passou orientações para os atletas sobre esse assunto. “Eles não podem reclamar à toa com o árbitro”, recomendou o chefão.

17/12

Oswaldo rebate críticas
(fonte: Gazeta Esportiva)

Com seu jeito sereno de sempre, Oswaldo de Oliveira resolveu desabafar, ontem, sobre as críticas que recebe por causa do estilo conciliador de dirigir o Corinthians. O treinador não entende a razão de as pessoas dizerem que ele não tem comando. “Ainda não compreendi essas críticas. Pode ser que haja alguma resistência à minha maneira de trabalhar, sei lá”, disse Oswaldo. “Parece que olho num caleidoscópio. Todo dia tem uma faceta diferente. Acho que se vivesse mais 300 anos, não acharia explicação.”
Oswaldo acredita que as críticas não terminarão, mesmo se o Corinthians ganhar o Brasileirão. “Essas coisas vão continuar caso o Corinthians não ganhe o Mundial. Não tem jeito”, reconheceu.
O técnico corintiano contou que, mesmo com as críticas constantes, está satisfeito. “Nesse tempo, não sei se ganhei mais títulos ou mais críticas. Detesto advogar em causa própria, mas estou feliz com o que já fiz aqui no Corinthians”, afirmou. “Eu não tinha história como treinador, mas provei minha competência com resultados. Não me lembro de outra equipe ter liderado o Brasileirão de ponta a ponta.”
Oswaldo comentou que outros treinadores com pouca experiência também sofrem com as críticas. “Tem vários outros exemplos desse caso, como o Marco Aurélio, que levou a Ponte Preta até os playoffs, e o Humberto Ramos, que já tem sucesso mesmo pegando o time na reta decisiva”, disse.
Além das críticas, o treinador do Timão terá de administrar um problema sério no futuro: as férias dos jogadores. Um mês depois do Mundial, o Corinthians estreará na Copa Libertadores. “Já tenho algumas diretrizes com relação às férias dos atletas, mas meu pensamento agora está todo voltado para o Brasileirão.”

Luizão teme fantasma Márcio Rezende
(fonte: Gazeta Esportiva)

No segundo jogo da final do Brasileirão, o atacante só torce para não voltar a ter problemas com o árbitro Márcio Rezende
Atibaia — O atacante Luizão tem se esforçado para esquecer a arbitragem, mas o fantasma do homem de preto o incomoda cada vez mais, à medida em que se aproxima o segundo jogo da decisão do Brasileiro. A assombração tem nome: Márcio Rezende de Freitas. O matador corintiano acumula, há dois anos, desavenças com o juiz mineiro e teme ser prejudicado.
“Não gosto dele. Sempre me dá cartão, me expulsa”, chia. Os problemas dele com Resende vêm dos tempos de Palmeiras. De lá para cá, Luizão perde a pose quando sabe que o árbitro comandará o jogo.
“Fui injustiçado. Na Copa do Brasil de 97, contra o Coritiba, foi uma expulsão boba. Ele achou que eu tinha dado uma cotovelada em um jogador. Peguei sete jogos de suspensão”, conta Luizão, que também levou cartão vermelho no Vasco. Se pudesse, ele vetaria a escalação do árbitro. Sem esse poder, resta ao jogador esquecer antigos conflitos. “O que aconteceu é passado.” Ele evita generalização e deixa claro que respeita árbitros como Oscar Roberto Godoi, que apitou a primeira partida, domingo passado, no Mineirão. “É enérgico, mas não persegue.”
Apesar da preocupação, Luizão mantém o otimismo. “Temos boa chance de reverter a situação atuando em casa. Não podemos deixar para depois o que podemos fazer antes”, filosofa.

Ingressos muita confusão
(fonte: Gazeta Esportiva)

Os torcedores corintianos que esperavam tranqüilidade para comprar os ingressos para a grande final do Campeonato Brasileiro, no estádio do Morumbi, foram surpreendidos.
Filas gigantescas, empurra-empurra, ação de cambistas, confusão e os tradicionais “malandros” que furam as filas obrigaram o 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar a intervir nos postos de venda. Logo no final da manhã já estavam esgotados os chamados ingressos populares (arquibancada e geral).
“Isto é um absurdo. Cheguei cedo e levei borrachada da PM antes de conseguir o meu ingresso. Se eu não sou malandro, ia voltar para o final da fila e perder a minha chance de ver o Timão detonar os mineiros”, disse o torcedor Carlos Alexandre Silva, que garante ter chegado às 8h no estádio do Pacaembu para comprar seu ingresso para o jogo.
Agora, os torcedores que quiserem ver a partida entre o Corinthians e Atlético-MG, terão de desembolsar R$ 30,00 pelo ingresso de cadeira especial, a numerada.
Segundo o Departamento de Arrecadação do Corinthians, ainda resta no Parque São Jorge uma quantidade muito pequena de ingressos para a arquibancada especial, que custa R$ 20,00, e também muito poucos ingressos das cadeiras inferiores, que custam R$ 15,00. Mas estes ingressos devem terminar minutos depois da abertura dos guichês. No Pacaembu, só restam 3 mil ingressos de numerada.
Os guichês do Parque São Jorge abrem às 9h e os do Pacaembu às 10h.
A Polícia Militar criticou a Federação Paulista de Futebol e os clubes pela confusão nos postos de venda (veja matéria nesta página).
Segundo a Polícia, o maior motivo da confusão foi o baixo número de guichês (oito no total) e de postos de vendas (apenas dois).

Polícia critica falta de organização da final
(fonte: Gazeta Esportiva)

O major Marcos Marinho, do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar, estava muito irritado com a confusão que se estabeleceu tanto no Parque São Jorge quanto no Pacaembu. Segundo ele, é um absurdo colocar apenas dois postos de venda para uma partida final de Campeonato Brasileiro.
“Tá na hora de acordar! Os promotores do evento têm de se organizar. A Polícia Militar não é paga para organizar filas. Isto deveria ser responsabilidade dos organizadores. Tenho missões muito mais importantes, de interesse da população, para resolver”, disse, bastante irritado, o policial.
Apesar de descontente com a desorganização, Marinho apontou possíveis soluções para os constantes problemas na venda de ingressos. “O segredo está na descentralização dos postos de venda. Isto facilita a vida do torcedor, que não precisa se deslocar tanto. Além disso, evitaríamos a grande concentração de pessoas no mesmo lugar, que é a principal causa de confusão”, explicou o major.
Marcos Marinho reclamou por ter que resolver um problema que não é dele. “Não fui eu que coloquei só oito guichês para atender milhares de pessoas. a confusão era óbvia”.

Indio é certeza para o domingo
(fonte: Gazeta Esportiva)

O lateral-direito Índio, que se recuperou de uma contratura e deve retornar ao time neste domingo, no lugar de César Prates, tem motivos de sobra para comemorar. Além de estar pronto para a decisão, o jogador acredita que terá menos problemas para segurar o lado esquerdo do Galo sem Marquem em campo. Com a saída do ex-atacante do Corinthians, o Galo vai explorar o setor com o lateral Ronildo e, possivelmente, Lincoln.
“Já tive que marcar o Serginho, do São Paulo (hoje no Milan), e o Júnior, do Palmeiras, os dois jogadores com que tive mais dificuldade. Tinha que marcar em cima, senão as coisas complicavam. O lateral do Atlético é bom, mas não tem a mesma velocidade. Vai dar para segurar”, garantiu.
Índio é o preferido de Oswaldo de Oliveira. “Ele está mais adaptado ao esquema e guarda mais posição.” Diante da confiança do treinador em seu futebol, ele não pretende abusar “Primeiro vou procurar marcar bem. Depois, sim, vou pensar em atacar, e somente nos momentos certos.”
Rincón — O meia, que teve uma contratura na coxa esquerda, ficou em São Paulo, em tratamento. Hoje é esperado em Atibaia para o coletivo. “O Joaquim Grava (médico) me deu boas notícias sobre o Rincón”, disse Oswaldo.

16/12

Caiu na área é Edílson
(fonte: Gazeta Esportiva)

Imagine-se zagueiro de um time de elite do futebol brasileiro. Imagine agora o Capetinha Edílson, do Corinthians, partindo com a bola dominada em sua direção e gingando de um lado para o outro. O que faria? Se a pergunta fosse feita para pelo menos seis dos zagueiros que disputam esse Brasileiro, a resposta seria simples: “Dá um pau nele.”
O camisa 10 corintiano é o verdadeiro Capeta neste campeonato quando está com a bola nos pés. Sofreu seis dos sete pênaltis que a equipe já teve a seu favor. Apenas um foi sobre Marcelinho. O aproveitamento foi bom. O Timão converteu seis e desperdiçou um, com Luizão. Além disso, o Capetinha marcou cinco gols.
“Não pode dar espaço que ele passa mesmo. É rápido demais e habilidoso”, confirma o zagueiro são-paulino Wilson, uma das vítimas do atacante neste campeonato.
Pouco adepto de demonstrações de falsa modéstia, o corintiano confirma que é mesmo um jogador difícil de ser marcado. “Não pode parar na minha frente. Se piscar, eu passo.”
Em momentos decisivos, o Capetinha costuma arrebentar. Ano passado, fez um dos gols do jogo que deu o título brasileiro ao Corinthians, na vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro.
Nos jogos decisivos deste ano, o camisa 10 já provou estar bem. Contra o São Paulo, sofreu um pênalti na vitória por 3 a 2 e marcou o segundo na vitória por 2 a 1, que classificou o time. Contra o Atlético-MG, domingo passado, no Mineirão, participou de dois lances em que a torcida corintiana reclamou pênalti. O problema é que, da mesma forma que coleciona a fama de sofrer com a violência dos adversários, coleciona também a fama de cavar pênaltis. Aí, o árbitro Oscar Roberto Godo não foi na dele, e o Timão acabou perdendo.

Papo é arma do Timão
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Timão adotou a conversa como arma para vencer o duelo de domingo contra o Atlético-MG, no Morumbi. Na terça-feira, os jogadores ficaram 40 minutos conversando com o técnico Oswaldo de Oliveira antes de subir para o campo. Ontem, foram mais 20 minutos de bate-papo no vestiário.
Até mesmo durante o treino, no gramado, a conversa não parou. Os meias e atacantes ficaram em um grupo separado, conversando com o auxiliar-técnico Edson Cegonha. “São detalhes de um jogo que procuramos acertar. Agora, os treinos têm de ser mais leves, porque já fizemos uma série de partidas no ano. Vale mais um bom papo para analisar os pontos fortes do adversário”, explica o atacante Marcelinho.
O artilheiro Luizão concorda sobre a importância do diálogo e mostra confiança na virada do Timão. “Se não tomarmos nenhum gol, tenho certeza que seremos campeões, porque pelo menos um nosso ataque vai fazer. Aposto tudo nisso”, afirma o goleador, deixando evidente que confiança é um dos temas preferidos nas constantes reuniões de grupo.

Jogadores aprovam retiro no interior
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Corinthians iniciou ontem à noite um retiro de dois dias em Atibaia (interior paulista), como parte da preparação para o segundo jogo contra o Atlético-MG, domingo, no Morumbi, pela final do Brasileirão. Apesar de ser a terceira vez que o time sai de São Paulo na fase de mata-mata do campeonato (já foi para São Roque e Barueri, interior de São Paulo), os jogadores aprovaram a decisão da comissão técnica.
“Será bom para unir mais o grupo numa hora como essa, em que estamos próximos de uma conquista de título. Além disso, teremos controle de alimentação e mais tempo de descanso”, disse o meia Marcelinho Carioca.
O colombiano Rincón não seguiu com a delegação, já que hoje ficará fazendo tratamento de uma contratura leve na coxa esquerda. O jogador viaja apenas amanhã, acompanhado do médico Joaquim Grava, para Atibaia. “Será melhor para ele ficar em São Paulo. Todos os aparelhos necessários para a sua recuperação estão aqui no Parque São Jorge”, disse o treinador Oswaldo de Oliveira.
A volta para a capital paulista está marcada para amanhã à noite. No sábado de manhã, o elenco treinará na Fazendinha, com o objetivo de fazer os jogadores sentirem o apoio dos torcedores. Depois, é concentração total até a hora de seguir para o jogão no Morumbi.

O duelo
(fonte: Gazeta Esportiva)

Marcelinho contra Velloso já se transformou em um dos principais duelos do futebol brasileiro. Um chute cheio de veneno, capaz de enganar até um dos goleiros mais experientes em atividade no País. O duelo esquentou graças à eterna rivalidade entre Corinthians e Palmeiras. Ganhou fama e virou até comercial de TV, no qual Velloso leva a melhor.
Na vida real, a balança está mais para o equilíbrio. Marcelinho já fez seis gols em Velloso, mas jamais conseguiu vencer o rival no Campeonato Brasileiro. O veneno do Pé de Anjo só funcionou no Paulistão. No primeiro jogo das finais do Brasileiro, os dois não jogaram. Velloso, suspenso. Marcelinho foi visto em campo. Domingo, tem novo capítulo.

15/12

Aqui Mando Eu
(fonte: Gazeta Esportiva)

Hoje você é quem manda, falou está falado, não tem discussão. Essa é a situação do colombiano Rincón no Corinthians. O técnico Oswaldo de Oliveira tem o comando, escala o time, mas as opiniões do capitão têm sempre peso decisivo. Até no que se refere ao próprio Rincón, que no domingo, contra o Galo, ficou em campo, mesmo machucado, até quando quis.
As demonstrações de poder do jogador são evidentes. Até as reclamações do jogador durante os rachões têm influência na escalação do time. Recentemente, o volante chiou com César Prates e Augusto. Curiosamente, os dois foram parar na reserva na fase decisiva.
Até ídolos como Edílson e Marcelinho sentiram o peso do comando do colombiano. Com Edílson, Rincón ficou sem falar durante oito meses, só porque o atacante exagerou nos dribles contra o Jorge Wilsterman. Com Marcelinho, a bronca foi em um jogo da Copa Mercosul, em que o camisa 7 foi expulso infantilmente quando o time vencia por 1 a 0 o San Lorenzo, na Argentina.
Para a torcida, Rincón é o símbolo da garra e passou a ser unanimidade. Jogou até como zagueiro, e sempre bem.

Pé de Anjo leva puxão de orelha
(fonte: Gazeta Esportiva)

Não teve como escapar. Depois da derrota para o Atlético-MG, no domingo, o meia Marcelinho teve que ouvir poucas e boas de seu pai, Adílson, por causa da atuação apagada em Minas Gerais. O próprio jogador admitiu que não jogou bem no Mineirão. “Meu pai pegou pesado. Não vou falar o que ele me disse, mas levei uma bronca enorme. Mas foi com razão. Não entrei em campo contra o Atlético”, reconheceu o Pé de Anjo.
Marcelinho ressaltou que não sabe a razão de ter jogado tão mal em Belo Horizonte. “O meu corpo estava mole e não rendi nem 50% do que normalmente posso apresentar. Estava desligado, mas só que não sei o que aconteceu. Não acertei nem os cruzamentos. Os três que tentei foram parar lá na Lua”, disse o jogador.
O Pé de Anjo fez questão de afirmar que a derrota em Minas já faz parte do passado e que o Corinthians tem condições de reverter a vantagem no segundo jogo. “Fiz uma reciclagem do que aconteceu e tenho certeza que no próximo jogo tudo será diferente. O Marcelinho está abençoado”, garantiu. “Estamos tranqüilos para a partida desse domingo, certos de que temos equipe para vencer”, completou.
Viagem - Como parte da preparação para o segundo confronto com o Galo, o elenco corintiano viaja hoje à noite para um retiro de dois dias em Atibaia, no interior paulista.

Críticas não tiram zagueiros do sério
(fonte: Gazeta Esportiva)

Os zagueiros corintianos parecem não dar bola para as críticas. A defesa do Timão, que tem o segundo pior desempenho da história da equipe em Campeonatos Brasileiros, é considerada o ponto fraco do time na competição. Mas eles não se abalam com isso.
“Quando tomamos gols, as críticas surgem e é sempre a defesa que paga o pato. Mas o jogador tem que se acostumar com as cobranças, porque elas sempre vão aparecer”, disse o zagueiro Nenê, que se recupera de uma fratura na costela.
João Carlos também procura driblar as críticas com naturalidade. O jogador se sente injustiçado pela imagem criada do setor defensivo do Timão. “Algumas pessoas estão pegando pesado, mas nós temos que encarar a situação. Estamos sendo muito criticados porque tomamos vários gols. Mas o time está na final, então a defesa tem méritos. ”
Mudança - O técnico Oswaldo de Oliveira já dá pistas sobre quem escalará na zaga domingo. “Estou gostando muito do desempenho do Márcio Costa”, disse o treinador. Márcio Costa devera ter como companheiro João Carlos, que se recuperou bem da lesão sofrida na coxa direita.

Míssil Vampeta continua
(fonte: Lance!)

Só foi surpresa para quem não viu o treino da semana passada. Vampeta deu um chapéu no meio-campo e acertou um míssil que Maurício nem viu.
No domingo, Kléber também não viu. Marcelinho cobrou a falta e Vampeta enfiou o pé. Bola na rede, o primeiro gol do Corinthians no Mineirão, aliviando uma situação que se tornava difícil.
– Sempre bati forte, mas sou meio tímido para chutar. Não sei o motivo, mas só agora estou me liberando mais para arriscar.
Vampeta se lembra de outros gols recentes. Contra o Vitória, deslocado pela direita, um golaço que entrou no ângulo de Fábio Costa. Um pouco de esforço e as lembranças chegam até o ano passado.
– A gente estava perdendo para o Olimpia, no Paraguai e eu acertei um chute forte. Conseguimos o empate. Agora, estou tentando mais vezes. O professor Valdir é que incentiva muito.
E qual o motivo de um preparador de goleiros incentivar seu volante a chutar sempre? O motivo é óbvio e fácil de explicar.
– Eu fui goleiro e sei como é difícil defender uma bola forte, de longe. Pode ser muito mais difícil do que cara a cara. Se o atacante vem, o goleiro pode fechar o ângulo, pode diminuir o espaço. Quando o chute vem de longe, ele não vê, sempre tem alguém na frente, pode haver desvio da defesa, enfim uma série de dificuldades.
Valdir vê uma qualidade muito forte em Vampeta.
– Tem uma potência muito grande na perna. Não precisa fazer mais nada para desenvolver. Está pronta para ser executada. É só chutar.
Oswaldo de Oliveira é outro que aposta muito no chute de Vampeta. E não só dele.
– Todo o dia, eu treino bastante com os volantes. Eles são os jogadores com maior espaço para chutar. A marcação é maior nos dois homens de frente. O volante chega com a bola dominada e tem de arriscar. Nos coletivos e nos treinos táticos, peço muito para o Rincón, o Gilmar e o Vampeta chutarem..
Valdir tem certeza que Vampeta só tem a ganhar chutando cada vez mais.
– Ele vai errar, mas também vai cansar de fazer gols. É só chutar.

14/12

Peneirão da Fiel
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Corinthians nunca foi famoso por sua defesa. Pelo contrário, a Fiel já amargou terríveis dores de cabeça com zagueiros como Dama, Gralak, Taborda, Jatobá, Embu, Baré e companhia. Este ano, porém, a situação beira o caos.
Mesmo líder do Brasileirão durante toda a fase de classificação e já na final do campeonato, o time tem a terceira pior defesa da competição, atrás apenas do rebaixado Botafogo-SP e do Grêmio, e a terceira pior da história do clube em Brasileiros. Só em 94 e no ano passado o time superou os 34 gols já sofridos este ano. Em 94, tomou 44 e, em 98, quando conquistou o título, sofreu 38. A média é a quarta pior, atrás apenas das de 82 (1,46), 94 (1,41) e a de 95 (1,43). Até agora, a média é de 1,25.
Uma curiosidade é que o time chega a esta decisão ainda sem uma formação considerada titular. A zaga começou a temporada com Nenê e Márcio Santos, porque João Carlos estava na Seleção. Com a chegada do reforço, a dupla passou a ser formada por Nenê e João Carlos. Mas, ao longo do campeonato, Luciano, Márcio Costa e até Rincón foram usados no setor.
Nas laterais, mais problemas. César Prates começou a temporada como titular, mas irritou a torcida e o técnico com os buracos que deixava em seu setor. Perdeu a posição para Índio, que se machucou às vésperas da final e não jogou a primeira partida contra o Atlético-MG, domingo.
Na esquerda, Augusto foi contratado da Portuguesa para substituir Silvinho, vendido ao Arsenal, da Inglaterra. Ao longo do campeonato, levou a torcida ao desespero com suas falhas. Perdeu a posição para o garoto Kléber, que alternou bons e maus momentos.
Por enquanto, só mesmo o goleiro Dida conseguiu se salvar na peneira do Timão.

Adílson é esperança
(fonte: Gazeta Esportiva)

Menos de um mês antes da estréia no Campeonato Mundial de Clubes, a diretoria do Corinthians já saiu à caça de jogadores para resolver o problema defensivo. O zagueiro Adilson, ex-Grêmio, já acertou tudo com o clube e seu nome só não foi anunciado porque o time está disputando a final. Ele é visto como o xerife que vai arrumar a casa.
Outro que está chegando para arrumar a defesa é o lateral-esquerdo André Luís. A diretoria se recusa a falar sobre o assunto agora, mas ninguém tem coragem de desmentir o interesse pelo jogador, que foi campeão paulista de 97 pelo clube e que, atualmente, defende o Cruzeiro.
Até o nome do zagueiro Fábio Luciano, da Ponte Preta, está sendo comentado. O jogador foi uma das revelações deste Brasileiro. Sem contar que, no ano que vem, Batata, já recuperado de cirurgias no tendão de Aquiles e no joelho estará voltando aos gramados
O Corinthians também já acertou tudo com a Federação Paulista de Futebol para a compra da totalidade do passe do atacante Marcelinho Carioca. O acordo foi firmado entre os presidentes Alberto Dualib e Eduardo José Farah, faltando apenas o pagamento, para o qual o Corinthians pediu um prazo. Marcelinho foi comprado pela entidade em 98, que o repassou ao clube depois de um leilão entre as torcidas de São Paulo. O Corinthians pagou apenas 40% do valor e quer adquirir os outros 60%.

Rincón vai para o pau
(fonte: Gazeta Esportiva)

O volante Rincón confia em seu retorno ao Corinthians no segundo jogo da decisão do Campeonato Brasileiro contra o Atlético-MG, domingo, no Morumbi. O jogador, que foi substituído por Gilmar, minutos após sofrer uma contratura na perna esquerda, no último domingo, quer contrariar o médico do clube, Joaquim Grava, que prevê um prazo de recuperação de cinco a sete dias para a contusão.
“Isso é uma prazo que os médicos dão. Mas estou tranqüilo, porque a dor no local diminuiu. Estou otimista porque já tive oportunidade de me recuperar muito rápido das contusões”, disse.
O colombiano garante que a vontade de jogar vai superar os problemas. “É uma final e dentro de mim eu tenho a confiança que estarei em campo“.
Rincón ressalta que sentiu raiva na hora em que Guilherme fez o segundo gol do Atlético-MG, esfriando os ânimos corintianos. “Fiquei com raiva pessoal porque o que eu queria era dar o pique, chegar na bola e cortar a jogada.”
O volante não se sente culpado pela derrota do Corinthians por ter ficado em campo, mesmo após se contundir. Ele espera que a equipe tenha mais atenção nas jogadas do Galo. “Nem parecia que a gente estava disputando uma final de Brasileiro. Parecia um jogo qualquer”, reclamou.
Chances - Além de Rincón, o médico do Corinthians, Joaquim Grava, ressalta que João Carlos, Nenê e Índio têm 50% de chances de jogar domingo. “Até sábado eles devem estar 100%”.

Índio está pronto para voltar ao time
(fonte: Gazeta Esportiva)

Se depender da vontade de Índio, o técnico Oswaldo de Oliveira terá um problema a menos para a segunda partida da decisão do Brasileiro contra o Atlético-MG, neste domingo, no Morumbi. O lateral-direito desfalcou a equipe anteontem, mas garante estar pronto para voltar.
“Eu fiz uma ultrassonografia hoje (ontem) e nada foi acusado. Passei por um tratamento, estou me sentindo bem e agora o meu retorno só depende do Oswaldo”, afirmou o jogador, que se recupera de uma contratura na coxa esquerda.
A derrota de 3 a 2 para o Galo não chega a assustar Índio. Para o lateral, o segredo para reverter a situação do Timão na decisão é ter mais atenção. “Tomamos gols por vacilo. Nós precisamos marcar melhor”, alertou o jogador. “O time ficou um pouco relaxado e isso não pode acontecer em se tratando de decisão. Tem que chegar junto e não dar moleza um minuto sequer”, completou o lateral.
Apesar de o Galo ter revertido a vantagem do Timão, Índio não acha que o rival está em situação confortável. “Ano passado, contra o Cruzeiro, também não vencemos em Minas, mas tivemos tranquilidade para virar e ficar com o título”, comparou.

Edu é mais uma opção para o meio
(fonte: Gazeta Esportiva)

O volante Edu está de olho em uma vaga no meio-campo corintiano, caso Rincón não se recupere da contusão. O jogador cumpriu suspensão automática na primeira partida da decisão, domingo, e ficará à disposição do técnico Oswaldo de Oliveira.
A outra opção do treinador para a posição é Gilmar, que entrou no lugar do volante colombiano na derrota de 3 a 2 para o Galo.
Edu e Rincón, por sinal, quase se desentenderam no último coletivo de preparação da equipe para a primeira partida contra o time mineiro. Edu deu uma entrada violenta no colombiano durante o treino tático e pouco depois levou o troco do volante. Edu saiu do treino com fortes dores no tornozelo direito. O jogador participou da segunda partida contra o São Paulo, pelas semifinais do Campeonato Brasileiro.

 

13/12

Oswaldo foge da responsa
(fonte: Gazeta Esportiva)

Oswaldo de Oliveira preferiu não culpar ninguém pelo segundo gol de Guilherme
O técnico Oswaldo de Oliveira tirou o corpo fora em relação à demora na substituição do volante Rincón. O jogador, que sentiu uma contusão muscular logo na primeira etapa, prosseguiu na partida e prejudicou o Corinthians, chegando atrasado no lance em que o artilheiro Guilherme fez o segundo gol do Atlético, ontem, no Mineirão.
“No jogo contra o São Paulo, o Rincón também sentiu, mas conseguiu ficar em campo até o final. Na ocasião, saímos como vencedores”, desviou o treinador corintiano. “Fiquei aguardando uma resposta da parte dele (Rincón) até substituí-lo. Mas não podemos dizer que ele errou. Talvez ele tenha avaliado mal a contusão que estava sentindo”, aliviou Oswaldo.
O colombiano também tirou o dele da reta. “Não acho que prejudiquei a equipe. Foi um imprevisto. No começo, senti a perna, mas achei que podia prosseguir. Na jogada do gol senti realmente a perna e não pude evitar”, explicou Rincón.
Marcelinho Carioca, que não esteve nada bem na partida de ontem, também achou que a derrota frente ao Atlético não está diretamente relacionada com a substituição tardia de Rincón. “Aquilo foi uma coisa inesperada. Infelizmente, ele não conseguiu chegar na frente do Guilherme para evitar o segundo gol”, minimizou o meia.
Já o volante Gilmar, que entrou no lugar do colombiano, saiu nervoso no final da primeira etapa. “O time está apático. Este não é um jogo qualquer, é a final do Campeonato Brasileiro”, disse, revoltado. Ao final da partida, Fubá estava um pouco mais calmo em relação ao desempenho do Corinthians. “Perdemos, mas a equipe mostrou mais raça e disposição no segundo tempo. Pelo menos conseguimos diminuir a vantagem fazendo o segundo gol”, completou o volantão.

Zaga estraga jogo do Timão

Dida — Sem culpa nos gols do Galo. 5
César Prates — Bastante nervoso em campo, defendeu muito mal e não atacou o quanto deveria. 4
Marcos Senna — Fechou o buraco no lado direito. 6
Márcio Costa — Foi irregular e não conseguiu parar Guilherme. 4
Luciano — Péssimo. Errou lances decisivos. 2
Kléber — Fez o lance do segundo gol, mas no geral seu saldo foi negativo. 5
Augusto — Jogou pouco tempo. Sem nota
Rincón — Prejudicou o time ao não sair de campo quando se contundiu. 1
Gilmar — Mostrou a tradicional raça, mas foi pouco no jogo de ontem. 5
Vampeta — Marcou um golaço de fora da área. 6
Ricardinho — Cresceu de produção no segundo tempo, mas não mostrou todo o seu futebol. 6
Marcelinho — Muito preso na marcação. 5
Edílson — Fez a sua parte: infernizou a zaga adversária. 7
Luizão — Só quis fazer jogada bonita e errou quase todas. Mas acertou uma e fez o segundo gol. 6

Paraguai no caminho da Libertadores
(fonte: Gazeta Esportiva)

Assunção (Paraguai) - O Corinthians vai passar novamente pelo Paraguai na sua luta pelo título inédito da Libertadores, no ano que vem. No sorteio dos grupos para o torneio do ano 2000, o Timão caiu no grupo 3, ao lado do Necaxa (MEX), de um time do Equador (a ser definido) e do paraguaio Olímpia, equipe que encarou o Corinthians em 99.
Os oito grupos da Libertadores já foram definidos. O Palmeiras, atual campeão, e o Juventude estão no 7, juntamente com uma equipe do Equador e o Strongest (BOL).
O Galo, a quarta equipe brasileira já confirmada, está no grupo 8. Seus adversários serão o Cobreloa (CHI), o Bolivar (BOL) e um time do Uruguai. O outro do Brasil integrará o grupo 1, com times do Uruguai, Equador e Peru.
Demais grupos: 2 - Boca Juniors, Peñarol, Universidad Catolica e Blooming; 4 - River Plate, Atlético Nacional, Universidad de Chile e Atlas; 5 - San Lorenzo, Cerro Porteño, um time da Colômbia e Universitário (PER); 6 - Rosário Central, Atlético Colegiales, América de Cali e um do Peru.

Luxa defende Oswaldo
(fonte: Lance!)

Campeão brasileiro com o Corinthians no ano passado, o técnico da Seleção Brasileira, Wanderley Luxemburgo, acompanhou a final de ontem no Hotel Exceler, concentração da Seleção olímpica, em Campo Grande-MS, e fez questão de defender o amigo Oswaldo de Oliveira. O treinador corintiano demorou para substituir Rincón, que sentiu uma lesão muscular no início do jogo, o que provocou a falha do meio-campista no segundo gol do Atlético.

– Contra o São Paulo, o Rincón também sentiu um problema, o Oswaldo manteve e não deu problema. Não tem como saber – diz Luxa.

A justificativa do técnico da Seleção Brasileira foi a mesma explicação usada por Oswaldo de Oliveira no vestiário do Mineirão.

– Mantive o Rincón pois ele fez sinal de positivo quando o vi mancando, como já tinha feito no jogo contra o São Paulo, semana passada – afirma.

Luxemburgo comentou também a boa atuação do atacante Guilherme, autor de três gols na partida e 28 no campeonato. O goleador igualou o recorde de Reinaldo, maior artilheiro do Galo em um Brasileiro.

– O Guilherme está em uma fase que, se a bola bater na bunda dele, entra – diz Luxemburgo, sem fazer comentários sobre uma possível convocação do jogador no futuro.

Luxemburgo lembrou que, no ano passado, o Corinthians também não conseguiu vencer o primeiro jogo da final contra o Cruzeiro (empate por 2 a 2), mas conseguiu os resultados que precisava no Morumbi.

– Acho que a final está aberta. Mas, no ano passado, conseguimos o título com uma vitória e um empate no Morumbi, que é o que o Corinthians precisa hoje – diz.

O técnico da Seleção Brasileira também comentou sobre a escalação da zaga corintiana.

– Se fosse eu, faria a mesma coisa. O Oswaldo não tinha opção – diz.

12/12

Milionário desafio ao Galo
(fonte: Gazeta Esportiva)

Dida, Rincón, Vampeta, Ricardinho, Marcelinho, Edílson, Luizão. Milionários, consagrados, famosos, no auge. Cléber, Bruno, Galván, Caçapa, Ronildo, Valdir, Gallo, Robert, Belletti, Marques. Renegados, desconhecidos, tentando dar a volta por cima. Para contrabalancear do lado mineiro, apenas Guilherme, artilheiro do Brasileiro, mas ainda assim um ex-terceiro reserva do milionário Vasco. Esse é o clima que cerca o primeiro jogo da decisão entre Corinthians e Atlético-MG, hoje, às 18h30, no Mineirão.
Apesar da gritante vantagem teórica do milionário Corinthians, o humilde Atlético-MG está pronto para surpreender. A seu favor, 90 mil vozes se unem para levar o time ao ataque, aos gols, à vitória. Fator que, aliado a um time de garra incontestável, transforma o jogo de hoje em desafio ao Galo por parte do Timão.
Como curiosidade, o fato de que foi o Mineirão o palco do primeiro jogo da decisão do ano passado. A diferença é que o adversário daquela vez era o rico Cruzeiro e suas inúmeras estrelas. O Timão não tremeu. Foi forte para arrancar o empate e trazer a decisão para São Paulo. Agora, a vantagem é novamente corintiana, que faz os dois jogos finais em casa. O desafio está lançado.

Duelo de matadores
(fonte: Gazeta Esportiva)

O jogão de hoje tem ainda uma atração à parte: o duelo entre Guilherme, artilheiro do Brasileirão com 25 gols, e o melhor ataque da competição, o do Corinthians, com 57.
Para facilitar a vida de ambos, as defesas adversárias têm sérios problemas. O Atlético-MG joga sem o experiente goleiro Velloso, ex-Palmeiras, suspenso. O Corinthians não terá os zagueiros Nenê e João Carlos, e o lateral-direito Índio, contundidos. Os reservas são incógnitas. O goleiro atleticano Cléber tem pouca experiência em finais. No Corinthians, César Prates e Márcio Costa foram titulares durante boa parte da competição e não assustam, mas Luciano entra numa autêntica gelada.
A ordem no Atlético-MG é uma movimentação constante de Marques e Guilherme, tentando confundir Márcio Costa e Luciano, pouco acostumados a jogar juntos.
No Corinthians, o técnico Oswaldo de Oliveira quer tirar proveito justamente da necessidade de vitória do adversário. Quando o Atlético-MG vier para cima, o Corinthians pretende surpreender com a velocidade de jogadores como Edílson e Marcelinho, e ainda o bom toque de bola de Vampeta, Rincón e Ricardinho.
Levando-se em conta o retrospecto recente nos duelos entre as duas equipes, fica também a certeza de gols. No ano passado, o Timão goleou por 5 a 1 em pleno Mineirão. Este ano, levou o troco. Foi goleado por 4 a 0, no Maracanã.

Calouro rumo ao tri
(fonte: Gazeta Esportiva)

Entrar na faculdade e terminar o ano como um dos primeiros da classe. É mais ou menos assim a trajetória de Oswaldo de Oliveira em 99, no comando do Corinthians. O comandante-calouro está disputando o Brasileirão pela primeira vez e já tem a chance de erguer a taça, dando o tricampeonato nacional ao Timão.
“Podemos ser campeões e podem ter certeza de que vamos fazer de tudo para não deixarmos escapar essa chance”, prometeu.
Oswaldo é um exemplo raro de auxiliar que deu certo. Ex-braço direito de Wanderley Luxemburgo no alvinegro, o técnico fez parte de uma turma que costuma apenas tapar buracos enquanto a diretoria não encontra um nome de peso para o cargo. Ao levar o time para a decisão, assim como o atleticano Humberto Ramos, ex-auxiliar de Dario Pereyra, ele acredita estar abrindo caminho para outros treinadores.“É importante para os novos técnicos que estejamos bem. Não estou desmerecendo os outros, mas isso premia aqueles ainda não são muito conhecidos”, comentou.
Apesar da inegável habilidade para domar uma equipe repleta de estrelas, Oswaldo reconhece que o seu trabalho foi facilitado pelo fato de conhecer bem o elenco e todos os integrantes da comissão técnica. “Isto aqui é apenas uma seqüência de um trabalho já iniciado”, afirmou o técnico, desfilando um toque de humildade.
Em apenas um ano de carreira como treinador, Oswaldo poderá igualar a façanha de Luxemburgo, que conseguiu dar um título nacional ao Timão, ano passado. Ainda assim, o atual comandante corintiano evita qualquer tipo de comparação. “Eu não tenho a missão de superar ninguém. O Wanderley é o melhor técnico do Brasil e pronto”, definiu o técnico.
Oswaldo de Oliveira tem motivos de sobra para estar otimista para a partida desta tarde. Pensar em pisar novamente no Mineirão em uma decisão - ano passado o Corinthians pegou o Cruzeiro - é suficiente para mudar o semblante do técnico.
“É inegável que voltar a um local em que você tem boas recordações é agradável. Você já entra com um bom astral”, afirma, sorrindo, o calouro da final.

Edilson com o Diabo no corpo para decidir
(fonte: Gazeta Esportiva)

“Decisão é comigo. Tenho tido sorte em marcar gols nesses jogos.” Com essas declarações, o Capetinha Edílson prepara o espírito para o primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte.
O Capetinha é o terror dos adversários do Corinthians em decisões com seus gols. “Marquei os gols dos títulos do Brasileirão do ano passado e do Paulistão deste ano. Espero manter a média contra o Atlético”, arrisca o Capetinha.
Edílson sabe que o time mineiro dará trabalho para o Timão, assim como o rival Cruzeiro deu há um ano. “Não será fácil. O Atlético cresceu durante a competição e mereceu uma vaga na final”, afirmou.
Na fase de classificação, o Galo goleou o Corinthians por 4 a 0, no Maracanã, mas o Capetinha acha que aquele jogo foi atípico. “Estávamos em um péssimo dia. Deu tudo errado para nós e tudo certo para eles. Não vai acontecer de novo”, prometeu o atacante.
Edílson concorda que o empate será um bom resultado, mas garante que o Corinthians não será medroso em campo. “Vamos jogar nosso futebol, que é atacar. Não mudaremos nosso estilo”, disse.

Dinei vende confiança
(fonte: Gazeta Esportiva)

O atacante Dinei é opção no banco de reservas para a partida de hoje contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte, mas está confiante em seu taco para a decisão do Campeonato Brasileiro. “Se eu fizer 10% do que fiz nas finais do ano passado, contra o Cruzeiro, já estará muito bom”, afirmou.

Doutor prevê equilíbrio
(fonte: Gazeta Esportiva)

“A conquista do título pelo Corinthians vai depender muito do primeiro jogo lá em Minas. Se o Galo ganhar como ganhou do Vitória no Mineirão, as coisas podem complicar.” A análise é do Doutor Sócrates, um dos maiores jogadores da história do Corinthians. “Não acho que exista um favorito. O Timão leva pequena vantagem porque a base do time joga junto há um ano e meio”, afirma.

Timão agora é Pepsi Cola
(fonte: Lance!)

A Pepsi Cola será a patrocinadora do Corinthians a partir do ano que vem. A notícia foi anunciada no Centro de Convenções de Goiânia, em uma convenção de revendedores da Brahma.
Carlos Brito, diretor nacional de vendas da Brahma, foi quem anunciou o acordo, que foi recebido com aplausos.
– Ele mostrou como ficará a camisa do Corinthians, com a marca da Pepsi na frente e nas costas. Além disso, mostrou alguns cartazes com jogadores do Corinthians, como o Edílson, fazendo propaganda da Pepsi – explica um dos revendedores que participou da convenção.
Não foram citados valores da negociação, mas sabe-se que eles foram definidos já baseados na exposição muito grande que a caimsacamisa terá, com participação no Paulista, Brasileiro, Libertadores, Copa Mercosul e principalmente o Mundial de Clubes, em janeiro.
Estar na camisa do Corinthians é um grande lance na estratégia da Pepsi para conseguir incomodar a folgada liderança da Coca Cola no mercado brasileiro, coisa que não se repete praticamente em nenhum lugar do planeta. No Brasil, a Pepsi ainda sofre a concorrência do Guaraná Antárctica. Os gols de Edílson, Luizão e as defesas de Dida entrarão em campo com a missão de diminuir essa vantagem histórica a favor da Coca Cola.

11/12

Luizão amigo da onça
(fonte:Gazeta Esportiva)

Amigos, amigos, negócios à parte. O atacante Luizão trata o matador do Galo, Guilherme, como um irmão fora de campo, mas já avisou: “Lá dentro, é outra coisa. Se precisar, segurou a camisa dele e faço até falta”, disse. “É claro que tudo isso sem deslealdade”, completou o jogador corintiano.
Os dois se conheceram no início de suas carreiras, quando Luizão defendia o Guarani e Guilherme, o Marília. A amizade se estreitou entre 98 e o primeiro semestre deste ano, período em que defenderam o Vasco da Gama. “Até as nossas famílias se dão bem. Lá no Rio, apesar de disputarmos posição, sempre nos respeitamos”, afirmou Luizão.
Os artilheiros também conviveram no futebol espanhol. Antes de defenderem o clube de São Januário, Luizão e Guilherme jogaram, respectivamente, por Deportivo La Coruna e Rayo Vallecano.
Apesar de disputar a artilharia com o amigo, líder absoluto com 25 gols, o matador corintiano não esconde a satisfação em ver Guilherme de bem com as redes. “É bom demais vê-lo assim. Torço para que ele seja realmente o goleador do Campeonato Brasileiro. Aliás, ele pode ser, desde que o campeão seja o Corinthians”, brincou o centroavante.
Luizão tem chances remotas de superar o amigo na artilharia, já que está sete gols atrás. Mas ele tem um explicação para tamanha diferença. “O Atlético joga em função dele. Aqui no Corinthians, não jogam em função de mim. Além disso, eu tenho jogado mais fora da área. O Guilherme joga mais parado”, explicou.

Godoi agrada todo mundo
(fonte:Gazeta Esportiva)

Os corintianos aprovaram a indicação do árbitro paulista Oscar Roberto Godoi para apitar a primeira partida da decisão, amanhã à tarde, no Mineirão. “Ele é um dos melhores do Brasil. Com tanto que deixe a bola rolar, tudo bem”, disse o meia Rincón.
Sua opinião é compartilhada pelo volante Vampeta. “Ele mostrou durante o campeonato que tem condições de atuar na decisão”, disse o jogador.
Godói é polêmico por sua postura enérgica, mas isso não chega a assustar os jogadores. “É só você respeitá-lo. Se não tentar fazer alguma sacanagem ou enganá-lo, ele não vai te prejudicar”, disse Luizão.
A diretoria do Timão também deu sinal verde. O diretor de futebol do clube, Carlos Nujud, não poupou elogios ao árbitro. “Ele foi aplaudido por torcedores do Vitória e do Atlético. Onde você já viu isso? Por essas e outras acho que ele merece apitar uma final”, disse o dirigente do Timão.
Ricardinho também aprovou a arbitragem. O meia acha que o fato de a equipe estar com cinco jogadores pendurados não chega a preocupar. “Temos procurado conversar com os árbitros nos jogos. Vamos fazer isso domingo para que não sejamos prejudicados”, disse o garçom da Fiel, perito em servir os companheiros.
O mesmo não se pode dizer da indicação do mineiro Márcio Rezende de Freitas - que apitou a polêmica final de 95, entre Santos e Botafogo-RJ - para a segunda partida da decisão, no próximo domingo, no estádio do Morumbi.
Cara feia é o que não faltou no Parque São Jorge com a confirmação de sua escalação. Alguns jogadores não fizeram questão alguma de disfarçar o descontentamento. “Eu não gosto dele. Sempre tive problemas com a sua arbitragem. Ele me persegue desde os tempos de Palmeiras. Sempre me dá algum cartão, seja amarelo ou vermelho”, chiou o centroavante Luizão.

Luciano e Prates vão pular fogueira
(fonte:Gazeta Esportiva)

Luciano e César Prates estão prontos para encarar a fogueira de amanhã no Mineirão. Mesmo longe do mesmo ritmo dos titulares, os dois sabem que não vai ter perdão. “A cobrança é sempre muito grande, mas um jogador profissional tem de estar preparado para isso. Vou jogar meu futebol normalmente”, comenta o zagueiro Luciano, que começou apenas uma partida como titular nesta temporada. “Eu não vou ter problema porque joguei a maioria das partidas. A única mudança é que, desta vez, a marcação é prioridade. O Marques é rápido e gosta de jogar pela esquerda”, explica o lateral-direito César Prates. Ele foi titular durante toda a fase de classificação do Brasileiro e perdeu a vaga para Índio no mata-mata.
Luciano vai jogar mais pelo lado esquerdo e garante que isso também não preocupa. “Nos tempos de Grêmio eu joguei dos dois lados e nunca tive problemas de adaptação.”
O jogador, que não se saiu bem no primeiro treino entre os titulares, na quinta-feira, foi elogiado pelo técnico Oswaldo de Oliveira ontem. “Ele melhorou em relação ao primeiro trabalho. Mostrou um posicionamento melhor neste treino", comentou o treinador.
Curiosamente, as duas novidades na equipe titular são justamente os que terão a difícil missão de marcar a dupla de atacantes da equipe mineira. Marques costuma jogar nas costas do lateral-direito. Guilherme, o matador do Galo, fica pelo lado direito. “O Guilherme tem a qualidade de se deslocar bem e concluir melhor ainda, mas isso não preocupa. Todo atacante merece respeito,” avalia Luciano.

Medo está proibido
(fonte:Gazeta Esportiva)

Medo é palavra proibida no Timão. A ordem veio do maior símbolo da garra corintiana na atualidade: o colombiano Freddy Rincón. “Não perdemos nenhuma partida fora de casa neste Brasileiro porque sempre jogamos assim, sem medo de encarar ninguém”, afirma. “Por isso, tanto faz o número de torcedores no Mineirão. Temos que jogar como sempre. Jogador que tem medo não serve para vestir a camisa do Corinthians.”
Para o camisa 8 alvinegro, nem o fato de estar pendurado com quatro cartões amarelos vai fazer com que mude sua maneira de jogar. “Eu vou dividir como sempre. Se tiver de fazer uma falta, também não vou pensar duas vezes. É uma decisão. Espero sair sem levar cartão, como aconteceu contra o São Paulo”, comenta.
O confronto da primeira fase contra o Atlético, em que o Corinthians foi goleado por 4 a 0, no Maracanã - a equipe tinha sido punida pela CBF e perdeu o mando de jogo - é um bom exemplo de como a equipe não pode atuar. “Aquele dia entramos muito relaxados. Numa final isso não pode acontecer”, alerta.
Acostumado a bons resultados no Mineirão (no ano passado, o Timão goleou o Atlético por 5 a 1 e empatou o primeiro jogo da final contra o Cruzeiro; e, neste ano, venceu o Cruzeiro de novo), Rincón acredita que a equipe pode voltar de Belo Horizonte com um resultado positivo. “Nós temos nossa forma de jogar, que não muda. Como o adversário tem necessidade de vencer, isso faz com que eles venham para cima, o que pode ser bom.”
Na avaliação do colombiano, o momento em que o time chega a essa final é outra arma. “Ano passado, a cobrança era maior. Agora, estamos mais tranqüilos. O time é o atual campeão e liderou durante toda a competição.”

Diretoria fecha o bico sobre reforços
(fonte:Gazeta Esportiva)

A diretoria do Corinthians resolveu fechar o bico em relação às prováveis contratações para o Mundial de Clubes. O elenco corintiano não gostou nada da contratação de Adílson. Além do ex-zagueiro do Grêmio, fala-se em Muller e no lateral-esquerdo André Luís, atualmente no Cruzeiro.
Anteontem, o colombiano Rincón chegou a alertar a diretoria para tomar cuidado nas suas atitudes. “Não vamos falar nada sobre isso agora. Não é o momento certo. Vamos primeiro concretizar as negociações para depois falar”, disse o diretor de futebol do Corinthians, Carlos Nujud.

Primeiro jogo é o fiel da balança
(fonte:Gazeta Esportiva)

Às vésperas de iniciar mais uma decisão os jogadores do Timão tem uma certeza: o primeiro jogo é o fiel da balança. “Se você joga bem e faz um bom resultado, tudo fica mais fácil”, comenta o volante Vampeta, recordando-se da final do ano passado, quando o Corinthians empatou por 2 a 2 com o Cruzeiro, em Belo Horizonte, e veio tranqüilo para a decisão em São Paulo. “Esse ano também fizemos isso nos jogos contra Guarani e São Paulo”, explica.
Como o Corinthians segue invicto nas partidas fora de casa neste Brasileiro, a esperança de Vampeta é compartilhada pelo grupo. “Se jogarmos da nossa maneira, buscando o resultado, podemos voltar de lá com um resultado positivo, que vai dar muita tranqüilidade para a seqüência da competição”, afirma César Prates.
“Se eles vierem para cima, será um jogo aberto, com boas possibilidades de gols, e isso é bom para o Corinthians”, dispara o capitão Rincón.
Para o técnico Oswaldo de Oliveira, o segredo é jogar de acordo com o comportamento do adversário.

Terrorismo! Dualib acusa oposição de tumultuar ambiente
(fonte:Gazeta Esportiva)

O presidente do Corinthians, Alberto Dualib, chamou ontem a oposição do Timão de terrorista em razão da divulgação no Diário Oficial de um recurso em Brasília que pede a anulação da reunião que mudou o estatuto do clube, no final de 94, e conseqüentemente todos os atos feitos por Dualib desde então. Inclusive a eleição realizada em setembro do ano passado, quando ele ganhou o pleito por uma larga margem de votos.
“A oposição está fazendo terrorismo nessas horas. Estamos numa fase delicada, em que disputamos um dos títulos mais importantes da história do clube, e eles só aparecem nesses momentos. Querem tumultuar o ambiente, que está perfeito”, reclamou Dualib, referindo-se ao grupo formado por Damião Garcia, Antoine Gebran e a ex-presidente do clube, Marlene Matheus.
Alberto Dualib faz questão de ressaltar que o assunto é morto dentro do Corinthians. “Faz quatro anos que eles estão tentando alguma coisa no clube, mas não têm sucesso. Depois que perdemos na Justiça, abandonamos o estatuto de 94, voltamos para o antigo e marcamos novas eleições. Tudo dentro do que a Justiça determinava e eles queriam”, disse o presidente. “Só que eu ganhei a eleição e eles não podem reclamar. Aliás, foi a maior votação da história do clube, com uma vantagem enorme de votos”.
O advogado do clube, Sérgio Grassini, explica que não há nada de errado na atual administração do Corinthians. “Está tudo na mais perfeita ordem. Na época em que o estatuto de 94 estava sub-júdice, tínhamos uma liminar que legitimava todos os atos dentro do clube”, afirmou Grassini. “O caso da oposição até já foi arquivado no ano passado. Não me preocupo mais com isso. Esse assunto é encarado como a mesma coisa que chutar cachorro morto”, disse.
O presidente corintiano confirmou que foi realizada uma reunião do Conselho Deliberativo no começo de agosto que mudou alguns pontos do estatuto antigo do clube. “Ficou estabelecido que o presidente pode tentar a reeleição quantas vezes quiser. Eliminamos o ponto que impedia isso. O estatuto antigo era de 1984, muito arcaico. Precisávamos de algumas mudanças”.
As próximas eleições acontecerão em setembro do ano que vem e Dualib deverá ser candidato mais uma vez. “É preciso muita saúde para dirigir o Corinthians. Tem de abdicar da família, mas a recompensa é grande”, disse.
Dualib só não entende como a Imprensa dá espaço para as notícias vindas da oposição. “Não pode dar chance para esses canalhas. Eles só querem o atrapalhar o clube. São falsos corintianos”, esbravejou. A oposição corintiana não quis falar sobre o assunto.

Promessas para 2000
(fonte:Gazeta Esportiva)

O mais importante deles é o lançamento do novo estádio, que acontecerá em janeiro, durante a disputa do Mundial Interclubes. “Um grande projeto está sendo feito por engenheiros americanos e ingleses. Será o estádio mais moderno do Brasil. Os corintianos vão ficar muito felizes”, acredita.
Dualib não quis confirmar onde será construído o estádio, já que depende de aprovação da prefeitura. “Já temos um local definido, mas ainda estamos esperando uma resposta das autoridades municipais. O projeto prevê capacidade para 40 ou 45 mil pessoas, mas estou pleiteando para 60 mil torcedores”, afirmou. “Tudo será feito com o que há de mais moderno e poderá ficar pronto até antes do prazo estipulado, que inicialmente é de três anos”.
O presidente também preferiu não comentar se será anunciado um novo patrocínio para o time no lançamento do projeto do estádio. As especulações são de que a Pepsi, empresa de refrigerantes, substituiria a Batavo.
“Não sei de nada sobre isso. Não tenho o que falar”, despistou, rapidamente.
O presidente enalteceu o desempenho da equipe nos últimos dois anos, quando o Corinthians chegou a três finais de campeonatos.
O presidente tratou de tranqüilizar a Fiel e ressaltou que nenhum jogador será vendido, mesmo depois do Mundial. “Ganhamos dois títulos (Brasileirão/98 e Paulistão/99) e podemos vencer mais um Brasileiro num período de um ano”, relembrou o presidente.
“Isso mostra o entrosamento do time, que quero que continue o mesmo no ano que vem. Meu pensamento é não vender nenhum jogador, nem mesmo o Vampeta. São dois anos juntos e, se ficarmos três, será ainda melhor. 2000 será o ano em que o Corinthians não vai deixar nada para ninguém”, crê.
O presidente ressaltou que tem tido muito trabalho no clube. Hoje, por exemplo, estará em Assunção, acompanhando o sorteio das chaves para a Copa Libertadores da América do ano que vem. Além dos compromissos com o futebol, Dualib está preocupado com a construção da nova sede social no Parque são Jorge.
“É um prédio grandioso. O Corinthians tem de ser grande em todos os setores, inclusive no patrimonial”, afirmou.
“O associado terá acesso a várias coisas para o seu lazer, como restaurantes, teatro, cinema e um grande salão de festas”, finalizou o presidente Alberto Dualib.

10/12

Xerife Luciano vigia matador

O centroavante Guilherme, do Atlético-MG, está confirmando nesse Brasileirão sua fama de matador, com os 25 gols marcados até agora. Para neutralizar essa arma do Galo na primeira partida das finais do campeonato, domingo, em Belo Horizonte, o Corinthians usará o xerifão Luciano, que entra no lugar dos machucados Nenê e João Carlos. O zagueiro sabe que a tarefa será das mais difíceis. “O Guilherme é aquele jogador de área. Tem um ótimo posicionamento. A atenção tem de ser redobrada com ele”, advertiu Luciano.
O novo titular da zaga corintiana encara com naturalidade o fato de ter a missão de ficar em cima do artilheiro do Brasileiro. “Estou preparado para tudo. Treino muito para poder ter a confiança do técnico e dos companheiros”, disse. “Mas não vou ficar grudado nele o tempo todo. O Márcio Costa terá de marcá-lo também. Dependerá do jogo.” Com 1,85 “e meio” de altura, como gosta de ressaltar, Luciano acredita que poderá ter vantagem em outro ponto forte do matador do Atlético-MG: as jogadas aéreas. “Como tem um bom posicionamento na área, o Guilherme explora bem as bolas altas. Um dos meus pontos fortes é o cabeceio e tentarei anular essa jogada.” O zagueiro acha que o Timão tem de ter tranquilidade no início do jogo para aguentar a pressão da galera. “Esse é o passo para um bom resultado. Jogaremos tranquilos e, depois de passada a pressão, mostraremos o nosso futebol”, disse.
Oswaldo de Oliveira está muito preocupado com Guilherme, mas adverte que o lado esquerdo do ataque do Galo também é perigoso. “O Marques e o Ronildo estão muito bem. Estou pensando numa forma de pará-los”, revelou.

Chefão breca Prates

O lateral-direito César Prates, substituto de Índio, que se recupera de uma contratura na coxa esquerda, tem como principal característica o apoio ao ataque. O técnico Oswaldo de Oliveira, no entanto, já cortou as asas do jogador e não quer saber de ousadia. “O Índio está mais habituado ao esquema e guarda mais a posição. Isto é importante, pois o Vampeta e o Marcelinho têm muita força ofensiva. O César só vai pode avançar no momento certo”, avisou o treinador, que já alertou o novo dono da camisa 2.
O desempenho de César Prates poderá fazer a diferença na decisão, já que terá a missão de parar a principal jogada do Galo, com Marques e Ronildo. O jogador, no entanto, não parece estar preocupado. “Sempre passei por momentos decisivos. Foi assim no Brasileiro de 97, pelo Vasco, em 98, quando fui vice estadual pelo Coritiba, e no primeiro semestre deste ano, quando disputei a final da Copa do Brasil pelo Botafogo-RJ”, contou. “Matando essa jogada pela esquerda, o Atlético acaba”.

Marcelinho aposta tudo no primeiro jogo

Marcelinho Carioca está convicto de uma coisa para a decisão do Brasileiro contra o Atlético/MG: o primeiro jogo, domingo, em Belo Horizonte, é o mais importante da final. “É o que vai definir tudo. Se a gente começar bem a decisão, vai acabá-la bem. A importância de um bom resultado no Mineirão é enorme”, disse o meia corintiano.
O craque do Timão lembra que já passou por bons momentos em partidas disputadas no Mineirão. “Contra o Cruzeiro, na final do ano passado, foi o mais importante. A goleada de 5 a 1 sobre o Atlético, também em 98, ficou na memória, já que marquei três gols”, contou o meia, que ressaltou estar muito concentrado para a decisão. “Até demais.”

Dinei só entra para decidir

A história parece se repetir. No ano passado, Dinei não apareceu tanto até a decisão contra o Cruzeiro, quando desencantou e, sempre entrando durante as partidas, foi decisivo para a conquista do bicampeonato do Corinthians. Em 99, o atacante continua sendo uma opção no banco de reservas, mas acredita em sua estrela. “Estou sonhando em, quando entrar em campo, arrebentar novamente como no ano passado. Estou me preparando para isso”, disse Dinei, que pediu um tempo para aprimorar a forma física antes do final da fase de classificação.
Dinei aponta as coincidências que estão acontecendo em relação ao Brasileirão de 98. “Tenho muita superstição. Como as coisas estão da mesma maneira, sinto bastante confiança nesses jogos decisivos”, afirmou o atacante. “Uma prova de que sou supersticioso é o número da camisa. Jogo sempre com o 18. Pena que não tinha esse número em 90. Era o 16”, lembrou o jogador.
O atacante é único do elenco corintiano que tem a possibilidade de ser tricampeão brasileiro. “Isso me dá muita alegria, já que sou corintiano. Participei das duas conquistas e tenho a chance de ganhar mais um título nacional. Meu nome vai ficar marcado na memória do torcedor”, contou.
Dinei garante que não treme em decisão. Segundo o atacante, acontece justamente o contrário. “Sou mais frio em jogos decisivos. Entro em campo tranquilo e sem medo de encarar o adversário. Sei que tem gente que treme em final, mas comigo não é assim. O segredo de tudo é ficar mais concentrado”, disse.
A força do Atlético-MG preocupa o atacante corintiano, que destaca o amigo Marques, com quem começou a carreira no Corinthians, como a arma mais perigosa. “O Marques é um dos melhores atacantes do Brasil na atualidade. Assim como o Ricardinho, o Marcelinho e o Edílson. Está jogando um bolão e é o principal jogador deles”, afirmou.
Mesmo assim, Dinei confia no conjunto do Corinthians.

Fiel marca presença no terreiro do Galo

O Corinthians mais uma vez poderá contar com seus torcedores para dar apoio ao time no primeiro jogo das finais contra o Atlético-MG. A partida acontecerá no domingo, em Belo Horizonte, no estádio do Mineirão. Como fizeram no ano passado, quando o Timão enfrentou o Cruzeiro também pelas finais do campeonato, a Gaviões da Fiel e a Camisa 12 estão organizando caravanas para levar os torcedores ao jogo em Minas Gerais.
A Gaviões tem de 50 a 70 ônibus reservados, que sairão às 2 horas da madrugada de domingo para levar os corintianos até a capital mineira. O pacote com passagem e ingresso sai por R$ 25. Para quem quiser desembolsar mais para ter um pouco de conforto, poderá marcar lugar num avião de 350 lugares, fretado pela torcida, que sairá do aeroporto de Guarulhos, no domingo, às 12 horas. Logo após a partida, os passageiros retornarão. O valor pode ser dividido em três parcelas de R$ 130, mais a taxa de embarque de R$ 18,30. A Camisa 12 deve lotar cerca de 50 ônibus. O preço é de R$25, e a caravana sai no sábado, às 12 horas, da sede da agremiação.
Para aqueles que acompanharão o confronto em São Paulo, a Gaviões da Fiel colocará um telão em sua quadra, no Bom Retiro, local que pode receber até 8 mil pessoas.
A diretoria do Galo deve liberar cerca de 5 mil ingressos para os torcedores corintianos, número que já é suficiente para fazer barulho no Mineirão. A exemplo do que ocorreu em 1998, quando o alvinegro paulista empatou com o Cruzeiro em 2 a 2 e teve o apoio da torcida, que empurrou o time e fez muito barulho, mesmo no campo do adversário.
O Corinthians mais uma vez poderá contar com seus torcedores para dar apoio ao time no primeiro jogo das finais contra o Atlético-MG. A partida acontecerá no domingo, em Belo Horizonte, no estádio do Mineirão. Como fizeram no ano passado, quando o Timão enfrentou o Cruzeiro também pelas finais do campeonato, a Gaviões da Fiel e a Camisa 12 estão organizando caravanas para levar os torcedores ao jogo em Minas Gerais.
A Gaviões tem de 50 a 70 ônibus reservados, que sairão às 2 horas da madrugada de domingo para levar os corintianos até a capital mineira. O pacote com passagem e ingresso sai por R$ 25. Para quem quiser desembolsar mais para ter um pouco de conforto, poderá marcar lugar num avião de 350 lugares, fretado pela torcida, que sairá do aeroporto de Guarulhos, no domingo, às 12 horas. Logo após a partida, os passageiros retornarão. O valor pode ser dividido em três parcelas de R$ 130, mais a taxa de embarque de R$ 18,30. A Camisa 12 deve lotar cerca de 50 ônibus. O preço é de R$25, e a caravana sai no sábado, às 12 horas, da sede da agremiação.
Para aqueles que acompanharão o confronto em São Paulo, a Gaviões da Fiel colocará um telão em sua quadra, no Bom Retiro, local que pode receber até 8 mil pessoas.
A diretoria do Galo deve liberar cerca de 5 mil ingressos para os torcedores corintianos, número que já é suficiente para fazer barulho no Mineirão. A exemplo do que ocorreu em 1998, quando o alvinegro paulista empatou com o Cruzeiro em 2 a 2 e teve o apoio da torcida, que empurrou o time e fez muito barulho, mesmo no campo do adversário.

Cruzeiro pede R$ 6 milhões por Muller

O antigo sonho corintiano de ter o atacante Muller, atualmente no Cruzeiro, pode melar. O clube mineiro não aceitou a proposta do Timão, que teria oferecido R$ 2,5 milhões por empréstimo de um ano. “Eles querem o Muller por empréstimo, mas nós só vamos negociá-lo se for para vender”, afirmou o vice-presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrela. Os mineiros querem R$ 6 milhões pelo passe de Muller.
Outro jogador cruzeirense que interessa ao Corinthians é o lateral-esquerdo André Luís, campeão paulista pelo clube em 97, cujo passe pertence ao Tenerife espanhol.

09/11

 Pai herói da fiel
(fonte: Gazeta Esportiva)

Não existe nada mais bonito para um ser humano do que o nascimento de um filho. É esse fato que está embalando Ricardinho no Corinthians. O meia está mostrando um futebol eficiente e vem sendo decisivo na reta final do Brasileirão. A esposa Juliana está no oitavo mês de gravidez e Bruno deverá nascer na segunda quinzena de janeiro. “Essa alegria de ser pai dá uma força a mais nas partidas. Estar bem no lado pessoal ajuda muito profissionalmente”, afirmou o craque.
Ricardinho tem demonstrado seu carinho pela esposa e pelo filho nas partidas. Sempre que faz gols, o que tem sido uma constante nos últimos jogos do Campeonato Brasileiro, o meia comemora fazendo o gesto de embalar um bebê, como Bebeto no jogo contra a Holanda, na Copa do Mundo de 94. “Acho que é uma forma legal de homenagear os dois. Já tem um tempo que venho fazendo isso”, contou.
Com a proximidade do nascimento de Bruno, Juliana viajou para a casa dos pais, em Curitiba (PR), há três semanas. Preocupado com a saúde da mãe e do filho que vai nascer, Ricardinho fala com a esposa várias vezes por dia. “Ligo para ela umas quatro vezes por dia. De manhã, depois do almoço, antes do treinamento da tarde e à noite. Quero saber como ela está e se não tem nenhum problema”, disse o futuro pai coruja Ricardinho.
O meia ressalta que o entrosamento do time também ajuda muito seu bom futebol. Apenas nesse Brasileirão, Ricardinho já marcou sete gols, sendo três no mata-mata. “Temos uma equipe experiente, que sabe o que fazer dentro de campo. O entrosamento vem desde o ano passado e isso ajuda no sucesso do Corinthians”, afirmou o jogador. “Estou tendo uma sequência de jogos que me beneficia bastante. Ano passado, sofri uma contusão e não tive essa chance.”

Reveillon bagunça cabeça de Oswaldo
(fonte: Gazeta Esportiva)

O treinador Oswaldo de Oliveira ainda não sabe o que fazer depois do Mundial de Clubes da Fifa. Os titulares terão férias e o técnico pensa em quem escalar para o Torneio Rio-São Paulo. O problema é que os juniores estarão disputando a Copa São Paulo na mesma época. “Temos elenco para isso, mas é preciso muita inteligência e racionalidade para não prejudicar o time na sequência do ano”, disse.
Os planos para o fim do ano estão definidos. Se a final do Brasileiro for dia 22, os jogadores terão folga até o dia 26. Treinam até o dia 29 e folgam novamente nos dois últimos dias do ano. O retorno está marcado para o dia 1º, à tarde.

Adílson é o xerife que o Timão procura
(fonte: Gazeta Esportiva)

O Corinthians está próximo de contratar seu primeiro reforço para o Mundial de Clubes da FIFA, que será realizado no mês que vem. É o zagueiro Adílson, conhecido dos brasileiros dos tempos em que foi capitão do Grêmio de Felipão, que atualmente defende o Jubilo Iwata, do Japão.
O jogador chegou a São Paulo na segunda-feira e já está negociando com o Corinthians. O passe pertence ao próprio Adílson, que termina seu compromisso de três anos com o Jubilo no final deste mês.
O diretor de futebol do Timão, Carlos Nujud, não quis confirmar ontem a contratação de Adílson. “Não vou falar nada oficialmente para não atrapalhar a negociação. Existe o interesse, as conversas estão acontecendo, mas não há nada assinado”, disse o dirigente.
O treinador Oswaldo de Oliveira preferiu não comentar nada sobre o assunto. O pensamento do técnico é apenas a final do Brasileirão. “Não quero e não vou falar nada sobre isso. A contratação é para o Mundial e nós estamos disputando uma decisão de campeonato. Pode tumultuar o ambiente”, afirmou o técnico.
O zagueiro Luciano, que deverá ser titular no jogo de domingo, está contente com o interesse do Timão por Adílson. “Fomos companheiros no Grêmio entre 94 e 96. Ele é um jogador de qualidade e muito profissional. Mas agora o negócio é o Brasileiro”, afirmou.

Timão com a faca e o queijo na mão
(fonte: Gazeta Esportiva)

A Fiel torcida está bem perto de comemorar mais um título brasileiro do Corinthians. O São Paulo já ficou para trás nas semifinais, com duas vitórias incontestáveis. Antes, a vítima havia sido o Guarani, que não agüentou a força do Timão.
Por ser a equipe com a melhor campanha no campeonato, o Corinthians leva a vantagem de decidir o título em São Paulo. O primeiro jogo será fora de casa, no próximo domingo. As duas últimas partidas estão marcados para o Morumbi, onde a torcida corintiana deverá marcar presença e empurrar o time rumo a mais uma conquista nacional. “Esse é um ponto decisivo nessa final. Temos de aproveitar o fato de jogar com o apoio de nossos torcedores para ganhar esse título”, comenta o treinador Oswaldo de Oliveira. “Quero ver o Morumbi completamente lotado quando atuarmos em São Paulo. Vamos sofrer pressão no primeiro jogo e temos de fazer a mesma coisa na nossa casa”, ressaltou o meia Ricardinho.
Com a presença em mais uma final de Brasileirão, o Corinthians garantiu uma vaga para a Copa Libertadores da América e volta a sonhar com a conquista de um título internacional. É a primeira vez na história que o clube disputa a competição em dois anos seguidos.
Os jogadores, no entanto, não pensam em relaxar porque já estão com uma vaga assegurada na Libertadores. O pensamento de todos é o título brasileiro. “Foi maravilhoso ter conseguido classificar para a Libertadores, mas isso não vai influir em nada na decisão. Vamos entrar com muita força para ganhar o Campeonato Brasileiro”, disse o meia Marcelinho. “Já atingimos um objetivo, que era a Libertadores. Agora é voltar todas as nossas forças para a decisão desse Brasileirão”, afirmou o atacante Edílson.

08/12

Com que zaga eu vou?

O treinador Oswaldo de Oliveira enfrenta um autêntico quebra-cabeça para montar a zaga do Corinthians que disputará a primeira partida da final do Brasileirão, domingo, contra Vitória ou Atlético-MG. Os xerifes Nenê e João Carlos estão machucados e já foram vetados. O técnico tem quatro opções - Luciano, André Santos, o júnior Marcelo e improvisar o meia colombiano Rincón.
Oswaldo antecipou que sua primeira preferência é escalar Luciano, que é da posição e já atuou no campeonato. André Santos e Marcelo, que saiu dos juniores, têm poucas chances. Com relação a Rincón, o técnico não gosta muito de fazer improvisações, já que acaba mexendo no esquema do time. “Minha primeira escolha é o Luciano. Tem experiência e já jogou no Brasileirão, contra o Internacional, no Maracanã. Por coincidência, junto com o Márcio Costa”, disse o treinador. “Mas tudo vai depender dos treinos da semana.” Os casos de Nenê e João Carlos preocupam Oswaldo de Oliveira. Nenê sofreu fratura de costela e ficará em repouso por dez dias. João Carlos sentiu novamente a contratura na coxa direita e, dependendo da evolução da lesão, pode voltar apenas na segunda partida. “É lamentável que esses problemas ocorram nessa fase do campeonato, mas é um fato do futebol e temos de preparar o time para que as substituições não causem prejuízos à estrutura do time”, afirmou.
Outro que fica de fora é o lateral-direito Índio, que sofreu contratura na coxa esquerda. O substituto será César Prates. “O Índio estará bom na semana que vem, agora será melhor deixá-lo de fora.”

Luciano não tem medo de decisão

Em uma coisa o torcedor corintiano pode ter certeza com relação a Luciano, que deverá jogar ao lado de Márcio Costa no jogo de domingo, contra Vitória ou Atlético-MG: o zagueiro não tem medo de decisão e garante que vai dar conta do recado. “Estou preparado para o jogo. Comecei no Grêmio, que sempre chega a finais de campeonatos, e estou acostumado com esse tipo de jogo”, disse Luciano. “Sentirei falta de ritmo, mas vou compensar com tranquilidade, experiência e ajuda dos companheiros”, afirmou.
O treinador Oswaldo de Oliveira ainda não confirmou se Luciano começará jogando. O zagueiro ressalta que não ficará chateado caso o técnico resolva escalar outro jogador. “Quero jogar, mas se o treinador, que manda no time, quiser colocar outro, não reclamarei. Quero ajudar o grupo.” Sobre o adversário do Timão na final do Brasileiro, Luciano não tem preferência. “Os dois times são bons. O Vitória é rápido com a bola no chão e o Atlético é forte nas jogadas aéreas.”

Paz entre Capeta e Rincón ajuda grupo

O fim da crise entre Rincón e Edílson fortaleceu ainda mais o Corinthians para a decisão do Brasileiro. Os dois não se falavam desde as oitavas-de-final da Libertadores da América, quando se desentenderam no vestiário, após a partida contra o Jorge Wilstermann, na Bolívia.
Antes da partida de domingo, contra o São Paulo, ainda na concentração, o Capetinha teve a iniciativa de botar um ponto final na desavença, fazendo as pazes com o meia colombiano. “A atitude dele foi surpreendente, pois estávamos com a cabeça no jogo. Agora, acabou tudo”, garantiu Rincón. Marcelinho também ficou admirado com a postura do companheiro. “Foi emocionante. Ele até chegou a abraçar o Rincón. Aquilo levantou o astral do grupo, um ponto de partida para ficarmos mais fortes.”

07/12

O mestre e o pupilo

Esse é o tipo de assunto que vai dar muito pano para manga. Na fria e calculista matemática o pupilo Oswaldo de Oliveira superou o mestre Wanderley Luxemburgo. Essa é a conclusão que se chega quando se analisa os números dos dois à frente do finalista do Campeonato Brasileiro.

A turma que não gosta desse negócio de estatística vai sair em defesa do técnico da Seleção.

– O Luxemburgo ganhou o Brasileiro, o Oswaldo ainda não – dirão os que preferem troféus a pranchetas e máquinas de calcular. Até aí tudo bem. O problema é saber que argumentos usarão os críticos de Oswaldo se o time comandado por ele conquistar o bicampeonato brasileiro. Vom a vantagem de três empates e decidindo duas partidas em casa, o título está perto do Timão.

Luxemburgo chegou ao Parque em janeiro de 98. Foi embora pouco depois da conquista do Brasileiro. Era impossível conciliar as funções de técnico do Corinthians e da Seleção Brasileira. De janeiro a dezembro dirigiu a equipe em 63 partidas oficiais. Foram 27 vitórias, 18 empates e 18 derrotas. Oswaldo fez 56 jogos à frente do Timão. Ganhou mais: 30 partidas. Perdeu menos: 16 jogos. Sob o comando de Luxa o Timão marcou 101 gols e sofreu 82. A equipe de Oswaldo tem uma pontaria mais afiada: marcou 108 gols. A defesa, que perdeu Gamarra depois do Paulista, sofreu 77.

O Corinthians de Luxemburgo fracassou no Rio-São Paulo, Copa do Brasil e Mercosul. Chegou à final do Paulistão com o São Paulo. Daquela vez o rival se saiu melhor. Raí acabou com a ilusão do pentacampeonato paulista de Luxemburgo.

A tristeza durou até dezembro. Nas mãos de Luxemburgo o Timão conquistou o segundo Brasileiro de sua história.

Sem muitas alternativas, a direção corintiana resolveu efetivar o ex-auxiliar Oswaldo de Oliveira como técnico. A primeira passagem foi curta. Depois de naufragar no Rio-São Paulo, Oswaldo não suportou a pressão e pediu para sair. Evaristo de Macedo chegou para treinar o time na Libertadores. Outro fiasco. Dois meses depois lá estava Oswaldo de novo, chamado para apagar o incêndio às vésperas dos decisivos jogos com o Palmeiras na Libertadores.

A traumática eliminação na Libertadores serviu de combustível para o foguete corintiano decolar. O Paulistão foi o primeiro título de Oswaldo como técnico. Para o Brasileiro, a Hicks Muse abriu os cofres e trouxe de reforços de peso como Dida, João Carlos e Luizão. Apesar disso, o time ainda sofre com as perdas de Gamarra e Silvinho.

Mesmo com algumas oscilações, e mais uma eliminação na Mercosul, o Timão chegou sem muitos sustos à final do Brasileiro. A opinião geral é que só perde o título se fizer besteira. Aí com um título paulista e um brasileiro no currículo Oswaldo poderia se gabar de ter deixado para trás, pelo menos em se tratando de Corinthians, o homem que lhe ensinou os macetes da profissão.

– O Corinthians do Oswaldo é também do Wanderley. Só chegamos aqui graças às coisas boas que ele deixou. Devo muito a ele – diz o técnico quase campeão brasileiro.

Queremos o rubro-negro

Os números de ambos mostram que Oswaldo está levando vantagem sobre o amigo. Mas nada disso terá importância se não conquistar o bicampeonato brasileiro

Enquanto alguns demonstram indiferença quanto ao melhor adversário na final, Edílson e Vampeta já elegeram o rival ideal. A dupla sonha com o Vitória.

– Iria ser uma final legal para caramba. Imagina como o povo da Bahia iria ficar? Seria uma festa danada – diz Edílson, um dos embaixadores baianos no elenco.

Edílson é Vitória desde pequenininho. Aliás, a família toda é rubro-negra.

– Desde meu pai até o primo mais distante – resume.

Na infância, em Nazaré das Farinhas, Vampeta era fanático pelo Bahia. Mas o coração mudou de lado quando começou a jogar nas categorias de base do rival:

– Hoje sou Vitória doente. Vou torcer que nem louco para dar uma final Corinthians e Vitória.

Índio acompanha a turma e vai rezar para dar rubro-negro.

Dor de cabeça com a zaga

A zaga corintiana está preocupando a comissão técnica para a primeira partida da decisão, no próximo domingo.

Índio, Márcio Costa, Nenê e João Carlos deixaram o gramado do Morumbi contundidos e são dúvidas para domingo.

Os casos mais preocupantes são os dos zagueiros Nenê e João Carlos. Nenê foi submetido a uma ultrassonagrafia para ser melhor avaliado. Caso se confirme a fratura em sua costela, está fora do Brasileiro.

Quanto a João Carlos, o médico do Timão, Joaquim Grava, teme por sua continuidade no Brasileiro.

– O caso do João Carlos é mais sério. Se for apenas uma fibrose, poderá jogar no domingo. Caso contrário, só volta a jogar no ano que vem.

Índio e Márcio Costa não preocupam tanto e devem ser liberados para domingo.

Müller, Adílson e André podem chegar

O Corinthians começa a decidir domingo o seu segundo brasileiro consecutivo. Mas isso não impede que as especulações rondem o Parque São Jorge. Em Belo Horizonte, comenta-se que o Corinthians teria feito uma proposta pelos passes de Müller e André, do Cruzeiro. Outro que estaria na lista é o ex-zagueiro gremista Adílson, que atua no futebol japônes. Müller é um velho sonho de Oswaldo de Oliveira. Um lateral esquerdo e um zagueiro são prioridades. Os reforços viriam para o Mundial. No Timão ninguém confirma o interesse. O assunto contratação é proibido em véspera de decisão.

06/11

Corinthians vence São Paulo por 2 a 1 e está na final do Brasileirão

LOCAL: Morumbi - São Paulo (SP) ÁRBITRO: Oscar Roberto de Godói (SP)
ASSISTENTES: Edinilson Corona (SP) e Valdeci Justiça (SP)

OCORRÊNCIAS:

1º TEMPO

2º TEMPO

18h32 - Começa o jogo. São Paulo e Corinthians disputam uma vaga na final do Brasileirão
3min - Vágner faz grande jogada, driblando meio time do Corinthians, mas Índio afasta o perigo
4min - O Timão chega pela primeira vez, com Vampeta chutando para fora
7min - Num bate-rebate dentro da área, quase o Corinthians marca o primeiro
13min - Falta na ponta esquerda. Ricardinho cobra e a bola explode na barreira
16min - Nenê falha, Raí toca para Marcelinho que manda um balaço, mas a bola caprichosamente toca no travessão e sai
19min - O São Paulo pressiona. Vágner toca para Carlos Miguel, só que a bola pega no calcanhar do jogador e sobra para a zaga corintiana
20min - Em cobrança de falta ensaiada, Ricardinho toca para Vampeta que chuta à diretia do gol de Rogério
24min - Edilson recebe a bola na ponta esquerda e se joga na área, mas o árbitro não cai na encenação do jogador
27min - Luizão chuta do bico da área e o goleiro Rogério faz uma grande defesa
33min - Fábio Aurélio passa por dois jogadores do Corinthians, tabela com Carlos Miguel e chuta à queima-roupa sobre Dida, que coloca para escanteio
36min -
substs.gif (94 bytes) Corinthians - Sai: Nenê. Entra: João Carlos
38min - João Carlos, em seu primeiro lance, sente a perna. O Timão pode ter um problema, ficando sem zagueiros
43min - Rincón cruza pela esquerda e Luizã, num golpe de caratê, perde o gol
44 min
-ball.gif (441 bytes) GOOOOOOL!!! O Timão abe o placar. Índio acerta um cruzamento da direita, Luizão cabeceia, obrigando Rogério a fazer um milgare. Mas a bola sobre no pé direito de Ricardinho, que rola mansa para o fundo do gol
46min -
yells.gif (94 bytes)Edmilson (São Paulo), por falta violenta
46min -
yells.gif (94 bytes)Edmilson (São Paulo), por agressão ao juiz
48min - Final do primeiro tempo. O São Paulo teve maior posse de bola, mas a partida foi equilibrada. No finalzinho, o Timão abriu o placar e ficou com um jogador a mais, após a expulsão de Edmilson
19h38 - Começa a segunda etapa. Se oTricolor não conseguir reverter o placar, o Timão garante a vaga
2min - Edu pega mal na primeira descida do Timão
5min -
substs.gif (94 bytes) Corinthians - Sai: João Carlos. Entra: Gilmar
7min - Fábio Aurélio cobra escanteio, a defesa do Timão assiste e Wilson cabeceia para fora
11min - Boa jogada do Tricolor, mas a defesa corintiana corta novamente
13min - Ricardinho manda uma bomba de fora da área e Rogério faz boa defesa
14min - Milagre de Rogério num belo chute de Luizão
14min -
substs.gif (94 bytes) São Paulo - Sai: Anderson. Entra: Edu
16min -
yells.gif (94 bytes)Luizão (Corinthians), por falta violenta
16min -
yells.gif (94 bytes)Jorginho (São Paulo), por falta violenta
18min - Ricardinho toca para Edilson que gira e chuta, a bola espirra na zaga e sobra para Rogério
19min - Marcelinho cobra falta e Dida mergulha, colocando para fora da área
20min -
substs.gif (94 bytes) São Paulo - Sai: Raí. Entra: Sidney
20min -
yells.gif (94 bytes)Wilson (São Paulo), por falta violenta
24min -
ball.gif (441 bytes) GOOOOOOL!!! Apoiado pela torcida o Tricolor empata. Falta da ponta direita da área. Marcelinho cobra, a bola bate na barreira e sobra para Vágner, livre, marcar o gol
27min -
ball.gif (441 bytes) GOOOOOOL!!! O Timãom está na frente novamente. Numa boa tabelinha entre Ricardinho e Kléber, a bola é rolada para Edilson, que estufa a rede tricolor
28min -
yells.gif (94 bytes)Edu (Corinthians), por falta violenta
32min - Gilmar finta dois jogadores do São Paulo e chuta para longe do gol
32min -
substs.gif (94 bytes) São Paulo - Sai: Jorginho. Entra: Jaques
37min - Marcelinho quase empata num chute que passou à esquerda de Dida
37min -
substs.gif (94 bytes) Corinthians - Sai: Edu. Entra: Marcos Senna
38min - Outra boa jogada de Marcelinho. Desta vez quem cortou foi Márcio Costa
44min - O juiz indica que serão três minutos de acréscimos
44min - Marcelinho cobra falta novamente, mas a bola bate na barreira
45min - Luizão, de cabeça, quase marca o terceiro gol corintiano
47min - Lance incrível do Morumbi. Kléber vê Rogério adiantado e, quase dentro da área corintiana, tenta encobrir o goleirão. Rogério consegue cortar a bola de cabeça
48min - Final de jogo. O Corinthians está classificado para a final do Brasileirão

ESCALAÇÃO DAS EQUIPES

CORINTHIANS: Dida; Índio, Márcio Costa, Nenê (João Carlos, depois Gilmar) e Kléber; Vampeta, Rincón, Edu (Marcos Senna) e Ricardinho; Edílson e Luizão. Técnico: Oswaldo de Oliveira
SÃO PAULO:  Rogério Ceni; Anderson (Edu),  Wilson, Paulão e Fábio Aurélio; Edmilson, Jorginho (Jaques), Vágner e Carlos Miguel; Raí (Sidney) e Marcelinho. Técnico: Paulo César Carpegiani

Jogadores elogiam a garra da equipe

A classificação para a final do Brasileirão deixou os jogadores eufóricos. Conseguir a vaga em duas partidas contra o São Paulo fez com que todos ressaltassem a garra do time. “O Corinthians está de parabéns. A vontade de vencer foi enorme e isso fez com que conseguíssemos a classificação", disse o centroavante Luizão.
O meia Rincón fez questão de dizer que o Timão mostrou que foi superior ao São Paulo nas semifinais. “Isso ficou provado dentro de campo. Jogamos bem e agora lutaremos muito na deicisão”, afirmou o colombiano.
Contente com sua atuação, o lateral-esquerdo Kléber explicou o lance do segundo gol. “A jogada é bastante treinada. O Ricardinho tem muita visão de jogo e me deixou livre na área. Só tive que tocar para trás e o Edílson fez o gol”, comentou o jogador.
O zagueiro João Carlos foi substituído por Gilmar no segundo tempo porque voltou a sentir uma contusão muscular na coxa direita. “Minha volta à equipe não foi precipitada, porque treinei a semana inteira e não senti nada”, garantiu o jogador, chateado.
Ele, no entanto está otimista quanto à participação na decisão. “Tenho uma semana inteira para me recuperar bem. Vou estar em campo na próxima partida”, garantiu.

Ataque do Capeta rumo ao tri

Bem que Edílson avisou durante a semana para a defesa do Tricolor nem piscar. Não deu outra. O Capeta do Timão arrasou os pesados zagueiros do São Paulo, Wilson e Paulão, e teve a importante ajuda do esperto meia Ricardinho, que, mais uma vez, provou por que é o camisa 10 e titular indiscutível num elenco de luxo.
O Corinthians nem precisou jogar tudo o que sabe para derrotar o São Paulo por 2 a 1, ontem, no Morumbi. Mas a competência dos atacantes foi fundamental. Agora, a equipe só espera o adversário - Atlético-MG ou Vitória - para fazer mais uma final de Brasileiro, no próximo domingo. Além de disputar mais um título, o Timão assegurou uma vaga na Copa Libertadores da América do ano 2000.
“Foi um grande presente de aniversário”, comemorou o técnico Oswaldo de Oliveira, que completou ontem 49 anos. O presente foi dado, sobretudo, pelo meia Ricardinho. Ele teve toda tranqüilidade para fazer o primeiro gol do Corinthians, tocando na bola com categoria, aos 44 minutos do primeiro tempo. “Estava bem colocado e a bola sobrou para mim na área”, narrou.
No segundo tempo, um susto. O Tricolor chegou ao empate aos 25, através de Vágner. Mas nada mudou. O Timão logo matou o São Paulo. Outra vez Ricardinho fez grande jogada e o Capetinha Edílson só tocou para o gol. Com 2 a 1 no placar, o Corinthians prosseguiu dando uma aula de futebol. Edílson quebrou a coluna de Wilson e Paulão, e Ricardinho fez a festa no meio-campo até o apito final do árbitro.

05/11

Que dureza!

Se currículo ganhasse jogo, o Corinthians já estaria nas finais do Brasileirão. Luizão e Edílson, os homens que podem dar um fim à semifinal hoje, têm títulos e clubes que Paulão e Wilson, os escalados para detê-los, sonham ter.

Só que futebol e lógica nem sempre caminham juntos. Dá para acreditar que Wilson e Paulão vão parar Luizão e Edílson? Dá. Por que não?

– Não tenho dúvidas que o ataque do Corinthians é um dos mais perigosos do campeonato - analisa Wilson, antes de mostrar onde mora o perigo adversário.

– Os atacantes do Corinthians são rápidos e o meio-campo deles é muito inteligente, toca muito bem a bola. Os meias são imprevisíveis e servem aos atacantes com perfeição. Quando o Ricardinho pega na bola...– diz, olhando para o infinito, como que tentando encontrar a fórmula para barrar o Timão.

Wilson só tem um título na vida: o paranaense de 98. Por isso esse jogo não é um qualquer:

– Pela visibilidade que o Campeonato Brasileiro dá, esse é o jogo mais importante da minha carreira.

Aos 24 anos, Luizão já jogou Olimpíada e disputou final de Libertadores. Vivência suficiente para saber que currículo não ganha jogo.

– O Paulão e o Wilson são grandes zagueiros. Não pensem que vai ser fácil passar por eles – diz o artilheiro corintiano.

O parceiro assina embaixo.

– Estão falando que eles são lentos, que nós temos que levar a melhor, mas não é bem assim – diz o encapetado Edílson.

Lógica e improbabilidade duelam. Resta saber quem vence.

04/12

Fábrica de fazer goleiros

O Timão está bem de goleiro. Um pegou dois pênaltis batidos por Raí e é o titular da Seleção principal. O outro defendeu o pênalti que deu o bicampeonato mundial sub-17 ao Brasil. O terceiro é um dos goleiros que vai brigar para colocar a Seleção Pré-Olímpica em Sydney/2000. Com Dida, Renato e Rubinho, a Fiel tem motivos de sobra para se sentir segura.

Rubinho é o caçula da turma. Até outro dia era conhecido como o irmão do Zé Elias, o volante revelado pelo Timão e que depois de uma passagem pela Inter de Milão hoje defende o inexpressivo Bologna.

O pênalti defendido contra a Austrália na final do Mundial Sub-17 começa a fazer efeitos:

– Outro dia fui comprar pão para a minha mãe e o pessoal na rua me chamou de novo Dida – diz.

Rubinho ficou feliz com a comparação. Mas sabe que para ser um Dida ainda vai precisar comer muita poeira no Terrão. Como qualquer moleque de 17 anos, Rubinho quer ser titular do Corinthians e um dia ser o que Dida é hoje: titular da Seleção. Mas há algo que ele quer mais do que isso na vida:

– Meu maior sonho é jogar com o meu irmão ou contra ele.

Mas engana-se quem pensa que Rubinho vai dar mole para o mano. É melhor Zé Elias preparar as canelas.

– Ele já avisou que se me encontrar vai querer fazer gol. Por que eu vou dar moleza? Se vier eu arrepio ele – promete.

Renato é um caso singular. O goleiro nunca fez um jogo oficial pelo Corinthians. Apesar disso vem sendo convocado com freqüência à Seleção Sub-23. Pode parecer estranho. Mas tudo tem motivo:

– Seria difícil chegar à Seleção se o PC (Paulo César Gusmão, preparador de goleiros do Timão e da Seleção) não acompanhasse diariamente o meu trabalho. Mas se ele me indicou é porque devo ter qualidades.

O fato de não jogar não parece deixar Renato tranqüilo ou ansioso.

– Sou novo. Não tenho porque ter pressa – resume o calmo goleiro.

Vão fazer falta

Dois dos grandes destaques da semifinal do Campeonato Brasileiro vão ficar de fora na partida do fim de semana. Marcelinho, do Corinthians, suspenso pelo quinto cartão amarelo, e França, do São Paulo, com uma torção no tornozelo direito, não estarão em campo domingo e terão que ajudar o time das arquibancadas do Morumbi, como qualquer outro torcedor.

Qual dos dois craques vai fazer mais falta no jogo? Desde o começo do Brasileirão, Marcelinho ficou fora em quatro partidas, três pelo Brasileiro e uma pela Copa Mercosul. Os resultados deixam visível a queda de rendimento do time sem a presença do pé-de-anjo em campo. Em quatro jogos, foram duas derrotas, para San Lorenzo e Flamengo, um empate, 0 a 0 contra o Grêmio e apenas uma vitória, justamente contra o São Paulo, adversário de amanhã.

– Os dois jogadores fazem falta. O Marcelinho é driblador, passador e o França tem uma habilidade muito grande, além de ser um grande finalizador. Estamos buscando alternativas para a ausência do Marcelinho e o Carpegiani está fazendo o mesmo – afirma Osvaldo.

Marcelinho explica o amarelo.

– Se não fizesse a falta, poderia acontecer uma situação de risco para o Corinthians.

Oswaldo diz que as preocupações de seu time serão diferentes.

– Com o França em campo, o Rincón e o Vampeta têm mais trabalho. Com o Jaques, que joga mais fixo, o trabalho será maior para o Márcio Costa e o Nenê.

Para o técnico da Portuguesa, Nelsinho Baptista, que já treinou São Paulo e Corinthians e conhece bem as características dos dois jogadores, tanto França quanto Marcelinho são desfalques importantes para o jogo.

– O Marcelinho vai fazer falta na armação dos ataques do Corinthians. Ele é um dos líderes do grupo, um jogador com uma grande identificação com a torcida.

No lugar de Marcelinho, Oswaldo Oliveira deve escalar Edu, formando um meio-campo mais marcador.

A ausência de França é apenas um dos problemas que agitou o São Paulo durante a semana. As eternas brigas entre Márcio Santos e Carpegiani, o anúncio da saída do técnico depois do Brasileiro, bichos, justiça, necessidade da vitória. Parece que tudo conspira contra o Tricolor. Exatamente a mesma situação vivida pelo clube quando aconteceram os maiores êxitos tricolores do ano. Contra a Ponte, em Campinas e contra o Vitória, na Bahia, quando só a vitória classificava o São Paulo.

A única vez que França não esteve em campo com a camisa do São Paulo no Campeonato Brasileiro foi exatamente no terceiro e histórico jogo contra a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, quando o time conseguiu um resultado espetacular, com um jogador a menos, virando a partida contra a Macaca e vencendo por um apertado 3 a 2.

Apesar da vitória, a ausência de França foi muito sentida pelo ataque tricolor, que teve o esforçado Jaques com a número 9.

Artilheiro do Tricolor com 16 gols, (contados os marcados contra o Botafogo-RJ e contra o Internacional) exatamente um terço dos gols marcados pelo São Paulo no Brasileirão, França é a referência do ataque são-paulino, que fica meio desnorteado sem o jogador.

Para Nelsinho Baptista, técnico campeão paulista pelo São Paulo no ano em que França foi o artilheiro da competição e apareceu como destaque do time do Tricolor, a falta do atacante vai ser muito sentida pelo Tricolor.

– O França é realmente um jogador de decisão. Se movimenta muito no ataque dificultando a marcação e abrindo espaços na defesa adversária. Ele serve como referencial para o time.

Para o lugar de França, a opção deve ser novamente Jaques.

Rogério Ceni acha que o atacante vai fazer falta, mas agora é hora de valorizar o jogador que entra.

– Não devemos lamentar as ausências, e sim valorizar os jogadores que entram no time.

Faltou Noé no dilúvio de Barueri

Só faltou Noé e sua arca. O dilúvio estava presente em Barueri e interrompeu o treinamento do Corinthians, logo aos dez minutos.

– Pode atrapalhar um pouco a nossa preparação, mas o mais importante é manter a integridade física dos jogadores – explicou Oswaldo.

Ele definiu que Márcio Costa será mantido na equipe principal e vai manter João Carlos na reserva.

– O João Carlos está voltando ainda de uma contusão e quero ter todos os jogadores em plenas condições físicas nessas partidas. É importante não errar por falta de condição física.

A manutenção de Márcio Costa nada tem a ver com a entrada de Jaques no ataque tricolor.

– Muito pelo contrário. O João Carlos é mais forte e mais efetivo do que o Márcio na bola pelo alto. Ele só não vai entrar mesmo porque não está em boas condições físicas.

Com a manutenção de Márcio Costa, fortaleceu-se também a opção por Índio na lateral direita. Oswaldo não se esquece do jogo contra o Atlético, quando César Prates jogou com Márcio Costa e o time levou de quatro. O zagueiro reclamou de Prates, dizendo que havia pedido que ele não avançasse tanto, não sendo atendido.

A outra dúvida não existe. Edu está escolhido para o lugar de Marcelinho, mas Oswaldo vai manter o suspense até o dia do jogo.

– Vou levar essa dúvida até o fim.

Apesar de ter o mando de campo, o Corinthians terá de usar o vestiário número dois do Morumbi. Existe um contrato que garante ao São Paulo o uso do vestiário principal, mesmo quando não manda o jogo.

– O São Paulo está certo. Eu faria o mesmo. A casa é deles. Posso levar alguém dormir em casa, mas não no meu quarto.

03/12

Piscou, dançou

Uma dica de amigo. Se algum dia couber a você, em uma pelada ou qualquer outro tipo de brincadeira, a triste e dura missão de marcar Edílson, use a tática dos duelos nos filmes de faroeste. Não pisque. Dica do próprio Capeta.

– Se piscar, eu passo mesmo. Driblo fácil e vou em frente.

É lógico que, se você não piscar, isso não significa que você vá ter alguma chance de brecar Edílson, mas sem atenção total, aí é que a coisa desanda de vez.

– Não pode parar. Se o zagueiro parar na minha frente, fica difícil de impedir o drible.

Edílson tem suas manhas para que a situação desejada aconteça.

– No domingo, foi assim. Eu estava correndo lateralmente e o Wilson vinha atrás. Então, dei um breque e parei. Ele já estava na minha frente, paradão. Dei um tapa, passei por ele e sofri o pênalti. Ele teve de segurar minha camisa. É como eu falo: parou, dançou.

O pobre Luciano parou muitas vezes em frente a Edílson, no treino de ontem. Parou e dançou. Aberto na ponta direita, substituindo Marcelinho, Edílson fez jus ao nome. Foi um capeta, infernizando o zagueiro. Mas não se fixou na direita. Foi armar as suas também na esquerda.

– Agora, eu não volto tanto para o meio-campo para ajudar na marcação. Faço mais esse movimento lateral, de uma ponta para outra.

E qual é a causa da mudança?

– O esquema do São Paulo permite isso. Com três zagueiros, os laterais deles avançam muito. Então, não vou atrás do cara até o meio. Deixa bater lateral com lateral, Fábio Aurélio com o Índio, por exemplo.

Edílson tem certeza que terá menos dificuldades com o São Paulo do que teve contra Ponte e Guarani.

– O São Paulo não marca homem a homem. Fica mais fácil. Os outros times marcavam duro, homem a homem e os caras nem deixavam eu pegar na bola. Eles batiam, se antecipavam, foi difícil mesmo jogar. Com o São Paulo não é assim.

Edílson não se importa de falar sobre a melhor forma de ser marcado. Na verdade, sabe que não há muita novidade no que diz.

– Os beques sabem disso. Tá todo mundo esperto e eu me ferrando. Eles não encaram, vão recuando, recuando, esperando chegar alguém para fazer a cobertura. Se derem o bote, fica mais fácil para mim.

Pronto para reassumir

Titular da zaga até sofrer a lesão na coxa direita, que o afastou do time nas últimas duas partidas, João Carlos está recuperado e só aguarda o aval do técnico Oswaldo de Oliveira para retornar à equipe. Sentindo apenas dores leves no local da lesão, mas sem qualquer restrição dos médicos, elogiou a atuação da defesa durante sua ausência.

– Eles foram muito bem. O Márcio Costa é um grande jogador e tem feito ótimas partidas.

Cauteloso, ele prefere esperar a definição do técnico para falar como titular. Ontem ainda treinou entre os reservas. E apesar do mistério o jogador confia muito em seu potencial e acredita no bom trabalho que fez ao longo do Campeonato.

– Não tenho um ponto positivo em especial. Acredito muito na qualidade do meu jogo como um todo e no retrospecto favorável – avaliou.

Oswaldo, por sua vez, prefere não adiantar nada:

– Temos até o final da semana para tomar uma decisão. O João Carlos está recuperado e vem voltando aos poucos, vamos ver – disse, despistando.

Triste lembrança de um torcedor

Marcelinho fez ontem o primeiro coletivo da semana atuando na equipe reserva do Timão. Parecia um pouco desanimado. Mesmo assim sua presença mexeu com a torcida que a cada bom lançamento do craque levantava-se e gritava. Isso, sem falar dos gritos das tietes baruerienses, felizes com a visita do Timão:

– Você é lindo! Gostoso! – e outras cositas mais.

Mas o carinho da torcida não foi em vão, já que na saída do treino, mais uma vez, Marcelinho procurou distribuir muitos autógrafos.

Enquanto atendia aos fãs, Marcelinho falou da angústia de ser torcedor, sensação que experimentará no domingo. O Pé de Anjo prometeu que estará no Morumbi, sofrendo como um mortal qualquer. O craque voltou no tempo e lembrou de seu dia mais triste como torcedor. Foi com um amigo ao Maracanã e viu o seu Mengo ser derrotado pelo Sport. O ano ele não lembra. Mas a tristeza ficou para sempre.

– Sai de cabeça inchada. O Flamengo jogou com Zico, Aldair e todas as feras. Perdeu por um a zero. Nunca me esquecerei desse dia. É por isso que eu faço de tudo para fazer as pessoas felizes - disse.

Juventude é a arma do Corinthians

Dez meses atrás, Edu, Índio, Kléber e Fernando Baiano ajudavam o Corinthians a levantar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, em uma campanha finalizada com a vitória de 1 a 0 sobre o Vasco, na decisão. Às vésperas do segundo jogo contra o São Paulo, pela semifinal do Campeonato Brasileiro, eles reforçam mais do que nunca a imagem de xodós do técnico Oswaldo de Oliveira.
O lateral-direito Índio, confirmado para domingo, já havia recebido várias chances no time titular, desde o Brasileirão do ano passado. Neste semestre, pela primeira vez na carreira, o lateral-esquerdo Kléber passa por uma seqüência de jogos entre os onze que começam jogando. Já Edu é o provável substituto de Marcelinho Carioca no meio-campo e Fernando Baiano, que foi artilheiro da Libertadores da América deste ano, segue como a melhor opção ofensiva para a segunda etapa do jogo.
“Conheço bem os garotos e tenho plena confiança neles. Ano passado, quando era auxiliar do Luxemburgo, fazia treinos específicos com todos”, contou o treinador.
Edu não poupa elogios ao técnico e reconhece a sua coragem em apostar nos pratas-da-casa. “Não é fácil um treinador colocar jogadores tão jovens em um momento decisivo como este. Aqui no Corinthians, é muito difícil sair das categorias de base e ter a chance de se firmar”, conta.

Mistério desvendado

O Corinthians está praticamente definido para a partida contra o Tricolor. O técnico Oswaldo de Oliveira surpreendeu a todos no treino tático de ontem, no Estádio Municipal de Barueri, escalando o zagueiro Márcio Costa entre os titulares e deverá mantê-lo para o segundo confronto com o São Paulo. O até agora considerado titular João Carlos deverá ficar no banco.
No meio-campo, Edu se mantém na ponta na corrida pelo vaga deixada por Marcelinho, que cumprirá suspensão automática. Ontem, o meia também treinou entre os titulares. Oswaldo novamente evitou adiantar a escalação, deixando claro que só pretende anunciar o time no dia do jogo, mas os próprios jogadores deixaram escapar que Edu vai entrar no lugar do Pé de Anjo
“O Edu é muito bom lançador. Nós até já combinamos algumas jogadas”, deixou escapar Edílson. O Capetinha percebeu que entregara o ouro e tentou disfarçar, afirmando que a sua declaração se referia apenas ao que havia acontecido no treino. Tarde demais.
Rincón não participou do treino tático e fez apenas exercícios de reforço muscular. O volante Vampeta, que anteontem reclamava de dores no tornozelo direito, treinou normalmente. Com a provável entrada de Edu, ele deverá jogar um pouco mais adiantado pelo lado direito do campo.

02/12

Bate, que eu gosto

– Eles estão batendo muito. Acho que o juiz errou muito no domingo. O Nem deveria levar vermelho e acho que o segundo gol do São Paulo saiu de uma falta que não houve. Houve um pênalti no Edílson que ele não deu – foi o mais claro de todos – e aquele do Nenê foi muito discutível. Tomara que o próximo árbitro não erre tanto – diz Oswaldo.

Como apenas chorar o leite derramado não resolve nada, ele prefere trabalhar em cima dessa característica do São Paulo do que ficar apenas se lastimando.

– Nós temos de treinar alguma jogada para tirar vantagem disso.

No primeiro jogo, o Corinthians aproveitou-se da jogada aérea do São Paulo para armar vários contra-ataques, a partir da reposição de bola de Dida. O pênalti em Edílson saiu de uma jogada assim.

Mas, o treino de ontem ainda não contemplou esse tipo de jogada. Durante uma hora e meia, Oswaldo comandou jogadas alternativas para a ausência de Marcelinho e também tratou do perigo que é ter um zagueiro correndo contra sua própria área.

Oswaldo colocou-se no meio do campo, com mais de 25 bolas e iniciou o treino.

Bola em diagonal para o volante pela direita, que tocava para o meia. Esse devolvia em profundidade para o lateral, que vai ao fundo e cruza. Para um atacante ou o próprio meia.

Bola à meia altura para o meia, que dá um toque direto Ricardinho. Ele domina e toca em diagonal para o lateral-direito, que cruza na área.

Lateral-direito cruza para o meia-esquerda, que recua para o volante. Ele domina e enfia para o lateral-esquerdo, que cruza

O time se prepara contra cruzamentos na área. Quatro atacantes e quatro zagueiro correm em direção ao goleiro. A intenção é treinar o zagueiro a se livrar da bola sem fazer gol-contra.

Oswaldo leva até o dia do jogo as dúvidas: substituto de Marcelinho (Luiz Mário, Edu, Gilmar, Marcos Senna e Dinei) e quem serão os zagueiros. João Carlos, que teve problemas particulares e não treinou pela manhã, pode ser a novidade. Até, talvez, no lugar de Nenê.

– Quero continuar jogando, mas se sair não tem problema. Não sou um zagueiro intocável – afirma Nenê, que não deve deixar o time.

Pênalti é com o Capeta

Edílson dispara em velocidade. O grandalhão Wilson se afoba e puxa o calção do Capeta. Ao sentir o tranco o esperto atacante contraria as leis da física e se atira ao chão, para a frente e não para trás. O juiz marca pênalti.

Wilson é alto, lento, o tipo de zagueiro que Edílson adora encarar no mano a mano dentro da área. Nessas situações o pênalti é quase inevitável. O Capeta é especialista em arrumar pênaltis. Não foram poucos os becões que se desesperaram e cometeram a pior das infrações.

– Eu sou um atacante que se desloca muito rápido em espaços curtos. Isso dificulta muito para os zagueiros – revela.

Não deve ser fácil para Wilson, Cléber, Argel e Cia. parar o pequeno e lépido Edílson na corrida. Na guerra cada um usa a arma que tem:

– Até pelo biótipo deles, no mano a mano é difícil me parar. Mas eles compensam a falta de velocidade com o posicionamento. É preciso se mexer muito para levar vantagem.

Edílson abre um sorriso maroto quando lhe pedem para falar sobre o pênalti de Wilson. Até admite uma certa dose de malandragem. Desde que não venham com a conversa de que não foi pênalti.

– Como é que não foi? O cara me puxou pelo calção – reclama.

Neste Brasileiro Edílson já conseguiu três pênaltis: contra Juventude, Flamengo e São Paulo. Destes, Marcelinho marcou dois e Luizão perdeu um, contra o Fla. Pelo que já fez, o número é até modesto.

– Teve uma época no Palmeiras que eu sofria pênalti em todo o jogo. Foram uns oito pênaltis em oito jogos - recorda.

Marcelinho é um dos motivos que fazem Edílson querer uma canela, ombro ou joelho adversário no caminho:

– Aqui no Corinthians, na dúvida, é melhor sofrer pênalti do que tentar concluir a jogada. Com o Marcelinho em campo, pênalti é 99% de certeza de gol.

Domingo, o Capeta terá pela frente Wilson e Paulão. O problema é que se um deles o derrubar, Marcelinho 99% não vai aparecer para cobrar. O Pé de Anjo tomou o quinto amarelo e está fora.

– Não tem galho. Se isso acontecer ou Rincón ou o Luizão estarão lá para conferir – jura Edílson.

Timão passa uns dias em Barueri

O Corinthians foi ontem à noite para Barueri. Fica até sábado no Sportville, o complexo esportivo cujo o proprietário é o diretor de futebol José Roberto Guimarães. A intenção era ficar em uma cidade mais distante da Grande São Paulo. Com a proximidade das festas de final de ano não havia vagas nos hotéis de Atibaia e Bragança Paulista.

Charuto dá uma força para o time

Apesar de suspenso e de não atuar na próxima semifinal contra o São Paulo, a rotina do meia Marcelinho continua basicamente a mesma. Ontem o jogador treinou, como todos, em dois períodos.

Pela manhã, fez um treino leve com bola, brincou com os companheiros e atendeu a torcedores.

Durante a tarde, fez exercícios físicos, teve uma rápida conversa com o empresário que fornece o gramado sintético das quadras de suas escolinhas e depois participou do treino comandado por Oswaldinho. Enquanto isso, gozava dos outros jogadores chamando-os por apelidos. Para ele, Batata é Kombi; Luizão, Sapão; e Dinei, Girafa. Isso sem falar de Rincón, que para ele é Sebastian. Mas o próprio Marcelinho não escapa: é o Charuto do Timão.

Ao fim do treino, falou com mais alguns torcedores e desceu, rapidamente, para os vestiários, sem dar muitas entrevistas.

Mas se por fora continua tudo igual com o craque, por dentro, nem tanto.

– É ruim ficar de fora de decisão. A gente fica mais nervoso. Não dá para fazer nada.

Mas Marcelinho dá um jeito:

– Procuro conversar com os companheiros, passando uma força para eles. É importante.

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