Falsificação de Processadores Pentium II Publicado no Caderno de Informática Parece até que está virando tradição. Após falsificarem processadores Pentium e circuitos de cache de memória, agora estão falsificando o novo processador da Intel, o Pentium II. O método que os falsificadores estão empregando no Pentium II é o mesmo que empregavam na falsificação do Pentium Clássico: a remarcação, que consiste em remover o decalque original do processador e colocar outra inscrição em seu lugar. Assim, um Pentium II-233 pode ser adulterado e "transformado" em um Pentium II-266. O usuário tem de ficar muito alerta para não pagar caro por um processador falso. Como a placa-mãe precisa ser configurada manualmente para informar ao processador a sua multiplicação de clock o que é feito através de jumpers de configuração , muitos usuários acabam iludidos com a marcação falsa do processador, configurando a placa-mãe como se o processador fosse "verdadeiro". Por exemplo, no caso da falsificação do Pentium clássico, um Pentium-133 remarcado para Pentium-166 poderia ser facilmente configurado a trabalhar internamente com 166 MHz. Inclusive, na maioria das vezes, o processador trabalhava em overclock (ou seja, com o clock acima do especificado) sem apresentar problemas. No caso do Pentium II, ele possui proteção contra overclock: se você tentar aumentar a multiplicação de clock acima do especificado, o processador ignora os jumpers de configuração da placa-mãe. Acontece que os falsificadores são bem espertinhos. Eles abrem o cartucho do processador e tiram a proteção contra o overclock, fazendo uma "gambiarra" na plaquinha onde o processador e o cache L2 estão instalados, fazendo com que o processador consiga ser configurado com uma multiplicação de clock acima da especificada. Como o processador falsificado trabalhará em overclock, diversos erros podem ocorrer, como congelamentos, excesso de erros de Falha Geral de Proteção e resets aleatórios.
Como para fazer a modificação do processador é necessário abrir o seu cartucho, geralmente nos processadores falsificados há evidências de que o cartucho foi aberto com uma ferramenta (uma chave de fendas, por exemplo). As presilhas que fecham o cartucho ficam entortadas e um pouco mais abertas, como você confere em nossa ilustração.
Os processadores Pentium II-300 e superiores utilizam o código
de correção de erros ECC no cache de memória L2, enquanto processadores com
freqüências inferiores não o utilizam. Através de um programinha você pode ler o
registrador do processador que indica se o ECC está habilitado ou não. Se o processador
for de 300 MHz ou superior e o ECC estiver desabilitado, muito provavelmente isso indica
que o processador é na verdade, remarcado (um Pentium II-266 remarcado para 300 MHz, por
exemplo). Você pode baixar esse programinha em ftp://ftp.gabrieltorres.com/pub/programas/ctp2info.zip
(versão DOS) ou ftp://ftp.gabrieltorres.com/pub/programas/ Note, entretanto, que se o processador for um Pentium II-233 remarcado para 266 MHz o programa não indicará nada de anormal, bem como se o processador for um Pentium II-300 remarcado para trabalhar a uma freqüência de operação maior.
Tenho um Pentium II-300. Usando o programa ctp2info, que baixei do site, ele indica que o ECC está desabilitado. O meu processador é realmente falsificado ou existe a possibilidade de processadores Pentium II-300 não possuirem o modo ECC na comunicação com o cache L2 ? A princípio todo Pentium II a partir de 300 MHz possui seu cache L2 trabalhando com o código de correção de erros (ECC) habilitado. Tanto que é assim que a nomenclatura estampada no processador possui um "EC" junto com as demais letras do processador. Veja o padrão de marcação dos processadores Pentium II, que vem estampada no topo do processador: 80522PXZZZLLL SYYYY PX: No local de "X" entra a frequencia de operação do
processador Através do número de revisão do processador, você pode checar quem ele é:
Por exemplo, tenho aqui um processador revisão "SL2QB"; através da tabela acima identifico ele como sendo um Pentium II-266, sem ECC. Como você igualmente pode reparar na tabela, o Pentium II-300 e Pentium II-333 obrigatoriamente usam o ECC, enquanto para as demais freqüências de operação o ECC é opcional (pode tê-lo ou não). Dessa forma: todo Pentium II acima de 300 MHz usa o código de correção de erros (ECC) no acesso ao cache L2. Ou seja, Pentium II acima de 300 MHz sem ECC é falsificado. Não há qualquer relação do ECC do cache L2 com o ECC existente no setup, muito embora sua máquina possa ter opção de habilitar o ECC para o cache L2 - que deverá ficar habilitada. No setup geralmente podemos habilitar o ECC para o acesso à memória RAM, onde normalmente você pode optar entre ECC ou paridade. As informações acima foram extraídas do Databook Pentium
II Specificification Update, da Intel. |