NÚCLEO DE ESTUDOS EM HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

Ano III, no. 12 - Novembro de 1996

 

SUMÁRIO

Apresentação

Resumos

Notícia Bibliográfica

Publicações Recebidas

Programas de Cursos

Censo de Demografia Histórica

Notícias e Informes

Pesos e Medidas

ROL - Relação de Trabalhos Publicados

Aos Colaboradores

Editores deste número: Nelson Nozoe e José Flávio Motta

 

APRESENTAÇÃO

Três anos de ininterrupta publicação! Este o marco conquistado com o número 12 do nosso pioneiro boletim eletrônico. Editado pelo NEHD - Núcleo de Estudos em História Demográfica, integrado por alguns professores do Departamento de Economia da FEA/USP, o BHD vem ampliando sistematicamente o número de assinantes durante os anos de sua existência. O mesmo resultado não tem sido alcançado o tocante às colaborações. As edições têm sido dadas a público, basicamente, com material produzido por aqueles professores. A meta, desde o número inicial foi tornar o boletim num veículo de divulgação de resultados de pesquisas concluídas ou em andamento, de eventos científicos e de idéias. Para tanto, e visando a manutenção da periodicidade do Boletim, conclamamos o público leitor, formado em sua maioria por pesquisadores, a municiar-nos com artigos, notas de pesquisa, notícias de interesse da comunidade, resumos e resenhas, dentre outras contribuições.

 

RESUMOS

GOMES, Flávio dos Santos. Segundo o mapa das minas: plantas e quilombos mineiros setecentistas. Estudos Afro-Asiáticos, n. 29, p. 113-142, março de 1996.

RESUMO. O artigo apresenta reflexões sobre algumas fontes inéditas a respeito dos quilombos brasileiros. A partir de uma documentação original -- no caso seis plantas de mocambos mineiros desenhadas quando de uma expedição comandada pelo mestre-de-campo Inácio Correia de Pamplona, em 1769 --, o estudo examina diversas perspectivas das possíveis estruturas sócio-econômicas e simbólico-rituais nas quais podiam organizar alguns mocambos no Brasil. Para a região das Minas Gerais, no século XVIII, essas plantas, a documentação manuscrita, as pesquisas arqueológicas e a bibliografia mais recente sobre a cultura escrava (inclusive sobre as experiências culturais dos povos africanos entre os séculos XVII e XIX) podem revelar de que modo as formas de organizações sociais dos quilombolas (práticas culturais, políticas, econômicas e militares) constituíram-se em adaptações e reinvenções culturais de variadas origens étnicas africanas. Mais do que a formação de um mundo mítico quase marginal da resistência, tão-somente cultural e/ou econômica, esses quilombolas mineiros, como outros tantos no Brasil escravista, criaram um mundo novo e original para suas vidas.

LAMUR, Humphrey E. A família escrava no Suriname colonial do século XIX. Estudos Afro-Asiáticos, n. 29, p. 103-112, março de 1996.

RESUMO. Uma grande variedade de uniões maritais existiu entre a população escrava de Vossenburg no Suriname, no século XIX, incluindo monogamia, poligamia, lares com ambos os pais e lares encabeçados pela mãe. Assim, o caso de Vossenburg não é compatível com o ponto de vista tradicional, segundo o qual a família escrava caribenha era predominantemente encabeçada pela mãe. A emergência de lares encabeçados pela mãe entre a população escrava de Vossenburg a parte as uniões de casais, resultou parcialmente dos constrangimentos que os escravos experimentavam ao observar o seu parentesco. Tanto para prevenir incesto, ou casamento entre parentes, e por causa da necessidade de observar as regras de exogamia, alguns dos escravos tinham que procurar por um cônjuge em diferentes plantações. O casamento interplantação, isto é, entre escravos pertencentes a plantações diferentes, contribuiu para a emergência de lares visitantes encabeçados pela mãe.Dessa maneira, o sistema da família escrava na plantação de Vossemburg pode ser explicado como uma resposta de adaptação às condições opressivas da escravidão.

MARCONDES, Renato Leite. Demo-economia lorenense (1747-1836). Anais do XII Simpósio de História do vale do Paraíba. São José dos Campos: Univap, 1996, p.183-192.

RESUMO: O texto procura delinear as características demográficas e econômicas básicas da localidade de Lorena durante 1747 a 1836. As altas taxas de crescimento da população apontam para existência de expressivos movimentos migratórios, especialmente de cativos. Este e resultado relacionado com a transição de uma economia fundada na produção de derivados de cana-de-açúcar para uma outra calcada na cafeicultura.

SCOTT, Ana Silvia Volpi. Migração e família no vale do Paraíba (séculos XVIII e XIX). Anais do XII Simpósio de História do vale do Paraíba. São José dos Campos: Univap, 1996, p. 33-76.

RESUMO: A autora utilizou as técnicas de reconstituição de famílias para analisar os grandes proprietários de cativos (possuidores de quarenta ou mais cativos) do vale do Paraíba. O artigo baseia-se em sua dissertação de mestrado defendida em 1987 no Departamento de História da USP, com o título de "Dinâmica familiar da elite paulista (1765-1836)". A migração é estudada no momento da constituição das famílias, ou seja seu casamento. A origem dos cônjuges indicava um elevado grau de movimentos migratórios, mas não a grandes distâncias, em geral de localidades vizinhas e de regiões próximas de Minas e do Rio de Janeiro. Ademais, os casamentos constituíam uma forma de preservação da propriedade cativa e de terras.

TELAROLLI JéNIOR, Rodolpho. Poder e saúde: as epidemias e a formação dos serviços de saúde em São Paulo. São Paulo: Ed. UNESP, 1996. 260 p.

RESUMO: O livro examina o processo de formação das práticas sanitárias no estado de São Paulo, ocorrido entre 1889 e 1991. A república possibilitou a criação de máquinas administrativas estaduais e a formulação de uma incipiente política de saúde. Em 1911 baixou-se a última legislação sanitária sob o predomínio absoluto do modelo campanhista/policial. A febre amarela, causadora de grande mortalidade no período, especialmente entre imigrantes estrangeiros, constituiu o fio condutor do referido processo. Tendo reaparecido como epidemia no ano da proclamação da república, a febre amarela espalhou-se pelas regiões mais dinâmicas a cafeicultura, onde assumiu dimensões dramáticas e afetou negativamente a lavoura da rubiácea. O trabalho divide-se em três partes. Na primeira, descreve-se aspectos da vida material e política pertinentes à formação da política sanitária paulista. Neste sentido, são realçados, no âmbito do complexo cafeeiro, a expansão da malha ferroviária e a imigração de estrangeiros. O quadro demográfico (explosivo crescimento populacional e urbanização acelerada) e sanitário (proliferação de doenças epidêmicas) do Estado é igualmente analisado. Ainda na parte inicial do livro, é tratado o modelo político republicano adotado pelo Estado brasileiro, denotado pela concepção liberal no tocante à economia, por práticas políticas autoritárias e pela crescente oligarquização do poder. Na parte subsequente, examinam-se os fundamentos tecnológicos que embasaram as ações sanitárias: o florescimento da bacteriologia na Europa -- principalmente após as descobertas de Pasteur e de Koch -- e o debate entre profissionais e pesquisadores da área médica brasileiros acerca das causas e das formas de combate das epidemias. A última parte do livro é dedicada à apresentação dos fundamentos políticos da organização dos serviços sanitários na Primeira República. Empresta-se particular realce às trocas de favores estabelecidas, no âmbito das questões atinentes à saúde, entre as instâncias federal, estadual e municipal. Busca-se entender tais práticas no bojo do pacto coronelista, por sua vez, resultante do modelo político oligárquico prevalecente durante o período estudado.

 

NOTÍCIA BIBLIOGRÁFICA

TESSITORE, Viviane. As fontes da riqueza pública: tributos e administração ção tributária na Província de São Paulo (1832-1892). São Paulo: FFLCH-USP/Departamento de História, 1995. 395 p. (Dissertação de mestrado em História Social).

" É preciso facilitar a tarefa dos estudiosos, abrir caminho, e não conheço melhor exemplo do que habilitar o investigador com a ferramenta base de seu trabalho ". (Rubem Andersem Leitão)

A citacão acima -- inscrita na página de abertura da dissertação de mestrado de Viviane Tessitore -- traduz com exatidão o princípio que enforma o trabalho da autora. No caso, a preciosa ferramenta colocada à disposição dos pesquisadores é um minucioso levantamento dos tributos arrecadados pelo executivo paulista deste o início da vigência da lei de orçamento geral (24/10/1832) -- que dividiu as rendas públicas entre receita geral e receita provincial -- até o começo da aplicação da discriminação constante da constituição republicana de 1891. Simultaneamente, Viviane Tessitore acompanha o evolver da estrutura administrativa da província. Tal procedimento tem em mira a elaboração de um instrumento auxiliar na organização dos acervos, em especial, no processo de identificação da documentação gerada com vistas ao lançamento/recolhimento de impostos. Trata-se, portanto, de uma dissertação imprescindível tanto ao pesquisador de nossa história econômica como ao arquivista. A questão da discriminação da competência tributária permaneceu durante todo o período Imperial sem solução. Apesar dos esforços envidados durante a Regência e o Segundo Reinado, a divisão as receitas públicas manteve-se delineada de acordo com critérios bastante vagos. Na prática, às Rendas Gerais ficaram adstritas quase todos os campos de incidência. As províncias, constragidas entre as limitações legalmente impostas e o aumento das despesas requeridas para impulsionar o crescimento da economia, restaram apenas o recurso da invasão da área originalmente destinada às rendas gerais. Estimulados pela indefinição da Assembléia Geral, os legislativos provinciais passaram a deliberar acerca de matéria tributária que ultrapassava a competência constitucional. Apesar das tentativas reiteradas e "conveniência reconhecida, ou melhor dizendo, da necessidade urgente, que todos reconheciam e confessavam, de uma boa divisão das rendas públicas entre a receita geral e a receita provincial do Império; nada mais se efetuou a este respeito, além das disposições incompletas e insuficientes ... [baixadas durante a regência]. Os trabalhos parlamentares e extra-parlamentares, para o fim de realizar-se a divisão de rendas aludidas, foram numerosos; mas o resultado de todos eles não passou de status quo que o governo e a representação nacional declarava, aliás, ser injusto e prejudicial ..." (Amaro Cavalcanti). Em 1882, quase portanto às vésperas da República, o inspetor do tesouro provincial paulista observava que "quais foram pois os impostos que ficaram pertencendo às Províncias, ainda é hoje questão duvidosa". Assim, a estrutura legada pela província aos estados apresentava-se como um emaranhado de leis e dispositivos legais; cobrança de impostos sobre os mesmos fatos geradores pelos municípios, províncias e pelo império; recolhimento de imposições fiscais revogadas; criação de inúmeras taxas com receitas vinculadas a usos específicos cujas cobranças eram efetuadas mesmo após a superação das necessidades que lhes haviam dado origem etc. Do exposto tem-se uma vaga noção do tamanho e do tipo de desafio enfrentados, com sucesso, por esta dissertação elaborada sob a orientacão de Ana Maria de Almeida Camargo. Como fonte primária, a autora fez uso da tortuosa legislação geral e provincial, dos relatórios de presidentes da província de São Paulo, do Tesouro Provincial e do Ministério da Fazenda e das obras jurídicas coevas. As informações colhidas foram agrupadas por tributos; para cada um, buscou-se explicitar sua origem, incorporação ao rol das receitas provinciais, alterações e variantes de denominação ... O resultado desta minuciosa investigação é apresentada em conformidade com um ordenamento alfabético, de sorte a permitir a recuperação da matéria tributada, estações e agentes arrecadadores bem como os tipos de documentação gerados. A cuidadosa e eficiente forma adotada na apresentação do cerne do trabalho é complementado por preciosos anexos que versam sobre: a vigência dos tributos; as estações arrecadadoras provinciais (tipo, agentes arrecadadores e auxiliares, tributos arrecadados, estações existentes, período de existência); as matérias tributadas e respectivos tipos documentais produzidos; as receitas orçadas e arrecadadas, por tipo de tributo. Não se trata, como se evidencia acima, uma obra cujo caráter analítico chama a atenção do leitor. É, contudo, uma incontornável obra de referência para todos aqueles que se interessam pela tributação provincial ou que façam uso de documentais de arrecadação como fonte primária de investigação. O caráter de obra de consulta ficaria enormente reforçado caso a dissertação viesse a receber uma versão em CD-ROM.

 

ANAIS DO ARQUIVO PÚBLICO DO PARÁ. Belém: Secretaria de Estado da Cultura/Arquivo Público do Estado do Pará, v.1, t.1, 1995. 332 p.

A publicação em tela representa a retomada, com nova denominação, da série Anais da Biblioteca e Arquivo Público do Pará, coleção -- composta de treze tomos -- que se viu interrompida em 1983. O reinício da série faz parte de um projeto mais abrangente da Secretaria de Cultura do Pará, intitulado Merconorte Cultural, que tem como objetivo a integração pan-amazônica, "a partir do reconhecimento das nossas identidades e diferenças". A antiga coletânea, hoje uma raridade disponível apenas em bibliotecas especializadas ou sebo, estampou material de grande interesse para os pesquisadores, em especial daqueles voltados ao estudo da região. A relação, mesmo parcial, dos itens publicados confirma esta assertiva:

1. Coleção de alvarás, cartas régias e provisões (tomos I a V e VII);

2. Correspondências dos governadores e capitães generais do Estado com a metrópole (tomos I a VI, VIII e X);

3. Catálogo dos posseiros de sesmarias (tomo III);

4. Catálogo das plantas, mapas e desenhos manuscritos - curiosos e importantes espécimes da cartografia colonial (tomo IV);

5. Catálogo da correspondência dos governadores e capitães generais do Pará com o governo da metrópole - 1752/1823 (tomos IV a VI);

6. Plantas da fortaleza do Gurupá, do forte de Camaú, da fortaleza de Santarém, da vigia de Curiaú, do primeiro reduto constituído em Macapá, da fortaleza de Macapá (tomo IV);

7. Correspondência do governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado sobre a questão dos índios e dos jesuítas (tomo V);

8. "O Bispado do Pará" - de Antônio Rodrigues de Almeida Pinto (atividades dos sete primeiros bispos do Pará (tomo V);

9. "Defesa que ao conselho de Guerra apresentou em 5 de fevereiro de 1827 Antônio Ladislau Monteiro Baena (tomo VIII);

10. Catálogo das Petições de Cartas de Data e Sesmarias existentes no Arquivo Público do Grão Pará", organizado pelo engenheiro João da Palma Muniz (tomo X);

11. Relação dos documentos do Arquivo Histórico Ultramarino – Arquivo Nacional da Torre do Tombo - Biblioteca Nacional de Madri – Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - Biblioteca Pública Municipal do Porto -Biblioteca e Arquivo Públicos do Pará (tomo XII);

12. Relação dos códices manuscritos referentes ao período colonial de interesse para a História do Amazonas - Comissão de Documentação e Estudos da Amazônia - CEDAM - Univesidade do amazonas (tomo XIII).

O número inaugural da nova série tem sua primeira secção – denominada Instrumentos de Pesquisa - dedicada à publicação de transcrições de documentos manuscritos depositados no arquivo paraense, alguns deles bastante deteriorados em decorrência do abandono a que se viram relegados e das condições climáticas adversas. Destina-se à divulgação de fontes com a finalidade de subsidiar estudos e pesquisas sobre a região. Esta secção traz os seguintes trabalhos:

1. "Povoamento do Gram-Pará: famílias de Mazagão", elaborado por Maria de Nazaré Lima Ramos. Trata-se da transcricão documentos integrantes dos códices n. 197 (Lista das Famílias da Praça de Mazagão, vindas para o Pará em 1769) livros 1 e 2; códice n. 208 (Famílias de Mazagão que vão para a Vila deste nome tendo princípio em 4 de abril de 1770) e códice n. 290 (Correspondência dos Governadores com diversos, 1775 e 1776. Relações anexas aos documentos n. 59, 143 e 152), segundo a autora reproduzidas "fielmente a ordenação das famílias transportadas em cada navio saído de Lisboa".

2. Censo de Macapá - 1808, transcrição realizada sob a orientação de Rosa E. de Acevedo Marin. O documento em tela é um levantamento realizado em 1808 com base nos fogos existentes na Vila de Macapá, situada em território, à época, constestado entre Portugal e França.

O primeiro número dos Anais do Arquivo Público do Pará apresenta adicionalmenten outras duas secções: "Artigo" e "Arquivologia". "Artigo" traz um estudo de Márcio Meira intitulado "História, economia e sociedade: os índios do Rio Xié e a extração da piaçava", que tem como objeto o exame das relações históricas entre comerciantes (regatões) e povos indígenas no noroeste da amazônia, tomando-se como pano de fundo a atividade extrativista, a qual representou o elo das referidas relações. Baseado em fontes escritas e orais, o autor busca apreender o caráter desses relacionamentos na construção da vida dos índios, no quadro mais recente (século XX) da situacão de contato, iniciado com a chegada dos colonizadores àquela região, na passagem do século XVII para o XVIII. Procura-se, ademais, ressaltar as formas de violência engendradas por essas relações, cujos traços fundamentais, "explícitos" ou "benevolentes", não podem ser desconsiderados no entendimento atual da vida indígena do alto Rio Negro. Por fim, da secção "Arquivologia", consta o "Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública", material usado no treinamento ministrado pelo Arquivo Nacional e pela Fundacão Nacional de Administração Pública (ENAP) a ténicos em organização, controle e recuperação de documentos no âmbito dos órgãos públicos federais.

 

PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

ANAIS DO XII SIMPàSIO DE HISTàRIA DO VALE DO PARAIBA (Migracões no Valedo Paraíba). São José dos Campos: UNIVAP, 1994. 220p.

ANAIS DO ARQUIVO PUBLICO DO PARÁ. Belém: Secretaria de Estado da Cultura/Arquivo Público do Estado do Pará, v.1, t.1, 1995. 332 p.

Arquivo Público do Estado do Pará

Travessa Campos Sales, 273 - Comércio

66019-050, Belém, PA

Fax: 091-241-9097

ANUARIO DEL IEHS - 1996. Tandil: Instituto de Estudios Historico-Sociales, 1996.

Endereço: Instituto de Estudios Historico-Sociales

Pinto 399

7000 - Tandil, Argentina

BOLETIM CMU - NOVA FASE. Campinas: Centro de Memória da UNICAMP, Ano 1, no. 3, jul./set. 1996.

BOLETIM DA ABET. São Paulo: Associação Brasileira de Estudos do Trabalho, Ano 5, no. 3, outubro 1996.

CHILD SURVIVAL, HEALTH AND FAMILY PLANNING PROGRAMMES AND FERTILITY. New York: United Nations (Department for Economic and Social Information and Policy Analysis - Population Division), 1996. 96 p.

CULTURA & CIDADANIA. Londrina: ANPUH/PR, v. 1, 1996.

Endereço: Associação Nacional de História - ANPUH

Núcleo Regional do Paraná

Departamento de História

Universidade Estadual de Londrina

Caixa Posta 6001

86051-970, Londrina, PR.

 

ESTUDOS AFRO-ASIÁTICOS. Rio de Janeiro: Centro de Estudos Afro-Asiáticos, Conjunto Universitário Cândido Mendes, no. 29, março de 1996.

(Número dedicado a memória de Florestan Fernandes (1920-1995) e de Thales de Azevedo (1904-1995).

Estudos Afro-Asiáticos vota-se à divulgação de trabalhos relacionados ao estudo das relações raciais no Brasil e na diáspora e às realidades nacionais e das relações internacionais dos países da África e Ásia.

Endereço: Sociedade Brasileira de Instrução

Centro de Estudos Afro-Asiáticos.

Rua da Assembléia, 10/conj. 501.

20119-900, Rio de Janeiro, RJ.

DELGADO, Mariela N. & GARCIA, Marisa G. Martínez. Relevamiento documental en el Archivo y Biblioteca Historicos de Salta. Cuadernos del GREDES. Salta, Argentina: Grupo de Estudios Socio-Demograficos, Universidad Nacional de Salta, abril, 1994, 66 p. (Cuadernos no. 19).

INFORMATIVO ABEP. Associação Brasileira de Estudos Populacionais, no. 50, set./dez. 1996.

Endereço: ABEP

Secretaria Geral

R. Curitiba, 832, 9o. andar

30170-120 Belo Horizonte MG

tel./fax: (031) 201-8993

INTERNATIONAL DIRECTORY OF EIGHTEENTH-CENTURY STUDIES - 1995. Oxford:

Voltaire Foundation, 1995.

MÉNDEZ, Norma Cecilia Mena de. Estudios sobre la inversion en capital humano. Cuadernos del GREDES. Salta, Argentina: Grupo de Estudios Socio-Demograficos, Universidad Nacional de Salta, diciembre, 1993. 64 p. (Cuadernos no. 18).

NOTICIA BIBLIOGRÁFICA E HISTÓRICA. Campinas: PUC - Campinas. Ano XXVIII, n. 161, abr.-jun. 1996.

Endereço: Revista Notícia Bibliográfica e Histórica

Caixa postal 1538

13020-904, Campinas, SP.

POPULATION AND WOMEN. Proceedings of the United Nations Expert Group Meeting on Population and Women (Gaborone, Botswana, 22-26 June 1992). New York: United Nations (Department for Economic and Social Information and Policy Analysis - Population Division), 1996. 435 p.

Populações - Boletim do CEDHAL. no. 4, jul.-dez.1996.

Sumário

- Norambuena, Carmen & Uliánova, Olga. Historia oral en los estudios

migratórios.

- Campos, A.L.de Arruda & Atti, C.A. Arquivo do DEOPS-SP: os documentos

da "subversão"

- Venâncio, Renato P. Os expostos e o alcaide das mulheres grávidas: um

documento

- Gutiérrez, Horacio. Teses brasileiras em História demográfica (1985-

1994)

- Eventos no exterior

- Cursos e bolsas

- Notícias do CEDHAL

- Publicações recebidas

CEDHAL - Centro de Estudos de Demografia Histórica da América Latina da Universidade de São Paulo

Endereço: CEDHAL

Universidade de São Paulo

Av. Prof. Lineu Prestes, 338

Cidade Universitária

Caixa Postal 8105

05508-900, São Paulo, SP

Telefone: (011) 818-3745

Fax: (011) 815-5273

E-mail: cedhal@org.usp.br

REVIEW AND APPRAISAL OF THE WORLD POPULATION PLAN OF ACTION - 1994

Report. New York: United Nations (Department for Economic and Social Information and Policy analysis - Population Division), 1995. 149 p.

REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS DE POPULAÇÃO. v. 12, n. 1-2, jan.-dez. 1995.

Endereço: Revista Brasileira de Estudos de População

NEPO/UNICAMP

Caixa Postal 6166

13083-970, Campinas, SP.

SALVADOR, José Gonçalves. Os Raposo Tavares e o Santo Ofício da Inquisição. 5 p., mimeografado.

SALVADOR, José Gonçalves. O Pe. Antônio Vieira e os cristãos-novos. 8 p., mimeografaod.

TELAROLLI JéNIOR, Rodolpho. Poder e saúde: as epideminas e a formação dos serviços de saúde em São Paulo. São Paulo: Ed.da UNESP, 1996. 260 p.

WORLD POPULATION MONITORING - 1993. With Special report on Refugees. New York: United Nations (Department for Economic and Social Information and Policy Analysis - Population Division), 1996. 238 p.

Os livros, cópias de artigos publicados e exemplares de monografias, de dissertações e de teses que nos forem enviados, serão regularmente divulgados nesta secção e incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP.

PROGRAMAS DE CURSOS

Neste número apresentamos o programa da disciplina intitulada FORMAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL DO BRASIL: MODELOS INTERPRETATIVOS (EAE - 900), oferecida no programa de Pós-Graduação em Economia, ministrado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas da FEA/USP. O programa abaixo transcrito corresponde a uma segunda versão do curso, a qual será ministrada, uma vez atingidos os requisitos mínimos quanto ao número de alunos inscritos, no primeiro semestre de 1997, sob a responsabilidade de José Flávio Motta e Nelson Nozoe.

 

OBJETIVOS

Neste curso discutimos um conjunto de interpretações acerca da formação econômica brasileira. De início, situamos o modelo elaborado por Caio Prado Júnior, que constitui ponto de inflexão em nossa historiografia econômica. Sua sedimentação, ainda na primeira metade do nosso século, implicou a consolidação de um entendimento daquela formação caracterizado pela ênfase no setor exportador. Em seguida, voltamos nossa atenção seja para autores que perfilham o enfoque pradiano, como Celso Furtado e Fernando Novais, seja para os que avançam propostas mais ou menos apartadas do dito enfoque, como Antônio Barros de Castro, Ciro Flamarion Cardoso e Jacob Gorender. Em um terceiro momento, debruçamo-nos sobre o largo material historiográfico produzido nas décadas recentes, com base na integração de fontes primárias de variados tipos, que evidenciaram sobejamente a relevância dos processos econômicos que se davam na órbita interna da economia brasileira e, por essa via, demonstraram a insuficiência das visões até então vigentes. Apresentamos, então, a vertente historiográfica que radicaliza a crítica ao modelo de Prado Júnior, advogando a reprodução autônoma da economia escravista brasileira. Por fim, procedemos a uma tentativa de reconciliação e superação das perspectivas aparentemente antagônicas acima referidas, mediante a elaboração de um modelo alternativo centrado na existência de uma forma específica do capital: o capital escravista-mercantil.

PROGRAMA

1. Os primórdios da historiografia.

2. O modelo interpretativo de Caio Prado Júnior.

3. Consolidação da visão exportacionista: Celso Furtado e Fernando Novais.

4. Uma crítica: Antônio Barros de Castro.

5. O modo de produção dependente: Ciro Flamarion Cardoso.

6. O modo de produção colonial: Jacob Gorender.

7. A emergência de novas evidências empíricas nos planos econômico e demográfico.

8. Brecha camponesa e protocampesinato: a ênfase nos elementos econômicos de ordem interna.

9. A autonomização da economia escravista brasileira: uma proposta de superação da visão exportacionista.

10. O capital escravista-mercantil e a formação econômica brasileira: uma proposta alternativa.

 

DISTRIBUIÇÃO E SÍNTESE TEMÁTICA DAS AULAS

1 - OS PRIMÓRDIOS DA HISTORIOGRAFIA

Fornece-se um apanhado do evolver da historiografia econômica brasileira, desde os seus primórdios até a consolidação pioneira efetuada por Roberto C. Simonsen.

Referências bibliográficas: ABREU (1988), CANABRAVA (1980), IGLÉSIAS (1970), RODRIGUES (1978), SIMONSEN (1978), VARNHAGEN (1956).

 

2 - O MODELO INTERPRETATIVO DE CAIO PRADO JÚNIOR

Enfoca-se a formação econômica do Brasil consoante o modelo interpretativo elaborado por Caio Prado Júnior, o qual se coloca com o basilar da visão exportacionista e, como tal, referencial dos demais modelos tratados ao longo deste curso.

Referências bibliográficas: CÂNDIDO (1995a e 1995b), COSTA (1995), D'INCAO (1989), FRAGOSO (1992), IGLÉSIAS (1982), MELLO (1995), PRADO JR. (1953, 1972, 1977, 1981 e 1987).

 

3 - CONSOLIDAÇÃO DA VISÃO EXPORTACIONISTA: CELSO FURTADO E FERNANDO NOVAIS

Analisam-se os principais trabalhos desses dois autores que se põem como continuadores do enfoque proposto por Caio Prado Júnior.

Referências bibliográficas: BIELSCHOWSKY (1989), CARDOSO (1980), FRAGOSO (1992), FURTADO (1980 e 1989), GONÇALVES (1983), MANTEGA (1989),MORAES (1995), NOVAIS (1969 e 1979), OLIVEIRA (1983).

 

4 - UMA CRÍTICA: ANTÔNIO BARROS DE CASTRO

Explicitam-se criticamente os reparos, apresentados por Castro, ao conceito de sentido da colonização tal como desenvolvido no âmbito da visão exportacionista.

Referências bibliográficas: CASTRO (1977, 1980 e 1984), FRAGOSO (1992).

 

5 - O MODO DE PRODUÇÃO DEPENDENTE: CIRO FLAMARION CARDOSO

Analisa-se o conceito de modo de produção dependente, enquanto uma tentativa de superação do modelo interpretativo originalmente elaborado por Caio Prado Júnior. Evidencia-se, ademais, as limitações do aludido conceito.

Referências bibliográficas: ASSADOURIAN (1975), CARDOSO (1975a, 1975b, 1975c e 1984), COSTA (1985), FRAGOSO (1992), LACLAU (1975).

6 - O MODO DE PRODUÇÃO COLONIAL: JACOB GORENDER

Considera-se, sempre com referência ao modelo pradiano, a categoria modo de produção colonial desenvolvida por Jacob Gorender. Enfatiza-se, outrossim, a permanência, na interpretação desse último autor, de elementos característicos da abordagem por ele criticada.

Referências bibliográficas: COSTA (1985), GORENDER (1983, 1990 e 1992), FRAGOSO (1992).

7 - A EMERGÊNCIA DE NOVAS EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS NOS PLANOS ECONÔMICO E DEMOGRÁFICO

Exploram-se as contribuições trazidas pelo desenvolvimento da historiografia nos últimos lustros. Tais contribuições, fundamentalmente de caráter monográfico, e baseadas em amplo espectro de fontes documentais, acarretaram inequívoco desconforto no que respeita à adequação entre os modelos interpretativos vigentes e as novas evidências empíricas oferecidas pela dita historiografia.

Referências bibliográficas: CASTRO (1987), COSTA (1992), COSTA & GUTIÉRREZ (1984), COSTA & NOZOE (1989), COSTA, SLENES & SCHWARTZ (1987), FUNES (1986), GORENDER (1990), GUTIÉRREZ (1987), LIBBY (1988), LUNA (1981), LUNA & COSTA (1980, 1982 e 1983), MOTT (1986), MOTTA (1988, 1990 e 1995), MOTTA & NOZOE (1994), PAIVA (1996), RAMOS (1990), SAMARA (1989), SCHWARTZ (1988), SLENES (1987).

8 - BRECHA CAMPONESA E PROTOCAMPESINATO: A ÊNFASE NOS ELEMENTOS ECONÔMICOS DE ORDEM INTERNA

Contempla-se a interpretação proposta por Ciro Flamarion Cardoso, que aponta decididamente para a ênfase nos elementos econômicos de ordem interna e, em certa medida, fundamenta-se no desenvolvimento recente da historiografia tratado no item anterior.

Referências bibliográficas: CARDOSO (1979, 1980 e 1987), LINHARES (1990), LINHARES & SILVA (1981), SCHWARTZ (1977 e 1983), SILVA & REIS (1989).

9 - A AUTONOMIZAÇÃO DA ECONOMIA ESCRAVISTA BRASILEIRA: UMA PROPOSTA DE SUPERAÇÃO DA VISÃO EXPORTACIONISTA

Discutem-se as teses que propugnam a possibilidade de uma autonomização da economia escravista brasileira, cuja reprodução dar-se-ia de maneira primordialmente vinculada a processos de acumulação dados endogenamente.

Referências bibliográficas: CARDOSO (1988), CASTRO (1987 e 1995), CASTRO & SCHNOOR (1995), FLORENTINO(1995), FRAGOSO (1990 e 1992), FRAGOSO & FLORENTINO (1993), LINHARES (1990).

10 - O CAPITAL ESCRAVISTA-MERCANTIL E A FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA: UMA PROPOSTA ALTERNATIVA

Expõe-se a categoria capital escravista-mercantil, admitida pelos autores como uma específica forma de existência do capital e que estaria na raiz da formação econômica e social do Brasil, dela decorrendo as articulações que não encontram lugar nos modelos interpretativos até então vigentes.

Referências bibliográficas: COSTA(1995), COSTA & PIRES (1994), MOTTA & COSTA (1995), PIRES & COSTA (1994 e 1995).

BIBLIOGRAFIA

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VARNHAGEN, F. A. de. História geral do Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 1956, tomos I a V.

Nota: bibliografia adicional poderá ser indicada sempre que se julgar pertinente um tratamento mais minucioso de tópicos específicos que se apresentem como objeto de discussão.

 

 

CENSO DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA

 

A fim de mantermos uma relação atualizada dos pesquisadores votados à área de demografia histórica, solicitamos aos colegas que nos remetam informações concernentes à sua produção cientifica. Seria de grande proveito se tais informes viessem acompanhados de breves resumos dos estudos em questão, do endereço completo do(s) autor(es) e da indicação da instituição à qual se vincula(m). Todo o material que nos chegar, além de ser divulgado na seção "Censo de Demografia Histórica – Resumos de Publicações" deste Boletim, será inserido no arquivo denominado ROL - Relação de trabalhos publicados no campo da demografia histórica, organizado pelo NEHD, regularmente atualizado e colocado à disposição de todos os colegas interessados.

Cumpre informar, ademais, que um disquete contendo nomes e endereços dos pesquisadores da área foi distribuído em agosto de 1996. Os colegas que ainda não tomaram conhecimento desta relação devem enviar, para o endereço abaixo, sua solicitação e um disquete já formatado que – se compatível com a linha IBM-PC e de dupla face – pode ser de qualquer marca, especificação (3 1/2" ou 5 1/4"), densidade (DD-dupla densidade ou HD-alta densidade) ou capacidade (360 Kb, 700 Kb, 1,2 Mb ou 1,44 Mb).

Remeta sua correspondência para:

CENSO - IRACI COSTA

R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21

05004-000 São Paulo SP

BRASIL

FONE/FAX: (011) 3865-2391

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CENSO DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA - PRIMEIRA FASE

Liliana Bueno dos Reis Garcia

Rua 10, n. 2527

13500-230 Rio Claro (SP)

tel. (019) 534-0122, ramal 50

fax. (019) 534-8250

IGCE/UNESP/Campus de Rio Claro

 

CENSO DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA - SEGUNDA FASE

Eliane Cristina Lopes

CEDHAL/USP

tel. (011) 201-3768

fax. (011) 201-3768

Trabalhos publicados na área:

- O revelar do pecado: os filhos ilegítimos na São Paulo do século XVIII. Dissertação de mestrado. São Paulo: FFLCH/USP, 1995.

- Prostituta e mãe: o meretrício como fonte de filiação ilícita na São Paulo do século XVIII. Anais do X Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1996, v. 3, p. 1747-1759.

- "Tratar-se como casados e procriar": concubinato, campo fértil da bastardia. Série Seminários Internos. São Paulo: CEDHAL/USP, 1996, 28 p.

- A bastardia na São Paulo setecentista. Populações - Boletim do Centro de Estudos de Demografia Histórica da América Latina - CEDHAL. São Paulo: CEDHAL/USP, n. 2, agosto de 1995, p. 1-6.

- Populações. Boletim do Centro de Estudos de Demografia Histórica da América Latina - CEDHAL. São Paulo: CEDHAL/USP. (desde janeiro de 1995). Editora assistente.

- Resenha bibliográfica do livro "A mulher, o poder e a família – São Paulo, século XIX", de autoria de Eni de Mesquita Samara, publicadaem: Revista História e Perspectiva. Uberlândia, julho de 1990.

- Personagens femininas nas vozes masculinas: o casamento nos romances de costumes do século XIX. MUZART, Zahidé L. (org.). Travessia-Revista do Curso de Pós-Graduação em Letras. Mulher-século XIX. Florianópolis: Editora da UFSC, 2o. semestre, 1991, p. 255-273.(co-autoria com Eni de Mesquita Samara).

No prelo:

- Perfis femininos: período colonial. Estudos CEDHAL - nova série. (coletânea organizada com Eni de Mesquita Samara).

- Perfis femininos: séculos XIX e XX. Estudos CEDHAL - nova série. (coletânea organizada com Eni de Mesquita Samara).

- A mulher e o pecado: a figura da alcoviteira no período colonial. In: Estudos CEDHAL - nova série.

- Vender o corpo e gerar filhos: a prostituição como possibilidade da bastardia (São Paulo - século XVIII). Anais do V SOLAR – Congresso da Sociedade Latino-Americana de Estudos sobre América Latina e Caribe. América Latina e Caribe e os desafios da nova ordem mundial.

- Los grupos sociales y la vida cotidiana (1820-1870). In: Historia General de América Latina. La construcción de las naciones latinoamericanas. Capítulo 16, v. VI (a ser publicado pela UNESCO, Dir. Josefina Zoraida Vásquez).(co-autoria com Eni de Mesquita Samara).

 

NOTÍCIAS E INFORMES

ABEP. Acervo de Estudos Demográficos.

No rol de eventos comemorativos de seus vinte anos, a ABEP oferece aos interessados um CD-ROM que representa a coleção mais rica de informações e análises que existe sobre a população brasileira. São os anais de dez encontros nacionais, realizados bienalmente sem interrupção, desde o primeiro encontro em Campos de Jordão, em 1978, até o mais recente acontecido em Caxambu, em 1996. Duas décadas de produtividade agora reunidas em um pequeno disco, evidenciam o crescimento e consolidação de um campo científico efervecente e atuante. As transformações no padrão demográfico ocorridas neste período nunca mais poderão se repetir. Muitas provavelmente, vão se intensificar. Os leitores encontrarão em suas páginas o acompanhamento dessas mudanças ao longo dos anos. Verificarão, também, a expansão do campo de estudos populacionais para novos temas em um esforço constante de renovação e transformação. A participação de demógrafos, sociólogos, médicos, arquitetos, historiadores, estatísticos, antropólogos, cientistas políticos, geógrafos, economistas e matemáticos, entre outros, mostra que os encontros nacionais da ABEP foram espaços interdisciplinares por excelência. O respeito e a tolerância entre as diferentes perspectivas é motivo de orgulho para os abepianos. O leitor notará, também, que há uma expressiva presença de jovens estudiosos. A preocupação em promover a formação de novos quadros é evidenciada em cada um dos volumes. A apresentação no formato de CD-ROM -- para Windows 3.11 e Windows 95 -- dos anais dos encontros nacionais é um primeiro passo de um projeto de anais eletrônicos. No futuro, os textos dos próximos encontros serão distribuídos em arquivos digitalizados que facilitarão ainda mais seu manuseio.

O CD-ROM servirá, decerto, como pequena biblioteca para os estudiosos de nossa realidade sócio-demográfica, e como inspiração para as futuras gerações.

Informamos o recente lançamento - ocorrido aos 04.12.196 - das publicações abaixo arroladas, do Centro de Memória da UNICAMP

- "Ide por todo mundo": a Província de São Paulo como campo de missão presbiteriana, 1869-1892. Marcus Albino

- A educação feminina durante o século XIX: o Colégio Florence de Campinas, 1863-1899. Arilda Ines Miranda Ribeiro

- Espaço e tempo em Campinas: migrantes e a expansão do pólo industrial paulista. Rosana Baeninger

- A conquista da liberdade. Libertos em Campinas na segunda metade do século XIX.

Regina Célia Lima Xavier

- Momento de ruptura. As transformações no centro de Campinas na década dos cinqüenta. Antonio Carlos Cabral Carpintero

- Memória, educação e cidadania. Tecendo o cotidiano de creches e pré-escolas. Margareth Brandini Park (org.)

- Uma cidade antiga. Octavio Ianni

A Scholary Resources, juntamente com a Presbyterian Historical Archives, reuniu, sob a forma de MICROFILME, um amplo e precioso acervo SOBRE OS SÉCULOS XIX e XX NA AMÉRICA LATINA. Esse material, que pode ser reproduzido, compreende livros, periódicos e fontes primárias acerca de missões estrangeiras, política, condições sócio-econômicas, agricultura, constituições, leis, cultura e religião.

Scholary Resources Inc.

104 Greenhill Ave.

Wilmigton, DE 19805-1897

USA

Telefone: 800-772-8937

Fax: 302-654-3871

E-mail: sales@scholary.com

Nova versão do HANDBOOK OF LATIN AMERICAN STUDIES, elaborada pela Hispanic Division of the Library of Congress, pode ser acessada pela Internet/E-mail: tnor@loc.gov

 

NÚCLEO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO HISTORICA REGIONAL (NDIHR), ligada à Universidade Federal da Paraíba, sediada em João Pessoa, atua nas áreas de:

1. Pesquisa sobre gênero, trabalho, educação, sociedade e história regional;

2. Documentação e memória regional;

3. Ensino e extensão;

4. Divulgação e publicação.

Dispõe de biblioteca e arquivo documental, banco de dados e serviço de

consultoria e assessoria.

Informações: NDIHR - UFPb

Central de Aulas - Bloco F

Cidade Universitária

58059-900, João Pessoa, PB

 

REPERTÓRIO DE IMIGRANTES, elaborado pelo Setor de Pesquisa e Consultoria da Supervisão de Arquivo Permanente do ARQUIVO PUBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Contém transcrições integrais das correspondências de Terras e Colonização com o Presidente da Província (6 volumes, 1858-1886) e do Ministério da Agricultura (10 volumes, 1861-1891), organizadas em ordem cronológica.

Informações: Arquivo Público do Estado de Santa Catarina

Av. Mauro Ramos, 1264

88020-302, Florianópolis, SC

Telefone: 048-222-2071

Novas PUBLICAÇÕES DO CEDHAL, distribuídas nas séries CURSOS E EVENTOS, SEMINÁRIOS DE PESQUISA, SEMINÁRIOS INTERNOS, POS-GRADUAÇÃO, estampam textos para discussão. Podem ser adquiridas ao preço de R$ 2,00 (ou US$ 2,00) na séde do CEDHAL ou pelo reembolso postal. Neste caso, àqueles preços deve ser adicionada R$ 0,50 para reembolso nacional e U$ 1,00 para remessa internacional. O pagamento deve ser efetuado em cheque nominal ao CEDHAL.

Endereço: CEDHAL

Universidade de São Paulo

Av. Prof. Lineu Prestes, 338

Cidade Universitária

Caixa Postal 8105

05508-900, São Paulo, SP

Telefone: (011) 818-3745

Fax: (011) 815-5273

E-mail: cedhal@org.usp.br

 

PESOS E MEDIDAS

Reproduzimos neste número de nosso Boletim o capítulo intitulado "Medidas e pesos durante o regime colonial", que integra a segunda parte da obra "Pontos de partida para a história econômica do Brasil", de autoria de José Gabriel de Lemos Brito, publicado pela primeira vez em 1923.

Ressaltamos, uma vez mais, como tem sido a praxe no que tange aos informes apresentados nesta seção do BHD, ser imprescindível boa dose de cautela na utilização das igualdades e proporções a seguir transcritas:

FONTE: LEMOS BRITO, José Gabriel de. Pontos de partida para a história econômica do Brasil. 3a. ed. São Paulo: Editora Nacional; [Brasília]: INL, 1980, p. 352-355. (Brasiliana; v. 155).

MEDIDAS E PESOS DURANTE O REGIME COLONIAL

Sumário: o sistema de pesos e medidas na colônia; seus valores em relação ao sistema decimal e às moedas inglesas.

Na linguagem deste trabalho repetem-se as referências a arrátel, quintal, alqueire, quartilho, almude, rasa e outras unidades do sistema metrológico da colônia, que ainda alcançaram o Império, e, muitas delas, a República. Vamos, por isso, apresentar alguns quadros explicativos destas medidas de secos, de líquidos e de extensão.

QUADRO DAS ANTIGAS MEDIDAS E PESOS DO BRASIL, E DOS SEUS VALORES,

NO SISTEMA MÉTRICO

Denominação das medidas

Valores

Sistema métrico

Itinerárias

Légua de sesmaria

3.000 braças

6.000,0m

" de 18 ao grau

2.810,7 braças

6.183,6"

" de 20 ao grau

2.529,7 braças

5.565,3"

" de 25 ao grau

2.023,7 braças

4.452,2"

De comprimento

Braça

2 varas = 10 palmos

2,20m

Passo geométrico

5 pés = 7 ½ palmos

1,65 "

12 pol. = 1 1/2 palmos

0,33 "

Palmo

8 polegadas

22 cm

Polegada

12 linhas

2,75 "

Pinha

12 pontos

229 mm

Ponto

-----

191 mm

Agrárias

Alqueire de M. Gerais

10.000 braças quadr.

484 ares = 48.400m2

Alqueire do R. de Janeiro

10.000 braças quadr.

484 ares = 48.400"

Alqueire de São Paulo

5.000 braças quadr.

242 ares = 24.200"

De pequenas superfícies

Braça quadrada

100 palmos quadrados

4,84 m2

Pé quadrado

2 ¼ palmos quadr. = 144 poleg. quadr.

0,1089 "

Palmo quadrado

64 polegadas quadr.

484 cm2

Polegada quadrada

144 linhas quadradas

7,56"

De volume

Braça cúbica

1.000 palmos cúbicos

10.648 m3

Pé cúbico

3,375 palmos cúbicos = 1.728 poleg. cúbicos

35.937 cm3

Palmo cúbico

512 polegadas cúbicas

10.648 cm3

Polegada cúbica

1,728 linhas cúbicas

20,797 cm3

Para secos

Meio

60 alqueires

2.181,60 l

Alqueire

4 quartas

36,36 "

Quarta

-----

9,09 "

Selamin

1/8 da quarta

1,14 "

Para líquidos

Tonel

2 pipas

800 l

Pipa

25 almudes

400 "

Pipa de conta

180 medidas

480 "

Almude

6 canadas

16 "

Canada ou medida

4 quartilhos

2,668 "

Quartilho

-----

0,667 "

Peso

Tonelada

13 ½ quintais

793,243 kg

Quintal

4 arrobas

58,759 "

Arroba

32 libras

14,690 "

Arrátel ou libra

2 marcos

0,459 "

Marco

8 onças

229,526 g

Onça

8 oitavas

28,691 "

Oitava

3 escrópulos, ou 72 grãos

3,586 "

Grão

-----

0,0498 "

Libra de botica

12 onças

344,292 "

Observação: - a tonelada métrica tem 1.000 quilogramas, e corresponde a 1,2606 tonelada brasileira.

- a légua métrica tem 4 quilômetros, e representa 1.818,2

braças.

EM RELAÇÃO AO SISTEMA INGLÊS

Brasil

Inglaterra

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

K

1

2,75

2,2

0,3626

0,4545

2,54

0,305

1,608

0,3937

3,281

0,622

2

5,50

4,4

0,7273

0,9091

5,08

0,610

3,217

0,7874

6,562

1,243

3

8,25

6,6

1,0909

1,3636

7,62

0,914

4,286

1,1811

9,842

1,865

4

11,00

8,8

1,4545

1,8182

10,16

1,219

6,435

1,5748

12,123

2,486

5

13,75

11,0

1,8182

2,2727

12,70

1,524

8,043

1,9685

16,404

3,108

6

16,50

13,2

2,1818

2,7273

15,24

1,829

9,562

2,3622

19,685

3,730

7

19,25

15,4

2,5455

3,1818

17,78

2,134

11,260

2,7559

22,966

4,351

8

22,00

17,6

2,9091

3,6364

20,22

2,438

12,869

3,1496

26,246

4,973

9

---

19,8

3,2727

4,0909

22,86

2,743

14,478

3,5432

29,527

5,549

10

---

22,0

3,6364

4,5455

25,40

3,048

16,086

3,9370

32,808

6,216

A = unidades

B = polegadas em centímetros

C = braças em metros

D = centímetros em polegadas

E = metros em braças

F = polegadas em centímetros

G = pés em metros

H = milhas em quilômetros

I = centímetros em polegadas

J = metros em pés

K = quilômetros em milhas

Braça

= 10 palmos

= 2,20 m

Palmo

= 8 poleg.

= 0,22 m

Poleg.

= 12 linhas

= 0,0275 m

Linha

= 12 pontos

= 0,00229 m

Vara

= 5 palmos

= 1,10 m

Côvado

= 24 ¾ poleg.

= 0,68 m

Milha

= 1,760 jardas

= 1.608,640 m

Jarda

= 3 pés

= 0,9l4 m

= 12 poleg.

= 0,2048 m

Fath.

= 2 jardas

= 1,829 m

Côvd.

=1 ½ pé

= 0,4572 m

Sejam 247 braças, 3 palmos e 6 polegadas, para reduzir a metros

200 braças

= 440 m

40 "

= 88 "

7 "

= 15,4 "

-----

-------

247 "

543,4"

3 palmos

= 0,66"

6 poleg.

= 0,165 "

-----

-------

Total

544,225 "

Sejam 164,6 metros para converter em medidas inglesas

100 metros

= 328,08 pés

60 metros

= 196,85 "

4 metros

= 13,12 "

0,6 metros

= 1,97 "

-----

------

164,6 metros

= 540,02 "

CÂMBIO PAR

1$000 do Brasil = 27 dinheiros esterlinos = 2 franc.e 84 cent.

 

BRASIL

FRANÇA

Medidas de peso

Grão

 

= 4,981centig. "

Oitava

= 72 grãos

= 3,585 g

Onça

= 8 oitavas

= 28,691 "

Marco

= 8 onças

= 229,526 "

Arrátel

= 16 onças

= 459,053 "

Arroba

= 22 arráteis

= 14,690 kg

Quintal

= 4 arrobas

= 58,759 "

Tonelada

= 54 arrobas

= 793,244 "

Medidas de secos

Selamin

 

= 1,136 l

Maquia

= 2 selamins

= 2,273 "

Quarta

= 4 maquias

= 9,09l "

Alqueire

= 4 quartas

= 36,364 "

Moio

= 60 alqueires

= 21,818 hl

Medidas de líquidos

Quartilho

 

= 0,667 l

Canada

= 4 quartilhos

= 2,667 "

Almude

= 6 canadas

= 16,000 "

Pipa

= 25 almudes

= 4,000 hl

Tonel

= 50 almudes

= 8,000 "

Medidas de extensão

Linha

 

= 0,00229 m

Polegada

= 12 linhas

= 0,0275 "

Palmo

= 8 polegadas

= 0,22 "

Vara

= 5 palmos

= 1,10 "

Braça

= 2 varas

= 2,20 "

Légua marítima

= 2.529,7 braças

= 5.565,30 "

Milha marítima

= 843,23 braças

= 1.855,10 "

Grau do equador

= 50.592,64 braças

= 111.306,00 "

 

 

RELAÇÃO DE TRABALHOS PUBLICADOS NA ÁREA DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA - ROL

A relação integral e atualizada dos trabalhos e resumos divulgados pelo BHD acha-se no arquivo ROL (RELAÇÃO DE TRABALHOS PUBLICADOS). Para recebê-lo envie, para o endereço abaixo, a solicitação e dois disquetes já formatados que -- se compatíveis com a linha IBM-PC e de dupla face -- podem ser de qualquer marca, especificação (3 1/2" ou 5 1/4"), densidade (DD-dupla densidade ou HD-alta densidade) ou capacidade (360 Kb, 700 Kb, 1,2 Mb ou 1,44 Mb).

 

 

AOS COLABORADORES

A assinatura deste Boletim efetua-se mediante a remessa de 20 disquetes, já formatados, para nossa Editoria.Tais disquestes -- se compatíveis com a linha IBM-PC e de dupla face --, podem ser de qualquer marca, especificação (3 1/2" ou 5 1/4"), densidade (DD-dupla densidade ou HD-alta densidade) ou capacidade (360 Kb, 700 Kb, 1,2 Mb ou 1,44 Mb). Interessa-nos receber notas de pesquisa em andamento, resumos, resenhas e artigos concernentes à área de estudos populacionais. Tais contribuições poderão ser escritas em português, castelhano, italiano, francês ou inglês. Reiteramos, por fim, a solicitação da remessa de trabalhos já publicados e concernentes à nossa área de especialização. Eles serão divulgados no Boletim e incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP. Caso remanesçam dúvidas entre em contato conosco.

BHD - IRACI COSTA

R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21

05004-000 São Paulo SP

BRASIL

FONE/FAX: (011) 3865-2391