EGITO

No Egito, a religião em sua fase pré-histórica era praticada na forma de cultos de natureza local, com predominância das divindades representadas sob a forma de animais. Na fase histórica, os deuses egípcios ganharam formas humanas ou aparência híbrida, e os deuses babilônicos se tornaram representativos das forças da natureza. Anúbis, por exemplo, no Egito, era um deus acompanhante dos mortos perante o tribunal divino, representado com cabeça de chacal e corpo de homem. A unificação do Egito no IV milênio a.C. provocou transformações na ordem religiosa. Faraó passou a ser confirmado como deus, assumindo o papel de mediador perante as divindades. Naquela época, os chamados deuses solares, como Ra, Amon-Ra, e Atum estavam 'em alta'. Aparecem os 'deuses adversários', sempre considerados maus e, mais tarde, identificados como demônios. Uma vez que a religião constituía a forma básica do controle e da organização social, cada mudança de dinastia acarretava alterações no culto. Quando predominava o poder central, prevaleciam os deuses cósmicos; ao ressurgir a força popular, revitalizavam-se os deuses locais. Um exemplo é o deus Aton, que popularmente representava a inteligência e a vontade. No tempo de Amenófis IV, passou a representar o disco e os raios solares.