Castelo Branco

(Humberto de Alencar Castelo Branco)
15/04/1964 - 15/03/1967

O Supremo Comando da Revolução fez com que o Congresso,
totalmente submetido à vontade dos golpistas,
o elegesse para uma presidência provisória.

Na verdade, essas medidas arbitrárias não atingiram apenas o Legislativo,
pois, em seguida foram atacadas e dissolvidas todas as organizações
consideradas pelos golpistas como nocivas à implantação do novo regime,
que segundo versão oficial pretendia corrigir os males sociais e políticos.
Portanto, o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT),
as Ligas Camponesas e a União Nacional dos Estudantes (UNE),
sofreram uma ação violenta por parte do governo.
As principais lideranças do país, simplesmente foram caladas através da prisão
e dos Inquéritos Policial Militar (IPMs).

A linha dura obedecia a uma "jovem oficialidade" que defendia as medidas arbitrárias
como objetido de impedir a ação de todos aqueles,
julgados como obstáculo para a efetivação dos novos planos políticos.
A linha dura consegue fazer com que o Congresso aprove a Emenda da Inelegibilidade
que afastavam das disputas eleitorais os "adversários" do regime
e ainda consegue permissão para a Justiça Militar julgar civis por "crimes políticos".

Foi um dos participantes do golpe militar de 1964.
Transferido para a reserva no posto de Marechal, em 1964,
assumiu a presidência da República.

Seu ministério era formado por membros da linha dura do exército,
e administradores que tomaram para si o projeto de saneamento das finanças,
O presidente ganhou o poder de governar com decretos-leis,
e contava com os Atos Institucionais para a posição do caminho.
Havia forte repressão às manifestações contrárias às atitudes do governo.

Em 1965, o Ato Institucional no 2 declarou extintos todos os partidos,
levando o Brasil ao bipartidarismo com a criação da Aliança Renovadora Nacional (ARENA)
e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Durante seu governo instituiu o Serviço Nacional de Informação (SNI)
e o cruzeiro novo como unidade monetária.
Criou o Banco Central e o Banco Nacional de Habitação (BNH).
Fechou os partidos e criou a ARENA e o MDB.
. Fixou o coeficiente de correção monetária,
aprovou o Regulamento Geral do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA)
e promulgou a constituição de 24/11/1967, que institucionalizava a ditadura.

No plano econômico, acentuou-se a internacionalização da economia,
com amplas facilidades concedidas à entrada de capitais estrangeiros no país.

Ainda durante o Governo Castelo Branco a sucessão dividiu os militares,
pois de um lado encontramos a Escola Superior de Guerra,
denominado "GRUPO SORBONE" e do outro, a linha dura.

Para combater a inflação tomaram-se medidas monetárias clássicas,
combinadas com o arrocho salarial, reduziram-se os gastos públicos.
Tudo conforme as recomendações do FMI.
Em fevereiro de 1967 surgiu a Lei de Imprensa,
que cerceava a liberdade de pensamento e informação
e era a expressão definitiva do fechamento do regime.
Castelo unificou os institutos de previdência em um só, o INPS.
No seu governo foram cassados os direitos políticos
de centenas de pessoas entre deputados,
governadores, ex-presidentes, lideranças de entidades civis e etc.
Diante da resistência, decretou o fechamento do Congresso
com a participação de Forças Militares.
Assim, o Congresso Nacional foi obrigado a aprovar a Nova Constituição.

Na luta entre os dois Grupos Militares que disputavam a sucessão,
sai vencedor o grupo da linha dura com o General Costa e Silva.

Castelo Branco morreu logo após deixar o governo em um desastre de avião.