Autores: Prof. Dr. G. L. Santa Rosa e Virgínia Santa Rosa
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1994/1995
Alguns significados importantes
Espermatogênese
produção de espermatozoides desde a espermatogônia [64 dias ]
Espermiogênese
maturação das espermátides em espermatozoides, com a segregação dos corpos residuais a serem fagocitados pelas células de Sertoli [24 dias]
Sêmen
conjunto de espermatozoides com as secreções das glândulas anexas
Emissão
Eliminação do sêmen pelo meato peniano
Ejaculação
emissão violenta devida a contrações rítimicas da musculatura lisa
Orgasmo
conjunto de modificações sensoriais, psíquicas, vasomotoras, motoras, etc. que acompanham o acme da excitação sexual
Note-se que as três últimas ações podem não ser simultâneas
O aparelho genital masculino do Homem
PROCURE IDENTIFICAR:
CANAL DEFERENTE
BEXIGA
VESÍCULA SEMINAL
PRÓSTATA
URETRA
CORPO CAVERNOSO
CORPO ESPONJOSO
GLANDE
PREPÚCIO
VAGINAL DO TESTÍCULO
MEATO URINÁRIO
BOLSA ESCROTAL
A morfologia nem sempre parece ser aquela fisiologicamente mais adequada...
O testículo no computador
Esta visão estilizada de um túbulo seminífero retirado de um testículo foi copiada do programa Body Works e serve como amostra de um programa comercial com aspectos interessantes sobre aparelho genital masculino. Em atenção ao copyright, deixamos de utilizar outras facilidades do citado programa.
Testículo e epidídimo
túbulos seminíferos
túbulos retos
rete testis
cones eferentes
canal do epidídimo
canal deferente
Esquema dos constituintes do testículo
Túbulos seminíferos e interstício
Os túbulos seminíferos aparecem, geralmente, como cortes transversais, de forma circular, delimitados por um tecido intersticial de origem mesenquimatosa.
Epitélio Germinativo
Hoje sabemos que todas as células germinativas relacionam-se com as células de Sertoli
As membranas basais tubulares
Cada túbulo seminífero acha-se circundado por uma membrana basal, PAS positiva.
As células do epitélio germinativo são caracterizadas, principalmente pelo aspecto de seus núcleos
Tecido Intersticial do Testículo
Células de Leydig
As células de Leydig, secretoras de testosterona, sob estímulo do LH ou ICSH, situam-se na proximidade dos vasos sangüíneos do tecido intersticial
São mais abundante nas confluências triangulares do interstício
Apresentam muito retículo endoplasmático liso e mitocôndrias tubulares
Podem apresentar inclusões cristaloides proteínicas (Reinke)
Cristaloides de Reinke
Os cristaloides de Reinke, vis-tos à M.E. po-dem ser vistos em M.O. como no exemplo, re-produzido de Noções Básicas de Embriologia Humana, (B. A. Lobo, Ed. Gua-nabara, 1960)
Endocrinismo do testículo
A espermatogênese depende de níveis adequados de FSH e LH
O FSH estimula as células de Sertoli a secretarem ABP (proteína de ligação de androgênios.
A ABP garante altos níveis de testosterona no epitélio germinativo
O LH estimula as células intersticiais a produzirem testosterona.
Acredita-se que o FSH aumente o número de receptores para LH nas células intersticiais
O feed-back do LH é feito pela testosterona; o do LH seria feito pelos estrogênios ou por um polipeptídio a inibina, ambos produtos da célula de Sertoli.
Os níveis sangüíneos de ambas as gonadotrofinas hipofisárias flutuam, num rítmo circádico, com picos à tarde e durante a madrugada.
Esquema tridimensional da célula de Sertoli
Características da célula de Sertoli
As células de Sertoli, são estimuladas pelo FSH hipofisário e dentre suas respostas, na dependência do AMP cíclico, está a produção da proteína de ligação de androgênio (ABP) indispensável à atuação da testosterona
As células de Sertoli estão unidas por junções íntimas, que formam um sincício elétrico, e que separam o espaço intercelular do epitélio germinativo em dois compartimentos:
Compartimento ad-luminal ( que se estende à luz tubular)
Compartimento basal ( que alberga as espermatogônias e limita-se com a lâmina basal)
A lâmina basal separa os compartimentos do epitélio germinativo do compartimento intersticial do testículo
Outras características da célula de Sertoli
A célula de Sertoli estabelece feed-back com a secreção de gonadotrofinas hipofisárias. Alguns autores acreditam que o faça por intermédio de um polipeptídio - a inibina, outros crêem que o feed-back seja realizado por esteroides de ação estrogênica.
Observe-se que as células da linhagem germinativa de espermatogônias a espermatócitos I estão em contato com o compartimento basal e de espermatócitos II a espermatozoides o contato se faz com o compartimento ad-luminal.
Portanto, as células diploides estão no compartimento basal e as haploides no ad-luminal.
Esquema ilustrando a progressão da onda de espermatogênese
Como já vimos as células resultantes da divisão das espermatogônias B não se separam totalmente, permanecem unidas por uma ponte intercelular.
Por este motivo, podemos notar a falta de alguns componentes do epitélio germinativo em cada corte transversal de túbulos seminíferos.
Ultraestrutura do espermatozoide
Variações inter-específicas da forma do espermatozoide
A= HOMEM ( FRENTE)
B= HOMEM (PERFIL)
C= RÃ
D= SAPO
E= RATO
F= CUPIM
G= ÁSCARIS
H= LAGOSTA
Túbulos retos - um ponto fraco na barreira hemo-testicular
Nos túbulos retos o epitélio é constituído apenas de células de Sertoli mas, entre estas, as junções podem ser do tipo adesivo e não ocludente.
Não se caracteriza , nestes túbulos, um compartimento basal conspícuo.
Sendo um local de possível passagem de linfócitos para o semem, é de importância na patogenia da AIDS.
Rete Testis
ou rede testicular
- Na rete testis podemos encontrar células cúbicas, com ou sem flagelos, sem características sertolianas.
- O conjuntivo inter-tubular é abundante e rico em glicosaminoglicanas altamente polimerizadas
- A membrana basal é pouco desenvolvida e pode dar passagem a leucócitos em condições patológicas.
Cones eferentes ou
vasa efferentia
nos cones eferentes predominam as células cilíndricas com cílios e projeções claviformes (blebs) contendo secreção micro-apócrina.
próximo à membrana basal aparecem células de reserva ou de substituição, de núcleos esféricos, que levam alguns autores a classificar o epitélio como pseudo-estratificado.
o epitélio pode ainda apresentar flagelos ou inclusões de pigmento.
Canal do epidídimo: o tubo que empresta o nome ao órgão
Função secretora
Observa-se no epitélio do epidídimo a presença de grânulos pigmentares e gotículas de lipídio. Sua principal secreção é a frutose, responsável pela aquisição da motilidade por parte dos espermatozoides
Função absorvente
O epidídimo absorve mais de 90% da água que filtra pela barreira hemo-testicular nos túbulos seminíferos, mantendo uma corrente líquida que carreia os espermatozoides imóveis provenientes das células de Sertoli.
Epidídimo- Armazenamento e ativação de espermatozoides
A presença de células de reserva dá ao epitélio um aspecto de pseudo estratificação, que, associada à pre-sença de espermatozoides na luz tu-bular pode confundir o diagnóstico diferencial dos que se iniciam na microscopia.
Não são poucos os autores que clas-sificam o epitélio do epidídimo co-mo pseudo-estratificado, embora as células de reserva não alcancem a superfície.
Estereocílios vistos ao M.E.
Epitélio do epidídimo mostrando os estereocílios, estruturas que aumentam sobremodo a superfície de absorção.
A intensa absorção de líquido no epidídimo é uma das causas da migração passiva dos espermatozoides, até então imóveis
Canal deferente
Canal deferente
Vas deferens
Em A um corte do canal em pequeno aumento. Observe a espessa túnica circular de músculo liso
Em B um corte ao nível da ampola. Observe as pregas ampulares