autores:
Prof.. Dr. G. L. Santa Rosa
Virgínia Santa Rosa
multimídia:
J. Guilherme Santa Rosa
1995
E-mail= starosa@mtec.com.br
Neurônio, a unidade histofisiológica
Observe o padrão ramificado de um neurônio multipolar
Variedades morfológicas de neurônios
Neurônio motor da medula espinhal
Neurônio ganglionar da raiz posterior
Neurônio de Purkinje do cerebelo
Célula piramidal da córtex cerebral
Neurônio em microscopia eletrônica
Neurônios, segundo os prolongamentos
pseudo unipolar (ganglionar)
bipolar
multipolar
piramidal
de Purkinje
Neurônio
Pericário ou corpo celular
Núcleo vesiculoso com grande nucléolo substância cromófila de Nissl (tigroide ?)= RNA
Síntese de proteínas (estruturais + exportáveis)
Neurofibrilas (tonofilamentos argirófilos)
Axônio
muitas neurofibrilas + mitocôndrias
Dendritos
RNA + poucas neurofibrilas
Neuróglia Central
Astrócitos
Protoplasmáticos na substância cinzenta
Fibrosos na substância branca
Oligodendrócitos
Satélites neuronais na substância cinzenta
Mielinogênicos na substância branca
micróglia
Representantes do Sistema mononuclear fagocitário migrantes no tecido nervoso
Células gliais evidenciadas por impregnação metálica
astrócito protoplasmático
oligodendrócito
Atente para o fato que os prolongamentos não se mostram visíveis nos cortes delgados em parafina, corados pela H-E.
micróglia
astrócito fibroso
Ependimócito
Células cúbicas ou cilíndricas dispostas num epitélio de revestimento do tipo simples
Um tipo especial de neuróglia epitelial que reveste o sistema liquórico
Células possuindo cílios vibráteis no polo apical
Apresentam complexo juncional nas faces laterais
Regulam as trocas entre o LCR (líquido céfalo-raquidiano) e o SNC
Possuem um largo prolongamento basal
Substância Cinzenta
Alberga os pericários dos neurônios centrais
Possui um compartimento intersticial ou extracelular de 20 a 30% do volume(20-25nm)
Apresenta oligodendrócitos satélites e astrócitos protoplasmáticos
É rica em sinapses axo-somáticas e axo-dendríticas
É extremamente pobre em mielina
Situa-se externamente no cérebro e internamente na medula
Substância Cinzenta (microscopia eletrônica)
Substância Branca
Não apresenta pericários, apenas axônios e dendritos dos neurônios vizinhos
Apresenta astrócitos fibrosos
Seus oligodendrócitos produzem mielina
Os capilares sangüíneos são escassos
Cora-se (a mielina) pelos sais de ósmio, algumas hematoxilinas e pelo Luxol Fast Blue
Substância branca (microscopia eletrônica)
Observe em escuro a mielina envolta no citoplasma dos oligodendrócitos
Observe o delgado espaço intercelular entre a mielina e os prolongamentos dos astrócitos
Mielinização
Central
um oligodendrócito alcança várias fibras
cada fibra é envolvida por prolongamentos de diversas células
só as membranas das extremidades dos prolongamentos se convertem em mielina
Notas sobre a Mielinização central
A mielinização inicia-se no desenvolvimento pré-natal e completa-se no lactente.
A mielinização só ocorre caso haja nutrição adequada, sendo deficiente na carência de proteínas, que decorre do desmame precoce.
As lesões carenciais da mielinização tem recuperação difícil e, com freqüência, resultam em déficit intelectual.
Lesões carenciais da mielinização são comuns em crianças desnutridas das favelas brasileiras, notadamente nas nordestinas.
Barreira Hemo-encefálica
LOCALIZAÇÃO
Barreira Hemo-encefálica
Sinapses químicas
observe a inexistência de contato
vesículas sinápticas contém mediadores
estes neurotransmissores estimulam o aparelho pós-sináptico e geram o novo potencial de ação
Sistema Nervoso Periférico
Gânglios nervosos
espinhais ou raquidianos
autônomos
Fibras Nervosas (reúnem-se formando nervos)
Mielínicas
Amielínicas
Órgãos sensoriais (tato, audição, paladar, visão, equilíbrio, olfação)
Estrutura dos nervos
Fibras nervosas mielínicas e/ou amielínicas, motoras e/ou sensitivas ou autônomas.
Neurilema
bainha de Schwann, interrompida nos estrangulamentos de Ranvier.
Endoneuro
tecido conjuntivo frouxo, com fibras reticulares e capilares, que envolve as fibras nervosas.
Perineuro
tecido conjuntivo denso; envolve cada fascículo nervoso.
Epineuro
tecido conjuntivo denso; envolve o nervo como um todo.
Fibras Nervosas
Mielínicas
- Amielínicas ou paucimielínicas
Estrutura dos Gânglios Nervosos
um gânglio nervoso apresenta neurônios fora do neuroeixo, envoltos por células satélites (oligodendrócitos modificados), e fibras nervosas, mielínicas e/ou amielínicas.
Os neurônios mostram pericário em forma de pêra (piriformes) sendo pseudo-unipolares.
Mielinização Periférica
A mielinização periférica sofre em determinadas carências vitamínicas:
niacina
piridoxina
ciano-cobalamina
Tais lesões carenciais são perfeitamente reversíveis, ainda que possam exigir suplementação vitamínica parenteral.
Hipotálamo, local de importantes funções
na porção ventro-medial do hipotálamo encontram-se núcleos com os neurônios envolvidos na sêde, saciação e apetite
Nos núcleos supra-optico e paraventricular são produzidos os hormônios encontrados na neuro-hipófise.
No hipotálamo encontram-se os centros tônico e cíclico reguladores dos ciclos sexuais.
No hipotálamo situam-se neurônios neurosecretores dos fatores de liberação e de inibição de hormônios hipofisários.
Córtex Cerebelar (camadas)
Camada molecular
poucos neurônios, dendritos das células de Purkinje.
Camada das células de Purkinje
Prolongamentos das células em cesta e células de Purkinje (pericários)
Camada granular
células granulares e neurônios tipo II de Golgi
Córtex Cerebral (camadas)
Camada molecular ou plexiforme
Camada granular externa
Camada piramidal externa
Camada granular interna
Camada piramidal interna ou ganglionar
Camada multiforme ou de células fusiformes
Estrutura da Medula Nervosa
num corte de medula corado para mielina, observe uma região central, em forma de H, que corresponde à substância cinzenta.
o sulco medial mais amplo evidencia o segmento anterior ou ventral e, portanto os pés do H são os cornos anteriores ou motores.
Os cornos da parte mais alta da foto são os posteriores, dorsais, que são sensitivos.
Como se trata de um segmento da medula lombar, podemos ver proeminentes cornos laterais, autônomos.
Meninges
dura mater
tecido conjuntivo denso, fende-se ao formar os seios venosos, revestidos por endotélio. Funde-se ao perióstio na caixa craniana, mas deixa o espaço peridural na coluna.
aracnóide
raras fibras colágenas e elásticas; vilosidades que se projetam através da dura mater nos seios venosos. Finas traves conjuntivas se unem à pia mater no espaço sub-aracnóide.
pia mater
epitélio pavimentoso, conjuntivo com fibras elásticas.
Circulação do LCR
forma-se nos plexos coróides, projeções vilosas, muito vascularizadas e revestidas por células ependimárias, que ocupam os ventrículos cerebrais.
ocupa os ventrículos laterais, III e IV ventrículos e canal ependimário medular.
passa ao espaço sub-aracnóide por três orifícios no teto do III ventrículo.
é reabsorvido pelas vilosidades aracnóides que se projetam nos seios venosos.
Terminações nervosas
Livres (pele, mucosas, serosas, músculos, etc.)
Corpúsculos sem cápsula (disco de Merckel na epiderme e pêlos)
Corpúsculos encapsulados
Comuns
Corpúsculos de Meissner (células empilhadas)
Corpúsculos de Vater-Pacini (bulbo de cebola)
Corpúsculos de Ruffini e Krause (células desordenadas)
Com elementos tissulares
Fuso neuro-muscular
Fuso neuro-tendinoso de Golgi