Histofisiologia dos Órgãos Linfáticos

Prof. Dr. GILBERTO SANTA ROSA

VIRGÍNIA SANTA ROSA

José Guilherme Santa Rosa

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O Timo e os principais pontos de expansão clonal dos linfócitos

No timo as áreas vermelhas representam o tecido retículo - epitelial (Hassal) . Nas áreas azuis escuras estão as células menos diferenciadas e na porção central, mais clara as células T mais maduras, prontas para colonizar outros órgãos linfáticos.

No linfonodo e no baço as áreas amarelas representam os pontos de expansão clonal dos linfócitos T e as áreas azuis os pontos onde ocorre a expansão clonal dos linfócitos B e, possivelmente, parte de sua diferenciação em plasmócitos.

Principais órgãos linfáticos

Timo: o órgão linfático mais desenvolvido no período prenatal, involui desde o nascimento até a puberdade

Linfonodos: os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, interpostos na circulação linfática que permitem a recirculação sangüínea dos linfócitos.

Baço: órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado.

Timo

Observe a continuidade entre as àreas de medular e o recorte dos lóbulos, que dão ao corte o aspecto foliáceo.

A maior basofilia da cortical reflete o acúmulo de linfócitos.

Timo e corpúsculos de Hassal

O timo ocupa o mediastino anterior, recobrindo o coração.

A sua cortex (1) recobre totalmente a medular (2), que é contínua, ramificando-se desde o hilo (4). Os lobos resultantes são limitados por tecido conjuntivo, no qual a percentagem de adipócitos é proporcional à involução.

Principais funções do timo

O timo é o órgão no qual se processa a seleção clonal que resulta na tolerância às proteínas autólogas. Estabelecimento do self e do not self

O timo involui com a idade, desnutrição, fatores climáticos, androgênios, estrogênios e glicocorticoides.

Hormônios tímicos estimulam a linfocitopoése, inclusive de linfócitos B.

Hormônios tímicos atuam sobre a placa motora; hiperplasias reticulares do timo causam Miasthenia gravis.

Nódulos linfáticos, Formações Linfoides subepiteliais e Órgãos Sentinelas

A existência de órgãos linfáticos, com os sistemas S.Mn.F e S.Imnt. em pontos de relação com o meio externo permitem que o organismo mantenha-se em sintonia com o meio externo seja ele amigável ou hostil.

A remoção indevida de tais órgãos representa iatrogenia passível de punição.

Tonsila

Epitélio cilíndrico pseudo-estratificado ciliado, característico das tonsilas faringéias.

lâmina própria infiltrada por linfócitos.

coroa do nódulo linfático

centro germinativo

Placa de Peyer

Ocorrem no intestino delgado (íleo)

São conglomerados de nódulos linfáticos, que se estendem pela mucosa e sub-mucosa.

A muscular da mucosa é interrompida

As vilosidades intestinais estão ausentes

O trânsito intestinal forma um nicho ecológico justa epitelial.

Apêndice íleo-cecal ou vermiforme

O apêndice é um importante produtor de IgA, grupo de imunoglobulinas com uma porção secretória, que passa ao território extra-orgânico da luz intestinal.

Imunoglobulinas de tipo IgA estão envolvidas em alergias alimentares, principalmente naquelas causadas pela exposição de alimentos às células captoras de antígenos presentes no couro cabeludo e células M vizinhas.

Linfonodo ou gânglio linfático

vaso linfático aferente

valvas linfáticas

nódulo primário

nódulo secundário

centro germinativo

seio cortical

paracortex

veia paracortical

cordões medulares

seios medulares

artérias e veias

vaso linfático eferente

Linfonodo, corte transversal

Linfonodo

cápsula

seio subcapsular

nódulos linfáticos

cordões medulares

seios medulares

paracortical

Nódulos linfáticos primários e secundários e seios

Zona paracortical -( recirculação)

Os linfócitos T de vida longa migram do sangue pelas veias de endotélio alto para o tecido linfático da zona cortical.

Quando o clone é estimulado originam linfoblastos e ocorre a expansão clonal.

Os linfócitos T, resultantes da multiplicação, saem pelo linfático eferente e são levados pela linfa até alcançarem o sangue.

Circulação Linfática e recirculação T

Aspectos dos linfonodos nos dois tipos de reação imunitária

 

Caracterizar: aferentes, eferentes, nódulos, cordões, cortex, paracortex, e medula.

Localizar o ponto onde ocorre a recirculação linfocitária.

Situação anatômica do baço

O Baço não é um órgão indispensável à vida e, na sua falta, os gânglios ou nodos hemais ou baços acessórios, localizados em seu hilo se hipertrofiam e suprem suas funções.

A veia esplênica é tributária da veia porta

Principais funções do baço

Funções hemopoéticas: mieloide e linfoide no feto, apenas linfoide no adulto.

Armazenamento de concentrado de hemácias

mantidas nos sinusoides e nos cordões esplênicos antes de serem fagocitadas

Hemocaterese: destruição de hemácias frágeis pelas células fagocitárias do SMnFe sua digestão resultando em:

Bilirubina, pigmento sem ferro, devolvido à circulação porta.

Hemossiderina, pigmento com ferro armazanado

Função Marcial: Armazenamento do Ferro

Função Hemodinâmica:Auxilia a regular a pressão no sistema venoso porta.

 

 

O maior órgão linfático do adulto

No baço os nódulos (n) se dispõem de modo homogêneo, envoltos pela polpa vermelha (1), repleta de sangue.

No baço os nódulos (Malpighi) pos-suem a arteríola folicular (2), que geralmente fica ao lado do centro germinativo (3). Seu conjunto é a polpa branca.

A cápsula esplênica (4) (do baço) possui fibras musculares lisas de permeio às fibras colágenas capsulares.

Da cápsula partem trabéculas (5) que dividem o órgão.

A polpa vermelha é constituida dos cordões esplênicos (de Bilroth) e dos seios venosos.

Circulação esplênica

Baço

Seios venosos

O esquema tridimensional A mostra a disposição das células do sinusóide do baço de humano.

Observe que as células endoteliais permitem a passagem até de células pelas fendas entre elas.

O esquema tridimensional B mostra a disposição das células no capilar ordinário do baço de cão.

 

 

A expansão clonal depende da competência...

A especificidade da reação imunitária depende do reconhecimento do antígeno por um determinado clone com a competência específica.

 

Líquido intersticial; produção e drenagem

O excesso da produção, a retenção exagerada ou a insuficiente drenagem do líquido intersticial causa o EDEMA

A área edemaciada pode ser pequena, circunscrita, como no caso da pápula conseqüente a uma picada de mosquito.

O edema pode ainda atingir a totalidade dos membros, tronco, ou da face, ou mesmo o corpo todo (anasarca).

Fatores que aumentam a permeabilidade vascular nas reações inflamatórias e seus locais de origem

Histamina e serotonina

[ mastócitos, basófilos e plaquetas]

Anafilotoxinas ( C3 e C5)

[ fígado, via proteína plasmática]

Leucotrienos C, D, E

[ mastócitos, leucócitos]

Prostaglandinas

[ fosfolipídios da membrana de mastócitos]

Os medicamentos anti-inflamatórios agem, principalmente, bloqueando:

Prostaglandinas

Leucotrienos

Por meio destes mecanismos, inibem o aumento da permeabilidade, o edema, a tumefação e a dor, sinais que acompanham o processo inflamatório.

Impedem portanto a via final da reação imunitária e ao que se convencionou denominar a defesa do organismo.

Seu emprego deve ser sempre precedido de uma indicação pertinente ao caso e à oportunidade.