NÚCLEO DE ESTUDOS EM HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

Ano II, Número 7 - Agosto 1995

SUMÁRIO

Apresentação

Resumos

Resumos - SEADE/DOCPOP

Publicações Recebidas

Softwares para Demografia Histórica

Programas de Cursos

Relação de Trabalhos Publicados (ROL)

Pesos e medidas

Estatísticas Retrospectivas

Aos Colaboradores

Editores deste número: Renato Leite Marcondes e Iraci Costa

 

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APRESENTAÇÃO

A partir deste apresentamos três novas seções em nosso Boletim. A primeira refere-se a programas de disciplinas na área, a qual se inicia com o curso de Demografia Histórica ministrado no IPE/USP. Outra seção visa a informar e a difundir os programas de micro-computadores de interesse dos pesquisadores. A última destina-se a outras instituições de pesquisa que desejem divulgar notícias sobre suas atividades (palestras, encontros, cursos etc). Para a manutenção de três seções contamos com o apoio dos nossos assinantes. Neste número continuamos a publicar resumos de trabalhos na área, estatísticas retrospectivas e informações sobre os pesos e medidas utilizados no passado. Como não poderia ser esquecido, chamamos a atenção dos colegas para o desenvolvimento do Censo de Demografia Histórica, o qual atinge, agora, sua segunda fase.

 

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RESUMOS

ALMEIDA, Maria da Glória Santana de. Uma unidade açucareira em Sergipe: o Engenho das Pedra. Anais do VIII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História. A propriedade rural. São Paulo, ANPUH, v. 2, p. 511-49, 1976.

Estuda-se o Engenho das Pedras por afigurar-se como uma unidade que possibilita uma análise particular do processo evolutivo da cultura canavieira em Sergipe. Para o ano de 1866 faz-se algumas considerações acerca dos 129 escravos existentes no engenho, como sua procedência (africanos, crioulos, cabras...), sexo, idade, preço, capacidade de trabalho etc.

AUFDERHEIDE, Patrícia. Upright citizens in criminal records: investigation in Cachoeira and Geremoabo, Brazil, 1780-1836. The Americas. Washington, Academy of American Franciscan History, 38(2): 173-84, out. 1981.

Análise de registros criminais das cidades de Cachoeira e Geremoabo, a primeira no Recôncavo e a segunda no sertão baiano. Estudam-se as informações relativas a 1003 testemunhas de devassas, indicando-se cor, ocupação e condição matrimonial. O aumento da participação de negros e pardos em Cachoeira, com a conseqüente diminuição em Geremoabo, indicaria uma migração desta população da zona do sertão para o litoral, provavelmente por causa das secas. Destaca-se o clima de insegurança vivido pelos proprietários de escravos no Recôncavo, devido à crescente presença de homens de cor na região.

BAKOS, Margaret Mardriori. O imigrante europeu e o trabalho escravo no RioGrande do Sul. Véritas, Porto Alegre, v. 28, no. 112, dez. de 1983, p. 455-61.

Estuda-se a legislação sobre a colonização do Rio Grande do Sul e o papel do escravo negro enquanto trabalhador nas colônias. Embora no inicio da colonização, em 1824, fosse permitida a utilização desta mão-de-obra, logo foi proibida a importação de escravos para a província, e, em 1854, impediu-se que os colonos dispusessem do escravo negro, indica-se que ao êxito do trabalho do imigrante e à legislação contra o trabalho escravo está ligado o término da escravidão na província.

BEOZZO, José Oscar. A política de reprodução da mão-de-obra escrava. Revista de Cultura Vozes. Petrópolis, Vozes, 74(1): 49-54, jan./fev. 1980.

Mediante a análise dos dados de população escrava no Brasil, em meados do século XIX, para cada região, avança-se a hipótese de que teria havido, por parte dos fazendeiros de café de São Paulo, uma política de reprodução natural da mão-de-obra escrava, visto serem as taxas desta região muito superiores às do Nordeste.

BERGAD, Laird W. Depois do boom: aspectos demográficos e econômicos
da escravidão em Mariana, 1750-1808. Estudos Econômicos. São Paulo,
IPE-USP, 24(3): 495-525, 1994.

Estuda-se a demografia da escravidão em Minas Gerais entre 1750 e 1808, salientando-se como a mudança demográfica pode ajudar na compreensão das modificações da estrutura da força de trabalho escrava ocorridas em face do declínio da mineração. A questão da reprodução escrava, central para os estudos sobre a escravidão no Brasil e em outras partes, é analisada. Também apresenta-se o estudo sistemático dos valores de cativos em Minas Gerais durante a segunda metade do século XVIII, ao esgotar-se o período da grande exportação de ouro.

BRUNO, Ernani da Silva. O que revelam os inventários sobre escravos e gente de serviço. Revista do Arquivo Municipal. São Paulo, Arquivo Municipal, (188): 63-70, 1976.

Descrições sobre os escravos, retiradas dos documentos (inventários e testamentos) publicados pelo Arquivo do Estado de São Paulo. Indicam-se os termos pelos quais eram denominados os escravos (gente de serviço, peças do gentio da terra, tapanhuno e outros), bem como as ocupações, funções e serviços desempenhados por eles.

BUESCU, Mircea. Natalidade e mortalidade da população escrava. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, IHGB, (334): 163-65, 1982.

Apresentam-se alguns dados quantitativos concernentes à população escrava sob o impacto da lei do Ventre Livre e outras medidas para liquidação gradual da escravidão.

BURMESTER, Ana Maria de Oliveira. A nupcialidade em Curitiba no século XVIII. História: Questões & Debates. Curitiba, Associação Paranaense de História, 2(2): 63-8, junho de 1981.

Analisa-se a nupcialidade em Curitiba para o período 1731-1798 empregando-se como fontes os registros de casamento da Paróquia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Os casamentos entre iguais constituem a regra, isto é, pessoas livres casavam preferentemete com livres, escravos com escravos e índios com índios. Constata-se, igualmente, forte endogamia geográfica. Os nascimentos de ilegítimos, vale dizer, concebidos fora do matrimônio consagrado pela Igreja, alcançavam cerca de 20% da população livre.

CANO, Wilson & LUNA, Francisco Vidal. A reprodução natural de escravos em Minas Gerais (século XIX): uma hipótese. Cadernos IFCH-UNICAMP. Campinas, IFCH-UNICAMP, (10):1-14, out. 1983. Também publicado: La reproducción natural de los esclavos en Minas Gerais: una hipótesis. HISLA: Revista Latinoamericana de Historia Económica y Social. Lima, CLAHES, (4): 129-135, 2o. semestre, 1984.

Análise critica do trabalho de R. Martins, intitulado A Economia Escravista de Minas Gerais no século XIX (Belo Horizonte, CEDEPLAR, 1980), na qual são contestadas as teses esposadas pelo autor. Indica-se que a reprodução natural deve ter sido a causa preponderante no aumento do número de escravos em Minas Gerais, no século XIX, e não a importação de escravos oriundos de outras províncias.

CASADEI, Thalita de Oliveira. Velhas doenças nos velhos livros de óbitos. Mensário do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 8(7): 12-5, 1977.

Apresentam-se as doenças que causaram as mortes de crianças e adultos (homens e mulheres) livres e escravos; contemplam-se, quando presentes, as ocorrências ou causas às quais pode-se atribuir as mortes arroladas nos livros de óbitos do Termo da Vila de Campanha da Princesa, pertencentes ao Arquivo da Cúria de Campanha, sul de Minas, e relativos ao inicio do século XIX.

COHN, Raymond L. & JENSEN, Richard A. The determinants of slave mortality rates on the middle passage. Explorations in Economic History. New York, Academic Press, 19(3): 269-282, jul. 1982.

Apresenta-se um modelo econômico explicativo das altas taxas de mortalidade encontradas para os escravos durante o tráfico. As teorias de distância entre os portos de embarque/desembarque ou de superpopulação do navio negreiro explicam mais as variações entre as taxas do que a razão de serem tão elevadas. Utilizando-se dados sobre o tráfico para o Rio de Janeiro, com informações de 478 navios aportados entre 1817 e 1843, presume-se que exista uma forte correlação entre tempo de viagem e taxa de mortalidade, devendo o aumento desta ser atribuído à falta de alimentos em viagens que se delongaram mais do que o esperado.

COHN, Raymond L. Deaths of slaves in the middle passage. The Journal of Economic History. Wilmington, v. 45, no. 5, set. de 1985, p. 685-92.

Discussão sobre a diminuição ou não da taxa de mortalidade dos escravos no tráfico africano para todas as regiões das Américas, entre os séculos XVII e XIX. Indicam-se dados sobre o tráfico de escravos realizados pelos cinco principais países neste comércio (Portugal, Inglaterra, França, Holanda e Estados Unidos), bem como local de desembarque, tempo e distância da viagem etc. Conclui-se que, apesar de ter diminuído a perda de escravos por viagem, a taxa de mortalidade total não declinou no período estudado. A razão de um menor número de mortes durante o tráfico deve-se a um encurtamento nas viagens, que passaram a ser mais freqüentes para o Brasil do que para o Caribe.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. H. Políticas populacionais: o caso brasileiro. São Paulo, IPE, 1983, 172 p., mimeografado.

Trata-se, inicialmente, de explicitar as políticas populacionais, implícita ou explicitamente, sugeridas por economistas. Num segundo momento, identifica-se, para o Brasil, as várias linhas de pensamento concernentes às questões populacionais. Por fim, evidencia-se a postura do Estado brasileiro com respeito ao crescimento populacional. Como fonte, além de recorrer-se à literatura pertinente e à imprensa diária, considerou-se a transcrição do material referente aos depoimentos prestados à Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Crescimento Populacional, parte dos quais foi reunida em apêndice colocado ao final do estudo.

COSTA, Iraci del Nero da; NOZOE, N. H. & PORTO, C. N. Transformações da estrutura produtiva agrícola e movimentos migratórios recentes no Brasil. São Paulo, FIPE, 1986, 110 p., mimeografado.

São delineados os traços mais marcantes do quadro que compõe os movimentos populacionais verificados nos três lustros compreendidos entre 1970 e 1985. Busca-se estabelecer as relações entre tais movimentos migratórios e as transformações verificadas na estrutura produtiva da agricultura das grandes regiões sul e sudeste.

COSTA, Iraci del Nero da; NOZOE, N. H. & PORTO, C. N. Características demo-econômicas das famílias rurais brasileiras. São Paulo, FIPE, 1987, 208 p., mimeografado.

Além de capítulos votados aos aspectos conceituais que envolvem a caracterização das categorias família e domicílio, são estabelecidos os confrontos entre as variáveis demográficas concernentes às famílias e domicílios aos níveis intra e inter-regionais, considerada a situação urbana ou rural dos domicílios; contemplam-se, em tópico próprio, os indicadores mais propriamente econômicos referentes às instituições acima aludidas. Como fontes são utilizados dados dos Recenseamentos Gerais e das Pesquisas Nacionais por Amostra de domicílios.

COSTA, Iraci del Nero da; NOZOE, N. H. & PORTO, C. N. Movimentos migratórios no Brasil e seus condicionantes econômicos (1872-1980). São Paulo, FIPE, 1987, 170 p., mimeografado.

Estudo votado, precipuamente, à identificação dos processos migratórios observados no Brasil no correr do período 1872-1980. Empresta-se atenção especial aos movimentos migratórios ocorridos entre 1960 e 1980, os quais distinguem-se, por seus condicionantes e características, dos ocorridos em momentos anteriores.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, Nelson. Cálculos para datação de listas nominativas. São Paulo, FEA-USP, 1991, disquete.

Conjunto de procedimentos e respectivo programa necessários à datação precisa de listas nominativas.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. H. Controle da natalidade: o fim de um debate. Informações FIPE. São Paulo, FIPE, no. 70, p. 13, 1986.

Evidencia-se a convergência de opiniões, no Brasil, no que respeita ao planejamento familiar. Indica-se, ademais que, embora haja ocorrido tal concordância, a ela chegou-se a partir de posturas teóricas e ideológicas distintas.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. H. Controlar o controle da natalidade. Folha de S. Paulo, São Paulo, 67(21.149): A3, 27/2/1987.

Evidencia-se que não corremos qualquer risco de conhecermos, no Brasil, uma explosão demográfica e que se faz necessário, outrossim, o estabelecimento de limites à ação das instituições empenhadas na efetivação das práticas que garantem o controle da natalidade.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. H. Planejamento familiar e educação. Informações FIPE. São Paulo, FIPE, número 83, p. 16, 1987.

Discute-se a oportunidade de integrar o conhecimento das questões demográficas, inclusive de práticas destinadas ao controle da natalidade, aos programas das disciplinas já existentes no currículo escolar, evitando-se, assim, a instrumentalização da rede de ensino com base na criação de uma nova disciplina cujo escopo seria industriar os jovens nas práticas contraceptivas.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. H. Economia colonial brasileira: classificação das ocupações segundo ramos e setores. Revista Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 17(1):69-87, 1987.

Pretende-se definir uma classificação das ocupações econômicas desenvolvidas no Brasil colonial. Deste ponto de vista, o termo economia colonial representa a estrutura vigente na época colonial e nas décadas posteriores, ultrapassando o marco político da independência. A clássica divisão de Colin Clark em setores primário, secundário e terciário não se mostra conveniente ao estudo do nosso passado, pois tende a reduzir as diferenças existentes entre as várias "economias" brasileiras, impedindo a análise de sua evolução. Apresenta-se uma categorização sócio-profissional estruturada em três níveis crescentes de agregação de dados: ocupação, ramo de atividade e setor econômico.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. H. Domicílios e famílias: evidências recentes. Informações FIPE. São Paulo, FIPE, no. 88, p. 6-7, 1987.

Considera-se o processo de quebra no número médio de filhos por família e o processo de concentração da renda (tanto no plano individual, como no do agregado concernente à renda familiar ou dos domicílios), apontando-se o risco de chegarmos a uma situação de carências econômicas e famílias de tamanho reduzido, inaptas, pois, para enfrentarem suas necessidades básicas.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. H. & PORTO, C. Estrutura das famílias e dos domicílios no Brasil: mudanças quantitativas e linhas de convergência. Revista Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 17(3):367-403, 1987.

Descrição da estrutura dos domicílios rurais, a partir do número médio de pessoas por domicílio, e das estruturas das famílias, considerando-se o número médio de filhos por família, a posição das pessoas na família e e o sexo das mesmas. Estes dados, retirados das PNADs realizadas entre 1978-84, são comparados aos dos domicílios das áreas urbanas para cada uma das sete regiões e para o Brasil como um todo. Conclui-se que existe uma tendência à uniformização na estrutura dos domicílios rurais e urbanos e que ambos têm diminuído de tamanho.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. H. Elementos da estrutura de posse de escravos em Lorena no alvorecer do século XIX. Revista Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 19(2):319-345, 1989.

A partir das listas nominativas de habitantes de quatro das oito Companhias de Ordenanças de Lorena-SP, em 1801, examinam-se alguns elementos básicos da estrutura de posse de escravos, relacionadas às características demográficas destes e de seus proprietários. Considerou-se o conjunto de escravos pertencente ao mesmo proprietário, e quase todas as variáveis demográficas selecionadas (sexo, cor, faixas etárias, origem, estado conjugal, atividade econômica e condição de legitimidade das crianças escravas) apresentaram algum tipo de relação com o tamanho dos plantéis. Repete-se, para Lorena, a estrutura verificada em outras áreas do Brasil: significativa presença de mulheres entre os escravistas, alta participação relativa dos proprietários com reduzido número de escravos e expressivo peso relativo dos escravos possuídos pelos proprietários de porte médio ou grande.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. H. Redução do tamanho das famílias e padrão de vida. Tribuna da Tarde. Juiz de Fora, ano 3, no. 1176, p. 10, 8 e 9/4/1990.

RESUMO. Considera-se o processo de transição demográfica verificado no Brasil e os padrões concernentes à distribuição da riqueza e da renda. A conclusão maior é a de que a redução no número de integrantes das famílias e dos domicílios pode resultar num aumento das desigualdades econômicas.

COSTA, Iraci del Nero da; PORTO, C. N. & NOZOE, N. H. A estrutura das famílias na cidade e no campo: uma análise inter-regional. Capítulo III de: Agricultura e políticas públicas. Brasília, IPEA, 1990, p. 225-278. (Série IPEA, 127).

RESUMO. O objeto do estudo é a família brasileira considerada, tão-somente, segundo duas de suas múltiplas facetas: a demográfica e a econômica. Procura-se estabelecer algumas das suas principais características mensuráveis: com respeito à faceta demográfica considerou-se a estrutura dos domicílios e das famílias a estrutura etária de seus integrantes, suas qualificações (sexo, estado civil, nível de escolaridade etc.), assim como o número de seus dependentes; do ponto de vista econômico contemplou-se a renda domiciliar e familiar e as maneiras pelas quais se dá a inserção de seus integrantes no processo produtivo. Como fonte básica de dados fez-se uso das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNAD's) referentes ao período 1978-84.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. Achegas para a qualificação das listas nominativas. Revista Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 21(2):271-284, 1991.

RESUMO. Questiona-se o comportamento dos responsáveis pela elaboração das listas nominativas de habitantes concernentes a levantamentos populacionais efetuados no Brasil nos séculos XVIII e XIX. Considera-se aqui o tratamento dispensado à variável idade, a qual é tomada como forma de determinar se dado documento foi fruto de coleta original de dados ou se resultou da atualização de um levantamento realizado anteriormente. Para tanto, foram analisadas as listas de habitantes da primeira companhia de ordenanças de Lorena-SP, para o período 1798-1812.

COSTA, Iraci del Nero da & NOZOE, N. H. Sobre a questão das idades em alguns documentos dos séculos XVIII e XIX. Revista do IEB. São Paulo, IEB-USP, (34):175-182, 1992.

RESUMO. Com base na análise de documentos coevos procura-se inferir os padrões básicos do tratamento dispensado às idades pelos responsáveis pelos levantamentos populacionais e assentos eclesiásticos da época.

DEAN, Warren. Indigenous populations of the São Paulo-Rio de Janeiro coast: trade, aldeamento, slavery and extinction. Revista de História. Nova Série. São Paulo, FFLCH-USP, (117): 3-26, jul./dez. 1984.

RESUMO. Análise da população Tupinambá por volta de 1555, no litoral do Rio de Janeiro e de São Paulo. São estudadas as formas de controle demográfico, o canibalismo ritual e o fornecimento de proteínas através de alimentos, estimando-se a população existente na época. Calcula-se o declínio desta população a partir da escravidão, doenças e mudanças no meio-ambiente, decorrentes da chegada dos colonizadores.

EISENBERG, Peter L. O homem esquecido: o trabalhador livre nacional no século XIX. Sugestões para uma pesquisa. Anais do Museus Paulista. São Paulo, USP, XXIII, p. 157-73, 1977/78.

RESUMO. Critica-se a idéia de que escravidão e trabalho livre são sistemas historicamente incompatíveis, analisando-se a transição do trabalho escravo para o livre na área de São Paulo. Apresentam-se duas tabelas contendo dados relativos ao peso da população escrava e livre no total da população paulista.

EISENBERG, Peter L. Transformações na agricultura paulista. Arquivo: boletim histórico e informativo. São Paulo, Arquivo do Estado de SP, 4(2): 63-6, abr./jun. 1983.

RESUMO. Na pesquisa à qual se dedica, o autor analisará como a população de Campinas transformou-se durante o surto açucareiro do final do século XVIII. Considerando-se as mudanças demográficas e econômicas, enfocar-se-á, especialmente: 1) o número de pessoas de cada fogo; 2) a composição dos grupos dentro desses fogos (condição legal, estado conjugal, estrutura etária, distribuição dos sexos, parentesco e tipo de família); 3) a identidade e proporções das ocupações; 4) as quantidades de bens de produção; 5) a posse e o uso diferencial da terra e de escravos; 6) a mobilidade geográfica e social dos chefes dos fogos e suas companheiras. Aponta-se rica documentação existente no Arquivo do Estado de São Paulo concernente a estas questões.

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ELTIS, David. The British contribuition to the nineteenth-century transatlantic slave trade. The Economic History Review. London, v. 32, no. 2, Second Series, maio de 1979, p. 211-27.

RESUMO. Apesar de ter abolido o seu tráfico de escravos em 1807, a Inglaterra continuou participando do mercado escravista durante parte do século XIX, mesmo que formalmente desenvolvesse uma política de abolição da escravatura em todos os países. Apresentam-se dados do tráfico para o Brasil e Cuba, demonstrando-se que a Inglaterra contribuía não apenas equipando navios, mas, também, e principalmente, fornecendo bens e créditos para os comerciantes de escravos. Analisando-se os dados de bens de consumo ingleses utilizados por comerciantes em Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Cuba, estima-se que 80.000 escravos tenham sido traficados da África devido ao envolvimento dos ingleses.

FLORY, Thomas. Race and social control in independent Brazil. Journal of Latin American Studies. Cambridge, Institute of Latin American Studies, 9(2): 199-224, nov. 1977.

RESUMO. Estudo das relações raciais no Brasil logo após a independência, em 1822. Apresenta-se tabela com a população livre branca e de cor (negros e pardos) e a população escrava, para as provinciais de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Destaca-se a confusão legislativa entre homens livres de cor e escravos, que acabava interferindo nas definições de raça e classe social. Desta forma, os mais pobres acabavam tendo pouca garantia legal, como ocorria com os cativos.

GRAHAM, Richard. Slave families on a rural estate in colonial Brazil. Journal of Social History. Pittsburgh, Carnegie-Mellon University, 9(3): 382-402, spring 1976. Também publicado: A "família" escrava no Brasil colonial. In: GRAHAM, Richard. Escravidão, reforma e imperialismo. São Paulo, Perspectiva, capitulo 2: p. 41-57, 1979, (Debates, 146).

RESUMO. Análise da estrutura demográfica das famílias escravas da Fazenda Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Estuda-se idade, sexo e taxa de fecundidade de 1347 escravos, durante o ano de 1791, a partir de um inventário de bens da fazenda. Deste escravos, 363 eram homens, 448 mulheres e 536 crianças com 14 ou menos anos de idade. Indica-se a idade média, proporções entre homens e mulheres por grupos etários, composição da família escrava e proporções de escravos educados, treinados ou machucados (aleijado, coxo, cego etc.). Este foi o primeiro trabalho importante a estudar a composição demográfica da família escrava brasileira, publicado posteriormente em português como capítulo do libro intitulado Escravidão, Reforma e Imperialismo.

HENRY, Louis. Temas de pesquisa, fontes e métodos da demografia histórica do Brasil. Revista de História. São Paulo, FFLCH-USP, 53(105):63-80, 1976.

RESUMO. Apontam-se fontes para o estudo das populações do passado brasileiro, inclusive da parcela escravizada.

KLEIN, Herbert S. Os homens livres de cor na sociedade escravista brasileira. Dados: Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, IUPERJ, (17): 3-27, 1978.

RESUMO. Faz-se uma avaliação quantitativa da camada livre de cor a partir de estatísticas oriundas de censos regionais e recenseamento de 1872. Os dados sobre sua distribuição regional, mobilidade econômica e social e as estimativas de natalidade, mortalidade e nupcialidade indicam que o enorme crescimento verificado na população livre de cor não pode ser atribuído, unicamente, ao crescimento vegetativo, mas também foi decorrência de um alto índice de alforrias. O Brasil constituiu a área americana com maior proporção de homens livres de cor.

LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. População e estrutura fundiária no Rio de Janeiro, 1568-1920. Anais do 4o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, v. 4, p. 2.221-37, 1984.

RESUMO. Apresentam-se estimativas das populações livre e escrava e do desenvolvimento urbano com base em relatos de viajantes, documentos históricos e pesquisas recentes.

LUNA, Francisco Vidal. Economia e sociedade em Minas Gerais (período colonial). Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. São Paulo, IEB-USP, (24): 33-40, 1982.

RESUMO. Estudam-se as características dos proprietários de escravos e respectivos cativos. A análise destes segmentos sociais apresenta-se como elemento de fundamental importância para o entendimento da sociedade mineira e do peculiar evolver econômico da região no século XVIII.

LUNA, Francisco Vidal. População e atividades econômicas em Areias (1817-1836). Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 24(3): 433-463, 1994.

RESUMO. Analisa-se a dinâmica populacional e econômica de Areias no período 1817-1836, quadra de grandes transformações devidas à cafeicultura. Os bens anteriormente produzidos (açúcar, aguardente e gêneros de subsistência) provavelmente serviram de base até que a maturidade da produção cafeeira permitiu gerar os recursos para sua própria expansão. A consolidação do plantio do café, inicialmente desenvolvido inclusive em fogos sem escravos, transformou radicalmente a estrutura produtiva da localidade: aumentou o peso da mão-de-obra escrava, ampliou-se o tamanho das unidades produtivas e ocorreu forte concentração na cafeicultura ou atividades a ela relacionadas, tais como o artesanato e o comércio.

MARCÍLIO, Maria Luiza. Sistemas demográficos no Brasil do século XIX. Revista de Cultura Vozes. Petrópolis, Vozes, 74(1): 39-48, jan./fev. 1980. Também publicado: MARCÍLIO, Maria Luiza (org.). População e sociedade: evolução das sociedades pré-industriais. Petrópolis, Vozes, p. 193-207, 1984.

RESUMO. Analisam-se, a partir da metodologia desenvolvida pela Demografia Histórica, as curvas de natalidade e mortalidade para as regiões rurais e urbanas do Brasil, durante os séculos XVIII e XIX, constatando-se a existência de quatro diferentes sistemas demográficos: das economias de subsistência, das economias de plantation, das populações escravas e das áreas urbanas no séculoXIX.

MARCÍLIO, Maria Luiza. População e força de trabalho em uma economia agrária em mudança: a província de São Paulo, no final da época colonial. Revista de História. Nova Série. São Paulo, FFLCH-USP, (114): 21-30, 1983.

RESUMO. Analisam-se alguns aspectos estruturais e de mudanças da população e da força de trabalho paulista numa fase de transição econômica. Como fonte para essa pesquisa utilizou-se um corpus documental serial riquíssimo: as listas nominativas de habitantes, levantadas anualmente e para cada localidade da região no decorrer do período 1765-1830.

MARCONDES, Renato Leite. Trabalho e Cafeicultura: Estudo das dinâmicas demográficas e econômicas fluminenses (1780-1840). Anais do III Encontro da ABET, 1994.

RESUMO. Procuramos compreender o desenvolvimento demo-econômico do Rio de Janeiro entre 1780 e 1840. Para tanto, utilizamos três mapas da população do Rio de Janeiro por freguesias. A partir destas informações, acompanhamos o evolver populacional de quatro áreas distintas: a açucareira, a cafeeira, a do município do Rio de Janeiro e uma última agregando as freguesias restantes. Evidenciamos, assim, a transformação demográfica e econômica do Rio de Janeiro em face da introdução do café. Além disto, contemplamos os movimentos migratórios, tanto por condição social como por sexo, entre as áreas identificadas acima.

MARCONDES, Renato Leite. Desenvolvimento da Produção e o Comportamento dos Preços na Constituição da Economia Cafeeira Lorenense (1797-1829). São Paulo, FEA-USP, 1992, mimeografado.

RESUMO. Neste trabalho procuramos qualificar a afirmativa de Celso Furtado sobre a importância da economia de subsistência para o surgimento da economia cafeeira, estudando a evolução da produção agrícola da localidade de Lorena, localizada no Vale do Paraíba Paulista. Para tanto, baseamo-nos nas Listas Nominativas, para os anos de 1797, 1798, 1818 e 1829. O desenvolvimento da cafeicultura, com o crescimento exponencial da produção neste período, não nos pareceu excluir a produção de subsistência ou a produção da aguardente, do açúcar e de rapaduras. Por outro lado, a introdução do café se fez, inicialmente, pelos pequenos produtores, em sua maioria não-proprietários que cultivavam bens de subsistência, enquanto os grandes proprietários, concentrados nos bens derivados da cana-de-açúcar, somente mais tarde aderiram à cafeicultura. Contudo, quando estes agricultores passaram a produzir café, o fizeram em larga escala, alocando nesta lida grande parte de sua escravaria. Em 1829, cerca de um terço dos agricultores produziam café, mas também cultivavam bens de subsistência e outros gêneros de exportação.

MARTINS, Roberto Borges & MARTINS FILHO, Amilcar. Slavery in a nonexport economy: nineteenth-century Minas Gerais revisited. Hispanic American Historical Review. Durham, Duke University Press, 63(3): 537-68, august 1983.

RESUMO. Análise da economia escravista de Minas Gerais no século XIX, indicando-se que, diferentemente de São Paulo e Rio de Janeiro, em Minas a maioria dos escravos não estava ligada às áreas de plantation. Para os autores, a condição crucial para a sobrevivência de um sistema escravista não é a existência da plantation, mas a disponibilidade de terra barata ou gratuita. Os comentários de quatro autores sobre este trabalho indicam que sua importância está na reavaliação econômica do sistema de plantation no Brasil, que passa a merecer novos estudos, já que a ênfase dada a esta formação parece ter sido exagerada.

MATTOSO, Kátia M. de Queirós. Para uma história social seriada da cidade do Salvador no século XIX: os testamentos e inventários como fonte de estudo da estrutura social e de mentalidade. Anais do 8o. Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História, A propriedade rural, vol. 3. São Paulo, ANPUH, p. 1.023-6, 1976.

RESUMO. Procura-se dar maior ênfase aos critérios de preferência utilizados para a elaboração de uma escala de estratificação social, quais sejam: a estratificação legal, o estatuto social, a hierarquia econômica, o poder e a estratificação ideológica. Ademais, o estudo voltasse, principalmente, para o conhecimento das categorias intermediárias da sociedade, buscando apreender a realidade do homem comum (do "homem médio") com todas as suas misérias e problemas cotidianos, seu regime de trabalho, suas formas de pensar e agir.

MATTOSO, Kátia M. de Queirós. No Brasil escravista: relações sociais entre libertos e homens livres e entre libertos e escravos. Revista Brasileira de História. São Paulo, 1(2): 219-33, 1981.

RESUMO. Analisa-se a difícil adaptação e aprendizado de vida do cativo vinda da África, do crioulo nascido no Brasil e do escravo alforriado em um mundo bipolarizado entre negros e brancos. Neste mundo dominava uma sociedade negra -- grosso modo, o nordeste e o centro -- e uma sociedade branca -- o sul? Com cautela, contra generalizações, esses dois modelos permitem apreender as características próprias de cada um desses tipos de sociedade, os quais, juntos, enquadram as realidades de um Brasil diversificado.

MEIRELES, Mário Martins. Os negros do Maranhão. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, IHGB, 336: 59-89, 1982.

RESUMO. Estuda-se o escravo negro africano introduzido no Maranhão nas épocas colonial e imperial tentando-se determinar quando chegaram os primeiros escravos, quantos foram eles e de onde eram provinham.

MELLO, Pedro Carvalho de. Aspectos econômicos da organização do trabalho na economia cafeeira do Rio de Janeiro, 1850-1888. Revista Brasileira de Economia. Rio de Janeiro, FGV, 32(1): 19-67, jan./mar. 1978.

RESUMO. Entendendo a escravidão como parte de um quadro mais amplo da organização do trabalho, estuda-se a desagregação do trabalho servil na economia cafeeira do Rio de Janeiro. Faz-se um resumo dos principais aspectos da situação da escravidão no Brasil na segunda metade do século XIX e uma exposição abreviada do debate sobre algumas causas econômicas apresentadas na literatura sobre a abolição. Segue a interpretação alternativa do autor, em termos de hipóteses econômicas testadas com dados de preços (inclusive os referentes a aluguel) de escravos obtidos em pesquisas em diversas fontes primárias. Finalmente, sugerem-se algumas hipóteses e linhas de pesquisa para uma interpretação da organização do trabalho na economia cafeeira do correr do período que se abre em 1859 e termina em 1888.

MOTT, Luiz R. B. Os pecados da família na Bahia de Todos os Santos (1813). Centro de Estudos Baianos. Salvador, Universidade Federal da Bahia, no. 98, 1982. Também publicado: Cadernos do Centro de Estudos Rurais e Urbanos. São Paulo, CERU-USP, 18: 91-129, 1983.

RESUMO. Indicam-se novos elementos para a compreensão da extensão e significado do "casamento consensual". A área amostral está representada por doze freguesias do sul da Bahia no ano de 1813. O tema é o concubinato e demais irregularidades na moral familiar, destacando-se algumas informações sobre a mancebia envolvendo a população escrava.

MOTT, Luiz R. B. Uma estatística inédita para a história demográfica de Sergipe Del Rey: mapa demonstrativo da população da Freguesia da Vila de Santa Luzia e Estância em 1825. Mensário do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, ano VIII, (11): 3-9, 1977. Também publicado: MOTT, L. R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, p. 99-104, 1986, (Coleção Jacqson da Silva Lima).

RESUMO. Apresenta-se, na integra, o "Mapa Demonstrativo" de Santa Luzia e Estância no ano de 1825, o qual encontra-se no Arquivo Nacional. Faz-se reflexões a propósito dos dados revelados, chegando-se a algumas conclusões inéditas, como o alto índice de nupcialidade entre os pretos escravos, alta concentração de mão-de-obra escrava na área etc.

MOTT, Luiz R. B. Pardos e pretos em Sergipe: 1774-1851. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. São Paulo, IEB-USP, (18):7-37, 1976. Também publicado: MOTT, L. R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, p. 47-72, 1986. (Coleção Jacqson da Silva Lima).

RESUMO. Discutem-se os seguintes temas: 1) as principais características da estrutura demográfica de Sergipe, salientando-se como pretos e pardos participavam de maneira diversa das categorias jurídico-sociais dos ingênuos, libertos e cativos; 2) o subjetivismo e a diversidade quanto à classificação segundo a cor; 3) como pardos e pretos participavam diferentemente dos quadros institucionais e profissionais da sociedade sergipana. Conclui-se que, por sua maleabilidade, heterogeneidade e falta de coesão, os pardos e pretos não poderiam, a rigor, ser considerados grupos étnicos.

MOTT, Luiz R. B. Os índios e a pecuária nas fazendas de gado do Piauí colonial. Revista de Antropologia. São Paulo, FFLCH-USP, v. XXII, p. 61-78, 1979. Também publicado: MOTT, L. R. B. Piauí colonial: população, economia e sociedade. Teresina, Projeto Petrônio Portella/Fundação Cultural do Estado do Piauí, p. 125-42, 1985.

RESUMO. Descrevem-se as lutas entre brancos e índios, que resultaram na escravização dos indígenas e conseqüente extermínio das tribos da região. Analisam-se documentos da época colonial, destacando-se a participação do trabalho indígena no Piauí, entre 1697 e 1772. Contrariamente ao que afirma a historiografia sobre o tema, o recrutamento da mão-de-obra indígena não foi pacifico, nem os indígenas se adaptavam rapidamente às tarefas de criação do gado.

MOTT, Luiz R. B. Uma escrava no Piauí escreve uma carta... In: MOTT, L. R. B. Piauí colonial: população, economia e sociedade. Teresina, Projeto Petrônio Portella/Fundação Cultural do Estado do Piauí, 1985.

RESUMO. Transcreve-se e comenta-se uma carta escrita pela escrava Esperança Garcia e endereçada ao governador da Capitania, datada de 6 de setembro de 1770, pedindo-lhe amparo, apresenta-se, ainda, outro documento (anônimo) que esclarece pontos da questão tratada na carta.

MOTT, Luiz R. B. Estatísticas e estimativas da população de Sergipe (livre e escrava) de 1707 a 1888. Mensário do Arquivo Nacional. Rido de Janeiro, Arquivo Nacional, ano VII, (12): 19-23, 1976. Também publicado como: Estatísticas e estimativas da população de Sergipe Del Rey de 1707 a 1888. MOTT, L. R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, p. 84-88, 1986, (Coleção Jacqson da Silva Lima).

RESUMO. Objetiva-se chamar a atenção dos estudiosos para a existência de diversas fontes, tanto impressas como manuscritas, que podem nos informar a respeito de dados demográficos básicos para o estudo da população do Brasil do passado; além disto, procura-se fornecer uma lista, tão completa quanto possível, referente à dinâmica da população da Capitania e Província de Sergipe no correr dos séculos XVIII e XIX.

MOTT, Luiz R. B. A população sergipana do Rio São Francisco no primeiro quartel do século XIX. Mensário do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, ano IX, (12): 3-15, 1978. Também publicado: MOTT, L. R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, p. 73-83, 1986, (Coleção Jacqson da Silva Lima).

RESUMO. Analisam-se os diversos segmentos sociais encontrados em Sergipe, no incio do século XIX, a partir do estudo da estrutura demográfica da população ribeirinha do São Francisco.

MOTT, Luiz R. B. População e economia: o problema da mão-de-obra escrava em Sergipe (séculos XVIII e XIX). Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. Aracaju, IHGSE, (28): 19-32, 1979. Também publicado: MOTT, L. R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, p. 139-150, 1986, (Coleção Jacqson da Silva Lima).

RESUMO. Apresentam-se tabelas com a população total, livre e escrava de Sergipe, entre 1707 e 1888, e a distribuição da população segundo a cor, a situação social, de acordo com as zonas econômico-geográficas da Província, em 1825. Estudam-se os escravos segundo a origem e a cor. Este, como outros trabalhos do autor sobre Sergipe, foi estampado em livro que recebeu o titulo: Sergipe del Rey: população, economia e sociedade (Aracaju, FUNDESC, 1986).

MOTT, Luiz R. B. Relações raciais entre homossexuais no Brasil colônia. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 5, n. 10, mar./ago. de 1985, p. 99-122.

RESUMO. Reconstituem-se os principais aspectos das relações raciais numa populaçào de homossexuais masculinos perseguidos, no Brasil, pelo Tribunal do Santo Oficio, no correr dos séculos XVI e XVII. Discute-se em que medida a especificidade social e sexual destes homossexuais implicou um tipo peculiar de interação racial, diversa da observada na sociedade heterossexual global.

MOTT, Maria Lúcia de Barros. A criança escrava na literatura de viagens. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, no. 31, dez. de 1979, p. 57-68.

RESUMO. A partir da análise de 80 obras cujos autores estiveram no Rio de Janeiro entre 1800 e 1850, são destacados, do contexto geral da sociedade escravocrata da época, os dados referentes à situação da criança negra, seja como

"mercadoria" importada da África, seja como fruto da reprodução da população já escravizada. A transcrição de trechos de relatos dos viajantes europeus revela, em toda sua crueza, as condições em que eram mantidas as crianças, seu relacionamento com a mãe, com os seus donos e com o trabalho e o valor que possuíam enquanto mercadoria.

MOTTA, José Flávio & NOZOE, Nelson. Cafeicultura e acumulação. São Paulo, FIPE-USP, 1993, mimeografado.

RESUMO. O objetivo desta pesquisa é o estudo dos primórdios da acumulação fundada na atividade cafeeira em São Paulo, mediante o acompanhamento exaustivo, ano a ano, entre 1799 e 1829, dos domicílios, um a um, dos habitantes da localidade valeparaibana de Bananal e que eram produtores de café no último dos anos do período aludido. O processo acumulativo vivenciado por esses indivíduos será avaliado com base no evolver do montante da escravaria por eles possuída. A análise fundamenta-se, sobretudo, nas listas nominativas de Bananal, preservadas para a maioria dos anos do intervalo contemplado. Os domicílios em questão foram rastreados até o primeiro ano em que passaram a constar dos recenseamentos ou até 1799. Verificou-se, claramente, a existência de ritmos diferenciados de acumulação. Num primeiro momento, anterior à difusão da rubiácea na região, tal diferenciação colocava-se entre partícipes e não-partícipes do mercado. Em seguida, essa distinção viu-se estremecida e ao mesmo tempo reafirmada, sob novas formas, entre cafeicultores e não-cafeicultores. Por fim, a acumulação mostrou-se divergente, internamente à cafeicultura, consoante o porte econômico dos indivíduos dedicados àquela atividade.

MOTTA, José Flávio. A família escrava e a penetração do café em Bananal, 1801-1829. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 5, n. 1, p. 71-101, jan./jun. 1988.

RESUMO. Verifica-se neste artigo a importância das relações familiares existentes entre os cativos de Bananal (SP) nas três primeiras décadas do século dezenove. Procura-se, ademais, captar os efeitos, sobre a família escrava, da introdução e disseminação da lavoura cafeeira, ocorridas naquela localidade no período em questão. Conclui-se que a família escrava em Bananal apresenta uma evolução cíclica, a qual acompanha a gênese e o desenvolvimento da cafeicultura, denotando, simultaneamente, sua vulnerabilidade com respeito ao meio escravista inclusivo e sua força enquanto efetiva estratégia de sobrevivência empregada pelos próprios cativos. As fontes primárias que embasam a análise são as listas nominativas de habitantes, em especial as de 1801, 1817 e 1829.

MOTTA, José Flávio. Família escrava: uma incursão pela historiografia. História: Questões & Debates, v. 9, n. 16, p. 104-159, jun. 1988.

RESUMO. Discute-se neste artigo o tratamento emprestado pela dado pela historiografia à família escrava. De início, toma-se o caso brasileiro, enfocando-se a interpretação segundo a qual pouca ou nenhuma relevância é atribuída à família escrava, enfatizando-se as relações sexuais entre cativos em seu aspecto meramente instintivo, delineando-se um quadro de promiscuidade generalizada. Em seguida, a perspectiva é deslocada para o caso dos Estados Unidos. Mostra-se como, nos anos setenta deste século, firma-se naquele país uma nova e vigorosa vertente historiográfica que traz à luz um entendimento das relações familiares entre os cativos diferente do "tradicional": acentua-se a estabilidade e relativa autonomia da família escrava e o predomínio das uniões monogâmicas. Finalmente, retoma-se a análise da historiografia brasileira, pois, também em nosso país, o decênio de 1970 marca uma mudança no enfoque da família escrava, com resultados análogos aos encontrados nos Estados Unidos: uma família cativa mais estável do que até então se acreditara e que, não obstante em grande medida tendo seu desenvolvimento cerceado pelo regime escravista inclusivo, mantinha-se até com relativa autonomia; isto apesar da presença, sem dúvida constrangedora, do proprietário, mas amiúde mesmo se utilizando da feição paternalística deste como estratégia para sua própria sobrevivência.

MOTTA, José Flávio. O advento da cafeicultura e a estrutura da posse de escravos (Bananal, 1801-1829). Estudos Econômicos, v. 21, n. 3, p. 409-434, set./dez. 1991.

RESUMO. Este trabalho analisa a evolução da estrutura da posse de escravos em Bananal (SP) em meio à fase inicial do desenvolvimento cafeeiro naquela região, com base nas listas nominativas de habitantes, em especial as de 1801, 1817 e 1829. Procura-se, pois, captar os efeitos daquele desenvolvimento sobre os padrões de distribuição da propriedade escrava. Adicionalmente, delineiam-se algumas das características da população cativa acompanhando-se, outrossim, o seu evolver no decurso do período considerado. Verifica-se que, num primeiro momento, a difusão da cafeicultura aparentemente contribuiu para a conformação de um ambiente propício à proliferação dos escravistas de menor porte. Com o tempo, porém, a atividade cafeeira dá mostras de evoluir decididamente no sentido de uma agricultura de plantation. Concomitantemente a essa evolução, alteram-se as características demográficas da população cativa: aumenta a importância dos escravos homens, dos africanos e daqueles em idade produtiva, bem como dos cativos solteiros.

MOTTA, José Flávio. O trabalho livre e a gênese da cafeicultura paulista. Anais do II Encontro Nacional de Estudos do Trabalho. São Paulo: ABET-FEA/USP, 1991, p. 363-372.

RESUMO. O objetivo deste trabalho é o estudo dos indivíduos livres de Bananal (SP), não-proprietários de escravos, em meio à evolução demo-econômica ocorrida naquela localidade nas três primeiras décadas do século dezenove. Analisam-se algumas características do segmento populacional formado por aquelas pessoas para as quais o desempenho de suas atividades/ocupações fundava-se no seu próprio trabalho, possivelmente no de seus dependentes e, eventualmente, no de seus agregados, sendo estes, dependentes e agregados, igualmente incluídos no segmento analisado. Examinam-se, sobretudo, os efeitos, vivenciados por tais indivíduos, decorrentes da rápida disseminação da lavoura cafeeira na região. Introduzida com base na mão-de-obra de pequenos agricultores não-proprietários de escravos, a cafeicultura, caracterizando-se como uma atividade econômica viável seja para indivíduos com maiores ou com menores recursos, difundiu-se significativamente entre os não-escravistas. Não obstante, com o passar do tempo, o cultivo do café punha-se cada vez mais como objeto da grande lavoura. Sua disseminação entre os grandes proprietários de cativos implicou a perda da importância relativa -- efetiva "diluição" -- da produção dos não-escravistas. Tal diluição não acarretou, cabe ressaltar, solução de continuidade à ampliação da cafeicultura entre aqueles que não usufruíam da propriedade escrava.

MOTTA, José Flávio & COSTA, Iraci del Nero da. Vila Rica: Inconfidência e crise demográfica. Estudos Econômicos, v.22, n. 2, p. 321-346, maio/ago. 1992.

RESUMO. Neste artigo é analisada a crise demográfica vivenciada por Vila Rica a partir dos anos sessenta do século dezoito e que se tornou mais aguda nas décadas seguintes, assumindo feições dramáticas nos anos que antecederam imediatamente o movimento da Inconfidência. Nesse contexto, pretende-se identificar tal crise, que se desenvolveu na esteira do esgotamento da produção mineratória, como um dentre os elementos condicionantes da conformação de um cenário marcado pela disseminação da pobreza, no qual aflorará o episódio da Conjuração Mineira. Para a consecução deste objetivo recorreu-se a diversos relatos de viajantes, a interpretações constantes de nossa historiografia e, sobretudo, às fontes primárias representadas pelos registros de casamentos, nascimentos e óbitos da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias -- uma das duas então existentes em Vila Rica --, concernentes ao período 1740-1800.

MOTTA, José Flávio. Escravos coloniais, escravos africanos: reflexões a partir da história demográfica. Boletim de História Demográfica. São Paulo, FEA-USP, I(1): 29, 1994, disquete.

RESUMO. Nota sobre pesquisa em andamento na qual o autor estabelecerá o confronto entre dados demográficos referentes a escravos nascidos no Brasil e os concernentes aos que para cá foram trazidos da África.

MOTTA, José Flávio. Corpos escravos, vontades livres: estrutura da posse de cativos e família escrava em um núcleo cafeeiro (Bananal, 1801-1829). Tese de Doutoramento. São Paulo: FEA/USP, 1990. (mimeografado)

RESUMO. A introdução e rápida disseminação da lavoura cafeeira e uma evolução demográfica marcada pela entrada maciça de escravos constituem elementos fundamentais do desenvolvimento de Bananal (Vale do Paraíba-SP) nas décadas

iniciais do século dezenove. Tendo como pano-de-fundo o mútuo condicionamento existente entre aqueles elementos, este trabalho vota-se ao estudo de dois temas basilares da economia e da demografia da escravidão: a estrutura da posse de cativos e a família escrava. Com base nas listas nominativas de habitantes, em especial as de 1801, 1817 e 1829, observa-se que a estrutura da posse de cativos e a família escrava evoluíram de forma interligada no decurso do período considerado. Mais ainda, o desenvolvimento demo-econômico de Bananal imprimiu àquela evolução um ritmo marcado pelo dinamismo. Em meio a esse dinamismo, no relacionamento recíproco entre estrutura de posse e família escrava, a influência maior foi sempre exercida pelo primeiro desses elementos. De fato, nos primeiros lustros dos Oitocentos, a família cativa foi como que arrebatada pelo turbilhão cafeeiro. Não obstante, as relações familiares entre os escravos não desapareceram de todo e, inclusive, pareciam estar prestes a vivenciar uma fase menos adversa, à medida que a cafeicultura trilhava seu caminho em direção a uma agricultura de plantation.

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NIELSEN, Lawrence James. Morte na cidade de Desterro, 1804-1854: cifras, causas e conseqüências. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina: 3a. Fase. Florianópolis, IHGSC, (1): 71-90, 2o. semestre 1979.

RESUMO. Análise da mortalidade entre livres e escravos na antiga capital de Santa Catarina, a partir dos registros paroquiais da Igreja de Nossa Senhora do Desterro, indica-se que as principais causas de morte eram as doenças, como a variola e as diarréias, que tiveram sua propagação facilitada pela péssimas condições sanitárias da cidade. Apresentam-se tabelas anuais com as populações livre e escrava, as respectivas taxas de mortalidade e quantidade de óbitos, por tipo de doença e faixa etária.

PAIVA, Clotilde A. Mariana: características da população em 1831. Anais do 4o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, v. 4, p. 2.159-73, 1984.

RESUMO. Apresentam-se caracteristicas da estrutura populacional do núcleo urbano da cidade de Mariana, para 1831, e levantam-se hipóteses sobre a dinâmica demográfica desta área nas primeiras décadas do século XIX. Utiliza-se, como fonte primária, o conjunto de listas da população mineira localizado no Arquivo Público Mineiro.

PIRES, Júlio Manuel & OLIVEIRA JR., L. B. Programa do Bom Menino. Informações FIPE, FIPE, São Paulo, no. 90, out. 1987, p. 10-12.

RESUMO. No artigo os autores criticam a proposta feita pela Associação Comercial de São Paulo de instituição do Programa do Bom Menino, pelo qual as empresas poderiam contratar crianças entre 12 e 14 anos de idade sem incorrer nos custos referentes aos encargos trabalhistas. Trata-se de uma proposta que tem o evidente intuito de criar facilidades ainda maiores para a exploração de uma parcela bastante fragilizada da força de trabalho.

PIRES, Júlio Manuel & OLIVEIRA JR., L. B. O caráter do "Programa do Bom Menino". Folha de S. Paulo, São Paulo, 13/07/87, p. A-5.

RESUMO. Versão sumária do artigo intitulado "Programa do Bom Menino" (Cf. resumo acima).

PIRES, Júlio Manuel. O trabalho infantil e a reprodução da pobreza. D. O. Leitura, IMESP, São Paulo, 8 (85), junho de 1989, p. 8-9.

RESUMO. Trata-se de resumo, com apresentação dos principais resultados empíricos alcançados, da dissertação de mestrado elaborada pelo autor. Destacam-se a elevada importância dos rendimentos auferidos pelas crianças para o orçamento familiar das famílias mais pobres e o papel deletério do trabalho sobre as condições para escolarização.

PIRES, Júlio Manuel. A segmentação no mercado de trabalho infantil. Revista Estudos Econômicos, IPE-USP, São Paulo, vol. 19, número especial, nov. 1989, p. 125-138.

RESUMO. A preocupação fundamental do estudo é estabelecer parâmetros que permitam cotejar as condições familiares, de trabalho, remuneração e escolarização dos trabalhadores infantis do setor formal e informal. A importância do contexto econômico familiar na forma de inserção da criança no mundo do trabalho e as perspectivas das crianças a partir desta inserção diferenciada também constituem objeto da análise.

PIRES, Júlio Manuel. O trabalho infantil no Brasil: a persistência e o espaço possível. Anais do XVI Encontro Nacional de Economia, vol. IV, ANPEC, Belo Horizonte, 1989, p. 367-381.

RESUMO. Trata-se de apresentação de versão preliminar do capítulo II de dissertação de mestrado então em preparação, no qual se discute as características particulares do desenvolvimento capitalista no Brasil que permitiram/determinaram uma taxa elevada de participação das crianças e adolescentes na força de trabalho.

PIRES, Júlio Manuel. A política social do governo Itamar. Informações FIPE. FIPE, São Paulo, no. 152, mai 1993, p. 12-5.

RESUMO. Analisam-se as principais características da política social implementada desde o início do governo Itamar e as propostas então em discussão.

PIRES, Júlio Manuel. Poítica social e populismo. Anais do XXI Encontro Nacional de Economia da ANPEC. ANPEC, vol I, dez. 1993, p. 461-80.

RESUMO. A partir das estimativas acerca do evolver do gasto social (educação, saúde e previdência social) durante o período 1930-1964, analisam-se a relação entre tais gastos e o contexto econômico, social e político do período, bem como as características do gasto social em termos de sua composição.

PIRES, Júlio Manuel. Trabalho infantil: a necessidade e a persistência. Dissertação de Mestrado. São Paulo, FEA/USP, 1988, mimeografado.

RESUMO. O estudo visa, fundamentalmente, a isolar os fatores determinantes no processo de engajamenjo precoce da criança urbana no mundo do trabalho e verificar as condições de trabalho a que são submetidas. A faixa etária abrangida na pesquisa compreende idades dos 8 aos 14anos. Tem-se em vista estabelecer um perfil da criança trabalhadora no meio urbano brasileiro e mais especificamente paulistano uma vez que é na cidade de São Paulo que a pesquisa de campo se realizou. O impacto da atividade laboral sobre a escolarização adquire relevância especial tendo em vista seu papel como consolidador de uma situação de desvantagem relativa dentro da própria classe trabalhadora. O estudo apresenta, além de uma revisão crítica da literatura acerca do trabalho infantil, os dados secundários disponíveis sobre o tema e as informações colhidas mediante uma pesquisa de campo realizada com 120 crianças na cidade de São Paulo.

PIRES, Júlio Manuel. A política social no período populista. Tese de Doutoramento. São Paulo, FEA/USP, 1992, 377 p., mimeografado.

RESUMO. O escopo do trabalho compreende o exame das características e condicionantes da política social brasileira no período populista (1930/64). O conteúdo básico do estudo prende-se ao levantamento, sistematização e análise dos dados referentes ao dispêndio público nas três esferas de governo e sistema previdenciário com as áreas de educação, saúde e previdência social. Além destas informações, o estudo preocupa-se também em apresentar uma discussão acerca do papel da política social num Estado capitalista e as características particulares do Estado brasileiro no período em foco, as quais influenciaram os contornos e o conteúdo da política social.

RAMOS, Donald. Vila Rica: profile of a colonial Brasilian urban center. The Americas. Washington, Academy of American Franciscan History, 35(4): 495-526, abr. 1979.

RESUMO. Análise demográfica da cidade de Vila Rica, a partir do levantamento populacional de 1804. Indicam-se dados sobre idade, sexo e cor, tanto para a população libre como para a população escrava. Compara-se a taxa de fecundidade das duas populações e, em relação ao escravos, estuda-se sua estrutura ocupacional e local de origem.

RUSSELL-WOOD, A. J. R. The black family in the Americas. Jahrbuch für Geschichte von Staat, Wirtschaft und Gesellsechaft Lateinamerikas. Kõln, Universitat zu Kõln, 16: 267-309, 1979.

RESUMO. Extensa revisão de obras sobre a família negra nas Amèricas, do período colonial a fins do século XIX. Indicam-se as políticas e atitudes das Coroas de Espanha e Portugal em relação ao casamento de escravos e ligações entre negros e índios. As evidências apontam como norma a estrutura nuclear (pai/mãe/filhos) entre as famílias de escravos brasileiros. Analisa-se a importância do papel das irmandades religiosas para a proteção da comunidade negra.

SAMARA, Eni de Mesquita. Casamento e papéis familiares em São Paulo no século XIX. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, (37): 17-25, mai. 1981.

RESUMO. Analisa-se o papel do casamento na sociedade paulista do século XIX. Com base nos dados contidos em levantamentos populacionais, testamentos e diversos documentos manuscritos referentes ao período, faz-se uma análise dos arranjos matrimoniais e respectivos critérios de seleção de cônjuges, buscando uma explicação para o baixo índice de nupcialidade encontrado em elementos provenientes dos diferentes grupos sociais, indicam-se as condições de realização dos casamentos e os índices de nupcialidade para as populações livre e escrava.

SCARANO, Julita M. L. Família extensa e escravaria. Revista do Arquivo Municipal. São Paulo, Arquivo Municipal, 43(193): 105-22, jan./dez. 1980.

RESUMO. Discutem-se as caracteristicas da família extensa no Vale do Paraiba durante o século XIX. Fazem-se considerações não sistemáticas sobre o tamanho das famílias, fecundidade, mortalidade, ilegitimidade e características demográficas e econômicas dos senhores e escravos. Quanto a estes últimos, discorre-se também, com exemplos, sobre suas origens, cor, ocupações, relação de masculinidade e preços. As fontes de informações são censos, ofícios e inventários.

SCARANO, Julita M. L. Black brotherhoods: integration or contradiction? Luso-Brazilian Review. Madison, University of Wisconsin,16(1): 1-17, summer 1979.

RESUMO. Análise das irmandades de negros em Minas Gerais, durante o século XVIII. Embora no inicio de suas atividades as confrarias tenham sido utilizadas como forma de evangelização dos negros, durante o século XVIII elas já cumpriam um papel de entretenimento, de preservação das culturas e tradições de origem africana e de luta por melhores condições de vida de escravos e forros. Neste sentido, a função integradora destas instituições cedeu espaço às contradições que surgiram com o fortalecimento do sistema escravista e a criação de brechas neste sistema.

SCHWARTZ, Stuart B. Indian labor and new world plantations: European demands and Indian responses in northeastern Brazil. The American Historical Review. 83(1): 43-79, fev. 1978.

RESUMO. A escravidão de índios no Brasil durou cerca de setenta anos (entre 1500 e 1570), em termos legais, embora várias formas de coerção continuassem a ser utilizadas até muito tempo depois. Analisam-se os costumes indígenas e o sistema de aldeamento dos jesuítas, comparando-se o trabalho escravo de índios e negros na transição para a força de trabalho de escravos africanos. São feitas análises demográficas das populações escravas (índios, negros e mestiços) dos engenhos Santana e Sergipe, a partir de inventários de fins do século XVI.

SCHWARTZ, Stuart B. Patterns of slaveholding in the Americas: new evidence from Brazil. American Historical Review. Washington, American Historical Association, 87(1):55-86, fev. 1982. Também publicado: Padrões de propriedade de escravos nas Américas: nova evidência para o Brasil. Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 13(1): 259-287, jan./abr. 1983. Igualmente publicado: Patrones de la propiedad de esclavos en América: nueva evidencia de Brasil. Historia y Sociedad. Río Piedras, 1:59-79, 1988.

RESUMO. Examinam-se alguns dados quantitativos para a região do Recôncavo baiano, que possibilitaram não apenas situar a posse de escravos no contexto do Brasil como um todo -- impondo como necessidade uma atenção especial aos complexos ajustamentos entre a propriedade da terra e de escravos que caracterizavam o sistema canavieiro -- mas, também, permitiram o confronto da situação brasileira e a vigente no sul dos Estados Unidos e na Jamaica.

SCHWARTZ, Stuart B. The plantations of St. Benedict: the benedictine sugar mills of colonial Brazil. The Americas. Washington, Academy of American Franciscan History, 39(1): 1-22, jul. 1982.

RESUMO. Análise de nove dos onze engenhos de açúcar pertencentes à Ordem Beneditina, em Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, entre os séculos XVII e XVIII. Além de informações econômicas, indicam-se dados sobre a demografia dos escravos que trabalhavam nos engenhos. Ao contrário da maioria dos fazendeiros brasileiros, os beneditinos encorajavam a formação de famílias entre seus escravos, que também dispunham de um dia livre para trabalhar em suas próprias roças. A renda da comercialização desta produção era usada para comprar a própria liberdade e o dinheiro assim arrecadado pelos beneditinos servia para a compra de novos escravos.

SCHWARTZ. Stuart B. Segredos internos: trabalho escravo e vida escrava no Brasil. História: Questões & Debates. Curitiba, APAH, v. 4, no. 6, jun. 1983, p. 45-59.

RESUMO. Procura-se captar os segredos internos da escravidão no Brasil, segredos estes definidos a partir do quadro conceitual de Marx. O trabalho e as condições de trabalho definem o sistema escravista. As características principais da historiografia norte-americana e brasileira sobre a escravidão; articulação entre estímulos à produtividade -- brecha camponesa, possibilidade de alforria etc. -- e a violência no processo de trabalho; o exame de um documento contendo reivindicações de escravos rebelados, os do engenho de Santana (Ilhéus, 1789), são outros pontos de relevância do texto.

SENA, Consuelo Pondé de. Relações interétnicas através de casamento: Inhambupe, 1780-1800. Universitas: Revista de Cultura da Universidade Federal da Bahia. Salvador, Núcleo de Publicações/UFBa, (24): 71-82, jan./mar. 1979.

RESUMO. Análise da ocorrência de casamentos entre as diversas populações que habitavam a freguesia de Inhambupe (BA), a partir de dados retirados de livros paroquiais pertencentes ao Arquivo da Cúria de Salvador. Destaca-se a escravidão dos índios Cariri e dos negros africanos na região, indicando-se em tabela o registro de matrimônios entre africanos, brancos, crioulos, pardos, índios e outros. Conclui-se pela pequena incidência de casamentos interétnicos na freguesia em questão.

SILVA, Maria Beatriz Nizza da. Casamentos de escravos na Capitania de São Paulo. Ciência e Cultura. São Paulo, SBPC, 32(7): 816-21, jul. 1980.

RESUMO. Analisa-se o casamento entre escravos em São Paulo, a partir de um conjunto de documentos apresentados à autoridade competente para a realização dos enlaces. Indica-se que, ao contrário do que reporta a historiografia, este casamento não era inútil ao nocivo ao sistema colonial. O número restrito de casamentos entre cativos talvez possa ser explicado por entraves econômicos e burocráticos e por um agrandamento, nas colônias, das penas atribuídas à prática de concubinato.

SIMONATO, Andréa Jácome. O sítio do Ferreira e suas histórias. Estudos Afro-Asiáticos. Rio de Janeiro, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, (27): 137-165, abril de 1995.

RESUMO. O artigo visa a resgatar um pouco do universo rural escravista da província do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX, através de um estudo de caso específico de uma fazenda em Guaratiba, onde foi possível cruzar diversos tipos de fontes (inventários, contas de tutela, batismos). O local em questão é a Fazenda do Engenho Novo, de propriedade de Francisco da Silva Alves. Usando o nome como fio condutor, chega-se à análise do testamento de Antônio Ferreira, um ex-escravo agregado a esse senhor; das contas de tutela do proprietário e de seus pais e do inventário de um outro escravo desse plantel -- Claudino da Silva -- libertado pelo aludido senhor. Os indícios contidos nesses documentos permitiram a discussão de questões tais como o papel do parentesco, das alforrias e da posse de terras no âmbito das relações sociais escravistas.

SLENES, Robert W. Escravidão e família: padrões de casamento e estabilidade familiar numa comunidade escrava (Campinas, século XIX). Anais do 4o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, v. 4, p. 2.119-34, 1984. Também publicado: Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 17(2): 217-27, mai./ago. 1987.

RESUMO. Estuda-se o casamento entre escravos e a estabilidade da família escrava nuclear em 76 plantéis de Campinas, os quais compreendiam 1.975 escravos. Utiliza-se como fonte uma amostra das listas de matricula de escravos concernente a 1872, levantada nos inventários de 1872 a 1888, preservados nos cartórios da cidade.

SLENES, Robert W. Os múltiplos dos porcos e diamantes: a economia escrava de Minas Gerais no século XIX. Campinas, UNICAMP/IFCH, 1985, (Cadernos IFCH-UNICAMP, 17). Também publicado: Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 18(3): 449-95, set./dez. 1988.

RESUMO. Reunião de três trabalhos de critica ao modelo de sociedade escravista mineira proposto por Roberto e Amilcar Martins e a análise deste modelo por Francisco Vidal Luna e Wilon Cano. Consideram-se dados sobre exportações de bens e de ouro, destinados a outras províncias do Brasil ou para o exterior, indicando-se que, ao contrário do que querem Luna & Cano, o aumento do número de escravos em Minas Gerais ocorreu por compra, através do tráfico interprovíncial. Contesta-se, também, o modelo dos irmãos Martins, segundo os quais a produção de excedentes exportáveis não permitiria ganhos suficientes para a manutenção do tráfico escravista em favor de Minas Gerais.

SLENES, Robert W. Escravos, cartórios e desburocratização: o que Rui Barbosa não queimou será destruído agora? Revista Brasileira de História. São Paulo, 5(10): 166-96, mar./ago. 1985.

RESUMO. Analisa-se a importância dos arquivos cartoriais para o historiador, focalizando-se a documentação existente sobre os escravos. O estudo deste material ajuda a avaliar as vantagens e custos culturais de diversas opções de política de preservação total ou parcial dos arquivos. Examinam-se os manuscritos das duas matriculas de escravos realizadas em 1872 e 1886, alvos principais da portaria de Rui Barbosa que exigia a incineração destes e de outros documentos sobre a escravidão depositados em arquivos de cartórios.

SUBRINHO, Josué Modesto dos Passos. Desagregação do escravismo e transição para o trabalho livre na província de Sergipe. Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 24(3): 465-493, 1994.

RESUMO. Estuda-se a transição do trabalho escravo para o livre no Nordeste açucareiro a partir de duas premissas comumente apresentadas pela historiografia: a monopolização das terras agricultáveis pelos senhores de engenho e a crescente oferta de força de trabalho livre que teriam levado, na segunda metade do século XIX, a um processo contínuo de desagregação do escravismo nesta região do Brasil. Utilizando-se, principalmente, dados referentes à província de Sergipe questiona-se as citadas premissas e conclusões derivadas das mesmas, como a da transição automática do trabalho escravo para o livre.

 

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RESUMOS - SEADE/DOCPOP

Nesta secção apresentam-se resumos elaborados com base nos arquivos da Fundação SEADE/DOCPOP, atinentes a parte dos trabalhos catalogados sob a rubrica "Demografia Histórica". Nos próximos números do BHD dar-se-á continuidade à publicação desses resumos. Para o acesso aos informes do DOCPOP, contamos com a preciosa colaboração de sua coordenadora, Sra. Magali Valente. Os interessados em contatar o SEADE/DOCPOP devem dirigir-se ao endereço:

Fundação SEADE/DOCPOP.
Av. Cásper Líbero, 464, 4o. andar.
a/c Magali Valente.
01033-000 São Paulo, SP.

BAKOS, Margaret Mardriori. O imigrante europeu e o trabalho escravo no Rio Grande do Sul. Véritas, Porto Alegre, v. 28, no. 112, dez. de 1983, p. 455-61.

RESUMO. Estuda-se a legislação sobre a colonização do Rio Grande do Sul e o pepel do escravo negro enquanto trabalhador nas colônias. Embora no inicio da colonização, em 1824, fosse permitida a utilização desta mão-de-obra, logo foi proibida a importação de escravos para a província, e, em 1854, impediu-se que os colonos dispusessem do escravo. Indica-se que à entrada do imigrante e à legislação proibitiva está ligado o enfraquecimento da escravidão na província.

BIDEAU, Alain & NADALIN, Sergio Odilon. Étude de la fecondité d'une communauté évangélique lutherienne à Curitiba (Brésil) de 1866 à 1939. Population. Paris, v. 43, v. 6, nov./dez. de 1988, p. 1.035-64.

RESUMO. Analisa-se a fecundidade de uma comunidade evangélica luterana estabelecida em 1866 em Curitiba, na então província do Paraná. O estudo da fecundidade de 1866 a 1939 ressaltou as principais características das famílias pioneiras que mantiveram até o fim do século XIX um comportamento não malthusiano, bem como o uso crescente de métodos anticoncepcionais pelos filhos dos imigrantes e pelos estrangeiros recém-chegados. Os resultados confirmam a resistência dos meios católicos às idéias de controle da natalidade que eram difundidas pelos alemães. Entre as mulheres estrangeiras, as italianas apresentam a fecundidade mais elevada e as alemãs a mais baixa. Na comunidade luterana, as mudanças verificadas quanto à redução das concepções pré-nupciais entre 1866 e 1939 podem ser vistas como uma ruptura com o comportamento tradicional; assim, a moral camponesa viu-se substituída pela burguesa.

BIDEAU, Alain. Os órfãos e amortalidade dos adultos: o exemplo de 1740 a 1829. Revista Brasileira de Estudos de População. Campinas, ABEP, v. 3, n. 2, jul./dez. de 1986, p. 1-21.

RESUMO. Sempre foi difícil medir a mortalidade dos adultos no passado. Porém, os registros de casamentos mencionam desde longa data os nomes dos pais dos noivos, indicando se eles se encontravam vivos por ocasião do matrimônio dos filhos. Assim, a partir da informação sobre a incidência de orfandade segundo as idades dos nubentes ao casar, é possível estudar as relações entre a mortalidade de adultos e a proporção de órfãos no momento do casamento. O articulista apresenta um exemplo para dados da França (1740-1829). Ressalta-se, ademais, a importância da qualidade dos dados e dos métodos indiretos empregados para a obtenção de resultados representativos.

BURMESTER, Ana Maria de Oliveira. Disciplinarização e trabalho: Curitiba, fins do século XVIII, inícios do XIX. História: Questões & Debates. Curitiba, v. 8, n. 14/15, jul./dez. de 1987, p. 117-27.

RESUMO. O artigo analisa a problemática da população, no século XVIII e inícios do XIX, tendo como referência a instituição da ordem burguesa. Considerando as importantes modificações ocorridas nos conceitos e práticas referentes ao Estado, governo, família e população, e ainda a valorização do trabalho enquanto atividade fundadora dessa sociedade; busca-se, na documentação da época, indicadores de tais mudanças no âmbito da vida social de Curitiba.

BURMESTER, Ana Maria de Oliveira. A nupcialidade em Curitiba no século XVIII. História: Questões & Debates. Curitiba, v. 2, no. 2, jun. de 1981, p. 63-8.

RESUMO. Analisa-se a nupcialidade em Curitiba no período 1731-1798, empregando-se como fonte os registros de casamentos da Paróquia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Os casamentos entre iguais constituem a regra, ou seja, pessoas livres casavam preferencialmente com livres, escravos com escravos e índios com índios. Constata-se, igualmente, forte endogamia geográfica. Por outro lado, os nascimentos ilegítimos alcançavam, na população livre, quase 20% do total.

COHN, Raymond L. & JENSEN, Richard A. The determinants of slave mortality rates on the middle passage. Explorations in Economic History. New York, v. 19, no. 3, jul. de 1982, p. 268-82.

RESUMO. Apresenta-se um modelo econômico explicativo das altas taxas de mortalidade encontradas para os escravos durante o tráfico. As teorias de distância entre os portos de embarque/desembarque ou de superpopulação do navio negreiro explicam mais as variações entre as taxas do que a razão de serem tão elevadas. Utilizando-se dados sobre o tráfico para o Rio de Janeiro, com informações de 478 navios aportados entre 1817 e 1843, estima-se que exista uma forte correlação entre tempo de viagem e taxa de mortalidade, devendo-se o aumenta desta última à falta de alimentos em viagens mais demoradas.

COHN, Raymond L. Deaths of slaves in the middle passage. The Journal of Economic History. Wilmington, v. 45, no. 5, set. de 1985, p. 685-92.

RESUMO. Discussão sobre a diminuição ou não da taxa de mortalidade dos escravos no tráfico africano para todas as regiões das Américas, entre os séculos XVII e XIX. Indicam-se dados sobre o tráfico de escravos realizados pelos cinco principais países engajados neste comércio (Portugal, Inglaterra, França, Holanda e Estados Unidos), bem como local de desembarque, tempo e distância da viagem etc. Conclui-se que, apesar de ter diminuído a perda de escravos por viagem, a taxa de mortalidade total não declinou, no período estudado. A razão de um menor número de mortes durante o tráfico se deve a um encurtamento das viagens, que passaram a ser mais freqüentes para o Brasil do que para o Caribe.

DEAN, Warren. Indigenous populations of the São Paulo - Rio de Janeiro coast: trade, aldeamento,slavery and extinction. Revista de História. São Paulo, no. 117, Nova Série, jul./dez. de 1984, p. 3-24.

RESUMO. Análise da população Tupinambá por volta de 1555, no litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro. Estudam-se as formas de controle demográfico, o canibalismo ritual e o fornecimento de proteínas através de alimentos, estimando-se a população existente na época. Calcula-se o declínio desta população a partir da escravidão, doenças e mudanças no meio ambiente, dada a chegada do colonizador europeu.

EISENBERG. Peter L. Ficando livre: as alforrias em Campinas no século XIX. Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, v. 17, no. 2, mai./ago. de 1987, p. 175-216.

RESUMO. Mediante a análise de 2.093 cartas de alforria levantadas em Campinas, para o período 1798-1888, pretende-se estudar o alforriado "padrão", tal como apresentado pela historiografia sobre o tema. Analisam-se as características do alforriado (sexo, cor etc.) e da alforria (onerosa ou gratuita). Conclui-se que enquanto a maioria da população escrava era masculina, negra, em idade produtiva e sem profissão qualificada, as alforrias registradas eram na maior parte de escravas mulatas, muito jovens ou muito velhas e empregadas no serviço doméstico. Tal quadro modificou-se nas últimas décadas da escravidão, aproximando-se o padrão do alforriado ao da população escrava.

ELTIS, David. The British contribuition to the nineteenth-century transatlantic slave trade. The Economic History Review. London, v. 32, no. 2, Second Series, maio de 1979, p. 211-27.

RESUMO. Apesar de ter abolido o seu tráfico de escravos em 1807, a Inglaterra continuou participando do mercado escravista durante parte do século XIX, mesmo que formalmente desenvolvesse uma política de abolição da escravatura em todos os países e regiões. Apresentam-se dados do tráfico para o Brasil e Cuba, demonstrando-se que a Inglaterra contribuía não apenas equipando navios, como, também, e principalmente, fornecendo bens e crédito para os comerciantes de escravos. Analisando-se os dados de bens de consumo ingleses utilizados por comerciantes em Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Cuba, estima-se que 80.000 escravos tenham sido traficados da África como decorrência do envolvimento da Inglaterra.

FRAGOSO, João Luis Ribeiro & FLORENTINO, Manolo Garcia. Marcelino, filho de Inocência crioula, neto de Joana cabinda: um estudo sobre famílias escravas em Paraíba do Sul (1835-1872). Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, v. 17, no. 2, mai./ago. de 1987, p. 151-73.

RESUMO. Os limites da reprodução da empresa escravista definem-se em relação à mão-de-obra já que, entre 1830-1870, o investimento em escravos representava mais de 40% do valor total da fazenda de café. A demografia escrava é vista como instrumento para a análise da reprodução do sistema escravista. Estudam-se as estratégias de convivência social para que a escravidão se perpetuasse, destacando-se a formação de famílias de cativos e roças de escravos. Os dados hauridos em inventários post-mortem indicam que mais de 1/3 dos plantéis estavam organizados em famílias, com evidências de que muitas eram preservadas quando ocorriam vendas ou partilhas de heranças.

GERARD, Alain. Démographie historique et sciences sociales. International Population Conference. Liege, IUSSP, v. 3, 1974.

RESUMO. Apresenta-se um quadro geral das conseqüências sociais e psicológicas da evolução demográfica. Ressalta-se que a demografia histórica toma os dados históricos e aplica os métodos da demografia para reconstituir o estado e o movimento da população num período dado, e, além disto, também constrói a história da população.

GRAF, Márcia Elisa de Campos. A família de escravos na sociedade paranaense do século XIX. Anais do 6o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Brasília, ABEP, v. 3, 1988.

RESUMO. Estuda-se a família escrava no Paraná no século XIX, usando-se como fontes básicas as listas nominativas de habitantes, as listas de classificação para emancipação de escravos, os registros paroquiais e as cartas de alforria.

GUTIÉRREZ, Horacio. Demografia escrava numa economia não-exportadora: Paraná, 1800-1830. Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, v. 17, no. 2, mai./ago. de 987, p. 297-314.

RESUMO. Os escravos do Paraná apresentam um particular interesse para a demografia das populações cativas brasileiras. Constata-se para os mesmos um significativo equilíbrio quantitativo entre os sexos, baixa idade mediana, elevada presença de crianças, de sorte que sua feição demográfica revela-se similar à encontrada na população livre. Tudo parece indicar que a reprodução natural teve peso decisivo na conformação desta estrutura e, surpreendentemente, num período no qual o tráfico de africanos alcançava grandes proporções.

HOLLINGSWORTH, Thomas H. Relationships between historical sciences and historical demography. International Population Conference. Liege, IUSSP, v. 3, 1974.

RESUMO. Consideram-se vários tipos de conhecimento em geral e classifica-se a demografia histórica entre eles. Discutem-se desenvolvimentos recentes e problemas ainda não resolvidos. Levantam-se questões relativas à melhoria das relações entre história e demografia.

HORVATH, Robert A. Relations entre la démographie historique et les sciences sociales et historiques. International Population Conference. Liege, IUSSP, v. 3, 1974.

RESUMO. Apresentam-se os trabalhos da sessão sobre Relações entre a demografia histórica e as Ciências Sociais e Históricas. Desenvolvem-se os comentários do organizador da sessão sobre os trabalhos solicitados e os expontaneamente apresentados.

KLEIN, Herbert S. A demografia do tráfico atlântico de escravos para o Brasil. Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, v. 17, no. 2, mai./aog. de 1987, p. 127-47.

RESUMO. Levantam-se questões relativas ao tráfico de escravos, responsável pela entrada de mais de quatro milhões de africanos no Brasil, em trezentos anos. Apresenta-se a bibliografia existente sobre o tema desde o século XIX, dá-se ênfase aos trabalhos desenvolvidos após 1960. A demografia do tráfico é considerada sob várias perspectivas: a estimativa do número total de africanos transportados para o Brasil, a mortalidade ocorrida durante as viagens e o volume e importância do tráfico interno. Indicam-se novos temas de estudo, como a mortalidade dos recém-chegados ao Brasil e os aspectos comerciais do tráfico.

LIBBY, Douglas Cole & GRIMALDI, Márcia. Equilíbrio e estabilidade: economia e comportamento demográfico num regime escravista, Minas Gerais no século XIX. Anais do 6o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Brasília, ABEP, v. 3, 1988.

RESUMO. Examina-se a questão da escravidão em Minas Gerais no século XIX, discutindo-se novas informações sobre o comportamento demográfico da população cativa de então. Apresenta-se a hipótese de que o crescimento natural da população escrava no século passado teria contribuído significativamente, ao lado do tráfico, para a formação do grande plantel de cativos de que dispunha a província.

LINHARES, Maria Yeda. Subsistência e sistemas agrários na Colônia: uma discussão. Estudos Econômicos. São Paulo, v. 13, no. especial, 1983, p. 745-62.

RESUMO. Analisa-se o estado atual do desenvolvimento das pesquisas sobre sistemas fundiários e de uso da terra no Brasil, durante o período colonial. Apresentam-se problemas relativos à falta de estudos históricos de caráter regional e local mais pormenorizados, que poderiam levar a uma reformulação da historiografia brasileira. Destaca-se a ausência de registros precisos e confiáveis para aquela época, principalmente quanto aos primeiros 200 anos de colonização, devido à inexistência de documentos ou à difícil localização dos que restaram. Estuda-se a utilização, pelos historiadores, de métodos de outras ciências, como a geografia, agronomia, ecologia, demografia histórica. Propõe-se a realização de pesquisas que enriqueçam a "visão plantacionista", enfatizando novos aspectos da agricultura de subsistência e caracterizando os sistemas agrários existentes. Indicam-se, como fontes, documentos demográficos, cartoriais e municipais, que incluem registros paroquiais, listas nominativas de habitantes, testamentos, atas e relatórios. São consideradas as relações entre a lavoura comercial de exportação e a lavoura de alimentos e entre a Metrópole e a Colônia. Discutem-se os modos de produção existentes na época e os sistemas agrários da grande lavoura, do pastoreio e da pequena lavoura. Examinam-se três modelos de análise relativos ao uso da terra e produção de alimentos, realçando-se as conseqüências da pressão demográfica sobre a tecnologia agrícola.

LUNA, Francisco Vidal. Observações sobre casamentos de escravos em São Paulo (1829). Anais do 6o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Brasília, ABEP, v. 3, 1988.

RESUMO. Apresentam-se características da população escrava como sexo, idade, origem e, particularmente, a situação conjugal e a relação dessas características com variáveis de natureza econômica, como a atividade dos respectivos proprietários e o tamanho do plantel no qual o cativo estava integrado. Serviram como fontes de dados, as listas nominativas de habitantes do acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo.

MARCÍLIO, Maria Luiza. Caiçara: terra e população; estudo de demografia histórica e da história social de Ubatuba. São Paulo, Edições Paulinas, 1986, 246 p.

RESUMO. Análise histórica da população de Ubatuba, em seus aspectos demográficos e antropológicos. A utilização dos métodos da demografia histórica para reconstituição de famílias, a partir de listas nominativas levantadas entre 1790 e 1830, permitiu estudar a fecundidade, a mortalidade e a nupcialidade de uma população pré-estatística. Por outro lado, através do estudo dos sistemas de transmissão da herança, das formas de uso e apropriação do solo e das relações de produção em uma agricultura de subsistência, pretendeu-se desenvolver uma etno-história da aludida população, tendo por base a análise dos depoimentos de ex-lavradores e dos cadastros de terras e da produção, comércio e consumo de alimentos, tecidos etc. São revelados, igualmente, os padrões demográficos encontrados em Ubatuba e analisadas algumas das principais variáveis demográficas (fecundidade, mortalidade, casamentos etc). Variações sazonais de batismos, casamentos e óbitos também mereceram a atenção da autora, bem como a distribuição do tempo disponível. Em anexo são apresentadas tabelas para livres, escravos e para a população total, assim como outros dados demográficos obtidos com base no uso das fichas de reconstituição de famílias.

METCALF, Alida C. Recursos e estruturas familiares no século XVIII, em Ubatuba, Brasil. Estudos Econômicos. São Paulo, v. 13, no. especial, 1983, p. 771-85.

RESUMO. Analisa-se a importância das estratégias de transmissão de posses pelas famílias, via casamento e herança, como forma de manutenção de posições influentes nas comunidades e na economia do Brasil colonial. Utilizam-se como fontes de dados 30 testamentos, datados entre 1695 e 1798, e uma lista nominativa de habitantes de Ubatuba, para 1798. Identificam-se três tipos de famílias: simples (27%), nuclear (58%) e complexa (15%). Analisa-se a composição da família quanto à forma da produção de safras e à posse ou não de cativos. Estudam-se as tradições estabelecidas pela lei portuguesa de transmissão de propriedades. O dote podia ser utilizado para controlar a dispersão do patrimônio após a morte dos pais. Quando uma mulher de posses ficava viúva, cabia-lhe administrar a propriedade até a maioridade de um dos filhos, restringindo-se por lei seus direitos de dispor dos bens. Analisa-se o ciclo de vida das famílias das parcelas populacionais com e sem escravos, indicando-se as transformações ocorridas na composição das famílias de acordo com a idade do chefe da família. Estuda-se a presença das mulheres como chefes de família e suas estratégias de sobrevivência fora do casamento. Considera-se a relação entre a composição da família (nuclear/complexa) e as posses da mesma.

METCALF, Alida C. Vida familiar dos escravos em São Paulo no século dezoito: o caso de Santana de Parnaiba. Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, v. 17, no. 2, mai./ago. de 1987, p. 229-43.

RESUMO. Discutem-se dois modelos de estratégias adotadas pelos escravos com respeito a sua vivência adversa. Para Genovese, os escravos formavam parte da família patriarcal de seus senhores, dependendo da benevolência destes últimos; para Gutman, a família escrava era uma instituição fundamental, e foram os laços entre os escravos que originaram sua constituição. A análise da demografia escrava de Santana de Parnaiba (SP), entre 1720 e 1820, indica que os dois modelos não são excludentes. No entanto, a família escrava também deve ser vista, no âmbito do contexto econômico, já que a instabilidade da vida familiar dos cativos estava ligada a transformações na vida econômica de seus senhores.

MOTT, Luiz R. B. Piauí colonial: população, economia e sociedade. Teresina, Secretaria da Cultura, 1985, 142 p.

RESUMO. Reunião de sete textos sobre o Piauí na época colonial, entre 1697 e 1799, publicados em revistas brasileiras ou apresentados em congressos. Utilizam-se como fontes manuscritos com dados sobre a região e dos quais foram extraídas informações quantitativas para o estabelecimento de análises de caráter populacional e também concernentes às condições econômicas então vigentes.

MOTT, Luiz R. B. Descrição da Capitania de São José do Piauí. In: MOTT, Luiz R. B. Piauí colonial: população, economia e sociedade. Teresina, Secretaria da Cultura, 1985.

RESUMO. Transcrição de documento sobre o Piauí, escrito em 1772 por Antonio José de Morais Durão, ouvidor da capitania. Indicam-se, inicialmente, outros textos existentes sobre o Piauí colonial ou referentes à vida do Ouvidor. Na primeira parte do documento transcrito é feita uma descrição da capitania quanto a seus aspectos geográficos, sociais, econômicos, demográficos e criminais. A segunda parte apresenta mapas estatísticos, nos quais são arrolados, para toda a capitania, os seguintes dados: número de fogos, almas (homens, mulheres), sítios e fazendas. Relativamente à cor, distribui-se a população em seis grupos: brancos, mulatos, mestiços, vermelhos, mamelucos e pretos. Quanto à idade foram consideradas as seguintes faixas etárias: menos de 7 anos, 7 a 14, 14 a 70, 70 a 90, 90 a 100 e mais do que 100 anos. Para um total de 3.034 fogos, existiam, em 1772, 10.669 homens e 8.522 mulheres.

MOTT, Luiz R. B. Fazendas de gado do Piauí: 1697-1762. In: MOTT, Luiz R. B. Piauí colonial: população, economia e sociedade. Teresina, Secretaria da Cultura, 1985.

RESUMO. Analisa-se a estrutura fundiária do Piauí colonial. Historia-se a ocupação da capitania, estudando-se mais pormenorizadamente a formação das fazendas de gado. A partir de documentos históricos de 1697 e 1762, levantam-se dados relativos à estrutura fundiária então vigente.

MOTT, Luiz R. B. Uma escrava no Piauí escreve uma carta. In: MOTT, Luiz R. B. Piauí colonial: população, economia e sociedade. Teresina, Secretaria da Cultura, 1985.

RESUMO. Transcrição de dois manuscritos do século XVIII -- um atribuído a uma escrava chamada Esperança Garcia e o outro anônimo -- nos quais são relatados maus tratos recebidos por escravos em fazendas do Piauí.

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MOTT, Luiz R. B. Etno-história dos índios do Piauí colonial. In: MOTT, Luiz R. B. Piauí colonial: população, economia e sociedade. Teresina, Secretaria da Cultura, 1985.

RESUMO. Analisam-se alguns documentos históricos localizados em arquivos de Lisboa e do Piauí, indicando-se as passagens textuais relativas aos indígenas da região. Transcrevem-se os nomes e a localização de 36 tribos, em 1697, e a cronologia de fatos envolvendo brancos e índios, entre 1713 e 1811. Ao fim, indicam-se breves notas sobre os usos e costumes dos índios.

MOTT, Luiz R. B. Os índios e a pecuária nas fazendas de gado do Piauí colonial. In: MOTT, Luiz R. B. Piauí colonial: população, economia e sociedade. Teresina, Secretaria da Cultura, 1985.

RESUMO. Estuda-se a utilização da mão-de-obra indígena nas fazendas de gado do Piauí, entre 1697 e 1762. De acordo com alguns historiadores, o controle da população indígena teria sido pouco custoso e os índios adaptar-se-iam bem às atividades criatórias, sendo quase pacífico o relacionamento entre brancos e índios nas áreas de predominio daquela atividade. No entanto, a análise de documentos históricos indica que houve várias lutas entre os dois grupos, resultando, no Piauí, no extermínio das tribos. Quanto ao trabalho na pecuária, os dados indicam que, em 1697, os índios representavam apenas 9% da mão-de-obra do pastoreio, participação esta que cai a 3,6%, em 1762. Analisa-se a composição das famílias indígenas que viviam nas fazendas de gado, das 16, dez eram constituídas apenas por índios enquanto as demais representavam casais mistos, formados por indígenas e mestiços, mulatos ou pretos, livres ou escravos. Evidencia-se, ademais, a forte presença de escravos africanos na área da pecuária.

MOTT, Luiz R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, 1986, 204 p.

RESUMO. Reunião de onze textos, publicados anteriormente em periódicos especializados. Os trabalhos estão distribuídos segundo quatro áreas temáticas: grupos étnicos, estatísticas demográficas, conflitos raciais e, por fim, economia e demografia. Devido à quase total inexistência de fontes tradicionalmente utilizadas em estudos de demografia histórica (listas nominativas e registros paroquiais), o autor estuda a estrutura e as características dos diversos segmentos populacionais sergipanos, para os séculos XVIII e XIX, com base em outras fontes, como listas de grupos profissionais, relatórios de presidentes da Província, manuscritos coevos etc.

MOTT, Luiz R. B. Brancos, pardos, pretos e índios em Sergipe: 1825-1830. In: MOTT, Luiz R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, 1986, 204 p.

RESUMO. Analisam-se os "mapas exatos" da população de onze freguesias e duas missões de índios de Sergipe. Apresentam-se as características do levantamento utilizado, do qual constam: população total distribuída por sexo, estado conjugal, faixas etárias decenais e cor (brancos, pardos, pretos e índios). Indicam-se dados referentes a 115.418 habitantes, dos quais 19,11% eram brancos, 44,24% pardos, 35,35% pretos e 1,30% índios. Tais dados propiciaram ao autor o estabelecimento da estrutura demográfica então vigente na província.

MOTT, Luiz R. B. A população sergipana do Rio São Francisco no século XIX. In: MOTT, Luiz R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, 1986, 204 p.

RESUMO. Compara-se a população da Província de Sergipe como um todo com a parcela que habitava as margens do Rio São Francisco, no período 1802-1829. De acordo com os "mapas exatos", a população ribeirinha era integrada por 22,7% de pretos e 8,7% de índios, contra 35,8% e 3,0%, respectivamente, para toda a província, isto em 1802. Tal distribuição se explica pelo tipo de atividade econômica desenvolvida na região do São Francisco -- policultura de subsistência -- que empregava menos escravos do que os engenhos de cana, presentes em outras áreas de Sergipe. A maior presença de índios, por seu lado, pode estar ligada à economia extrativa e à menor agressividade dos latifundiários, comparada à dos senhores de engenho. Estuda-se a composição da população ribeirinha quanto à cor e condição social, indicando-se que 53,7% das pessoas de cor já haviam nascido livres, isto para 1825.

MOTT, Luiz R. B. Estatísticas e estimativas da população de Sergipe del Rey de 1707 a 1888. In: MOTT, Luiz R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, 1986, 204 p.

RESUMO. São apresentados dados sobre os efetivos populacionais de Sergipe, segundo condição social (livres e escravos), para o lapso 1707-1888. As fontes são representadas por diversos manuscritos coevos.

MOTT, Luiz R. B. Relação nominal dos índios de Sergipe del Rey, 1825. In: MOTT, Luiz R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, 1986, 204 p.

RESUMO. Considera-se a população indígena de Sergipe, a partir de uma relação nominal dos índios que poderiam ser recrutados pela Marinha, em 1825. No total, são arrolados 625 indígenas, distribuídos por faixas etárias qüinqüenais, por estado conjugal e ocupação.

MOTT, Luiz R. B. Uma estatística inédita para a história demográfica de Sergipe del Rey: o mapa demonstrativo da população e freguesia da Vila de Santa Luzia e Estância em 1825. In: MOTT, Luiz R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, 1986, 204 p.

RESUMO. Transcrição de mapa demonstrativo no qual se distribuiu a população de 12.994 almas segundo o sexo e condição social. Indica-se, também, segundo a cor, a parcela ocupada da população e seus ofícios, classificando-se os homens da vila em ricos, remediados e pobres.

MOTT, Luiz R. B. A etnodemografia histórica e o problema das fontes documentais para o estudo da população de Sergipe na primeira metade do século XIX. In: MOTT, Luiz R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju,

FUNDESC, 1986, 204 p.

RESUMO. Inventário de diversas fontes históricas encontradas no Arquivo Público do Estado de Sergipe, no Arquivo Nacional e na Biblioteca Nacional, próprias para estudos de caráter etnodemográfico e concernentes ao período 1802-1854. Descrevem-se os objetos de estudo da etnografia e da demografia, indicando-se os problemas referentes à pesquisa em demografia histórica para a região, em face da inexistência de outras fontes documentais. São descritos os tipos e o conteúdo dos documentos, além de fazer-se referência a alguns registros paroquiais já localizados e aos 54 mapas exatos da população concernentes a diversas freguesias de Sergipe.

MOTT, Luiz R. B. População e economia: aspectos do problema da mão-de-obra escrava em Sergipe (séculos 18 e 19). In: MOTT, Luiz R. B. Sergipe del Rey: população, economia e sociedade. Aracaju, FUNDESC, 1986, 204 p.

RESUMO. Analisam-se as populações livre e escrava de Sergipe, para o lapso 1707-1888. A partir de diversos documentos coevos, estudam-se brevemente a composição da população total, o crescimento demográfico e a distribuição segundo a cor (brancos, pardos, pretos e índios), a condição social (livres, libertos e cativos). Indica-se o número de engenhos em Sergipe entre 1612 e 1884, fazendo-se comparações entre o crescimento dos mesmos e o da mão-de-obra escrava. Divide-se a região em três áreas econômicas, distribuindo-se a população de acordo com o tipo de exploração agrícola: Zona de Cana, Zona de Pecuária e Zona de Policultura.

MOTT, Luiz R. B. Cautelas de alforria de duas escravas na Província do Pará (1829-1846). Revista de História. São Paulo, no. 95, 1973, p. 263-68.

RESUMO. Examinam-se cautelas de alforria adquiridas por escravas e discute-se a questão da libertação por compra.

MOTT, Maria Lúcia de Barros. A criança escrava na literatura de viagens. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, no. 31, dez. de 1979, p. 57-68.

RESUMO. A partir da análise de 80 obras cujos autores estiveram no Rio de Janeiro entre 1800 e 1850, são destacados, do contexto geral da sociedade escravocrata da época, os dados referentes à situação da criança negra, seja como "mercadoria", recém-importada da África, seja como fruto da reprodução da população já escravizada. A transcrição de trechos de relatos dos viajantes europeus revela as condições em que eram mantidas as crianças, seu relacionamento com a mãe, com os patrões e com o trabalho e o seu valor como "mercadoria".

NADALIN, Sérgio Odilon. Uma comunidade de origem germânica em Curitiba: demografia e sociedade (pesquisa em curso). História: Questões & Debates. Curitiba, v. 8, n. 14/15, jul./dez/ de 1987, p. 137-46.

RESUMO. Apresenta-se o estado da pesquisa demográfica sobre os luteranos de origem alemã em Curitiba. Discutem-se os objetivos, os limites cronológicos e a metodologia da pesquisa.

PARREIRA, Nilce Rodrigues. População escrava de Ouro Preto – século XIX (a partir das escrituras de compra e venda de escravos). Anais do 6o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Brasilia, ABEP, v. 3, 1988.

RESUMO. Apresentam-se dados sobre a população escrava de Ouro Preto no século XIX. As fontes usadas foram as escrituras de compra e venda de escravos, registradas nos cartórios da cidade. Examinam-se vários aspectos das informações constantes nas escrituras -- como composição por sexo e idade, naturalidade, ocupação, término do tráfico em 1850 -- que poderiam influir sobre o preço do escravo.

POUSSOU, Jean-Pierre. Les sources et méthodes classiques de la demographie historique: elements de débats et réflexion. International Population Conference. Liege, IUSSP, v. 3, 1974.

RESUMO. Examinam-se as fontes e os métodos clássicos da demografia histórica, entendidos como os métodos pré-computacionais. Assinala-se a retomada dos estudos "tradicionais" e dos procedimentos menos sofisticados de coleta e exploração primária dos documentos, motivado pelo uso de modelos.

SAMARA, Eni de Mesquita. A família negra no Brasil: escravos e libertos. Anais do 6o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Brasilia, ABEP, v. 3, 1988.

RESUMO. Examina-se a questão das relações familiares dos escravos e dos negros libertos no Brasil. Discutem-se as atitudes da Igreja e dos senhores de cativos em relação à constituição de famílias estáveis de escravos ou forros.

SCHOFIELD, R. S. Statistical problems. International Population Conference. Liege, IUSSP, v. 3, 1974.

RESUMO. Discutem-se as tensões que ocorrem na aplicação de métodos abstratos da estatística às experiências diversas das populações históricas. entre os temas abordados estão: a sondagem aleatória e a seleção de documentos, os métodos para descobrir o sub-registro (métodos lógicos, estatísticos e por inferência), as tábuas modelo de mortalidade, os métodos de análise pouco difundidos: crises de mortalidade, análise espectral, o problema das medidas de fecundidade, métodos não paramétricos etc.

SILVA, Helenice Carvalho Cruz da & MARTINS, Maria do Carmo Salazar. Contribuição à pesquisa em demografia histórica de Minas Gerais. Anais do 6o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Brasília, ABEP, v. 3, 1988.

RESUMO. Pesquisa-se material referente ao movimento populacional na Província de Minas Gerais. São estudados mapas de nascimentos, casamentos e óbitos elaborados em paróquias mineiras, cobrindo o período 1836-1850 e pertencentes ao acervo do Arquivo Público Mineiro.

SPENDLER, Joseph J. Political economy and historic demography. International Population Conference. Liege, IUSSP, v. 3, 1974.

RESUMO. Examina-se o papel da população e de sua presença nos estudos de economia política antes de 1800. Após uma descrição dos dados demográficos do período em questão, examina-se a análise feita pelos economistas das variáveis da população, conforme diversas categorias: força de trabalho, divisão do trabalho, política demográfica, noção de população ótima, otimização do caminho para desenvolvimento econômico e demográfico.

VENÂNCIO, Renato Pinto. Ilegitimidade e concubinato no Brasil colonial: Rio de Janeiro e São Paulo: 1760-1800. São Paulo, CEDHAL, 1986, 23 p. (Estudos CEDHAL, 1).

RESUMO. Considera-se o tema da ilegitimidade e do concubinato no período do Brasil Colônia, examinando-se as variações sociais e regionais do fenômeno. As fontes utilizadas foram as atas de batismo e documentos sobre o casamento conservados nos arquivos das Cúrias Metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo, relativos à segunda metade do século XVIII.

 

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PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

ESTUDOS AFRO-ASIÁTICOS. Rio de Janeiro. Centro de Estudos Afro-Asiáticos,

Conjunto Universitário Cândido Mendes, no. 27, abril de 1995.

Estudos Afro-Asiáticos vota-se à divulgação de trabalhos relacionados ao estudo das relações raciais no Brasil e na diáspora e às realidades nacionais e das relações internacionais dos países da África e Ásia.

Endereço: Sociedade Brasileira de Instrução - Centro de Estudos
Afro-Asiáticos.
Rua da Assembléia, 10/conj. 501.
20119-900, Rio de Janeiro, RJ.

 

GUTIERREZ, H. & MONTEIRO, J. M. (compiladores). A escravidão na América Latina e no Caribe: bibliografia básica. São Paulo, UNESP/CELA, 1990. (Série Bibliográfica Básica no. 2).

SALVADOR, José Gonçalvez. Os cristãos-novos em Minas Gerais durante o ciclo do ouro (1695-1755). São Paulo, Pioneira; São Bernardo do Campo, Instituto Metodista de Ensino Superior, 1992.(Biblioteca Pioneira de Estudos Brasileiros)

SUBRINHO, Josué M. dos P.. A transição do trabalho escravo para o trabalho livre no Nordeste açucareiro: algumas reflexões a partir do caso de Sergipe. Anais do XVIII Encontro Nacional de Economia. Fortaleza, ANPEC, 1989, vol. 3, p. 1611-1631.

SUBRINHO, Josué M. dos P.. Tráfico inter e intra-províncial de escravos no nordeste açucareiro: Sergipe (1850/87). Anais do XIX Encontro Nacional de Economia. Curitiba, ANPEC, 1991, vol. 4, p. 343-362.

SUBRINHO, Josué M. dos P.. Trabalho escravo e trabalho livre no Nordeste açucareiro: Sergipe (1850/1930). (Doutoramento, IE-UNICAMP, 1992), mimeografado.

SUBRINHO, Josué M. dos P.. Migrações internas: resistência e conflitos (1872-1920). Anais do XX Encontro Nacional de Economia. Campos de Jordão: ANPEC, 1992, vol. 2, p. 301-319. Também publicado: Cadernos de Estudos Sociais. Recife, vol. 8, no. 2, p. 235-260, jul./dez. 1992.

SUBRINHO, Josué M. dos P.. Desagregação do escravismo e transição para o trabalho livre no Nordeste açucareiro. Anais do XXI Encontro Nacional de Economia. Belo Horizonte: ANPEC, vol. 1, p. 157-176.

SUBRINHO, Josué M. dos P.. Desagregação do escravismo e transição para o trabalho livre na Província de Sergipe. Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 24(3): 465-493, set./dez. 1994.

Os livros, cópias de artigos publicados e exemplares de monografias, de dissertações e de teses que nos forem enviados, serão regularmente divulgados nesta seção e incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP.

 

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SOFTWARES PARA DEMOGRAFIA HISTÓRICA

Dentre os aplicativos úteis para o desenvolvimento de estudos na área de história demográfica ressaltam os programas denominados PC-EDIT (Software Program for Data Entry and Editing) e XTABLE (Software Program for Frequency Distributions and Summary Cross-Tabulations), desenvolvidos por departamento especializado da ONU e voltados para a área de estudos demográficos; ambos estão colocados à disposição de todos pesquisadores interessados em usá-los. O PC-EDIT pode ser definido como um "entrador" inteligente de dados, já o XTABLE efetua a análise estatística dos dados coletados com o auxílio do primeiro. Reproduzimos aqui alguns parágrafos dos itens introdutórios dos manuais que os acompanham.

"PC-EDIT is an easy to use intelligent data entry and editing software created to handle almost any type of questionnaire. It is well-suited for processing censuses, surveys, vital and civil registration records or any other administrative data.

The software is designed for demographers and statisticians. The main prerequisite as familiarity with file layouts and some basic principles of data entry, editing and processing.

The package features a user-friendly interface; highly structured menu system; context sensitive help windows;
and full-screen editor presentation. It is easy to learn
and use (demonstration program, example layouts, and user manual).
The user can define editing rules to easily handle simple
and complex data structures without any programming
knowledge or skills!
> Interactive edit rule development using simple keyword
language (keystroke minimization, automatic spelling
and syntax checks).
> Special facilities to design and process multiple
occurrence record types.
> Screen design option do easily "paint the screen" like
the questionnaire.
> Interactive file modification and update with the option
to use the error listing generated in batch mode.
> The software can be used on laptop or desktop computers
with limited or more advanced specifications: no
hard disk it required, no extra-memory is needed."
Os dados coletados podem receber tratamento estatistico
(distribuições de frequência, tabulações simples ou complexas etc.)
de maneira imediata com base no uso do programa XTABLE que complementa
o PC-EDIT e opera de modo integrado com este último. Vejamos algo sobre
suas potencialidades.
"XTABLE is an easy to use package for producing frequencies and
summary cross-tabulations of census or survey
data. The software's speed, performance and features allow
use for any task from production of working tables
to presentation or publication of tables.
Data in any form can easily be summarized from frequency
distribution and simple contingency tables to complex stub and
banner cross-tabulations.
The software is designed for demographers and statisticians. The
main prerequisite for any user is familiarity
with record layouts and the concept of cross-tabulation.
The package features a user-friendly interface; structured
menu system; context sensitive help windows; and
full-screen editor presentation. It is easy to learn and
use with the help of a demonstration program, example layout
and data file, and user guide.

In several ways, XTABLE procedures simplify the production of complex cross-tabulations, frequency counts, statistical tables without any programming skills or knowledge!

Cumpre lembrar, por fim, que a utilização conjugada dos aplicativos em tela permite a coleta e o tratamento estatístico da maior parte dos trabalhos desenvolvido na área de demografia histórica no Brasil. Recomendamos fortemente sua utilização, pois nossa experiência com seu uso tem mostrado sua superioridade com respeito aos programas de que temos nos servido na elaboração de estudos demográficos e econômicos.

Os interessados em obter o PC-EDIT e o XTABLE devem dirigir-se diretamente ao endereço abaixo:

SOFTWARE AND SUPPORT FOR POPULATION DATA PROCESSING PROJECT.
United Nations Department of Technical Co-operation for Development.
United Nations Room DC2-1570
New York NY 10017
USA
 

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PROGRAMAS DE CURSOS

Neste número apresentamos o programa da disciplina intitulada DEMOGRAFIA

HISTÓRICA: ESCRAVIDÃO E ACUMULAÇÃO, oferecida no curso de pós-graduação em economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Tal disciplina é ministrada por José Flávio Motta. A versão do programa aqui reproduzida foi preparada para o segundo semestre de 1995.

OBJETIVOS

Este curso pretende explorar o alentado potencial revisionista, no que respeita à historiografia brasileira, característico dos estudos desenvolvidos nos últimos lustros no campo da demografia histórica. De fato, partindo dos trabalhos pioneiros publicados na década de 1970 e baseando-se em fontes documentais tais como os registros paroquiais e as listas nominativas de habitantes, os estudos da área, não obstante caminhando sempre no sentido do conhecimento dos caracteres demográficos das populações do passado brasileiro, extrapolaram largamente o elemento demográfico stricto sensu, tendo encontrado na historiografia terreno fértil onde se imiscuir, alargar, multiplicar. É amplo, pois, o espectro de temas, caros à nossa historiografia, nos quais tem avançado o contributo trazido pela demografia histórica.

A análise dessas contribuições privilegiará uma aproximação de natureza temática, sendo que os diversos tópicos contemplados serão trabalhados tendo em vista um elemento crucial de convergência: a discussão acerca dos processos de acumulação presentes na sociedade escravista brasileira.

De outra parte, como objetivo ao qual se dedicam, em especial, os dois primeiros itens do programa, pretende-se fornecer os necessários conhecimentos teóricos e metodológicos aos alunos interessados em realizar trabalhos na área.

PROGRAMA

1. População e análise demográfica.
2. Demografia histórica: definição, métodos e fontes.
3. Demografia histórica no Brasil: precursores, pioneiros,
uma demografia da escravidão.
4. Estruturas familiar e domiciliar no passado brasileiro.
5. Estrutura da posse de escravos.
6. Estrutura da posse de escravos-II: forros, mulheres, cativos
escravistas, elementos livres não proprietários de escravos.
7. O processo de acumulação: atividades de mercado interno,
produção para exportação.
8. População escrava: características demográficas, origem,
tráfico negreiro.
9. Os escravos e as distintas atividades econômicas.
10. Família escrava.
11. Autonomia escrava.
12. Crescimento vegetativo da população escrava: atividades
de mercado interno, produção para exportação; pequenos
versus grandes plantéis.
13. Uma agenda prospectiva para os estudos no campo da demografia histórica.

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DISTRIBUIÇÃO E SÍNTESE TEMÁTICA DAS AULAS

1 - POPULAÇÃO E ANÁLISE DEMOGRÁFICA (uma aula)

Fornece-se uma visão de conjunto da história da população mundial, bem como uma aproximação às teorias da população. Investe-se, ademais, nos aspectos metodológicos, mediante a consideração dos elementos da análise demográfica.

Referências bibliográficas: CARVALHO, SAWYER & RODRIGUES (1994); CIPOLLA (1962); HAUPT & KANE (1980); HENRY (1976); MOUCHEZ (1966); POPULATION REFERENCE BUREAU-PRB (1970); PRESSAT (1967); REINHARD & ARMENGAUD (1966); SANTOS, LEVY & SZMRECSANYI (1980); SAUVY (1963 e 1970); THOMPSON & LEWIS (1969); WRONG (1971).

 

2 - DEMOGRAFIA HISTÓRICA: DEFINIÇÃO, MÉTODOS E FONTES (duas

aulas)

Enfoca-se a demografia histórica enquanto campo específico do conhecimento, discutindo-se sua definição. Explicitam-se as características das fontes de que se faz uso na área, bem como os métodos empregados no tratamento dos dados e, inclusive, na crítica das próprias fontes.

Referências bibliográficas: BURGUIÉRE (1976); CARDOSO & BRIGNOLI (1983); COSTA (1977, 1987b, 1988b e 1989); FERNANDEZ (1989); FLEURY & HENRY (1965); GAUTIER & HENRY (1958); GUILLAUME & POUSSOU (1970); HENRY (1967, 1977 e 1988); HOLLINGSWORTH (1969); IMHOF (1981); MARCÍLIO (1977 e 1979); MOTT (1976b, 1977 e 1985); NADALIN (1994); NOZOE & COSTA (1991 e 1992); ROUSSEL & GANI (1973); SLENES (1983); WRIGLEY (1966).

 

3 - DEMOGRAFIA HISTÓRICA NO BRASIL: PRECURSORES, PIONEIROS, UMA DEMOGRAFIA DA ESCRAVIDÃO (uma aula)

Fornece-se uma visão de conjunto acerca do desenvolvimento da demografia histórica no Brasil, contemplando-se desde seus precursores e pioneiros até o amadurecimento da área, manifesto no inequívoco estabelecimento de uma demografia da escravidão.

Referências bibliográficas: BALHANA (1978); BARRETO (1983); BONI (1974); CARDOSO (1974); COSTA (1979, 1981, 1986, 1987 e 1990); DAURIL (1963); GRAF (1974); HERRMANN (1986); LISANTI & MARCÍLIO (1969); LUNA (1981); MARCÍLIO (1972, 1973, 1974, 1974b, 1986 e 1986b); MOTT (1974 e 1976); MOTTA (1994); RECENSEAMENTO DO BRASIL, 1920 (1986); SAMARA & COSTA (1984); SANTOS (1974); SCHAAF (1974); SOUZA E SILVA (1986).

 

4 - ESTRUTURAS FAMILIAR E DOMICILIAR NO PASSADO BRASILEIRO

(uma aula)

Acompanham-se os avanços realizados pela demografia histórica no estudo das estruturas familiar e domiciliar vigentes no Brasil colonial e imperial, especialmente no que respeita à crítica à generalização da noção da grande família patriarcal como elemento definidor daquelas estruturas.

Referências bibliográficas: ANDERSON (1971); BACELLAR (1987); BERKNER (1972); BRETTELL & METCALF (1993); COSTA (1979, 1981 e 1982); FREITAS (1986); LASLETT (1972); LEWKOWICZ (1992); KUZNESOF (1986); MATTOSO (1988 e 1992); METCALF (1983 e 1983b); MOTT (1986); PEYRONNET (1975); RAMOS (1990 e 1993); SAMARA (1980, 1986, 1988 e 1989); SCOTT (1987).

 

5 - ESTRUTURA DA POSSE DE ESCRAVOS (uma aula)

Analisam-se os resultados obtidos quanto aos padrões de distribuição da propriedade escrava enfatizando-se, de um lado, a revisão, mormente para o caso de Minas Gerais, da noção de prevalência dos escravistas detentores de grandes plantéis e, de outro, a questão da acumulação em escravos.

Referências bibliográficas: COSTA (1992); COSTA (1983 e 1988); COSTA & NOZOE (1989); FERNANDEZ (1992); GUTIÉRREZ (1987b); LUNA (1981, 1983, 1986, 1986b e 1988); LUNA & COSTA (1983); LUNA & KLEIN (1990); MOTTA (1990 e 1991); MOTTA & NOZOE (1993 e 1994); RANGEL (1990); SCHWARTZ (1983a e 1988).

 

6 - ESTRUTURA DA POSSE DE ESCRAVOS-II: FORROS, MULHERES, CATIVOS ESCRAVISTAS, ELEMENTOS LIVRES NÃO PROPRIETÁRIOS DE ESCRAVOS (uma aula)

Consideram-se, sempre referidas à problemática da acumulação, algumas categorias específicas de escravistas (forros, mulheres e cativos) e também o majoritário segmento populacional formado pelos indivíduos que não contavam com quaisquer escravos.

Referências bibliográficas: CAMPOS (1978); CASTRO (1987); COSTA (1990b e 1992); EISENBERG (1977/78 e 1989); GRAHAM (1992); KLEIN (1978); LEWKOWICZ (1989); LUNA & COSTA (1980 e 1982); MESQUITA (1976 e 1977); MOTTA (1991b); MOTTA & NOZOE (1993 e 1994); NISHIDA (1991); REIS (1988); SAMARA (1981).

 

7 - O PROCESSO DE ACUMULAÇÃO: ATIVIDADES DE MERCADO INTERNO, PRODUÇÃO PARA EXPORTAÇÃO (duas aulas)

Evidencia-se a contribuição da demografia histórica para o entendimento dos processos de acumulação característicos da economia escravista brasileira. Discutem-se as possibilidades, as formas e os ritmos da acumulação tal como se apresentavam no âmbito das atividades de exportação ou à margem delas.

Referências bibliográficas: BACELLAR (1987 e 1994); BRIOSCHI et alii (1991); CANO & LUNA (1983); CARDOSO (1987 e 1988); CASTRO (1987); COSTA (1992 e 1995); COSTA & PIRES (1994); DEAN (1983); ENGERMAN & GENOVESE (1983); FLORENTINO (1991); FRAGOSO (1986, 1990 e 1992); FRAGOSO & FLORENTINO (1993); FUNES (1986); GORENDER (1990); GUTIÉRREZ (1987); LENHARO (1979); LIBBY (1988); LINHARES (1990); LUNA (1994); MARCÍLIO (1986); MARCONDES (1992); MARTINS (1980, 1983 e 1994); MARTINS FILHO & MARTINS (1983 e 1984); MOTTA (1995); MOTTA & NOZOE (1993 e 1994); OLIVEIRA (1989); PAIVA & KLEIN (1992); PAIVA & LIBBY (1992); PIRES & COSTA (1994); RANGEL (1990); SCOTT (1987); SLENES (1983 e 1988); VOLPATO (1993).

 

8 - POPULAÇÃO ESCRAVA: CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS, ORIGEM, TRÁFICO NEGREIRO (uma aula)

Contempla-se, tendo como pano-de-fundo a acumulação, a caracterização da população escrava segundo o sexo, idade, estado conjugal, cor. Enfoca-se também a questão da origem dos cativos, bem como alguns aspectos vinculados ao tráfico negreiro.

Referências bibliográficas: FLORENTINO (1991); GUTIÉRREZ (1987, 1988 e 1989); KLEIN (1986, 1987 e 1989); KNOX (1993); LINHARES (1990); LUNA (1981 e 1992); LUNA & COSTA (1979 e 1982); MATTOSO (1992); MELLO (1983); MOTTA (1990); SCHWARTZ (1988); SENA (1977); SILVA & REIS (1989); SLENES (1976).

 

9 - OS ESCRAVOS E AS DISTINTAS ATIVIDADES ECONÔMICAS (uma aula)

Exploram-se as contribuições da demografia histórica em termos do entendimento da participação da mão-de-obra escrava nas diversas atividades econômicas/ocupações, salientando-se os efeitos dessa alocação no processo de obtenção da liberdade.

Referências bibliográficas: ALGRANTI (1988); COSTA & NOZOE (1987); EISENBERG (1987); FUNES (1986); GODOY (1994); KARASCH (1987); MARCONDES (1994); MOTT (1978); MOTTA & COSTA (1992); NISHIDA (1993); RABELLO (1977 e 1986); SCHWARTZ (1974); SILVA (1988); SOARES (1988); VOLPATO (1993).

 

10 - FAMÍLIA ESCRAVA (uma aula)

Explicita-se o contributo da demografia histórica ao evidenciar a importância da família escrava no Brasil, família essa cuja existência respondia, sem dúvida, às necessidades de mão-de-obra por parte dos proprietários, mas resultava resultava também da vontade dos próprios cativos, expressando seus elementos culturais.

Referências bibliográficas: COSTA & GUTIÉRREZ (1984); COSTA & NOZOE (1989); COSTA, SLENES & SCHWARTZ (1987); FRAGOSO & FLORENTINO (1987); GOLDSCHMIDT (1986); GRAHAM (1979); GUERZONI FILHO & NETTO (1988); GUTMAN (1976); LUNA & COSTA (1981); MATTOSO (1988); METCALF (1987 e 1991); MOTTA (1988, 1988b e 1990); SAMARA (1989); SCHWARTZ (1988); SLENES (1987 e 1988b).

 

11 - AUTONOMIA ESCRAVA (uma aula)

Discute-se a questão da autonomia possível desfrutada e/ou conquistada pelos escravos, a qual, ainda que matizada pelo regime escravista inclusivo, detecta-se nas relações de família, no compadrio, nas alforrias, nas compras e vendas de cativos e, mesmo, no castigo incontestado.

Referências bibliográficas: CARDOSO (1987); CASTRO (1980); CASTRO (1993); CHALHOUB (1990); FUNES (1986); GORENDER (1990); LARA (1988); MACHADO (1988, 1993 e 1994), NISHIDA (1991); REIS (1988); SCHWARTZ (1977, 1983b e 1988); SILVA & REIS (1989).

 

12 - CRESCIMENTO VEGETATIVO DA POPULAÇÃO ESCRAVA: ATIVIDADES DE MERCADO INTERNO, PRODUÇÃO PARA EXPORTAÇÃO; PEQUENOS VERSUS GRANDES PLANTÉIS (uma aula)

Põe-se em discussão a questão do crescimento vegetativo da população escrava, tendo presentes os condicionantes postos pelo caráter da atividade econômica empreendida e pelo tamanho dos plantéis de escravos. Recoloca-se, uma vez mais, nesta discussão, a problemática da acumulação.

Referências bibliográficas: BERGAD (1994); CANO & LUNA (1983); COSTA & NOZOE (1989); COSTA, SLENES & SCHWARTZ (1987); GUTIÉRREZ (1986 e 1987); PAIVA & KLEIN (1992); PAIVA & LIBBY (1992).

 

13 - UMA AGENDA PROSPECTIVA PARA OS ESTUDOS NO CAMPO DA DEMOGRAFIA HISTÓRICA (uma aula)

Consideram-se os desafios com os quais se defronta a demografia histórica em nossos dias, levantando-se a oportunidade que se apresenta para um conjunto de linhas de pesquisa na área, a qual se mostra aberta às contribuições dos alunos interessados.

Referências bibliográficas: BOLETIM ELETRONICO (1994/1995); COSTA (1994); GORENDER (1990), LIBBY (1992).

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CENSO DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA - SEGUNDA FASE

Solicitamos uma vez mais a contribuição dos colegas que nos remeteram os informes concernentes à primeira fase de nosso censo dos pesquisadores da área de demografia

histórica. Agora, numa segunda etapa e com o intuito de atualizar a bibliografia produzida pelos estudiosos da área, gostaríamos que nos fosse enviado para o endereço abaixo, o mais breve possível, o arrolamento completo de seus trabalhos. Seria ótimo se tal arrolamento viesse acompanhado de breves resumos dos estudos elencados.

Tais trabalhos e respectivos resumos serão inseridos no arquivo denominado ROL - Relação de trabalhos publicados no campo da demografia histórica, organizado pelo N.E.H.D., regularmente atualizado e colocado à disposição de todos os colegas interessados.

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CENSO DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA - RESULTADOS PARCIAIS

Damos prosseguimento à apresentação dos resultados parciais do Censo de Demografia Histórica, cujo objetivo é proceder ao levantamento, o mais completo possível, dos estudiosos da área, bem como de suas respectivas produções científicas. Os endereços abaixo obedecem a forma:

Nome do pesquisador
Logradouro
CEP Cidade, Estado (caso se trate do Brasil)
Cidade, Estado ZIP (caso não se trate do Brasil)
Pais (caso não se trate do Brasil)
Telefone
Fax
Instituição à qual se encontra vinculado
 
Josué Modesto dos Passos Subrinho.
Av. Franklim Campos Sobral, 1620.
Condomínio Atlântico Sul, apt. 202.
49027-000, Aracaju, SE.
(079) 231-4597, (079) 241-2995.
Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Economia.
 

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RELAÇÃO DE TRABALHOS PUBLICADOS NA ÁREA DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA - ROL

A relação integral e atualizada dos trabalhos e resumos divulgados pelo BHD acha-se no arquivo denominado ROL -- RELAÇÃO DE TRABALHOS PUBLICADOS --, que está à disposição dos interessados. Para recebê-lo basta remeter, para o endereço abaixo, dois disquetes já formatados e a competente solicitação. Tais disquetes -- se compatíveis com a linha IBM-PC e de dupla face -- podem ser de qualquer marca, especificação (3 1/2" ou 5 1/4"), densidade (DD-dupla densidade ou HD-alta densidade) ou capacidade (360 Kb, 700 Kb, 1,2 Mb ou 1,44 Mb).

BHD - IRACI COSTA.
R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21.
05004-000, São Paulo, SP.
BRASIL.
 

PESOS E MEDIDAS

"Como se sabe, a unidade segundo a qual se mede a colheita e a venda de milho é o CARRO, tradicional medida portuguesa. O carro se divide em CARGUEIROS, o cargueiro em MÃOS, que são compostas de espigas. Na área estudada [municipio de Bofete (SP), nos anos de 1948 e 1954], 1 carro = 12 cargueiros; 1 cargueiro = 8 mãos ou 2 cestos; 1 mão = número variável de espigas, conforme o tamanho." CÂNDIDO, Antônio. Os par-ceiros do Rio Bonito. São Paulo, Duas Cidades, 2a. ed., 1971, p. 272-3.

 

ALGUMAS MEDIDAS DE SUPERFÍCIE USADAS NO BRASIL

Denominação

Metros

Metros Quadrados

Em Braças Quadradas

Braça quadrada

2,20 x 2,20

4,84

UMA

Palmo de sesmaria

0,22 x 6.600

1.452,00

300

Braça de sesmaria

2,20 x 6.600

14.520,00

3.000

Quadra quadrada

132 x 132

17.424,00

3.600

Quadra de sesmaria

132 x 6.600

871.200,00

180.000

Data de campo

1.650 x 1.650

2.722.500,00

562.500

Data de mato

1.650 x 3.300

5.445.000,00

1.125.000

Sesmaria de mato

1.650 x 6.600

10.890.000,00

2.250.000

Légua de sesmaria

6.600 x 6.600

43.560.000,00

9.000.000

Sesmaria de campo

6.600 x 19.800

130.680.000,00

27.000.000

Milhão

1.000 x 1.000

1.000.000,00

100 hectares

FONTE: Livreto distribuido por "Tecnoquimica Limitada". Primax, São Paulo,
1944, p. 7.
 

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ESTATÍSTICAS RETROSPECTIVAS

BRASIL: POPULAÇÃO ESTIMADA

(circa 1859)

 

PROVÍNCIAS

POPULAÇÃO

Rio de Janeiro e Município Neutro

1.400.000

Bahia

1.200.000

Pernambuco

1.000.000

Rio Grande do Sul

250.000

Pará

220.000

Maranhão

370.000

São Paulo

500.000

Paraná

80.000

Ceará

385.000

Paraíba

200.000

Alagoas

204.000

Rio Grande do Norte

98.680

Piauí

160.400

Santa Catarina

105.000

Sergipe

183.600

Espirito Santo

60.000

Mato Grosso

90.000

Minas Gerais

1.300.000

Goiás

180.000

Amazonas

46.000

BRASIL

8.032.680

Fonte: Charles RIBEYROLLES. Brasil Pitoresco.
Belo Horizonte/S.Paulo, Itatiaia/EDUSP, 2o. v.,
il., 1980, (Reconquista do Brasil: nova série, v.
29), p. 72-74.
 

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AOS COLABORADORES

A assinatura deste Boletim será efetuada mediante o envio de 20 disquetes, já formatados, para nossa Editoria. Interessa-nos receber notas de pesquisa em andamento, resumos, resenhas e artigos concernentes à área de estudos populacionais. Tais contribuições poderão ser escritas em português, castelhano, italiano, francês ou inglês. Reiteramos, por fim, a solicitação da remessa de trabalhos já publicados e concernentes à nossa área de especialização. Eles serão divulgados no Boletim e incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP. Caso remanesçam dúvidas entre em contato conosco.

 

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