CORVINA DE ÁGUA DOCE (Plagioscion squamossissimus)

Peixe existente em várias bacias, nem sempre simples sua identificação quanto a sua origem. Conforme os biólogos há hoje três gêneros de pescada. A Plagioscion, a Pachypops e a Pachyurus. A P.squamossissimus é a mais comum no sul, introduzida nas barragens e açudes. Uma forma de identificação é pelos otolitos, um par de pequenas pedras no crânio (ouvido interno). As marcações nos otolitos são caracteres distintos entre espécies e gêneros. Apresenta o dorso prateado com linhas oblíquas levemente azuladas. Atinge 80 cm de comprimento e peso máximo superior a 5 kg, conforme alguns pescadores profissionais. Peixe carnívoro, alimenta-se de Quase tudo, como por exemplo camarões, pequenos peixes (vivos ou mortos, dependendo do lugar que se pesca), inclusive os da sua espécie. O peixe efetivamente pratica o canibalismo. Reproduz-se facilmente nas barragens e açudes, principalmente os de água profunda. Pesca-se tanto durante o dia como a noite. As maiores tem uma incidência mais intensa logo na parte da manhã ou então no fim da tarde. Andam normalmente em grandes cardumes, e quanto mais pescadores tiverem lançando iscas, mais ativas elas ficam. Uma outra característica é o fato de ficarem situadas em grandes  profundidades de até 35 a 50 metros, o que faz elas morrerem de descompressão tão logo saiam da água. Para pescar deve-se usar material leve, porém carretilha ou molinete devem ter muita linha devido as profundidades em que se pesca. Como iscas deve-se usar preferencialmente pequenos peixes vivos, porém na ausência destes é viável o uso de camarões de água doce ou pedaços de peixe. É uma excelente opção em muitas represas onde a pesca do tucunaré está difícil. Pode ser pescada durante o ano inteiro, não havendo limites de captura nem por tamanho e nem por quantidade ou peso. Dica importante. Quando for pescar este peixe, leve consigo um isopor com gelo, pois a corvina estraga facilmente quando exposta por longo tempo ao sol ou calor na pesca embarcada. Se possível, limpe a mesma. Se a intenção é fritar os pequenos exemplares, tire o couro completo das mesmas. Isso é facilmente feito com elas congeladas. Sua carne é delicada e saborosa, principalmente na forma de filé. Deve-se utilizar um material leve/médio, anzol 2 a 1/0 e linha 12 a 20 lbs.