História do Ritual Maçónico em Portugal no século XIX (1820-1869)

O Rito Simbólico Regular

A existência de um texto manuscrito de 1831 contendo, segundo os canônes do Rito Simbólico Regular, o ritual de loja de Aprendiz, o catecismo do 1º grau, a recepção de um profano em grau de Aprendiz, a recepção de um Companheiro em grau de Mestre e o ritual de abertura e encerramento da Suprema Câmara, faz supor que esse rito terá sido usado pelos exilados políticos portugueses em Inglaterra. De facto, por sua iniciativa, foi instalada em Plymouth, em 1828, a loja Fidelidade, nº14, teoricamente subordinada ao Grande Oriente Lusitano, então no exílio. Com trabalhos até cerca de 1831, é bem provável que essa loja adoptasse o rito geralmente utilizado pelos maçons ingleses, a quem convinha a todos os títulos agradar.

O manuscrito, claramente traduzido de uma versão francesa pelos constantes galicismos sintácticos e vocabulares que apresenta, foi posteriormente copiado, já no século XX e mesmo após a proclamação da República, tendo-se perdido o texto original. Pelo seu interesse e antiguidade merece bem esta referência.

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