Storyboard: Uma Verdadeira Madrugada do Desespero Uma Fanfiction de Tiny Toon Adventures por Leandro Martins Pinto, renebunny@hotmail.com 04 de novembro, 1998. Notas do Autor: Após dois anos de desenvolvimento, esta história, agora em formato de trilogia, é lançada. Uma vez mais, permitam-me agradecer ao meu Time de Desenvolvimento, que me ajudou com este texto, e a HKUriah, que fez a revisão principal e edição desta parte 1, "Uma Verdadeira Madrugada do Desespero". Outra coisinha: eu vou assumir que quando o Papa-Léguas, Little Beeper ou Coiote Coió dizem algo é através de plaquetas. Wile E. Coyote usará a voz que ele utilizava em seus desenhos com Pernalonga. Looney Tunes, Tiny Toon and Animaniacs characters (c) Warner Bros., Inc, a Time-Warner Company, and used without permission. ------------------------------------------------------------------------ Perninha chegou até a porta da toca de Lilica, vestindo um smoking, e ficou aguardando. Depois de assobiar por algum tempo "Waiting for The Clock (To Strike Three)", ele chamou dento da toca, - Ei, Lilica, vamos! Falei ao Pernalonga que estaríamos lá no Acme Multiplex antes das 9! Assim que Perninha disse isso, Lilica pulou para fora do buraco, - Chegggeeeeiii! - ela logo disse, vestindo o mesmo tallieur que ela usou na entrega do Emmy depois que eles derrotaram o Dr. Gene Splicer. Perninha sorriu para ela antes de afirmar para a câmera, - Lembrem-se, amigos, a vantagem de mulheres de desenho é que elas podem ficar arrumadas instantâneamente, quando precisamos. Lilica ignorou aquele comentário. - Ah, que excitante, Perninha! Vamos assistir a pré-estreia de "Space Jam", não é maravilhoso? - Maravilhoso seria se não tivessemos que fazer uma análise técnica sobre o filme, para entregar na segunda! - ele respondeu secamente. - Não seja negativo, Perninha... - ela disse tomando o seu braço. - Bem, vamos lá. - e eles sairam na direção do Acme Multiplex. Não demorou muito para os coelhos chegarem até seu destino, onde estava havendo uma típica cena de premier: curiosos atrás de cordões de isolamento, holofotes, cartazes promocionais; Mary Heartless, do Entertainment Tonight, estava ocupara em entrevistar tanto os astros da NBA como os Looney Tunes, que desciam das limusines. Todos eram recebidos por muitos aplausos, (exceto por Patolino, que como sempre, tinha aquele silêncio mortal de costume). Perninha e Lilica receberam vários aplausos também, quando eles chegaram até a entrada de convidados, onde Arnold está de guarda. - Olá, Arnold. - Perninha e Lilica passam por ele e continuam indo na direção da sala de projeção. Arnold se vira, e estica o seu braço até Perninha, puxando-o pelas orelhas. - Espere aí, coelho! - Qualé, Arnold? Era o que faltava você me barrar! Sou eu, Perninha! - Ja, eu sei, mas acha que eu não ia fazer o tipo barra-vip-sem- motivo-aparente? Além disso, você esqueceu de me dar seus passes. - Ah, é, er, desculpe. Aqui estão. - Arnold larga Perninha no chão, que cai sentado; levanta-se, ajeita seu smoking e vai na direção de Lilica, que olha a cena de braços cruzados, aguardando. - Problemas? - Ela disse, dando o braço para Perninha. - Nada que Perninha não possa resolver. - Ele diz, estufando o peito. - Sei, sei. - ela adiciona, com algum sacrasmo. Os coelhos entram na sala principal de projeção. Eles procuram por onde os Tiny Toons estão sentandos, mas não demoram a achar pois logo avistam Falador saltando por entre as poltronas. - $#@%$#!! - eles ouviram a voz do galo. - Porque esses caras ainda não começaram essa $&$%#@ de filme? Eu tenho que... Yaaaaiiii! Os xingamentos do galo foram interrompidos por uma avalanche de bolas de papel. - Tipo, cala a boca, Falador! - disse Leiloca puxando-o para o assento. Enquanto todos no cinema aplaudiam aquilo, Lilica balancou a cabeça e disse, - Bem, ali estão eles. - É, - disse Perninha - Vamos lá. Com isto, Perninha e Lilica foram na direção da fileira aonde seus amigos estavam sentados. - Oi, Perninha - Presuntinho inclina-se para ver aonde eles estão - Nós guardamos dois lugares para vocês - e ele apontou para duas vagas no meio da fileira. - Oui, - disse Fifi, que estava sentada perto de Presuntinho, - nous non queremos que vous, como vous dizem, ficassem de fora. - Obrigada, Fifi, - disse Lilica quando ela e Perninha passaram por eles. - A você também, Presuntinho. - Ei, dá para abaixar aí, seus coelhos? - Uma bola de papel bate na cabeça de Perninha, vinda da fileira de trás. - Droga! Em toda platéia sempre têm um chato. - Perninha ajoelha-se na poltrona, olhando para trás - Não começa a encher, Valentino. - Parem com isso vocês dois! O filme já vai começar. - Lilica puxou Perninha para a poltrona novamente. O restante da sessão transcorreu sem mais incidentes, e depois que terminou, estavam Perninha, Lilica, Plucky, Leiloca, Presuntinho e Fifi. reunidos na saída do Acme Multiplex. - Ótimo filme, non? - Fifi perguntou, para ninguém em especial, quando ela passa por Plucky, que fica examinando uma cópia do filme. - Eu ainda nao achei aonde eu estava sentado no Ginásio! A câmera não me mostrou nenhuma vez? Eles devem ter me editado fora! Isto é um insulto! - Plucky ficava examinando quadro a quadro as cenas do jogo. - Do jeito que Plucky gitou e berrou nas filmagens realmente é de se admirar que somente ele não apareca sozinho no estádio inteiro! - Lilica comentou com Perninha. - Talvez seja por isso que algumas partes das arquibancadas pareciam estar duplicadas. - sugeriu Perninha. - Podemos ir a um Weenie Burger agora? Vir ao cinema me abriu o apetite - Presuntinho disse. ############## Ao invés de irem ao Weenie Burger, os toons foram para a casa de Leiloca, aonde ficaram divertindo-se por algum tempo. Presuntinho lembrou-se que esquecera algumas de suas anotações para fazer seu trabalho no seu armário. - Oh não! - ele exclamou. - Eu tenho que ir até a Acme Loo! - Quê? - perguntou Perninha. - Você vai sair desta festa para ir até a Loo agora? - Eu preciso dar uma passar por lá, Perninha. Todas as minhas anotações estão no armário, e eu tenho que torcer para que ainda tenha alguem no prédio para que eu possa entrar. Perninha teve que admitir que ele tinha razão quanto a isto. - Está bem, então. Amanhã nos falamos, meu chapa. Presuntinho despediu-se rapidamente dos outros Toons e vai caminhando na direção da Acme Loo. Ele ia percebendo o quão escura esta noite estava. - Cruz-credo! Não sei porque, mas está noite está tão... não sei... soturna... - ele diz para si mesmo, enquanto algumas silhuetas negras passam sorrateiramente ao fundo da cena. Nisso, um Corvette que se aproximava diminui a marcha, e para ao lado de Presuntinho, que olha para o motorista do carro. - Ei, Presuntinho, que está fazendo aqui, a esta hora? - Oh, olá, Patolino - Presutinho se aproximou da janela. - Eu só estou indo até a Loo. Preciso pegar umas coisinhas minhas lá. - Ora, ora... estou indo lá, também. Venha, te dou uma carona e depois te deixo em casa. - Ah, obrigado, Patolino. - Ele abriu a porta do passageiro e Presuntinho entra. O carro sai em direção à Acme Looniversidade, desaparecendo na noite. ############## Fifi e Lilica estavam ajudando Leiloca a arrumar a sua casa depois da festa. - Que festa, hein, garotas? - Oui, Lilica, mas parece que nenhum dos garrotos quis dançar comigo por muito zempo, non? - Eu entendo o lado deles, Fifi. - diz Lilica, acrescentando mais uma lata de Acme Soda ao saco de lixo que está carregando. Leiloca entra na sala, trazendo algumas vassouras, mas ela para, e cai desmaiada. - Leiloca! - diz a coelha, largando o saco de lixo, alarmada. - O que aconteceu com ela, Lilica? - Fifi aproxima-se. - Leiloca! Fale comigo! - Lilica levantou a cabeça dela e Fifi sai para buscar um copo cheio de água. - Lilica... Fifi... eu senti.... eu senti.... - O que, pelamordedeus, mulher, o que você sentiu? - Lilica sacode ela para a frente e para trás nervosamente. - Um distúrbio na força... como milhões de almas gritando em desespero e depois se calando... - Oh-oh, Leiloca. Fala errada. - Lilica puxa uma folha de script de trás de si e a espeta no bico de Leiloca. - Hein? Ah, sim desculpe. É... é... alguma coisa ruim, do tipo, aconteceu, ou algo assim! - Mas o que poderrria serr? - Fifi estava ajoelhada ao lado das duas, agora. - Eu não sei bem, garotas - Leiloca já estava de pé, agora. - Mas seja o que for, não foi nada bom. ############## O relógio digital está marcando 04:42 AM. Um telefone tocava sem parar, provavelmente pela décima vez, talvez mais. Nisto, uma relutante orelha-de-coelha bege agarra o fone, e o derruba na cabeça do coelho que está dormindo ao seu lado. Após isto, a dona da orelha bege volta a cair no sono. - Er, alô, er, o que é que há, velhinho...? - Pernalonga diz, ainda de olhos fechados, tateando para achar o interruptor do abajur. - Pernalonga? Frangolino falando, rapaz. Eu digo, sim, eu digo, estamos com uns problemas graves aqui na Acme Loo. Daria para você dar um pulo aqui? - Hein? O quê? - Ele estava totalmente desperto agora - às... 4 da manhã? De domingo? O que aconteceu? - Eu digo, bem eu digo, invadiram a Acme Loo. Há feridos, inclusive, eu acho; uma coisa horrorosa, imagine só, Pernalonga. Você pod... alô? Alô? - Ele saiu em um zip pela porta da sua toca assim que houve falar sobre feridos, deixando uma silhueta de fumaça no lugar aonde estava. ############## Close na roda do Caddilac de Pernalonga freando na frente da Acme Loo. Ele desceu do carro e dá uma olhada geral na vista. Havia pelo menos seis carros da polícia de Acme Acres, parados entre a sua estátua e a de Patolino. A porta da Loo estava isolada por uma fita amarela com os dizeres "Police Line - Do Not Trepass" - Policiais andavam na área freneticamente, junto com alguns dos funcionários da Loo. Um helicóptero faz uma passada pela área, com o holofote iluminando a floresta perto. Pernalonga se aproximou da área isolada. O policial mais perto abriu uma passagem para ele, sem pedir por identificação, tendo certeza de que ele é quem aparenta ser. Ele começava a subir as escadas da frente, quando a porta abriu-se, com seis paramédicos trazendo uma maca para fora; Frajola e Gaguinho vêm logo atrás. Ele olhou na maca. Presuntinho estava nela, desacordado, recebendo soro de uma paramédica que segurava o frasco acima de sua cabeça. Em todos esses anos de animação, desde que ele foi criado, nunca pôde imaginar que um desenho pudesse ficar ferido daquele jeito. - Pessoal, o que, o que aconteceu? Como Presuntinho ficou ferido assim? - O pessoal da manutenção foi quem chegou primeiro aqui, Pernalonga, e achou isso tudo. Ele estava inconsiente, no laboratório de computação. - Frajola disse, aproximando-se do coelho. - E isso nã-não é tudo, pe-pessoal. Levaram de-dezenas de fitas DDS com da-dados da Looniversidade, cópias de scrip-p-p, er, rote-teiros dos próximos lo-longas da Warner, documentos, uma infinidade de outras co-coisas. Estamos levantando uma re-relação. Pernalonga continuava a olhar na direção da maca de Presuntinho, que era terminada de ser colocada na Ambulância de Paramédicos do Hospital de Acme Acres. - Pode ir, Henry! - O sargento deu duas batidas na lateral da ambulância assim que as portas traseiras são fechadas. Ela saiu, com a sirene ligada, para o hospital. - Como ele está? - Pernalonga perguntou para os dois toons. - Muito ferido, mesmo para um desenho. Mas os paramédicos me disseram que ele não corre nenhum risco, pelo menos não por enquanto. - Já avisaram a família dele? - E-eu faço isso. - Gaginho afirmou - É mi-minha responsabi-bilidade. Eu vou para a ca-casa dele agora, e de lá v-vou para o hospital. - Ele começou a descer as escadas. - Certo, velhinho, vá em frente. Tenho certeza de que você cuidará bem disto. Venha, Frajola, quero dar uma olhada lá dentro. Os dois desenhos entraram na Loo. Após falarem com o tenente da AAPD, que ficou encarregado de liderar as investigações, eles foram até o lugar aonde Presuntinho foi achado, no laboratório de computação dos alunos. - Ah, você finalmente chegou, coelho. - Elfrazino olhou em direção da porta - Eu sempre lhe disse que estas pestes iriam aprontar alguma destas, cedo ou tarde. - Você realmente não acha que isso é apenas rebeldia de alunos, não é, velhinho? - Pernalonga se dirige a ele, passando por cima de um Macmeintosh caído no chão, com o monitor estourado. - Tem razão, coelho, tem razão. Teve luta braba aqui dentro, e acredite, não foi apenas como as nossas. O porco devia estar fugindo dos vermes que invadiram a Loo, e ficou encurralado aqui. - E eles não foram apenas muito profissionais - falou a Vovó ao entrar na sala, com Piu-Piu sentado em seu ombro - Mas foram muito eficientes também. Sabiam exatamente aonde ir e o que levar. Eis uma relação, Pernalonga. - Que faz aqui, Vovó? - Disse Pernalonga, pegando a recém-impressa página - Pensei que estivesse na produção de "Os Mistérios de Piu-Piu e Frajola". - E do que você chama isso tudo, meu filho? Devemos começar as investigações já. Piu-Piu, procure por mais algumas salas, veja se descobre mais pistas. - Sim, Vovó. - Piu-Piu saiu voando pela porta, em direção do setor administrativo. - Continue por aqui, Pernalonga. Eu... tenho algumas coisas a perseguir, também. - Frajola saiu logo atrás, passando por Hortelino Trocaletras, que entra na sala, segurando um telefone celular. - Oh, olá, senhor toelho. Acho que já está sabendo, não? - Confusão maior do que durante nossas temporadas de caça, hein, meu velho? - E veldade. E por falar nilso, você já conseguiu falar com o Patolino? Estamos tentando há holas e nada até agola. Você não sabe onde ele pode estal? - Nem imagino. Ele não falou nada se ia fazer algo fora do comum, e você sabe que ele gosta de propagandear seus atos. Já tentaram o telefone do carro? - Vamos continuar tentando, Peulnalonga. Não quer vir até o setor administlativo também? Há mais coisas para se aveliguar lá. - Vamos lá, Hortelino. - Os dois deixam a sala e vão até a administração. Ao chegarem lá, encontram Piu-Piu andando por entre os armários, e um policial fazendo anotações em uma prancheta. Eles vêem que os armários com as fitas de backup foram arrombados, mas nem todas as fitas foram levadas. Apenas as mais relevantes. - Por solte nós temos espelhos destas fitas lá no Cofle dos Desenhos, mas o problema principal é que os dados nestas fitas são secletos. - Mas velhinho, estas fitas são protegidas por códigos e ainda por cima encriptografadas; não deve ser fácil conseguir quebrar o código. - Sim, mas não podemos coler o risco. Alem disto, se eles levalam as fitas, é polque plovalvemnte sabem como aproveita-las, mesmo que isso demore algum tempo. Pernalonga acenou percebendo que Hortelino tinha uma certa razão. - E os computadores? - Pernalonga olha em um dos monitores, já ligado. - Parecem estar funcionando bem, - disse Hortelino, - mas nosso pessoal está proculando por vírus, ou coisas assim. Antes que Pernalonga pudesse comentar sobre isto, Elfrazino entra furioso na sala. - Ei, coelho, problemas novos! Sabia que invadiram a Warner Bros. Animation em Burbank, também? - Como é que é? - Três cabeças giram na direção dele, ao mesmo tempo. - Acabei de saber. Telefonamos para lá para avisar sobre aqui e eles nos disseram o que aconteceu. Muito parecido com aqui, mas sem vítimas. - Isto está saindo fora do controle. Precisamos nos reunir com o staff da Warner e decidirmos o que vamos fazer! - Celto, mesmo polque nossos telefones já não palam de tocar, faxes não palam de chegal lá da Time-Walner, e-mails, etc. Até o Squicht já apareceu pol aqui dando uma de pombo-correio! - Bem, - disse Pernalonga, procurando organizar as coisas. - Vamos continuar com as investigações. Enquanto isso, vou dar alguns telefonemas e organizar uma conferência, então. - Pernalonga deixa a sala, seguido dos demais desenhos. ############## Já de manhã, no deserto de Acme Acres uma coluna de fumaça aparece no horizonte, vindo a toda pela Interestadual 23. Passa por uma placa indicando "Acme Acres - 15 milhas", fazendo-a girar, e deixando um rastro de fogo no asfalto. PapaLéguas (Passarus Acellerathus) estava correndo na direção contrária da Acme Looniversidade, contudo. - Espero que esse chamado do Little Beeper seja importante - ele vai pensando enquanto corre, sem fazer aquele seu sorrisinho que costuma usar - Eu já devia ter ido para a Loo a esta hora. Rápido como estava, não demorou muito mais para ver Little Beeper. Ele estava parado ao lado de uma pedra, perto de um cruzamento. Ele termina o restante do trecho e para abruptamente ao lado dele. - O que aconteceu? - ele perguntou. - Porque me chamou aqui? - Eu estava indo para a casa do Falador quando passei por aqui e vi isto. Achei melhor chamá-lo, então. Little Beeper conduziu PapaLéguas até detrás da pedra. O que ele vê é um Corvette Preto, aparentemente abandonado, com uma das portas abertas, e o pará-lama dianteiro esquerdo amassado. Esse carro lhe parece bem familiar... é claro! Placa da Califórnia, DFY-1937! É o carro do Patolino! Mas... onde ele estará? Estão todos procurando por ele e o carro dele está aqui, assim? Ainda mais com tudo o que aconteceu hoje? Colocando estas questões de lado, Papaléguas olha para o seu aluno e diz, - Fez muito bem em me chamar. Isto é sério. - Little Beeper fica olhando para ele deixando claro que não estava entendendo nada. - Onde está Patolino, PapaLéguas? - ele pergunta. - Porque o carro dele está aqui, assim? - Temos que ir até a Acme Loo. Eu explico tudo lá. - Porque somente lá? - Little Beeper fica curioso. - Porque precisamos ir o mais rápido possível, e não vamos conseguir correr e segurar plaquetas ao mesmo tempo. - Com isto, os dois disparam em direção de Acme Acres, deixando suas trilhas de fogo no asfalto da rodovia. ############## - Acho que você vai querer ver isto. - Frajola entra na sala dos professores da Acme Loo. - Dê só uma olhada. Pernalonga pega o objeto que Frajola lhe trouxe. Ele espera um enorme pincel vindo de cima da tela de TV terminar de desenhar uma porta em uma das paredes da sala. Ele examina o objeto. Um pedaço metálico e arranhado, aparentando ser um invólucro, com alguns códigos escritos. - Onde achou isto? - Pernalonga continua examinando a peça. Ele fica meio intrigado com um sinal do lado que parece ser um "S". Devolve para Frajola, enquando colocava sua mão, sem a luva, em cima de um painel na porta recém-pintada. Frajola fez o mesmo logo depois. - Pernalonga, Coelho. Frajola, Gato. - Uma suave voz de computador disse. - Identificações reconhecidas; acesso liberado. Entrem, por favor. - Na verdade Piu-Piu achou, quando estava fugindo de mi... bem, não importa. Eu e Vovó já analisamos, e não se trata de nada que a Looniversidade tenha; não foi fabricado pela Acme, nem por qualquer outra empresa do universo-real. - Frajola falava com Pernalonga enquando os dois passavam a um anexo à sala dos professores; esta sala se assemelha muito com aquelas salas de guerra que geralmente se vê no cinema; consoles de computador, painéis com mapas transparentes, relógios nas paredes com nomes de cidades embaixo de cada um, uma mesa de conferência, etc. - O que você acha que possa ser? - Vovó acredita que se trata de um invólucro de um detonador de explosivo; foi achado perto de um dos cofres estourados. Mas não de explosivo qualquer. Seja o que for, foi fabricado para explodir com muita sutileza, como... explosivo de desenho. - Entendo. Isso significa que os invasores da Loo provavelmente eram desenhos também. - especula o coelho. - Provavelmente, Pernalonga. - Os dois sentam-se na mesa de conferência. Um sinal de intercom toca. Pernalonga aciona o interruptor, e o autofalante começa a se contorcer como se fosse um lábio falando. - Pernalonga, temos novidades, meu filho. Descobrimos que uma das câmeras de vigilância não foi imediatamente destruída, e conseguiu gravar algumas imagens; estamos levando a fita até ai. - Isto é ótimo, Vovó. Estamos esperando - Ele diz, olhando para Frajola. - Parece que estamos começando a ter algo em que trabalharmos. ############## Os dois papaléguas chegam na Acme Loo e freiam bruscamente na frente de um dos policiais. - Pernalonga está aqui? - O policial lê na plaqueta segura por PapaLéguas. - Parece que ele estava na sala dos professores. - responde o oficial, e os dois papaléguas disparam na direção da sala, deixando uma plaqueta escrito "Obrigado" girando no chão. ############## - Você já avisou os garotos? - Frajola pergunta. - Acho que eles devem ficar informados sobre isso tudo. - Bem lembrado, eles devem. - concordou Pernalonga. - Vou ligar para Perninha e pedir para eles que tragam os demais até aqui. Quero falar pessoalmente com eles. Nisto, Vovó entra na sala e coloca a fita em um dos VCR em um painel de controle. O monitor principal na frente da mesa aciona-se, mostrando um logo da Warner vindo do fundo para a frente da cena, mas ao invés de aparecer escrito "Looney Tunes" ou "Merrie Melodies", lê-se "Vídeo de Vigilância", na frente dos característicos anéis. - Esta câmera que gravou estas imagens mostra um dos corredores, pegando a saída do setor administrativo meio de relance. - Vovó afirma, enquanto ajeita a imagem. Todos estão olhando para a tela. - Vindo pelo corredor... vejam. - afirmou Pernalonga. - Três vultos, e... um mais ao fundo. Quatro. - E vê aquele detalhe ali, Pernalonga? - perguntou Vovó. - Sim, antes da porta... - o relógio digital no canto da imagem mostra 10:54 PM. - Avance mais, Vovó. A fita fica com imagem acelerada. Súbito, um vulto que parece um porco passa correndo pela imagem, seguido por mais dois. - Só pode ser o Presuntinho. - Diz Frajola apontando para a tela. - eles devem ter pego ele no laboratório de computação, depois disso. - Acho que dá para vermos o que os invasores são, a imagem aí esta melhor. Magnfique nos persigdores, Vovó. - Ela aperta alguns botões no VCR e mexe em um mouse. A imagem congela, amplifica e centraliza em um dos vultos. Não dá para uma identificação de quem seja, mas pelo menos de sua espécie. - Patos de desenho. Têm que ser. - Pernalonga se levanta e aponta alguns pontos da tela. - O formato do corpo é característico, mas... estes estão meio estranhos, não? - Talvez seja a Kennedy Cartoons que fez a animação destes aí. - Vovó ajeita seu óculos para focar melhor a tela. - Não, não é bem isso... - diz o coelho, pensativo. - Não parece coisa da Kennedy para mim. - A imagem agora se torna estática, bruscamente. - É tudo nesta fita. Eles devem ter achado a câmera quando voltavam do laboratório de computação. - Vovó volta um pouco a fita e dá pause no vulto de um dos patos. Nisso, PapaLéguas e Little Beeper entram na sala. - Olá, velhinho... - Pernalonga afirma assim que olha os dois pássaros. - Atrasar não é bem o seu estilo. - Desculpe por isso, Pernalonga, - surge escrito na plaqueta, - Mas eu tenho meus motivos. Little Beeper me levou até um lugar aonde eu achei o Corvette do Patolino. - PapaLéguas mostra outras plaquetas relatando como ele achou o carro. - Estranho... - Frajola deixava claro pela sua expressão que estava tentando entender. - Mas como isso tudo poderia ter relação com a invasão da Loo? - Frajola parece confuso. - Eu digo, rapaz, eu digo, acho que sei como. - Diz Frangolino quando este entra na sala. - Fui comprar algumas rosquinhas para os policiais na loja de conveniência aqui perto, onde trabalha uma de nossas alunas, Raquel, aquela esquilazinha, compreendem o que digo? - Eu conheço ela - Diz Pernalonga - Ela é uma estudante no elenco de suporte de Tiny Toon. - E daí? - Todos na sala perguntam. - Bem, eu já estou chegando lá. Se cês todos ficarem quietos eu conto. Com eu estava dizendo, eu estava lá comprando, os donuts, quero dizer, e casualmente perguntei por Patolino, e sabem o que a garota disse? Um choque, foi sim. Disse que quando ela estava indo para o seu turno na loja, ontem, viu ele. Indo em direção da Looniversidade, com... o Presuntinho, imaginem só. - Um silêncio mortal cai sobre a sala, enquanto todos começam a pensar sobre as palavras de Frangolino. - Isso talvez então explique o motivo de eu achar isso caído embaixo do banco do passageiro do carro. - PapaLéguas estica a sua asa e joga uma pequena caixa plástica vazia em cima da mesa. Nela, esta escrito: ACME - DIGITAL DATA STORAGE. O pensamento passa pela cabeça de todos ao mesmo tempo; seria mesmo possível? Patolino por trás disto tudo? Da invasão da Loo? De quase terem matado Presuntinho? Todos disparam a falar ao mesmo tempo. Pernalonga se afasta do grupo, em silêncio, fitando a imagem em pause de um pato na tela. - Não... - Todos continuam discutindo freneticamente. Little Beeper, que não estava entendendo nada, fica mais confuso ainda. - Não... - Ele pega o invólucro de detonador achado por Piu-Piu. Examina aquele "S" nele novamente. Não é meramente um "S", é o logotipo do fabricante, um... um cifrão! - Patos... cifrões... - tudo parece claro para ele, agora. - Pode não ser apenas Patolino, nisto, colegas de desenho - ele disse em voz alta, e todos param de falar subtamente e olham para Pernalonga. - Não... - Diz ele enquanto esmaga o invólucro e o arremessa contra a imagem na tela - É a Disney também. - Fade out no rosto de Pernalonga, observando fixamente a tela. ############## - Alô? - Madame Bunny? Bonjour. Deixe-me que me apresenze. Aqui quem fala é Pepe Le Pew. - Oh! - A mãe de Lilica espanta-se, e antes continuar, olha-se em um espelho perto para ver se não há nenhuma listra de tinta branca nas suas costas. Não vendo nenhuma, ela continua, - Bom dia, Sr. Le Pew. Não me diga nada, deixe-me adivinhar. Minha filha imitou o senhor durante a aula de francês, não foi? Pois eu vou ter uma longa conversa com aquela coelhinha e... - Non, non se trata disto. Moi só gostaria se saber se Perninha esta com a sua filha, ai en su mansion. Pernalonga esta telefonando para ele, mas ninguem atende. Ele está ai em sua mansion? - Perninha? Sim, eu acho que sim. Sempre há tantos coelhos aqui que nós nunca temos certeza. Eu vou chamá-lo, espere um pouco. - Pepe ouve as vozes de dezenas de coelhos ao fundo da ligação, enquanto espera. - Oi Pepe, - disse Perninha. - O que é que há? - Bonjour, Perninha. - disse Pepe. - Pernalonga e moi estavamos ze procurando. Precisamos que vous venha para a Acme Loo imediatamente. Traga Lilica com você, e avise a todos os seus colegas que venham também, oui? - Sim, Pepe, mas há algo errado? - Perninha fica afastando Lilica com o ombro, pois ela não para de encostar sua orelha no fone, também. - Bem... é melhor nós conversarmos aqui, com todos. Au revoir, Perninha. - Até logo, então. - Perninha coloca o fone no gancho. - O que foi? - perguntou Lilica. - Ele não está sabendo da minha imitação dele, está? - Não, eu acho que não. Ele e Pernalonga quer todos nós na Loo agora. Vá chamar as garotas. Eu vou ver se encontro os outros. - Em um domingo? - Lilica contrariada cara. - Parece ser sério, Lilica. Vamos. - Perninha pega ela pela mão e puxa para fora da cena, na direção da porta do buraco. ############## - Ele está vindo, Pernalonga. - Pepe termina de retrair a antena de seu telefone celular. - Finalmente, - disse Pernalonga recolocando o fone no gancho de um outro aparelho. - Eu sabia que se ele não estivesse na casa dele, estaria lá. Ele vai trazer os outros? - Oui, pelo menos os que ele localizar, moi penso. - Eles se levantam e vão até a mesa de conferência. Os principais Looney Tunes já estão em seus lugares, bem como os executivos da Warner Bros. e da Time-Warner, que vieram até Acme Acres. Humanos reais não eram uma visão incomum no meio-ambiente desenhado desde que a passagem interdimensional fora estabelecida, décadas antes. Turistas podiam ser vistos todos os dias nas diversas cidades de desenho no tooniverse. Mas neste caso, estes em particular não estavam em uma viagem de recreação. Todos estão aqui? - Pernalonga senta-se em seu lugar. Ele pensa no nonsense desta situação. Alguns dos maiores astros dos desenhos animados, reunidos em uma sala saída de um romance de Tom Clancy, em uma conferência séria para resolver uma possível conspiração. Meu Deus, onde foi parar toda aquela inocência dos velhos tempos? Como tudo aconteceu tão rápido? - Bom dia, cavalheiros. - Cooper DaVille senta-se no seu lugar e começa - Todos já devem saber dos acontecimentos ocorridos em duas das nossas instalações, a Warner Animation em Burbank e a Acme Looniversidade. Esta reunião é para discutirmos mais a respeito de quem podem ser os responsáveis e que medidas iremos tomar. - Antes de mais nada - disse Tadeuz Plotz, o CEO da Warner, - Vamos repassar a situação. - Err, muito bem, velhinho. - Pernalonga continua - O que as investigações até aqui estão indicando é que os invasores da Acme Loo e provavelmente da WB Animation foram alguns personagens da Disney, e estavam juntos com Patolino na liderança. Ao menos, esta é a hipótese atual, considerando todas as evidências que encontramos. Os executivos da Warner entreolham-se. Ainda mais grave do que a invasão, realmente a traição de Patolino é o principal problema, pensam eles. - Algum de você tem idéia porque ele faria uma coisa destas? - DaVille pergunta. - Não lhe parece óbvio, Sr. DaVille? - Dr. Scratchensniff, que viera de Burbank com o CEO da Warner, afirma - Patolino é assim. Não é preciso ser um psiquiatra para perceber que a única coisa com que ele se importa é com seu ego. Sempre desejoso de mais posição, mais poder, mais glória. Sempre andando no limite, mas agora ele finalmente ultrapassou este limite, pois ser o que ele é aqui não é mais suficiente para suprir suas ambições. E então ele preparou todo este plano para poder ser aceito na Walt Disney Corporation. - A troco de quê, Scratch? - Pernalonga pergunta ao psiquiatra da Warner Bros. - Muito bem, Patolino pode ser um egomaníaco arrogante, e sempre ter desejado a minha posição; todo mundo sabe disso, e ele mesmo não nega. Mas para que ele iria querer deixar de ser digamos, o número dois da Warner Bros. para ser um número cinquenta, ou sessenta, na Disney? Ainda mais depois de todo o sucesso que estamos tendo com Space Jam? "Trademark and Copyright of Warner Bros." foi uma de suas falas na cena no Ginásio. E ele conseguiu bons papéis nos novos curtas que estamos produzindo. Isto tudo simplesmente não tem lógica. - Mas ele é um pato, senho toelho. - disse Hortelino - Palece-me que patos se dão bem na Disney mais do que aqui. - Eu não vejo as crianças usando chapeús de marinheiro no Walt Disney World, Hortelino. - Frajola afirma - E sim chapéus com orelhas de rato. É isso que você chama de se dar bem? - Eu, mais do que ninguem aqui, concordo que as atitudes de Patolino realmente não têm nenhuma lógica. - Wile Coyote acrescenta à discussão. - Contudo, acredito que devemos começarmos a admitirmos que o fato dele ter-nos abandonado é uma realidade. Temos que considerar por padrão a pior hipótese, para nossa própria segurança. - Neste caso temos que considerar outro fator nisto, pessoal. - Pernalonga afirma. - Se Patolino apenas quissese passar para o lado da Disney, ele poderia ter muito bem apenas ido embora. Na verdade, o que temos que tentar descobrir é porque ele praticamente fez questão de deixar claro que estava nos traindo. Ele poderia ter feito tudo isto de maneira mais discreta. Ele sabia dos sistemas de vigilância. Ele não deixaria seu Corvette abandonado tão obviamente. E o mais importante, ele não permitiria que fizessem o que fizeram com Presuntinho. É isto que não está fazendo sentido. - É exatamente isto, Pernalonga. - Wile afirma. - Na minha opinião, - acrescentou Dr. Scratchensniff, - Ele preparou toda esta confusão em conjunto com a Disney para ter algo para apresentar a eles, para poder realizar sua entrada em triunfo. - Scratch diz para os outros. - Talvez ele queira demonstrar ao pessoal de lá que ele não teve medo em nos desafiar. - E isto então seria tambem conveniente para a eles, não? Um dos maiores Looney Tunes querendo passar para a grande família feliz da Disney. Isto ficaria muito bem para eles nas manchetes do "Acme Acres Gazzete" ou ainda na "A Patada". Nos acertaram em cheio. - Plotz olha para os lados, como alguem que sente-se desconfortável ao receber uma má notícia. - A propósito - DaVille pergunta - o que Presuntinho veio fazer aqui na Looniversidade aquela hora, afinal? - Je falei com Gaguinho no Hospital, - disse Pepe, - Ele está com a familía de Presuntinho. E pelo que eles me disserrram, ele estava en le festa des garotos, na mainson de Leloca, e depois passaria aqui para pegar material para a sua análise de le film, que estava no seu armário. - Entendo. - Plotz diz - Então ele teria dado uma carona para ele, certo? - Eu digo, sim, digo, isto é o que podemos concluir, pelo que aquela nossa aluna que trabalha na loja de conveniencia testemunhou, sim. - diz Frangolino. - Bem - Plotz continuou - De qualquer maneira, precisamos agir. Temos que encontrar Patolino e os dados desaparecidos, onde quer que estejam, e descobrir porque a Disney iria querer participar de algo assim. Vocês tem algum palpite? - Eles devem estar em Patópolis, - disse Frajola. - O equipamento usado por eles foi fabricado pelas Indústrias Patinhas McPato. - Hummm... - disse Wile pensativo, - Histórias em quadrinhos. Seja lá quem for que mandarmos, estará em um território dominado por eles, aonde não temos tanta experiência, exceto pelo pessoal da DC Comics, mas não é o que vem ao caso aqui. - O coiote analisa o fato. - E nós mesmos não podemos fazer isto, pois poderíamos chamar muita atenção, mesmo se estivermos disfarçados. - Frajola comenta. - Além do mais, estamos cheios de compromissos devido à promoção de Space Jam, e se algums de nós desaparecermos mesmo que por algum tempo, isto pode levantar suspeitas. A ausência de Patolino já será ruim o bastante, então imaginem mais alguns de nós faltanto também. - Certo. Então precisamos selecionar algum pessoal para ir até lá. Que tal os Animaniacs, neste caso? - DaVille sugere. - Yakko, Wakko e a Dot? - Dr. Scrath afirma, alarmado. - E como é que iriamos mantê-los sobre controle? Eles não seriam um grupo... discreto, e precisamos evitar um conflito aberto. Alem do mais, não formariam uma equipe coesa com os demais personagens. - Temos que mandar para lá um grupo de Tiny Toons, - diz Pernalonga, espalmando a mesa com decisão. - É o que temos que fazer. - E o que o faz pensar assim, Pernalonga? - pergunta Plotz. - Dois motivos, velhinho. Um, que como vemos, eles são os mais indicados para passarem desapercebidos em Patópolis, e efetuar a operação. E o motivo mais importante; que esta fanfiction é deles, portanto são eles que têm que ir. - Pernalonga faz seu sarcastíco olhar em direção da tela de TV. - Certo, então. Vocês podem prepará-los para isto? - Agora escute, filho, - disse Frangolino, - Eu digo, mas claro que podemos fazer isso! É o que já fazemos. São bons garotos, muito bons mesmo, de fato. - Otimo. Vocês têm a nossa autorização, então. - Plotz afirma, - Oh, e mais outra coisa que preciso afirmar. Acreditamos que vamos conseguir manter isto em segredo por apenas mais alguns dias. Não podemos correr o risco de sofremos acusações de estarmos tentando esconder fatos da imprensa, ainda mais agora, depois da fusão com a Tuner Entertainment. Então nós não vamos sequer tentar. - Você está certo. - disse Pernalonga. - Então temos que preparar os garotos para isto, e teremos apenas alguns dias. Vamos utilizá-los bem. O nome código da operação será... STORYBOARD. - Pernalonga fez uma pausa, e olhando para seus colegas, continua, - Todos vocês podem começar seus preparativos em suas áreas e departamentos. Eu vou falar com os garotos. - Excelente - diz Plotz - Boa sorte, então, Pernalonga. - Obrigado, velhinho. Bem, acho que isto é tudo, pessoal. - Todos na mesa se levantam. Plotz, DaVille e Scratchensniff saem de volta para o meio-ambiente real, pois ainda precisam ir até a sede da Time-Warner em Nova Iorque; os demais saem para iniciarem fazer seus preparativos. Pernalonga continua sentado, e gira a sua cadeira contra a mesa de reuniões. De braços cruzados, fica ali, pensando em silêncio, olhando alguns quadros nas paredes da sala de reuniões. Uma imagem de "Rabbit Seasoning"; uma foto dele mesmo, Patolino e Fritz Freleng, durante a produção de "A Star is Bored". 'O quanto você levava estes desenhos à serio, Patolino? Talvez eu nunca venha a saber', pensa o coelho. Pernalonga continuava a olhar as fotos quando ele percebeu que Frangolino continuava ainda na sala, olhando para ele. - Err, o que é que há, velhinho? - foi a sua inevitável pergunta, mas não havia o mesmo espírito de sempre no tom. - Eu quero dizer, digo, estou achando você muito tenso, Pernalonga. Nervoso, é isso. Apesar de todos nos estarmos ainda meio atordoados com tudo isto, realmente. - Sim, velhinho, mas... - Pernalonga continua a fitar as imagens. - Mas eu ainda acho que tem algo muito errado nesta historia toda, Frangolino. Algo que ainda não percebemos. E eu vou descobrir o que é. Eu não sei exatamente como e quando, mas eu irei descobrir. - Fade out em Pernalonga e Frangolino, de costas, olhando para as imagens na parede. ############## A porta da cafeteria se abre. Lilica entra, seguida pelas outras Tiny Toons mulheres. Sweetie, pousada no ombro de Maria Melodia, sorri ao ver que Frajuto não vai poder importuna-la; ele vai estar muito ocupado fugindo da Felícia, que sai correndo na direção dele. - Venha aqui, gatinho-fofinho... - Finalmente vocês chegaram. - Perninha para de conversar com Plucky e vai até Lilica. - Me diga uma coisa, você viu Presuntinho por aí? Plucky está me dizendo que não o encontrou em lugar algum, e ninguem atende na casa dele. - Quem, eu? Eu encontrei as garotas, mas não vi o Presuntinho não... pensei que você é que fosse chamá-lo, Perninha. - Sim, mas... - Frajuto passa correndo ao fundo da cena, seguido por Felícia - Nós não o achamos, nem os pais dele. Estranho. - Vous já viu Pernalonga? - Fifi pergunta a Perninha. - Muito rapidamente. Estava uma confusão enorme lá na Sala dos Professores. Ele pediu que nós esperassemos aqui. Ele vai falar conosco. - Eu estou ainda com aquele mau pressentimento, Lilica... - Leiloca fala por detrás do ombro da coelha. - Calma... não deve ser nada tãaaaooo grave assim. - Ela diz para a pata, que está com um ar preocupado, olhando para os lados. Os outros ficam conversando calmamente entre si. Perninha se lembra de algo. - Ah, a proposito, podem desamarrar o Valentino. - ele olha para a Lilica - Nós tivemos que ser mais um pouco mais persuasivos para... convencê-lo a vir conosco. - Ora, seu coelho trapaceiro! - Ele vai na direção de Perninha depois que Roy destrói as cordas - Acha que eu realmente ia ficar aqui perdendo o meu tempo com um... A porta da Cafeteria abre novamente, e por ela entram Pernalonga, Pepe Le Pew e Wile E. Coyote, todos em silêncio, e vão até aonde os garotos estão. Todos eles os cumprimentam. - Errr, bom dia para vocês também, garotos. - Pernalonga inicia. - Vocês devem estar querendo saber porque nós os chamamos todos aqui, em um domingo. - Todas as cabeças balançam afirmativamente. - Bem - Pepe olha para Pernalonga e Wile antes de continuar - Aconteceu algo tres sério aqui na Loo, ontem a noite. Invasores entrrraram en le Warner Animation e aqui no prédio ontem à noite e levarrram imporrtantes documentos nossos. Todos eles param o que estavam fazendo instantâneamente. Felícia e Frajuto congelam no ar na posição em que estavam, olhando para eles três. - HEIN??? - E isto não é tudo, garotos - Wile continua - Acreditamos que os Estúdios Disney sejam os responsáveis por isto. - HEINNN? - Imagine agora os rostos espantados de todos eles ocupando toda a tela, ao mesmo tempo. - Mas o mais grave não é isso, garotos. - Pernalonga é quem fala agora. - A que tudo indica, Patolino estava junto com eles, comandando a invasão, e Presuntinho foi gravemente ferido nisto tudo. - HEIIINNNNNN? - Todos caem desmaiados de repente. - Eu DISSE que não era boa idéia contar dessa maneira, pessoal. - Pernalonga olha para Wile e Pepe no meio de um monte de Tiny Toons caídos no chão. ############## SPLASH! A água acerta Lilica bem no rosto, que se levanta engasgando e pula imediatamente na frente de Perninha, apontando o dedo bem no rosto dele. - ESCUTA aqui, seu orelhudo! Eu disse para NÃO me molhar mais nem uma vez sequer, não se lembra???? - Ora, Lilica, não fui eu. - Perninha disse defensivamente. - É o Pernalonga é que está nos acordando a todos. - Ela olha para Pernalonga andando pela sala, com uma roupa de bombeiro e uma mangueira, reanimando os que ainda estão desacordados. Pepe esta acordando outros também, só que do seu próprio jeito. - He, he. Desculpe. Reflexo. - Lilica ri para ele. - Bem, agora que estão todos acordados novamente, acho que podemos continuar. - Pernalonga tira a roupa de bombeiro e joga para fora da cena - Vou lhes explicar com mais calma. - CALMA? CALMA? Eu sabia que era "tãaaaooo" grave sim, ou algo assim - diz Leiloca, olhando para a sua amiga incrédula, que faz uma cara de como-é-que-eu-ia-saber? - Moi Presuntinho, ferrrido? Como? Como ele está? - Fifi olha para Pepe e depois para Pernalonga - Eu tenho que verr ele! - Calma, mademoiselle Fifi. Prresuntinho non corre mais perigo agora. Eu te levarei até le hospital, mas anzes vamos ouvir Pernalonga. - Pepe e Maria Melodia estão a acalmando. Pernalonga continua relatando para os Toons como eles encontraram a Looniversidade, como eles efeturam as investigações e chegaram as suas conclusões, principalmente na que diz respeito ao Patolino. Todos eles passam a falar ao mesmo tempo, discutindo todos esses acontecimentos. - Mas Pernalonga - Lilica faz uma pausa para iniciar seu patenteado giro de transformação; Ela surge em uma interpretação de Dana Scully, de "Arquivo X". - Isto é insano! Como ele poderiam fazer isso? E com que finalidade? E como Patolino estaria por trás de tudo isto? - Plucky pula na frente da coelha, com um indginado olhar. - Obviamente que tudo isto é mais uma absurda acusação pela qual o meu mentor tem que passar! Tudo isto é ridículo! - Plucky começa a gritar para eles. - Mas Plucky, desta vez Patolino fez questão de deixar bem claras suas intenções! Não há muita margem para dúvida. - Perninha diz a seu amigo pato. - CLARO, da mesma maneira que aquela vez em Paris, não estão bem lembrados? Tudo apontava contra ele, mas no final... - Plucky aponta o dedo contra Perninha, e depois se dirige aos demais - Ninguém aqui vai apoiar um injustiçado desenho? Ninguém? - Plucky olha ao redor, para os demais Tiny Toons, mas ele consegue apenas mais um daqueles silêncios totais, que cai sobre a sala, e sons de sapos e grilos começa a ser escutado. Pernalonga se adianta ao grupo. - Eu pessoalmente quero dizer aqui, Plucky, que vou conceder ao Patolino o benefício da dúvida. Eu lhe garanto isto. Mas nós temos que partir do princípio que a sua traição é um fato, para a nossa própria segurança. - Pernalonga diz ao patinho verde - O que nós pretendemos é descobrir absolutamente toda a verdade por detrás de tudo isto. Por isso chamamos vocês. - todos agora estão prestando atenção nos seus professores. - Oui, garrotos. - Pepe acrescenta - Precisamos continuar nossas investigacions, contudo isto deve ser feito en la Disney. Enton... Wile Coyote puxa um Acme PDA detrás de si e começa a fazer algumas anotacoes - Então, garotos - Ele começa a dizer - O grupo que mandarmos necessitará ser arduarmente treinado, e terá que se infiltrar secretamente no universo Disney, aonde eles estarão por conta própria, e provavelmente correndo altíssimos perigos reais para completar a operação. Precisamos de voluntários. Os demais ficarão aqui, e apenas ajudarão na preparação da equipe principal e por hora estão dispensados para irem visitar Presuntinho. Alguem se oferece? ZIIIIP! Uma enorme nuvem de fumaça cobre todo o ambiente, devido aos inúmeros disparos de personagens saindo correndo pela porta da cafeteria, usando as técnicas de arrancadas rápidas lhes ensinadas por PapaLéguas e Ligeirinho. Quando a nuvem de fumaça se dispersa da cena, vê-se uma placa escrita "ESTAMOS NO HOSPITAL SE PRECISAREM DE NÓS", e restam na cafeteria apenas Perninha, Lilica, Plucky, Shirley, Coió e Fifi, olhando para os lados, surpresos pela agilidade dos demais em sairem correndo. - Nada mau. - Pernalonga comenta, vendo a placa. Então, virando-se para os demais, ele continua, - Eu estou orgulhoso por vocês garotos! Vamos inicar os preparativos já! - Eu só gostaria de saber uma coisa, - diz Plucky enquanto Wile anota os nomes dos seis em seu PDA. - Porque diabos os escritores sempre nos fazem ficarmos mais bobos do que os outros nestas cenas de apresentação de voluntários. - Plucky diz, bravo, para a tela de TV, durante o fade out. ############## Já de tarde, e dois carros se aproximam do Hospital de Acme Acres. Pernalonga e Pepe decidiram que seria melhor os garotos verem Presuntinho antes de irem em sua missão, então eles dois os levaram até lá. Pepe estaciona o seu Renault perto da entrada do Hospital, e ele, Plucky, Leiloca e Fifi descem, esperando Pernalonga estacionar logo ao lado, trazendo Perninha, Lilica e Coió. Eles se juntam na porta de entrada do hospital. Já no andar do quarto de Presuntinho, eles encontram alguns dos outros Tiny Toons, juntamente com a família de Presuntinho. Gaguinho está conversando com o pai dele, quando ele vê o grupo chegar. - Vamos até lá, eles chega-garam - Gaginho e o Sr. Pig vão até eles, e enquanto os garotos vão até o quarto. - Você não vêm, Pernalonga? - Perninha espera um pouco enquanto os demais entram no quarto. - Um momento só, Perninha. Vamos falar aqui com eles e já os alcançamos. - Pernalonga e Pepe começam a conversar com a família de Presuntinho. - Como isto pode ter acontecido, Pernalonga? Porque? - o pai dele parece confuso com os acontecimentos. - Err, nem nós mesmos ainda não sabemos direito, velhinho. Mas já estamos trabalhando nisto. Como o seu filho está? - Desacordado, mas fora de perigo, pelos que os médicos disseram. Graças a Deus. - ele pega a mão de sua esposa e a segura. - Fico feliz em saber. - Pernalonga puxa uma cenoura de trás de si e a morde. - Presuntinho é um de nossos melhores estudantes. - Je pense que quando Prresuntinho acordar, - diz Pepe - ele poderra dizer-nos algo que ajude-nos a esclarecer mais le coisas, non, Pernalonga? - Tem razão, Pepe, mas é melhor não forçarmos ele. Não podemos colocá-lo sobre pressão, mais do que já teve. - Oui, Pernalonga, sem dúvida. ############## Os seis entram no quarto ao mesmo tempo, mas abrem espaço para que Fifi chegue mais perto da cama. Vendo-os entrarem, a linda Enfermeira da Warner Bros, que trabalha para o Dr. Scratchensniff, levanta-se e passa por eles em direção à porta. - Eu vou deixá-los com ele, garotos. Se precisarem de mim, ou se algo acontecer, podem me chamar. - e ela sai delicadamente pela porta. Os três garotos giram suas cabeças 180 graus para trás, para continuarem a olhar a enfermeira saindo, suspirando de admiração; Lilica, por detrás da visão deles, estica seu braço esquerdo até o lado esquerdo da cabeça de Plucky, e o seu braço direito até o lado direito da cabeça de Coió; ela então empurra as duas cabeças com as mãos contra a cabeça de Perninha, que está bem no meio. O resultado disso é um sonoro BONC! E os três ficam vendo enfermeirinhas girando em torno de suas cabeças, tontos. - Parem com isso, vocês três - Lilica diz para eles, irritada. Fifi agora está bem ao lado da cama. Ela olha para Presuntinho. Várias sondas estão ligadas a ele, e à aparelhos de medição ao lado da cama, além de um vidro de soro. Ele está com várias ataduras, mas seu rosto está visível. Ela pensa o quanto ele parece tranquilo, agora. Como eles podem ter feito isso com ele, Fifi pensa consigo mesma, com raiva. - Olá, meu chapa - Perninha diz, mesmo sabendo que provavelmente Presuntinho não pode ouvir. Os seis toons ficam em silêncio, ao redor da cama, com os olhares para baixo, quando... - Olá também, Perninha! - Presuntinho diz de repente. Todos eles gritam ao mesmo tempo - AHHHH! de susto. Plucky pula no colo de Leiloca, que o larga no chão, irritada. - Credo, Presuntinho! Quer nos matar do coração? - Lilica diz, recuperando o fôlego. - Desculpe, turma. - Ele diz, com uma voz um tanto cansada. - Fifi têm a... capacidade de acordar qualquer um. Que bom que vieram me visitar. - Ora, Presuntinho, meu chapa, acha que não viriamos vê-lo? - Plucky chega ao lado da cabeceira da cama - Que não vamos achar os verdadeiros responsáveis por isto? Que não vamos fazê-los pagar? Que não vamos nos vingarmos? Que não vamos entrar pelo cano quando tentarmos? - Plucky vai fazendo poses apropriadas para cada pergunta que vai dizendo. - Plucky! Pare com isso! - Leiloca puxa-o para fora da cena. - Ohhh, mon petit potato du couch! O que fizzerram com você! - Fifi coloca a mão na cabeça dele. - Fifi... - ele diz, com uma voz mais suave - Se eu me for, você se lembrará de mim...? - ele pega na mão da gambazinha. - Non diga isso, mon amour... - Fifi olha para ele tenramente. - Eu... não sei se aguentarei... - Não se preoculpe, mon petit... - ela agora faz uma pose de bravura, à la Scarlet O'hara - Eu jurro que encontraremos les reponsáveis por isto, cusze o que cuszar! - um vento repentino, vindo sabe-se lá de onde, bate nos cabelos dela; ouve-se o barulho de ondas arrebentando na costa, a iluminação fica como um pôr-do-sol. Uma música triunfante toca... - Presuntinho e Fifi, eu tenho a honra de entregar a vocês este Emmy pela Melhor-Cena-de-Solidariedade-e-Afeto em uma Série-de-Animação- Adaptada-para-Fanfiction! - Perninha surge do lado deles, e entrega uma estatueta para cada um. - Oh! Merci, Perninha! - Fifi pega seu Emmy, e guarda detrás de si. - Obrigado, Perninha - Presuntinho agradece com uma voz extremamente saudável. - Onde estávamos mesmo? Ah, sim. - Ele volta para sua voz doente - Jura, Fifi? - Oui, mon amour... - E ela enlaça a cabeça de Presuntinho, ambos lacrimejando. - Só gostaria de saber se ele está lacrimejando por causa da emoção ou do cheiro... - este comentário de Plucky provoca em Leiloca uma apropriada e violenta reação, para azar de Plucky. Neste momento, Pernalonga, Gaguinho, Pepe e os pais de Presuntinho entram no quarto, e o felicitam por ter despertado. Presuntinho então aproveita para contar-lhes o que viu. Ele diz que chegou com Patolino até a Loo, e que depois ele não o viu mais, pois ele foi na direção da sala dele, e Presuntinho foi para o seu armário. Perto de seu armário, Presuntinho disse que ouviu o que lhe pareceu ser a voz de Patolino, vinda de longe, e depois disso, ele só lembra que foi perseguido por uns patos até o Laboratório de Computação e depois não se lembra de mais nada. - Le voz de Patolino estava gritando para vous, Presuntinho, ou estava dizendo alguma outra coisa, você saberia dizer? - Pepe pergunta. - Bem, Pepe - Presuntinho faz uma pausa para retomar o fôlego; ainda estava muito cansado - Eu não consegui entender direito o que ele falava, só me pareceu a voz dele, vinda do fundo do corredor. Parecia que estava passando instruções para alguem, coisa do tipo. - Pernalonga pensa um pouco. - Bem, isto pode indicar que ele estava realmente liderando aqueles patos na Looniversidade, mas também é apenas mais um indício. Apesar de termos todo este monte de indícios, eu gostaria de ter algo realmente concreto. Só teremos certeza mesmo quando o encontrarmos. É melhor vocês irem para casa agora, garotos. Estejam na Acme Loo amanhã cedo, e nos procurem direto. Vamos preparar treinamento especial para vocês. - Certo, Pernaloga. Vamos, pessoal. Temos que deixar ele descansar mais, pois ele ainda está em observação. - os seis toons se despedem de Presuntinho e dos outros e saem do quarto. Pernalonga e Pepe voltam para a Acme Looniversidade para alguns acertos finais. ############## Na manhã seguinte, Lilica, Fifi e Leiloca no Ginásio Schlesinger, no Campus da Acme Looniversidade, e para sua surpresa, lá já estão os garotos, junto à Frangolino, que está segurando uma prancheta. - Nossa! - Lilica chega ao lado de Perninha. - Vocês acordaram realmente cedo, hein? - Perninha olha para ela, e aponta para uma tábua de cerca e um jornal enrolado em cima de uma cadeira. - É, graças ao sutil jeito do Frangolino de fazer isto! Humf! - Lilica sorri para ele. Neste momento, Wile E. Coyote entra no ginásio e junta-se ao grupo. - Bem, garotos. - Ele começa - Eu e Frangolino vamos lhes falar como vai ser a preparação de vocês para a Operação Storyboard. Como voces vão ser treinados e o que irão fazer lá. - Nós estaremos em quadrinhos quando estivermos em Patópolis, Wile? - Perninha pergunta. - Vocês estarão no universo Disney dos quadrinhos - Wile desenrola um mapa, puxando-o de cima da cena. O mapa mostra Patópolis, e seus arredores. - mas vocês não estarão diferentes do que estão aqui, ou seja, não estarão estáticos e com balões em cima da cabeça. Vocês estarão animados, e não vão sentir nenhuma diferença. A única coisa é que os personagens de lá têm uma habilidade maior para usar gags proprias de quadrinhos. A única diferença é esta. - O que você quer dizer com gags proprias de quadrinhos? - Leiloca parece intrigada pela forma que Wile colocou isto. - Eu não diria bem gags, talvez, Leiloca, mas... situações. O universo Disney de quadrinhos não utiliza tanta metalinguistica como nós utilizamos, e por isto seus quadrinhos têm situações mais reais em si do que o nosso universo. Eles não utilizam tanto nonsense. Isto significa que perigos lá são mais reais do que aqui. A possibilidade de morte, por exemplo. Apesar de eles, como nós, terem uma capacidade enorme de sobrevivência a pancadas e explosões, o fato de lá as situações serem mais realistas também faz com que a possibilidade de ferimentos se torne bem mais real, portanto. - Hummm... isto pode ser uma vantagem para nós? Quero dizer, podemos aguentar mais pancada do que eles, mentor? - Coió pergunta, com sua plaqueta. - Você pareze bastante interrressado neste aspecto, non é, Coió? - Fifi sorri para o pequeno coiote, que olha para ela, com um olhar meio contrariado. - Tudo vai depender da situação em que vocês se encontrarem. Vocês sabem, mesmo aqui, existe maneiras de se matar alguem. A única coisa é que a maneira de se fazer isto não é nada fácil, mas lá isto pode ser tornar mais fácil. Eu não posso garantir que vocês sobreviverão a absolutamente tudo. Como a coisas como isto, por exemplo. Frangolino, por favor. - Frangolino corta uma corda perto a ele, e todos começam a ouvir um muito familiar som... e ver uma muito familiar sombra aumentando no chão. - Ohhhh-Ohhh.... os seis Tiny Toons parecem já prever o que ia acontecer, quando uma bigorna de considerável tamanho atinge todo o grupo ao mesmo tempo, fazendo um buraco no chão. Wile e Frangolino olham dentro do buraco. - Como vêem, vocês continuam vivos. Mas esta situação, lá, poderia ter sido fatal. - Coió é o primeiro a sair do buraco, cambaleando. Fifi ajuada Leiloca a sair, seguidas pelos outros, ainda tontos, também. - Você pediu para o Frangolino derrubar a bigorna porque SABIA que se você mesmo fissesse isto, ela cairia em você, não é? - Lilica pula na frente de Wile, espantando os passarinhos que ainda estão girando em torno da sua cabeça. - Exatamente, Lilica. Isto serve para mostrar, também, que se eles fizerem alguma coisa deste tipo contra vocês, eles vão atingi-los, a não ser que vocês tomem uma contra iniciativa. Eles não vão errar meramente porque o ataque incial seria deles. - Bom sabermos disto. Bem, e quanto a descrição da missão? Precisamos saber o que vamos fazer lá, aonde vamos, o que... - Perninha pergunta. - Calma, garoto, eu disse, calma. - Frangolino pega ele pelas orelhas. - Antes, temos que prepará-los individualmente e com um treinamento rigoroso, sim, eu digo. - E o que você quer dizer com isto? - Você vai ver, garoto, voce vai ver... - Frangolino e Wile se entreolham, sorrindo. ############## Transição de cena para uma praia, com os seis desenhos correndo ao amanhecer, com Frangolino os seguindo de bicicleta, e com o inspirador tema de "Carruagens de Fogo" tocando ao fundo. - Sem dor, eu disse, sem dor! - Frangolino grita em um megafone, com eles correndo na frente, parecendo exaustos. ############## Já estava perseguindo Little Beeper há um bom tempo, mais até do que jamais havia conseguido até então. Coió pensa em como esta sua idéia de adaptar um mecanismo rastreador à sua bicicleta Acme movida a fusão estava sendo eficiente. Assim, ele mesmo não precisa pilotar, o que provocaria uma catástrofe, sem dúvida, mas apenas ficar pronto para agarrar o pequeno papaléguas. Até que este treinamento extra o está melhorando. Little Beeper olha para trás, com um olhar raivoso, ao ver que Coió ainda está ali. Decide então entrar em um dos acessos aos cruzamentos das rodovias, ao ter uma idéia. Uma bifurcação se aproxima. Little Beeper vai para a esquerda, e como ele esperava, seu próprio mentor sai correndo detrás de uma pedra e vai para a direita. Coió devia imaginar que eles iriam dificultar as coisas assim. Projetado para rastrear UM papaléguas (nunca precisou mais do que isto) o sistema de rastreamento subtamente localizou dois, e não conseguindo decidir por nenhum, entra em reset e se autodesliga. Coió logo percebe que não terá tempo de ativar o modo manual e não conseguirá evitar a colisão contra as pedras no meio da bifurcação. 'Droga', ele pensa. Não que seja uma surpresa, já estava acostumado. Mas sempre é dolorido. Coió fecha os olhos. CRRAASSSSHHH! Fade out em Coió cambaleando chamuscado na estrada. ############## - Veja bem, Plucky - Wile Coyote está com ele no que parece ser um depósito, com caixas e caixas empilhadas em racks. - Vocês terão que levar mais equipamento do que normalmente seria utilizado. - Ele agora abaixa-se dentro de uma e começa a arremessar objetos para fora, jogando-os no colo de Plucky. - Vocês devem evitar ao máximo qualquer conflito, mas em todo o caso vocês vão precisar cada um de bom armamento. Uma pistola Smith & Wesson 5906, calibre 9mm OTAN, uma submetralhadora HK-MP3A5, lançadores de granadas M-79, minas Claymore, uma faca de combate, equipamento de proteção NBC, munição extra, algumas Acme Mina Claymore, foguetes antitanque LAW, - Vê-se apenas as pernas de Plucky segurando uma enorme pilha de equipamento. - Mas... mas... - Plucky começa a perder o equilíbrio. - Vocês também vão precisar de uniformes, barracas, botas, lanternas, cantis, - Wile continua arremessando para Plucky cada item que vai falando - Equipamento de visão noturna, rádios para comunicação, notebooks, equipamento de mergulho, miras laser, botes de borracha, pistolas sinalizadoras, aparelhos de GPS, bombas de fumaça, microfones, detonadores, bananas de dinamite, catálogo Acme de compras... - Plucky agora segura uma gigantesca pilha de objetos, que vai até o teto. Perninha chega, e fica ao lado dele. - Estou-me esquecendo de alguma coisa... não sei bem o que é... - Wile está olhando com uma cara pensativa, esfregando a mão no queixo. - Não seria isto, mestre? - Perninha pega um pequeno objeto metálico e joga em cima da pilha de Plucky; o objeto começa a ir em direção ao topo da pilha em câmera-lenta. - Não, Perninha, NÃO! - Plucky fica olhando o objeto atingir a o topo da pilha. SSSBRROOOMMM! A pilha toda desmorona em cima de Plucky. - Ah, sim, Perninha, é verdade, como posso me esquecer disto? Acme Bigornas! Mas vou buscar as maiores. - Wile sai em direção de um outro depósito, e Plucky consegue colocar o bico para fora da pilha. - Seu... desprezível! - Perninha sorri em direção à tela de TV. ############## Cena na praia, só que uma praia no litoral do Alasca. Os seis toons correndo, ao amanhecer. Frangolino não está mais em uma bicicleta, mas sim em um trenó puxado pelos seis congelados desenhos correndo. - Sem, dor, diabos, sem dor! - Frangolino fica dizendo ao grupo, todos eles com caras mais exaustas ainda. ############## Fifi e Frangolino estão ao lado de uma das paredes externas da Looniversidade. Fifi está toda vestida com uma roupa de ninja, armada com tonfas, punhais, etc. - Bem, filha, eu digo, você deve, digo, ir até o teto e dominar os quatro oponentes que você vai encontrar la em cima, filha. Mas cuidado. Eles, eu digo, são bons, muito bons mesmo. Mestres de pelo menos uma dúzia de artes marciais, com toda certeza. - Oui, Frangolino. Serrá trés facil. - Ela joga um gancho até o teto da Looniveristy e começa a subir as cordas, furtivamente. - Deve serr somente aquelas tartarugas estoopidas, - Ela vai pensando enquanto sobe a corda, - Moi só precisarrei apenas dar algumas rajadas com minha cauda, para derrubá-los, non? - LE HIAAAAÁ! - ela grita e pula no teto em posição de combate; dispara algumas rajadas de seu... perfume, com sua cauda, para todas as direções. Frangolino estava olhando para o cronômetro, quando começa a ouvir os POF! SOC! TUM! vindos de cima, além de ver a característica nuvem de fumaça que se forma nestes casos. Fifi caí ao lado dele, amarrada e amordaçada, com sua roupa toda despedaçada, e a sua tonfa fazendo um laço com a sua cauda. Frangolino tira a mordaça dela. - Você non disse que erram GAMBÁS MULHERES ninjas de propósito, non? Le suspiro!! ############## Agora Perninha é que está em uma esteira, com eletrodos por todo o corpo, e com Ligeirinho e PapaLéguas o observando. - Bem, Perninha, - PapaLéguas mostra uma placa - Vamos testar agora a sua capacidade de corrida. Você pode não ser um especialista nisto, mas é um coelho, e de desenho, afinal de contas. - Está bem, PapaLéguas. Pode acionar, Ligeirinho. - Sí, amigo. Anda-lhe, anda-lhe, irrá! - Ligeirinho aciona o botão POWER da esteira, e Perninha começa a correr, tranquilamente. Os displays vão mostrando 1 milha, 2, 3 milhas percorridas, à 15 milhas por hora. - Vamos tornar as coisas mais interessantes - PapaLéguas coloca a sua asa na alavanca de velocidade. - Até que eu não estou mal, hein? - Perninha diz, mas após terminar a frase, começa a sentir a velocidade aumentar. - Use lá outra opcion, Papa. - Ligeirinho aponta para outra alavanca, com os dizeres: ANGULO DE INCLINAÇÃO. - PapaLéguas aciona esta, agora. - Nossa! Não pensei que esta esteira fosse tão alta! - Perninha começa a fazer cada vez mais esforço. Os graus em angulos vão aumentando; 20... 30... 45... a visão das pernas de Perninha está igual as de PapaLéguas correndo, ou seja, um redemoinho, de tão rápido. O mostrador de velocidade marca warp 6, agora. - Ei, ei, mais devagar, pessoal! - o display de angulo mostra agora 65 graus de inclinação. 75. 80. - Aiiiiii! - Perninha escorrega e começa a girar junto com a esteira. - Eiii! Parem esta coisa maluca! - Eu faço isso! - Lilica pula perto dos controles, em uma interpretação de Jane Jetson, e desliga a esteira. Perninha "escorre" como líquido dela, até o chão. - Temos que trabalhar mais este garoto. - a plaqueta de PapaLéguas para Ligeirinho mostra. ############## Monument Valley, ao amanhecer. Frangolino, com um enorme chapéu de vaqueiro, está conduzindo agora uma diligência, puxada a toda velocidade pelos nossos seis corredores desenhos, completamente exaustos e escaldados pelo sol. - Sem dor, garotos, eu digo, sem dor! - Ele vai dizendo, enquanto abre mais uma lata de Acme Soda. ############## Vocês prrecisarom de un bom suprimento de alimentos, garrotos. - Pepe Le Pew, usando um chapeu de cheff, diz para Leiloca, na cafeteria. - Izto é uma amostra do que vocês vão levarr. - Ele aponta para uma mesa de banquete abarrotada de comida. - Parece muito bom, Pepe, mas... - Leiloca olha para a mesa, intrigada. - Mas como vamos levar isto tudo? Não precisariamos levar, eu quero dizer, coisas mais leves, ou algo assim? - Bom, neste caso enton vocês podem levar isto, non? - Pepe mostra para a pata uma caixa cheia de rações militares de campanha Acme, que ais parecem comida de cachorro. Leiloca fica enjoada só de olhar para a caixa. Nisto, um redeminho entra na sala e devora totalmente a mesa de banquete (incluindo a mesa) e as rações de campanha. O redemoinho para, revelando um bem-mais-gordo Roy palitando os dentes. - Huummmm.... Rações A! gostoso! Er, burg, arg. - Fade out em Pepe e Leiloca olhando para Roy, intrigados. ############## Pernalonga, Perninha e Lilica estão em um enorme salão, completamente vazio e com as paredes, chão e teto cobertas com linhas quadriculadas. - Err, garotos, bem vindos à "Acme Looniversidade Amuck Room". - Pernalonga diz, ao lado de uma grande placa com o nome da sala, com Perninha e Lilica o observando. - Este, garotos, é a última palavra em gerador de truques e efeitos de animação, projetado por mim, Wile e o departamento de desenvolvimento do Acme Labs. O que me dizem? - Parece muito bom, Pernalonga, mas como funciona? - Lilica pergunta. - Esta sala servirá de agora em diante para nos testarmos o aperfeiçoamento de suas habilidades, e para instrução em geral. Um operador ali naquela sala controla os sistemas de geração de desenho, criando qualquer ambiente animado aqui aonde estamos. - Pernalonga aponta para uma seção de janelas no alto da sala, quase no teto, e para duas gigantescas mãos mecânicas presas no meio do teto, uma segurando um lápis e a outra segurando um pincel. Pernalonga faz um sinal para alguem na sala de controle, e o braço mecânico do pincel movimenta-se, desenhando um típico ambiente de desenho animado na sala, em segundos. - A vantagem deste sistema, garotos, é que não precisamos de um desenhista no meio-ambiente real para gerarmos uma situação animada em tempo-real, e assim não precisamos modificarmos a animação do nosso próprio universo para criarmos uma situação específica. - Que legal, Pernalonga! - Lilica faz um giro de interpretação, surgindo em um uniforme da Frota Estrelar. - Agora temos o nosso próprio Holodeck! - Lilica diz, enquanto Pernalonga se dirige para a saída. - Er, certo, - Pernalonga diz, enquanto se encaminha para a saída. - Bem, garotos, eu vou deixar vocês, agora. O programa de vocês deve começar em instantes. - Certo, Pernalonga. O que você vai gerar para nós? - Perninha pergunta. Pernalonga para na saída do Amuck Room e sorri para seus dois alunos favoritos. - Eu? Eu não vou estar nos controles, garotos. O nosso aluno que financiou o desenvolvimento do Projeto ALAR é quem vai operar nesta aula de vocês. Boa Sorte - Pernalonga termina de sair, e as portas automáticas da sala fecham-se ruidosamente, enquanto ele terminava de dizer, - Vocês vão precisar! - O que ele quis dizer com isto? - Lilica pergunta, e então as luzes da sala de controle acendem-se, permitindo ver-se o operador. Os coelhos saltam no ar, fazendo apropriados wild-takes, ao verem Valentino nos controles principais, com um sorriso maquiavélico. - Isso é que eu chamo de um bom investimento na educação, ha, ha! - Riu Valentino enquanto ele olhava para os obviamente apavorados coelhos. - E vocês não podem fazer nada contra mim, coelhos, pois eu estou apenas seguindo as instruções de nossos professores, nesta minha própria versão de "Rabbit Rampage"! - Valentino começa a operar os controles dos braços de desenho. - Temos que pensar em algo, e rápido, Lilica... - Perninha diz, e Lilica então olha para a tela de TV, preenchendo a visão do autor da fanfictio com seu mais meigo olhar. - Você não deixaria nada de ruim acontecer com a sua coelhinha favorita, NÃO É...? HUMMM...? Por favor. Por favor... O autor da fanfi... começ... er... bem... gasp... glup... Írís out no rosto de Lilica. Tela toda escura. - Você viu, Perninha? - diz a voz de Lilica, - Isso não funciona só com você! - É verdade Lilica, mas não espalhe... - Diz Perninha. - Como eu posso dizer isso? Sedução nas mãos erradas... uma arma perigosa!~ - Ah, qualé! - gritou Valentino - Isto não é justo! ############## Uma estrada de ferro, ao amanhecer. Uma composição de dezenas de vagões de carga está sendo puxada pelos nossos... pelo Frangolino correndo? - SEM DOR, SEM DOR, SEM DOR! - Vão gritando Lilica, Fifi e Leiloca, enquanto Plucky e Coió, com marretas, ficam vigiando o corredor puxando os vagões, e Perninha vai tocando "I Been Working on the Railroad" em um banjo. - Eu digo, sim, digo, isto é lá coisa que se faça com o treinador? - Um exausto Frangolino diz para a câmera, e fade out na cena por cima, com a câmera se distanciando. ############## Final da tarde, e os toons estavam indo para suas casas, para terem algum descanso um pouco antes da partida, na manhã seguinte. Perninha e Lilica estavam descendo as escadas da entrada da Looniversidade embaixo de um guarda-chuva, pois começava a chover. Então eles vêem a silhueta de um pequeno pato, parado, na frente da estátua de Patolino, no portão principal da Loo. Os ocasionais relâmpagos iluminam a imponente estátua, e o patinho que a admira, com um olhar fixo. - Isto deve estar sendo duro para Plucky... a permanência ou não daquela estátua ali depende agora do que estamos prestes a fazer. - Lilica comenta com seu namorado, enquanto ambos se aproximam de Plucky, que não parecer estar se importando com a chuva, que agora cai mais forte. - Plucky... - Perninha chama seu amigo. - Por favor, Perninha, eu gostaria de ficar sozinho. Por favor. - Plucky vira um pouco o rosto na direção dos coelhos. Eles ficam em silêncio durante alguns segundos, olhando a água escorrer pelo rosto do pato. - Nós entendemos, Plucky. Se precisar de nós, sabe que pode chamar. - Perninha e Lilica despedem-se, deixando Plucky ali, com seus pensamentos. Continuando a olhar fixamente a estátua. - Hum... como será que eu fico com as penas pretas? - Plucky pensa, consigo mesmo, sem conseguir evitar de imaginar o seu próprio rosto naquela estátua. Um grande substituto, imagina. Fade out na sombra de Plucky, ao pé da estátua, e deixa para a tela escura, com os dizeres: CONTINUA... --------------------------------------------------------------------------