O Perigo dos Anabolizantes

 

 

Esta parte da minha home page acho a mais importante, nesta eu busco esclarecer aos jovens o lado negativo de usar a tão famosa "BOMBA", que traz resultados fantásticos, mas trazem consigo um efeito colateral forte e talvez sem volta. Leia o artigo abaixo que retirei da revista Galileu, de Janeiro de 1999.

 

Pesquisas recentes mostram que 7% dos estudantes colegiais norte-americanos já foram ou são usuários de anabolizantes e que 9% dos que freqüentam academias os consomem regularmente. No Brasil, não existem dados, mas basta entrar na rotina das academias para tomar contato com um fértil mercado negro de drogas contrabandeadas. Nas farmácias, apesar da tarja vermelha, é muito fácil comprá-los sem receita.

Que fazer? "Proibi-los não é a melhor solução, porque eles têm importante aplicação médica", diz Marcello Arias Danucalov, do Centro de Estudos de Fisiologia do Exercícios, Cefe. "Em doses controladas, eles são importantes para pacientes que precisam ganhar massa muscular."

O maior perigo destes medicamentos.

 

Mas, para quem procura os efeitos mágicos da "bomba" ou da "bola", as conseqüências podem ser trágicas. O paulista Enzo Perondini Filho, de 35 anos, é um triste exemplo. Fez musculação a partir dos 16 e, empolgado com os resultados, decidiu entrar para as competições de fisiculturismo. Aos 20 anos, começou a usar uma ampola de 50 mg de anabolizante por dia. "Ao longo dos últimos 15 anos, fui aumentando a dose e cheguei ao extremo no ano passado: 1.500 mg diários", conta Enzo. Detentor de mais de 100 títulos no Brasil e no exterior, ele foi surpreendido às vésperas do último campeonato mundial: antes de seguir para a competição, soube que seu fígado estava tomado por nódulos cancerosos e os rins, sobrecarregados. "Nunca acreditei que fosse acontecer. Por isso, estou fazendo uma campanha de esclarecimento para eliminar essas drogas das academias."

 

Os Efeitos Colaterais das Bombas

 

As "Bombas", fazem com que a testosterona aumente tendo excesso, com isso sofre uma reação química e se transforma em estrógeno, o hormônio feminino responsável pelo crescimento mamário. Nas mulheres o clitóris cresce, aparecem pêlos por todo corpo e a voz fica mais grave. A distribuição de gordura corporal muda e o corpo fica mais parecido com o dos homens. E nos homens o excesso de testosterona na corrente sangüínea bloqueia a ação da hipófise, a glândula que regula sua produção natural, há diminuição da produção de espermatozóides e atrofia nos testículos. Também a ginecomastia, ou aumento descontrolado das mamas.

Mas os prejuízos das "bombas" não param por aí. Há um aumento da agressividade, fortes tonturas e dores de cabeça. Para completar, ocorre o colapso de órgãos internos. "O coração pode aumentar de tamanho, o que, associado a outros fatores, predispõe o organismo ao enfarte", afirma o médico Antonio Carlos Silva. "Os rins ficam sobrecarregados, favorecendo o aparecimento de tumores. O fígado também sofre: como é ele que metaboliza essas substâncias, passa a trabalhar demais, daí os casos de câncer.

 

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