Alerj votará esterilização da raça pit-bull A existência de pit-bulls no Estado do Rio pode ser uma questão de, no máximo, dez anos. Na quinta-feira, os deputados estaduais estarão votando um projeto de lei que torna obrigatória a esterilização de todos os exemplares da raça pit-bull, ou dela derivada, num prazo de 120 dias. O objetivo é erradicar esses cães, que têm vida média entre 8 e 10 anos. O projeto ainda prevê multa para os donos de animais que desobedecerem à lei, a apreensão do cachorro e a obrigatoriedade de reparação de danos causados por pit-bulls.
O assunto também está sendo discutido na Câmara Municipal, que deverá receber nos próximos dias uma mensagem do prefeito regulamentando a fiscalização desses animais.
O projeto na Assembléia Legislativa, de autoria de Carlos Minc (PT), fora apresentado em maio do ano passado. Além da esterilização, o projeto proíbe a importação, a venda e a criação de cães dessa raça. Aos espécimes existentes, será obrigatório o uso de coleira e mordaça.
Os donos de pit-bulls ficam obrigados a registrar seus animais no órgão estadual competente e comprovar que eles foram esterilizados e estão com as vacinas em dia. A multa pela desobediência varia até mil Ufirs e deverá ser aplicada em dobro nos casos de reincidência. Além do projeto de Minc e de outro do deputado Sivuca (PPB), que defende o recolhimento dos animais para adestramento, a Câmara também discutirá o assunto nos próximos dias.
Enquanto espera a mensagem do prefeito, o vereador Otávio Leite (PSDB) já inaugurou o serviço do disque pit-bull (277-4151 e 277-4152). A idéia é receber sugestões dos aficionados e dos inimigos da existência da raça, denúncias de funcionamento de rinhas e da venda ilegal desses animais.
Em Campos, no Norte Fluminense, durou 40 minutos a cirurgia para retirada de abscessos do pescoço da cadela Catita. A vira-latas ganhou fama ao enfrentar dois cães pit-bulls, salvando o menino Lucas Tavares Martins, de 6 anos, há duas semanas. Catita poderá receber alta na sexta-feira, se não houver problemas no pós-operatório. Ela desenvolveu um quadro grave de infecção por causa dos ferimentos provocados pelos dois cães.
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