Aparelho Circulatório

Aspectos Nutricionais

A influência da dieta sobre o aparelho circulatório manifesta-se sobretudo em três condições epidemiológicamente muito importantes:

Ateroesclerose = deposição de lipídios, principalmente colesterol na íntima de vasos do tipo elástico.

Hipertensão Arterial = condição multifatorial na qual os eletrólitos, notadamente o sódio da dieta tem grande importância.

Arteriopatia diabética = ou médioesclerose, calcificação da média de artérias do tipo muscular.

Túnicas do Coração

Endocárdio

endotélio

sub-endotélio

Miocárdio

miocárdio atrial

miocárdio ventricular

sistema de condução

Epicárdio (ou pericárdio visceral)

Pericárdio (parietal)

Histologia das túnicas do coração

Importância do Endocárdio

O endocárdio íntegro não permite a agregação de plaquetas que levam à formação de trombos.

O endocárdio sadio não dá passagem a lipídios que se acumulem no sub-endotélio formando a chamada placa de ateroma.

As fibras elásticas da porção mais profunda do endocárdio são mais evidentes nos locais onde o fluxo de sangue choque-se diretamente contra o endocárdio.

Infecções bacterianas que levem a bacteremias, podem causar endocardites, muitas vezes fatais, como decorrência de pequenas coleções purulentas

Fator Natriurético Atrial

reduz a pressão arterial

inibe a secreção de renina

inibe a secreção de aldosterona

é natriurese

é caliurese

é diurese

Feixes miocárdicos

Os espaços claros entre os feixes miocárdicos são ocupados por conjuntivo frouxo, rico em vasos sangüíneos calibrosos.

Os feixes miocárdicos são percorridos por capilares, dispostos quadrangularmente em torno a cada fibra.

Ventrículos Cardíacos

Ventrículos vistos ao microscópio em pequeno aumento.

O exercício, ou qualquer outra sobrecarga, promove a hipertrofia da musculatura miocárdica.

A hipertrofia, entretanto, causa déficit na irrigação de cada fibra podendo trazer insuficiência cardíaca.

Peculiaridades das Fibras Cardíacas

Septos cardíacos: interatrial e interventricular

observar a aorta e a cúspide de sua valva

observar o nódulo A-V

observar o ramo esquerdo do feixe de His no subendocárdio do ventrículo esquerdo.

a válvula da tricúspide e respectiva cordoalha aparecem no ventrículo direito.

Parede ventricular

A histologia da parede ventricular é variável conforme a região estudada.

O estudo da parede ventricular em suas diversas porções presta-se para mostrar os diversos componentes da fisiologia cardíaca, tais como a vascularização e os elementos do sistema impulso-condutor.

Sistema Impulso-condutor

O impulso inicia-se no nódulo sino-atrial.

difunde-se pelos átrios até atingir o nódulo átrio-ventricular

pelos ramos direito e esquerdo do feixe de His, caminha pelo sub-endocárdio.

Fibras de Purkinge, derivadas dos ramos, penetram no miocárdio.

Qualquer fibra miocárdica pode originar impulso.

Eletrocardiograma normal

Coração esquerdo

epicárdio atrial

parede atrial Esq.

seio coronário

artéria comunicante esq.

anel fibroso da valva mitral

mitral

miocárdio do ventrículo esquerdo

epicárdio do ventrículo esquerdo

cordoalha tendinosa da mitral

Estrutura da valva mitral

As valvas são constituídas de pregas do endocárdio apresentando fibras elásticas delicadas e que podem apresentar fibras musculares lisas junto a sua base.

O revestimento das valvas é endotelial.

As valvas não apresentam capilares e sua nutrição depende da substância fundamental oticamente amorfa.

A substância amorfa das valvas é desconhecida do sistema imunitário o que as torna susceptíveis aos mecanismos auto-imunitários.

Túnicas dos vasos sangüíneos

Íntima

endotélio

sub-endotélio

Média

Limitante elástica interna

Limitante elástica externa

Adventícia

Vasos arteriais

Vasos sangüíneos de médio calibre

As artérias musculares mostram parede muito espessa em relação à sua luz. A limitante elástica interna, embora presente, não se mostra realçada nas preparações habituais.

Observando-se a veia satélite nota-se que a luz é equivalente ou um pouco maior, mas a parede é bem mais delgada.

Os vasos linfáticos mostram a luz denteada porque as fibras musculares da média são mais espiraladas que circulares.

Esquema tridimensional de artéria muscular

endotélio

fibras e células subendoteliais

limitante elástica interna

fibras musculares lisas

fibras elásticas delgadas

limitante elástica externa

fibras colágenas

Vasos de médio calibre

Artéria muscular, corada por técnica para evidenciação de elastina, mostrando a limitante elástica interna bem desenvolvida.

A veia satélite mostra parede mais delgada e muito poucos elementos elásticos na média.

Válvulas venosas

Nas veias situadas entre massas musculares a contração delas comprime as veias forçando o sangue a ultrapassar a válvula.

Estrutura da Veia Porta

A veia porta é uma veia de grande calibre, rica em fibras musculares lisas, longitudinais e circulares.

Esta veia não possui valvas que são projeções do endotélio, comuns nas veias situadas abaixo do coração.

O sistema de pressão na veia porta é mais complexo e alterações da estrutura do fígado podem ocasionar a hipertensão porta.

Anastomoses artério-venosas

as artérias de médio calibre regulam a distribuição do fluxo sangüíneo pelas diversas regiões, auxiliados pelas anastomoses A-V.

Quando a anastomose está fechada o sangue flui pela rede capilar.

Os glomus cutâneos sofrem influência do sistema nervoso autônomo, inclusive nas situações emocionais, e regulam as perdas térmicas para o ambiente.

Angiogênese

Micrografia eletrônica da íntima da aorta de um feto humano, mostrando na parte central a elastina, as fibras colágenas e a substância fundamental amorfa, presumidamente produtos da célula muscular lisa, parcialmente visível na porção inferior.

Angiogênese

Dentre os fatores que promovem a angiogênese no período embrionário e pós-natal temos:

a heparina, uma glicosaminoglicana

o AFGF (fator ácido de crescimento fibroblástico)

o BFGF (fator básico de crescimento fibroblástico)

o BFGT (fator beta de transformação e crescimento), (fator mesodermizante notocordal ?)

Polímeros da heparina e do hialuronan podem ter ação estimuladora ou inibidora da angiogênese.

As glicosaminoglicanas são incapazes de promover a angiogênese na ausência de cobre, com o qual formam complexos.

Os baixos teores de oxigênio estimulam a angiogênese através da atração de mastócitos e plaquetas.

Corpo Carotídeo

Estrutura na parede da carótida constituída por células epitelioides que agem como baroceptores, isto é detectam variações na pressão arterial.

Juntamente com outros baroceptores existentes no rim, participa dos complexos mecanismos de regulação da pressão arterial.

Pela sua localização superficial é susceptível a agressões traumáticas que ocasionam imediata redução do fluxo sangüíneo cerebral. Por isso é alvo predileto nas lutas marciais.

Fim

Email= starosa@mtec.com.br