NÚCLEO DE ESTUDOS EM HISTÓRIA DEMOGRÁFICA
BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA
Ano IV, no. 13 - Março de 1997
SUMÁRIO
ROL - Relação de Trabalhos Publicados
Editor deste número: Iraci Costa
Sempre emprestando atenção maior à publicação de resumos de artigos, livros e teses concernentes à nossa área de estudos, assim como aos lançamentos recentes de obras de nosso interesse, vai estampada neste número de nosso Boletim breve nota sobre o termo "plantel", já consagrado pelos estudiosos do escravismo brasileiro mas ainda não contemplado pelos dicionaristas.
BREVE NOTA SOBRE O TERMO "PLANTEL"
Iraci del Nero da Costa
Embora largamente utilizada e aceita por historiadores, demógrafos, sociólogos e economistas, a acepção ora apresentada para o termo "plantel" ainda não se viu, ao que saibamos, consignada pelos dicionaristas e tampouco vem registrada em dicionários técnicos ou em manuais de demografia. Em face de tal lacuna, sugeriu-me, uma colega demógrafa, a redação desta breve nota.
Se o termo for usado sem qualquer especificação refere-se ao conjunto de escravos pertencente a um proprietário tomado individualmente ou a um grupo de proprietários desde que o fossem, com respeito a um especifico grupo de cativos, na condição de sócios. Assim pode-se dizer: "O plantel pertencente a Joaquim da Silva..."; "O plantel de Joana e Maria..."; "Os plantéis, em Minas, eram de pequeno porte...". Nesta mesma acepção deve-se entender a expressão: "O plantel de cativos [ou de escravos] pertencente a João da Cunha compunha-se de três homens e duas mulheres...".
Caso o termo plantel vier acompanhado de uma especificação prevalece esta última. Tal qualificação pode referir-se a um grupo especifico -- segmento social e/ou concernente a determinada atividade profissional ou econômica --, ou a dada região ou área geográfica. Assim, pode-se encontrar: "O plantel vinculado à cafeicultura paulista..."; "O plantel do Nordeste..."; "O plantel dos artesãos somava 23 cativos..."; "Em Minas Gerais o plantel de escravos alcançava número superior a cem mil individuos...".
De outra parte, quando empregado no plural, sem qualificação, e em referência a área geográfica ou grupo social, o termo diz respeito a grupos de cativos pertencentes a proprietários individuais ou, como anotado acima, a sócios. Destarte, pode-se dizer: "No Brasil, plantéis com mais de cem cativos eram raros..."; "No que tange aos profissionais liberais, seus plantéis não eram tão numerosos quanto os dos proprietários agrícolas votados à produção de gêneros de exportação..."; "Com respeito ao sexo dos proprietários, os plantéis pertencentes a mulheres congregavam um número menor de cativos...". Evidentemente, caso ocorra a presença de especificação, prevalecerá esta última; é este o caso da afirmação: "Somados, os plantéis do Rio de Janeiro e do Paraná alcançavam mais de 200.000 cativos..."
Note-se, por fim, que o termo em epígrafe já se acha consagrado na literatura historiográfica brasileira, parecendo-nos impertinente, portanto, a crítica dos que entendem ser ele apenas aplicável a animais; quanto ao seu emprego referentemente a pessoas, lê-se no Novo Dicionário Aurélio: "... Grupo de atletas, ou coristas, ou técnicos etc., que são os mais capazes em sua profissão...".
BAENINGER, Rosana. Espaço e tempo em Campinas: migrantes e a expansão do pólo industrial paulista. Campinas, UNICAMP, 148 p., (Coleção Campiniana, 5).
O estudo acompanha a evolução da população de Campinas, desde o final do século passado até os dias correntes, destacando a importância dos movimentos migratórios na configuração do município, bem como na constituição do espaço urbano-metropolitano que hoje a região apresenta. A preocupação com a reconstrução histórica permitiu observar tipos e características dos movimentos migratórios relacionados a fases da economia e apreender momentos em que a migração contribuiu para a população necessária, outros nos quais passou a ser considerada excedente, e como a visão ideológica a respeito dos migrantes foi se alterando nas diferentes fases. Nesse sentido, a questão do espaço constituiu outra dimensão importante a ser incorporada na análise dos processos migratórios. O acelerado processo de urbanização verificado nas últimas décadas marcou o crescimento das cidades, transformando o espaço urbano. A emergência de uma nova área metropolitana no Estado de São Paulo é um indicativo bastante forte das mudanças ocorridas. A gravidade desse processo já se manifesta com a reprodução de fenômenos como da periferização da população de baixa renda, da formação de eixos de crescimento econômico-populacionais que se diferenciam quanto ao tipo de população neles residente, e um acentuado processo de rejeição ao migrante.
BRUSCHINI, Maria Cristina. Uma abordagem sociológica da família. Revista Brasileira de Estudos de População. São Paulo, ABEP, 6(1), jan./jun. 1989.
Discute o alcance e as limitações de alguns marcos definidores do conceito de família, tanto no que se refere à perspectiva teórica, quanto no que diz respeito às possibilidades de apreender empiricamente esse grupo social. Mostra que, nos estudos atuais sobre a família, de um lado situa-se o recorte mais simbólico da Antropologia, que aprofunda a análise da dinâmica do relacionamento familiar, porém limita-se a segmentos pontuais da sociedade, e de outro encontram-se as pesquisas domiciliares da Sociologia ou da Demografia, capazes de traçar retratos familiares generalizáveis, porém estáticos e limitados ao grupo coincidente com a unidade doméstica. Como exemplo de metodologia possível, descreve os procedimentos adotados e alguns resultados da pesquisa "Estrutura familiar e vida cotidiana na cidade de São Paulo", na qual a autora fundiu algumas das abordagens comentadas, procurando superar suas limitações.
FRANÇA, Jean M. Carvalho. O negro no romance urabano oitocentista. Estudos Afro-Asiáticos. Rio de Janeiro, Centro de Estudos Afro-Asiáticos/Conjunto Universitário Cândido Mendes, no. 30, dez. 1996, p. 97-112.
O objetivo desse pequeno ensaio é demarcar o lugar conferido à personagem negra na sociedade carioca construída nas páginas do romance urbano oitocentista. Para tanto, segue-se o seguinte trajeto: primeiramente, são tecidas rápidas considerações sobre a presença do negro nos textos literários de até meados do século XIX; em seguida, após uma apreciação do estatuto da prosa de ficção no Brasil do oitocentos, busca-se mapear os diversos tipos negros existentes nesse espaço literário. Em tal mapeamento são realçados, sobretudo, três aspectos: as funções desempenhadas pelos personagens negros na cidade ficcional; as suas principais características morais, tal como nos apresentam os romancistas; e, por fim, as suas relações com os demais personagens desse universo.
GODOY, Marcelo Magalhães. Intrépidos viajantes e a construção do espaço: uma proposta de regionalização para as Minas Gerais do século XIX. Belo Horizonte, CEDEPLAR/UFMG, 1996, il., 112 p., (Texto para discussão, 109).
Na primeira parte do estudo é introduzido o universo documental: a obra dos viajantes estrangeiros. É considerada uma série de fatores que intervieram na realização das viagens e na produção dos relatos. Discute-se, ademais, a visão de mundo destes viajantes, o imaginário que compartilhavam e o instrumental de que se utilizaram na apreensão das realidades visitadas. A segunda parte vota-se à avaliação da forma dominante de utilização dos relatos de viagem pela historiografia do período provincial mineiro, apontando-se, ainda, o que o autor considera lacunas no estudo destas fontes históricas. Em seguida são relacionados os viajantes compulsados e se estabelece sua cobertura temporal e representatividade. Nesta terceira parte é introduzida a proposta de regionalização, precedida de discussão em torno das categorias espaço e região. A quarta parte, o cerne do trabalho, está dedicada à apresentação das 16 regiões propostas. Com base nos aludidos viajantes analisa-se a combinação especifica de elementos de diversas naturezas, principalmente os econômicos, que emprestariam unidade a cada região; nesta parte o autor estabelece, ainda, uma breve síntese das principais características da organização econômica da Província de Minas Gerais. No último tópico do trabalho enfatiza-se a importância do redimensionamento da forma predominante em nossa historiografia quanto à utilização dos relatos de viagem, bem como da também preponderante perspectiva de tratamento das categorias espaço e região.
GRADEN, Dale T. "Uma lei... até de segurança pública": resistência escrava, tensões sociais e o fim do tráfico internacional de escravos para o Brasil (1835-1856). Estudos Afro-Asiáticos. Rio de Janeiro, Centro de Estudos Afro-Asiáticos/Conjunto Universitário Cândido Mendes, no. 30, dez. 1996, p. 113-149.
Na década de 1840, Salvador e Rio de Janeiro tinham se tornado cidade africanas. As tensões sociais cresceram com a chegada de milhares de escravos africanos aos portos brasileiros. A preocupação dos escravocratas com a resistência dos escravos, inclusive com possíveis rebeliões, contribuiu para a aprovação da Lei Eusébio de Queiroz pelo Senado imperial em setembro de 1850, que efetivamente deu fim ao tráfico internacional de africanos para o Brasil. Os surtos de febre amarela e cólera entre 1849 e 1856, que muitos atribuíam às más condições de higiene dos navios negreiros, reduziram mais ainda o apoio popular à retomada da importação de escravos. Este artigo demonstra que as pressões internas no Brasil tiveram um papel decisivo na abolição de um comércio lucrativo que havia perdurado por mais de três séculos.
GUTIÉRREZ GALLARDO, Darío Horacio. Terras e gado no Paraná tradicional. (doutorado, FFLCH-USP, 1996), 176 p., mimeografado.
A estrutura econômica e social do Paraná tradicional esteve assentada no latifúndio, na escravidão e na pecuária. Desde sua gestação, no século XVII, até seu auge, na primeira metade do XIX, essa estrutura manteve padrões próprios no emprego de mão-de-obra, apropriação da terra e uso do solo. Esta pesquisa reconstrói e discute esses padrões com base nas cartas de sesmarias concedidas no Paraná nos séculos XVII e XVIII, no inventário de terras ocorrido em 1818 e na relação das fazendas de gado existentes em 1825, complementado esses dados com as listas nominativas de habitantes referentes ao Paraná, disponíveis no Arquivo do Estado de São Paulo. A análise das sesmarias revelou que a origem do latifúndio no Paraná remonta à primeira metade do século XVIII, época em que as de maior tamanho foram distribuídas e 78% das áreas tradicionais foram ocupadas. As redes de parentesco entre os beneficiados reforçaram a constituição dos latifúndios. Em 1818, os vinte maiores proprietários, que representavam 1% do total, detinham 51% das terras. Em contrapartida, os pequenos proprietários com até 100 hectares, que correspondiam a dois terços do total, possuíam 1,3%. Os minifundiários dedicavam-se preferencialmente à pequena lavoura e um em cada dez recorria ao auxílio de escravos. Entre os latifundiários com propriedades acima de 5.000 hectares, oito em cada dez utilizava escravo, sendo a ocupação principal a criação de gado. Os donos das fazendas de criar concentraram o poder econômico e político no Paraná até meados do século XIX, momento no qual a estrutura fundiária tradicional começou gradualmente a desmoronar junto com a escravidão e o ciclo da pecuária.
KLEIN, Herbert S. A integração social e econômica dos imigrantes portugueses no Brasil no fim do século XIX e no século XX. Revista Brasileira de Estudos de População. São Paulo, ABEP, 6(2):17-37, jul./dez. 1989.
Analisa estatísticas portuguesas e brasileiras para determinar o timing e as características dos emigrantes portugueses que vieram para o Brasil, no contexto da emigração portuguesa como um todo. Os padrões de mobilidade geográfica e econômica dos portugueses residentes no país são examinados, especialmente a partir de 1900. Vindos para o Brasil desde o início da colonização, os portugueses foram importantes até a segunda metade do século XX, constituindo o grupo mais numeroso de imigrantes estrangeiros aqui residentes. Eles foram ainda os que mais se concentraram em centos urbanos e os que menos receberam subsídios oficiais, comparativamente a outros grupos de imigrantes. Como conseqüência, o contingente português tendeu a ter uma proporção de homens solteiros maior que aquela presente em outros grupos, tanto europeus como asiáticos. Saindo-se razoavelmente bem como proprietários de terra, obtiveram, porém, um êxito maior nas atividades essencialmente urbanas como a indústria e o comércio. A precoce concentração urbana dos portugueses pode talvez explicar as altas taxas de de sua participação na criminalidade urbana na primeira metade do século XX. Apesar de a rápida integração na economia brasileira justificar a baixa taxa de retorno ao pais de origem -- a mais baixa dentre os imigrantes europeus --, os portugueses foram os mais endógamos, alcançando níveis relativamente baixos de casamento misto, tanto com brasileiros natos quanto com outros grupos de imigrantes.
LEVY, Maria Stella Fereira. A imigração internacional e a fecundidade. Revista Brasileira de Estudos de População. São Paulo, ABEP, 8(1-2), jan./dez. 1991.
Desde o final do século XIX até cerca de 1930, o fluxo migratório foi intenso para o Brasil, concentrando-se no estado de São Paulo, em razão da expansão do café. O maior contingente foi de italianos, destacando-se também o de espanhóis, portugueses e japoneses. Dadas as características de região de fronteira, acredita-se ter havido um aumento das proles de mulheres estrangeiras, conforme descrito por outros autores em relação aos estados do sul do pais. A análise das informações disponíveis sobre composição etária e prolificidade de estrangeiras, bem como sobre razões de sexo e a nupcialidade, permite concluir que o intenso incremento demográfico no estado de São Paulo deveu-se não só à imigração estrangeira, mas, também, a um aumento da fecundidade das mulheres migrantes. Ao redor de 1940 já se teria iniciado um processo de declínio da fecundidade, cujo impacto foi minimizado pelo crescimento da migração nacional (especialmente de nordestinos) em detrimento da imigração internacional.
LEVY, Maria Stella Fereira. Cem anos de movimentos populacionais: São Paulo em destaque. Revista Brasileira de Estudos de População. São Paulo, ABEP, 13(1):15-41, jan./jun. 1996.
Mediante uma série histórica de mais de um século de estatísticas vitais, a autora pretende explicar o impacto da imigração internacional na evolução da população do estado de São Paulo e as mudanças demográficas decorrentes. Analisa os efeitos demográficos do fluxo migratório no crescimento populacional (nos componentes migratório e vegetativo); nas razões de sexo e na nupcialidade; na prolificidade, na natalidade e na fecundidade, ai incluídas a mortalidade materna e as doenças sexualmente transmissíveis. Além desses aspectos, estuda a migração e sua relação com os problemas de saúde pública, focalizando as endemias, o serviço de saúde e a mortalidade. Ao concluir, indica alguns problemas emergentes na conjuntura atual.
MARTINE, George. Estado, economia e mobilidade geográfica: retrospectiva e perspectivas para o fim do século. Revista Brasileira de Estudos de População. São Paulo, ABEP, 11(1), jan. jun., 1994.
A década de 80 marcou uma ruptura com o processo bipolar de redistribuição espacial da população brasileira que vinha predominando desde 1930, conformado pela ocupação das fronteiras simultaneamente à urbanização acelerada. As características do novo ciclo ainda são vislumbradas de forma difusa, mas devem depender, mais diretamente que no passado, da forma de integração do Brasil na economia global. Este artigo visa a fazer uma retrospectiva das principais mudanças no padrão de redistribuição espacial da população, com destaque para o papel do Estado nessas transformações, como ponto de partida para uma reflexão sobre as perspectivas futuras. Conclui que a história da redistribuição espacial da população brasileira deixou um legado bastante propício para as condições de competitividade do pais. A predominância de população urbana, a existência de uma rede integrada de cidades e o nível reduzido de crescimento urbano e demográfico são todos fatores favoráveis nesse cenário de fim de século.
MARTINS, Valter. Nem senhores, nem escravos: os pequenos agricultores em Campinas (1800-1850). Campinas, UNICAMP, 180 p., (Coleção Campiniana, 10).
O autor resgata aspectos da vida dos pequenos agricultores da região de Campinas na primeira metade do século XIX, quadra na qual o Brasil transitava da condição de colônia para a de nação politicamente independente. Para tanto serve-se dos Maços de População e dos Inventários e Testamentos. A questão central colocada pelo autor é a seguinte: tais agricultores, que constituíam maioria entre a população livre da região, viveram sempre ao nível da mera subsistência ou evoluíram para uma situação material melhor? Nos casos contemplados observou-se uma tendência para a melhoria em diferentes patamares até um limite máximo em que alguns pequenos agricultores, ao longo de trinta ou quarenta anos, conseguiram acumular uma riqueza que lhes permitiu significativa diferenciação social.
MATOS, Ralfo. Questões teóricas acerca dos processos de concentração e desconcentração da população no espaço. Revista Brasileira de Estudos de População. São Paulo, ABEP, 12(1-2), jan./dez. 1995.
O artigo aborda teoricamente a questão da desconcentração populacional, fenômeno que começa a se verificar no Brasil na atualidade. Para isto, descreve analiticamente o processo de formação das áreas de concentração econômica e demográfica ao longo do tempo, assinalando a importância de fatores explicativos tais como recursos naturais, intervenção do Estado e economias de aglomeração, entre outros. Observa que estes fatores, mais tarde, mudam de sinal e atuam como força de descompressão de atividades econômicas no espaço. Por outro lado, ao se focalizar a desconcentração populacional em particular, é importante considerar a existência de outros fatores que comparecem na discussão, a exemplo da transição demográfica e das razões não econômicas que movem os migrantes a saírem de grandes centros urbanos. Além isso, a desconcentração demográfica requer certa explicitação teórica em torno dos aspectos ligado à dinâmica excludente do mercado da terra urbana e do mercado de trabalho das áreas-core, algo que atinge inúmeros trabalhadores não-qualificados, especialmente em países não desenvolvidos como o Brasil.
OLIVEIRA, Maria Coleta F. A. de. Trabalho, família e condição feminina: considerações sobre a demanda por filhos. Revista Brasileira de Estudos de População. São Paulo, ABEP, 6(1), jan./jun. 1989.
Tendo por base a análise da condição feminina no regime de trabalho do colonato na cafeicultura paulista e das mudanças havidas em decorrência do assalariamento, focaliza os constrangimentos sobre as atividades produtiva e reprodutiva. Argumenta que as diferenças no tipo de subordinação do trabalhador e sua família em cada um destes regimes respondem pelas diferenças na capacidade de acomodar níveis mais elevados de fecundidade em cada um destes momentos. A possibilidade ou não do trabalhador controlar o tempo (organização, alocação e ritmo) constitui o elemento central do ponto de vista da combinação entre atividades produtivas e reprodutivas em cada uma das situações analisadas.
SALLES, Maria do Rosário Rolfsen. Os médicos italianos em São Paulo (1890-1930) -- um projeto de ascensão social. Revista Brasileira de Estudos de População. São Paulo, ABEP, 13(1):43-65, jan./jun. 1996.
Análise sociológica do processo de imigração profissional de médicos italianos para São Paulo no período colocado entre 1890 e 1930. A análise contempla as trajetórias socioprofissionais no contexto do desenvolvimento urbano do estado no período e das condições sanitárias então existentes em São Paulo.
SILVA, Nelson do Valle. Morenidade: modo de usar. Estudos Afro-Asiáticos. Rio de Janeiro, Centro de Estudos Afro-Asiáticos/Conjunto Universitário Cândido Mendes, no. 30, dez. 1996, p. 79-95.
O objetivo do artigo é discutir a viabilidade ou não da mudança nos critérios de classificação de cor de pesquisas de cunho estatístico no Brasil, nas quais se alteraria a classificação pardo para moreno – polêmica levantada numa das mais recentes pesquisas sobre questão racial no Brasil. O autor procura, então, explorar através dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1976, o perfil dos respondentes que se autoclassificavam como morenos e ver a compatibilidade dessa classificação com aquela proposta pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -- branco, preto, pardo e amarelo --, levando em conta variáveis como educação, renda e região.
STARK, David M. Discovering the invisible Puerto Rican slave family: demographic evidence from the eighteenth century. Journal of Family History. Thousand Oaks (CA), Sage Publications, v. 21, no. 4, out. 1996, p. 395-418.
Traditional notions that family life among slaves during the pre-plantation period in the non-Hispanic Caribbean was necessarily unstable are fadind in light of new research. Although marriage among this segment of the population in Caguas, Cayey, San Germán, and Yauco -- rural parishes in Puerto Rico -- involved only a fraction of the overall number of marriages in these communities, the marriage of slaves was much more frequent than previously assumed. Family life among the eighteenth-century Puerto Rican slave population appears to have been quite stable, as shown by the reconstruction of birth intervals for both married and unmarried mothers. Married and unmarried mothers exhibited similar reproductive behavior. These results strongly suggest that a majority of the unmarried slave mothers lived in unions that were not institutionally recognized, but that were nevertheless stable, as indicated by the high percentage of their children born at intervals comparable to those of married mothers. If unmarried mothers were living in stable consensual unions, then our understanding of these slave family units during the colonial period must be reassessed not only for Puerto Rico but possibly for the rest of the Caribbean and Latin America.
TELAROLLI JúNIOR, Rodolpho. Imigração e epidemias no Estado de São Paulo. História, Ciências, Saúde -- Manguinhos. Rio de Janeiro, Casa de Oswaldo Cruz, III(2):265-283, jul./out. 1996.
O artigo objetiva apresentar e discutir aspectos de interesse sanitário no processo de imigração estrangeira para o estado de São Paulo na primeira década após a proclamação da República. Visa, também, a apresentar as relações da imigração com a formação dos serviços sanitários estaduais e com a elaboração do modelo tecno-assistencial por eles adotado a partir da década de 1890. Num momento em que a febre amarela era a mais freqüente e letal das epidemias que afetavam o estado, matando principalmente os estrangeiros, a defesa do fluxo migratório foi um dos fios condutores das ações em saúde pública. A combinação entre os interesses da cafeicultura, a expansão ferroviária, imigração e febre amarela definiu os rumos da ação sanitária promovida pelas oligarquias no poder nesse período em São Paulo. A organização autoritária do Estado brasileiro não dava espaço à implantação de ações individuais de assistência à saúde. Sempre reivindicada pela população urbana e rural, somente com o desenvolvimento da medicina previdenciária no país, na década de 1930, difundiram-se as ações de assistência individual à saúde.
XAVIER, Regina Célia Lima. A conquista da liberdade: libertos em Campinas na segunda metade do século XIX. Campinas, UNICAMP, 165 p., (Coleção Campiniana, 6).
Como teria sido a vida dos libertos depois da abolição? Investigando grande variedade de fontes, a autora reconstituiu partes importantes da história de homens e mulheres negros que viveram em Campinas a partir da década de 70 do século XIX. Desvendou como teceram os diversos fios que os levaram à liberdade, o modo como organizaram suas vidas e aproveitaram os aprendizados do cativeiro. Identificou as alianças que construíram ao se tornarem trabalhadores livres, as relações com os antigos companheiros da lida nas fazendas, com seus ex-senhores e com os novos amigos da vizinhança.
NOTÍCIA BIBLIOGRÁFICA
REVISTA BRASILIERA DE ESTUDOS DE POPULAÇÃO. Índice Remissimo: 1989-1995.
São Paulo, Associação Brasileira de Estudos de População, 1996.
As informações contidas neste Índice Remissivo referem-se aos artigos publicados na aludida revista nos anos de 1989 a 1995, reunidos nos volumes de 6 a 12. Dando continuidade ao trabalho iniciado no final da década de 80, e que resultou na publicação, em 1988, de um primeiro índice da RBEP, cobrindo os seus cinco primeiros anos de existência (1984-1988), o presente índice tem como objetivo contribuir para facilitar o acesso de pesquisadores à literatura veiculada na revista nos últimos anos, ampliando as possibilidades de cruzamento de assuntos e informações.
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CATIVEIRO & LIBERDADE: Revista Interdisciplinar em História Social. Rio de Janeiro. Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em História Social da UFRJ e Laboratório de História Oral e Iconográfica da UFF, ano II, vol. 3, jan./jun. 1996.
Em face da relevância deste novo periódico reproduzimos abaixo a apresentação elaborada por seus editores, professores Manolo Florentino, da UFRJ, e Sheila de Castro Faria, da UFF.
Depois de dois números iniciais os CADERNOS LIPHIS entram em uma nova fase. A partir de agora congregam-se os esforços institucionais do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em História Social da UFRJ e do Laboratório de História Oral e Iconográfica da UFF, para oferecer aos pesquisadores um espaço de divulgação e reflexão de seus trabalhos.
Também buscamos dar maior identidade a tal espaço, por meio da delimitação de eixos temáticos. Assim, doravante privilegiaremos a divulgação de textos relativos à escravidão brasileira e processos históricos correlatos. Eis aqui o sentido da nova denominação de nosso veículo CATIVEIRO & LIBERDADE.
Os artigos do presente número exemplificam estas novas diretrizes. Ao lado de trabalhos como os de Rodrigues, Andrade e Jucá, centrados na análise de aspectos diretamente relacionados à escravidão, temos as contribuições de Machado e Brugger (acerca, respectivamente, da relação entre migração e socialização parental, da historicidade dos sentimentos), voltadas para objetos que sem dúvida oferecem importantes subsídios para a compreensão mais global do mundo do cativeiro.
Por fim, lembramos que os autores interessados em colaborar com Cativeiro & Liberdade deverão enviar-nos trabalhos inéditos, os quais poderão ser publicados ou não, de acordo com as considerações de consultores especializados. Organizados conforme as normas da ABNT, tais artigos não deverão ultrapassar 30 páginas (30 linhas cada, espaço dois), sendo confeccionados em programa Winword 6.0. Três cópias impressas do texto (com dois pequenos resumos de conteúdo em inglês e português), além da versão em disquete 3 1/2 poderão ser enviadas para:
CATIVEIRO & LIBERDADE
Revista Interdisciplinar de História Social
Rua Pinheiro Machado, 75/404
Laranjeiras
22231-090 Rio de Janeiro RJ
Fone: (021) 552-7741
E-Mail: manolo@ifcs.ufrj.br
PUBLICAÇÕES RECEBIDAS
ONU. Family Planning, health and family well-being. New York, United Nations (Department for Economic and Social Information and Policy Analysis - Population Division), 1996, 458 p.
ONU. Basic Social Services for all - 1997. New York, United Nations (Department for Economic and Social Information and Policy Analysis - Population Division), 1997, cartaz.
ONU. World Population - 1996. New York, United Nations (Department for Economic and Social Information and Policy Analysis – Population Division), 1996, cartaz.
Endereço: Population Division
Department for Economic and
Social Information and Policy Analysis
United Nations
New York NY 10017
USA
BOLETIM INFORMATIVO. Florianópolis, Arquivo Público do Estado de Santa Catarina/Associação de Amigos do Arquivo Público, no. 17, ano V, out./dez. 1996.
Endereço: Av. Mauro Ramos, 1264
Centro
88020-302 Florianópolis SC
Fone: (048) 224-6080
NOVA ECONOMIA: Revista do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG. Belo Horizonte, UFMG/FACE/DCE, vol. 6, no. 2, nov. 1996.
Endereço: Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Ciências Econômicas
Departamento de Ciências Econômicas
Rua Curitiba, 832/701
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30170-120 Belo Horizonte MG
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REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS DE POPULAÇÃO. São Paulo, ABEP, v. 13, no. 1, jan./jun. 1966.
Veja resumos dos artigos atinentes à História Demográfica neste número de nosso BHD.
Endereço: Revista Brasileira de Estudos de População
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13083-970 Campinas SP
Fone: (019) 239-8576
Fax: (019) 257-4396
ESTUDOS AFRO-ASIÁTICOS. Rio de Janeiro, CEAA - Centro de Estudos Afro-Asiáticos, Conjunto Universitário Cândido Mendes, no. 30, dez. de 1996.
Veja resumos dos artigos atinentes à História Demográfica neste número de nosso BHD.
Endereço: Sociedade Brasileira de Instrução
Centro de Estudos Afro-Asiáticos
Rua da Assembléia, 10, conj. 501
Centro
20119-900 Rio de Janeiro RJ
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HISTÓRIA, CIÊNCIAS, SAÚDE -- MANGUINHOS. Rio de Janeiro, Casa de
Oswaldo Cruz, volume III, no. 2, julho/outubro de 1996.
Veja resumo de artigo atinente à História Demográfica neste número de nosso BHD.
Endereço: História, Ciências, Saúde - Manguinhos
Casa de Oswaldo Cruz - Prédio do Relógio
Av. Brasil, 4.365
21040-360 Rio de Janeiro RJ
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CATIVEIRO & LIBERDADE: Revista Interdisciplinar em História Social. Rio de Janeiro. Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em História Social da UFRJ e Laboratório de História Oral e Iconográfica da UFF, ano II, vol. 3, jan./jun. 1996.
Artigos:
CLÁUDIA RODRIGUES. Funerais sincréticos: práticas fúnebres na sociedade escravista.
FRANCISCO EDUARDO DE ANDRADE. O geral no plural: aspectos sociais e econômicos de Minas oitocentista.
CACILDA DA SILVA MACHADO. De uma família imigrante: sociabilidades e laços de parentesco, Curitiba, 1854-1991.
ANTONIO CARLOS JUCÁ SAMPAIO. A pequena produção de alimentos na crise do escravismo: Magé, 1850/1888.
SILVIA MARIA JARDIM BRÜGGER. Casamento e valores sociais: o triunfo do discurso amoroso.
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22231-090 Rio de Janeiro RJ
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NOTÍCIA BIBLIOGRÁFICA E HISTÓRICA. Campinas. PUC - Campinas. Ano XXVIII, n. 163, out./dez. 1996.
Número dedicado a Alfredo Ellis Júnior por motivo do centenário de seu nascimento.
Endereço: Revista Notícia Bibliográfica e Histórica
Caixa Postal 1539
13020-904 Campinas SP
REVISTA DO INSTITUTO DE ESTUDOS BRASILEIROS. São Paulo, IEB/USP, no. 41, 1966.
Número dedicado à obra de João Guimarães Rosa por motivo do cinqüentenário da publicação de Sagarana.
Endereço: Revista do IEB
Av. Prof. Mello Moraes, trav. 8, no. 140
Cidade Universitária
05508-900 São Paulo SP
Fones: (011) 818-3227
(011) 818-3199
GODOY, Marcelo Magalhães. Intrépidos viajantes e a construção do espaço: uma proposta de regionalização para as Minas Gerais do século XIX. Belo Horizonte, CEDEPLAR/UFMG, 1996, il., 112 p., (Texto para discussão, 109).
Veja resumo deste trabalho neste número de nosso BHD.
GODOY, Marcelo Magalhães. Duas trajetórias distintas da agroindústria da cana-de-açúcar no novo mundo (séculos XVI a XIX). Belo Horizonte, Faculdade de Ciências Econômicas/Universidade Federal de Minas Gerais, setembro/94, 20 p., mimeografado.
GODOY, Marcelo Magalhães. Engenhos do dezenove: a agroindústria da cana-de-açúcar em Minas Gerais. Belo Horizonte, Faculdade de Ciências Econômicas/CEDEPLAR/Universidade Federal de Minas Gerais, 16 p., mimeografado. Também puplicado: Anais do IV Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia, SBHC, dezembro/1993.
Endereço: Marcelo Magalhães Godoy
R. Desembarg. Paula Mota, 490, Ap. 702
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31310-340 Belo Horizonte MG
BOLETIM DO HISTORIADOR. São Paulo, ANPUH - Núcleo Regional de São Paulo, ano IV, no. 20, março de 1997.
Endereço: Boletim do Historiador
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BOLETIM ABEA - Associação Brasileira de Estudos Americanos. Porto Alegre, ABEA, no. 1, março de 1997.
A ABEA lançará sua revista ainda em 1997 e no ano vindouro promoverá, em Porto Alegre, a X Jornada de Estudos Americanos: ABEA 98.
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BOLETIM DO CENTRO DE MEMÓRIA - UNICAMP. Campinas, UNICAMP, ano 1, no. 4 (nova fase), out./dez. 1996.
Publicações e Lançamentos
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Revistas:
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RESGATE - Revista de Cultura
OUTROS OLHARES.
Livros:
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ABRAHÃO, Fernando Antonio (org.). Correspondência passiva de Francisco Glicério, 208 p., (Coleção Instrumentos de Pesquisa, 2).
SCARPELINE, Rosaelena (coord.). História de Campinas através da hemeroteca João Falchi Trinca, (Coleção Instrumentos de Pesquisa).
IANNI, Octavio. Uma cidade antiga, 2a. ed., 139 p. (Coleção Tempo & Memória, 1).
GUSSI, Alcides Fernando. Os norte-americanos (confederados) do Brasil, identidades no contexto internacional, (Coleção Tempo & Memória, 2).
BERTUCCI, Liane Maria. Saúde: arma revolucionária. São Paulo: 1891/1925, (Coleção Tempo & Memória, 3).
SANTOS FILHO, Lycurgo de Castro & NOVAES, José Nogueira. A febre amarela em Campinas: 1889-1900, 302 p., (Coleção Campiniana, 2).
ALBINO, Marcus. "Ide por todo mundo": a Província de São Paulo como campo de missão presbiteriana (1869-1892), 143 p., (Coleção Campiniana, 3).
RIBEIRO, Arilda Ines Miranda. A educação feminina durante o século lo XIX: o Colégio Florence de Campinas (1863-1889), 179 p., (Coleção Campiniana, 4).
BAENINGER, Rosana. Espaço e tempo em Campinas: migrantes e a expansão do pólo industrial paulista, 148 p., (Coleção Campiniana, 5).
Veja resumo deste trabalho neste número de nosso BHD.
XAVIER, Regina Célia Lima. A conquista da liberdade: libertos em Campinas na segunda metade do século XIX, 165 p., (Coleção Campiniana, 6).
Veja resumo deste trabalho neste número de nosso BHD.
BADARÓ, Ricardo. Campinas, o despontar da modernidade, 161 p., (Coleção Campiniana, 7).
CARPINTERO, Antonio Carlos Cabral. Momento de ruptura. As transformações no centro de Campinas na década dos cinqüenta, 91 p., (Coleção Campiniana, 8).
SILVA, Kleber Pinto. A cidade, uma região, o sistema de saúde: para uma história social e da urbanização em Campinas - SP, 124 p., (Coleção Campiniana, 9).
MARTINS, Valter. Nem senhores, nem escravos: os pequenos agricultores em Campinas (1800-1850), 180 p., (Coleção Campiniana, 10).
Veja resumo deste trabalho neste número de nosso BHD.
ALANIZ, Anna Gicelle Garcia. Ingênuos e libertos: estratégias de sobrevivência familiar em épocas de transição (1871-1895). (Coleção Campiniana).
O resumo deste trabalho já foi publicado em número anterior deste BHD.
Endereço: Área de Publicações do CMU-Unicamp
R. Sérgio Buarque de Holanda, 800
Cidade Universitária "Zeferino Vaz"
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13083-970 Campinas SP
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Os livros, cópias de artigos publicados e exemplares de monografias, de dissertações e de teses que nos forem enviados, serão regularmente divulgados nesta secção e incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP.
BHD - IRACI COSTA.
R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21.
05004-000, São Paulo, SP.
BRASIL.
CENSO DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA
Para mantermos uma relação atualizada dos pesquisadores votados à área de demografia histórica, solicitamos aos colegas que nos enviem informações concernentes à sua produção cientifica. É desejável que tais informes venham acompanhados de resumos dos estudos em tela, do endereço completo do(s) autor(es) e da indicação da instituição à qual se vincula(m). O material que nos chegar será divulgado neste Boletim e incorporado ao ROL - Relação de trabalhos publicados no campo da demografia histórica, organizado pelo NEHD e colocado à disposição de todos os colegas.
Correspondência para:
CENSO - José Flávio Motta
R. João Vitorino de Souza, 250 Ap. 23-A
04728-180 São Paulo SP
BRASIL
CENSO DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA - SEGUNDA FASE
ENI DE MESQUITA SAMARA
CEDHAL/USP
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CIDADE UNIVERSITÁRIA
05508-900 SÃO PAULO SP
tel. (011) 818-3745
fax. (011) 815-5273
Trabalhos atinentes à História Demográfica:
A família brasileira. São Paulo, Brasiliense, 4a. ed., 1993, 89 p., (Coleção Tudo é História, vol. 71).
As mulheres, o poder e a família. São Paulo, Marco Zero/Secretaria de Estado de Cultura, 1989, 194 p.
Demografia Histórica: bibliografia brasileira. São Paulo, IPE-USP/FINEP, 1984, 75. (co-autoria de Iraci Costa)
O papel do agregado na região de Itu (1780-1830). São Paulo, Museu Paulista, 1977, p. 11-121, (Coleção Museu Paulista, série história, vol. 6).
Heading households and surviving in a man's world: Brazilian women in the nineteenth century. In: HAYNES, Mary Jo e WALTER, Ann (orgs.). Gender, Kinship and Power. Minnesota, Minnesota University Press, 1995, p. 233-42.
Manos femininas: trabajo e resistência de las mujeres brasileñas. In: PERROT, Michelle (ed.). Historia de las Mujeres, El siglo XX, v. 5, 1993, p. 709-18, (co-autoria de Maria Izilda de Santos Matos).
Mulheres brasileiras: direitos e alternativas em sociedades patriarcais. IX Jornadas de Investigación Interdisciplinaria sobre la Mujer. Madrid, Universidad Autonoma, 1993, p. 39-52.
Mulheres brasileiras: direitos e alternativas em sociedades patriarcais, séculos XVIII e XIX. Actas das Primeiras Jornadas de História de las Mujeres. Departamento de Ciencias Sociales,
Universidad Nacional de Lujan, p. 19-30.
Mujeres esclavas en el Brasil del siglo XIX. In: PERROT, Michelle (ed.). Historia de las Mujeres, siglo XIX. Madrid, Editorial Taurus, v. 4, 1992, p. 643-54, (co-autoria de Horacio Gutiérrez).
La mujer en la historiografia latinoamericana reciente. In: NUÑES SANCHEZ, Jorge (ed.). Historia de la Mujer y la familia. Quito, Ed. Nacional/ADHILAC, 1991, p. 153-70. (Coleccion Nuestra Patria es America, no. 1).
A mulher e a família na historiografia latino-americana recente. Revista de Pós-Graduação em História da UFRGS. Porto Alegre, v. 1, no. 1, maio 1993, p. 23-48.
Feminismo, justiça social e cidadania na América Latina. Caderno Espaço Feminino. Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia/CDHIS/NEGUEM, 1995, v. 2, no. 1/2, p. 5-14.
Feminism, social justice and citizenship in Latin America. Journal of Women's History. v. 6, no. 2, summer, 1994, 135-143.
Famílias e domicilios em sociedades escravistas (São Paulo no século XIX). In: MARCILIO, M. Luiza et alii (org.). História e população: estudos sobre a América Latina. São Paulo, Fundação SEADE/ABEP/IUSSP/CELADE, 1990, p. 175-84.
RESUMO.
Analisam-se famílias e domicílios na cidade de São Paulo, no inicio do século XIX. Estudam-se os tipos de famílias, os arranjos domiciliares, os tipos de uniões, a ilegitimidade dos filhos, estado conjugal, chefia de família, tamanho da prole e dos plantéis de escravos etc., observando-se a importância dos testamentos como fonte de informação.
A produção da ABEP na área de demografia em uma perspectiva histórica no conjunto da produção nacional: levantamento, análise e sugestões. In: BERQUÓ, Elza (org.) ABEP: primeira década -- avanços, lacunas e perspectivas. Belo Horizonte, ABEP, p. 99-126, 1988.
RESUMO.
Aborda-se o tema demografia histórica no Brasil a partir de uma pesquisa bibliográfica concernente a trabalhos apresentados em encontros e seminários promovidos pela ABEP - Associação Brasileira de Estudos Populacionais, ou estampados em suas publicações.
Tendências atuais da história da família no Brasil. In: ALMEIDA, Angela Mendes et alii. Pensando a família no Brasil. Rio de Janeiro, Espaço e Tempo, p. 25-36, 1987.
A constituição da família na população livre (São Paulo no século XIX). In: COSTA, I. (org.). Brasil: história econômica e demográfica. São Paulo, IPE-USP, p. 189-203, 1986. Também publicado: Anais do IV Encontro Nacional da ABEP. Águas de São Pedro, ABEP, v. 4, p. 2.135-57.
Latinas das Américas: um repasse pela historiografia recente. XI Semana de História, FCL da UNESP, 1991, p. 21-31.
Mulheres das Américas, um repasse pela historiografia latino-americana recente. São Paulo, Marco Zero/ANPUH, set./fev. 1990/1991, v. 11, no. 21, p. 227-240.
A casa e o trabalho: mulheres brasileiras no século XIX. In: Anais do II Encontro Nacional de Estudos do Trabalho. São Paulo, ABET, 1991, p. 277-318. Também publicado: La casa y el trabajo: mujeres brasileñas en el siglo XIX. Anuário del IEHS, VI, Tandil, Argentina, 1991, p. 139-53.
Mulheres chefes de domicilio: uma análise comparativa no Brasil do século XIX. Anuário del IEHS, Tandil, Argentina, 1992, p. 167-79. Também publicado: História. São Paulo, UNESP, v. 12, 1993, p. 49-61.
RESUMO. Recent studies of nineteenth century Brazilian household structure reveal a surprising fraction of households headed by women, from 45% in Minas Gerais in 1804 to as little as 11% in Fortaleza in 1887. While female participation in the work force may explain these variations, the author points to the need for more research to map the spatial and chronological dimensions and to explain their economic and social significance.
A família escrava no Brasil. D.O. Leitura. São Paulo, IMESP, 7(77):10, out. 1988.
A família negra no Brasil: escravos e libertos. Anais do 6o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, v. 3, p. 39-58, 1988. Também publicado, com o título: A família negra no Brasil. Revista de História (nova série). São Paulo, FFLCU-USP, no. 120, p. 27-44, jan./jul. 1989.
RESUMO. Examina-se a questão das relações familiares dos escravos e dos negros libertos no Brasil. Discutem-se as atitudes da Igreja e dos senhores de cativos em relação à constituição de famílias estáveis de escravos ou forros.
A família no Brasil: balanço da produção e rumos de pesquisa. Anais do 5o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, vol. 1, p. 167-92, 1986.
Família e agregados: duas experiências de pesquisa em demografia histórica. Anais do III Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, p. 461-4, 1983.
RESUMO. Trata-se do relato de duas pesquisas -- O papel do agregado na região de Itu (1790-1830) e A família na sociedade paulista do século XIX -- nas quais analisa-se a hipóteses de que o modelo patriarcal, tido como predominante na sociedade paulista do século passado, define-se, apenas, como uma possibilidade num conjunto de outros modelos, também representativos da família paulista. Os dados utilizados foram levantados dos Maços de População (listas nominativas de habitantes) para o período 1773-1836. Para o estudo da família foram compulsados, além dos Maços de População, os testamentos do Terceiro Ofício da Família e os processos de Divórcio e Nulidade de Casamentos.
O dote na sociedade paulista do século XIX: legislação e evidências. Anais do Museu Paulista. São Paulo, USP, t. XXX, 1980-1981, p. 41-53.
Economias exportadoras e formação do mercado de trabalho; mulheres brasileiras em atividades do setor informal, séculos XVIII e XIX. SOLAR, Estudios Latino-Americanos. Santiago, Chile, 1993, p. 50-7.
Aspectos de uma vila paulista em 1813. (de acordo com os dados fornecidos pelos Maços de População de Itu). Anais do 7o. Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História. São Paulo, ANPUH, v. 1, p. 347-370, 1974.
Uma contribuição ao estudo da estrutura familiar em São Paulo durante o período colonial: a família agregada em Itu (1780-1830). Revista de História. São Paulo, FFLCH-USP, (105): 33-45, 1976.
Casamento e papéis familiares em São Paulo no século XIX. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, (37): 17-25, mai. de 1981.
RESUMO. Analisa-se o papel do casamento na sociedade paulista durante o século XIX com base em informações censitárias, testamentos e diversos manuscritos da época. Constata-se que os matrimônios realizavam-se num círculo limitado da população e estavam sujeitos a certos padrões e normas, que agrupavam os indivíduos em função da origem e da posição sócio-econômica ocupada. Este fato não eliminou a fusão dos grupos sociais e raciais, que ocorreu paralelamente, através das uniões esporádicas e da concubinagem. Esta situação é explicada pelo padrão duplo de moralidade que regulava as relações dos sexos, em cada grupo social. As mulheres de classe alta, circunscritas à vida familiar, aspiravam ao casamento e maternidade. Ao passar da tutela do pai à do marido, ficavam menos expostas às relações ilícitas e mais aptas a desempenhar um papel tradicional e restrito. Nas camadas mais baixas, mestiças, negras e mesmo brancas, viviam menos protegidas e mais sujeitas à exploração sexual. Suas relações se desenvolviam dentro de uma moral que, principalmente em virtude das dificuldades econômicas e de raça, se contrapunha ao ideal de castidade, embora não chegando a transformar a maneira pela qual a cultura dominante encarava a questão da virgindade e nem a posição privilegiada do sexo masculino. Muitos arranjos matrimoniais eram feitos a fim de preservar o patrimônio econômico, sem a participação ou o consentimento dos nubentes. Essa mesma preocupação explica, também, a ocorrência de muitos casamentos consangüíneos e alta proporção de celibatos.
A estrutura da família paulista no começo do século XIX. Boletim do Museu da Casa Brasileira. São Paulo, 4: 29-38, 1981.
Os agregados: uma tipologia ao fim do periodo colonial (1780-1830). Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 11(3): 159-68, set./dez. 1981.
RESUMO. Pretende-se deslindar a partir de seu contexto histórico concreto, no caso a Vila de Itu de 1780 a 1830, as características e as formas que pode assumir uma camada social especifica: os agregados. O estudo de tal camada revela a complexidade social vigente no Brasil durante o período colonial. A tipologia dos agregados, permite perceber a existência de categorias distintas dentro de um mesmo estrato social e suas diferentes formas de articulação com o sistema envolvente. Tomam-se dois pontos básicos: as condições que favorecem a constituição desses elementos como categoria social e as funções que exerceram em relação às necessidades gerais do sistema. Apesar da presença da escravidão que, ao lado da economia mercantil, expropriou os agregados da terra e os afastou das atividades econômicas mais importantes, observa-se que não houve uma marginalização total destas pessoas, as quais, de forma indireta, contribuíram para a sustentação do sistema escravista.
Família, divórcio e partilha de bens em São Paulo no século XIX. Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 13(no. especial): 787-97, 1983.
RESUMO. As discussões a respeito do divórcio indicam a necessidade de um estudo mais profundo concernente aos papéis que cabem a homens e mulheres na família e na sociedade. Tal o objetivo do estudo, realizado para São Paulo no século XIX. Utilizam-se informações disponíveis nos arquivos da Cúria Metropolitana de São Paulo e no Tribunal de Justiça do Estado. Em São Paulo, o processo mais antigo de divórcio data de 1700. Os motivos que causavam tensões entre os cônjuges foram praticamente os mesmos em todo o século XIX, parecendo independer da época ou do grupo social ao qual pertenciam os casais. Entre eles estavam os atentados contra a moral e os costumes e a injúria grave. Neste último caso, a mulher poderia pedir a separação, alegando, por exemplo, que o marido a acusara de não ser virgem ao casar. O código criminal brasileiro, absorvendo os princípios da legislação portuguesa, faz discriminação entre os sexos no tocante à caracterização dos delitos e às punições. Enquanto para a mulher bastava um desvio, para o marido era necessário o concubinato. Como pena, estabelecia-se a prisão, com trabalho, pelo prazo de 1 a 3 anos. Decidida a separação, a lei exigia que a mulher fosse "depositada" em casa honesta, sendo da competência do juiz arbitrar-lhe alimentos, à custa do rendimento do casal. O marido podia questionar a idoneidade do depositário. Conclui-se que a mulher era colocada em situação de inferioridade pela própria natureza dos papéis sociais que lhes eram reservados. Não se lhe garantia igualdade de tratamento nos casos de adultério e na questão da tutela dos filhos. Mesmo assim, mais mulheres moveram ações de divórcio do que homens.
Família e agregados. Fontes documentais e técnicas de análise. Leopoldianum, Santos, 10(29):25-42, dez. 1983.
Os testamentos de libertos como fonte para a história da escravidão. Revista Brasileira de História. São Paulo, 8(16): 266-8, mar./ago. 1988.
Estratégias matrimoniais no Brasil do século XIX. Revista Brasileira de História. São Paulo, ANPUH/Marco Zero, 8(15):91-105, set.87/fev.88.
Relações do cotidiano: as famílias e seus escravos e agregados. Leopoldianum. Santos, 15(42): 15-26, abr. de 1988.
A história da família no Brasil. Revista Brasileira de História. São Paulo, ANPUH/Marco Zero, 9(17): 7-35, set.88/fev.89.
Personagens femininas nas vozes masculinas: o casamento nos romances de costumes do século XIX. Revista Travessia, Mulher século XIX. Florianópolis, no. 23, 1991, p. 255-73. (co-autoria de Eliane Cristina Lopes)
Novas imagens da família à brasileira. Psicologia. São Paulo, USP, v. 3, no. 1-2, 1992, p. 59-68.
Patriarcalismo, família e poder na sociedade brasileira séculos XVI-XIX. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 11, no. 22, mar./ago. 1991, p. 7-33.
Mulher e casamento nas imagens veladas do nosso passado. 14o. Simpósio Nacional da ANPUH. Brasilia, julho de 1987.
A família escrava no Brasil. Congresso Internacional da Escravidão. Curitiba, junho de 1988.
Casamento e raça em sociedades escravistas, São Paulo no século XIX. Congresso Internacional da Escravidão. São Paulo, USP, junho de 1988.
Família e mestiçagem em sociedades escravistas (São Paulo no século XIX). 12o. Encontro Anual da ANPOCS. Águas de São Pedro, outubro de 1988.
Family and nupciality in Brazil. Florença, European University Institute, mimeografado.
Pensando a familia negra em São Paulo, século XIX. São Paulo, Secretaria Municipal da Cultura, maio de 1988.
Emigrantes cearenses no final do século XIX. Comunicação apresentada na 15a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Familia e da População no Passado Brasileiro. São Paulo, IPE-USP, maio de 1990. (co-autoria de Maria Silvia B. Bassanezi e Nelson Nozoe).
Feminismo, cidadania e trabalho: o Brasil e o contexto latino-americano nos séculos XVIII e XIX. (livre-docência, FFLCH-USP, 1994).
Estatísticas históricas para estudos de população: o acervo do arquivo público estadual do Ceará. Revista Brasileira de Estudos de População, vol. 6, no. 1, jan./jun. 1989, p. 101-103. (co-autoria de Nelson Nozoe e Maria Silvia B. Bassanezi).
Mistérios da 'fragilidade humana': o adultério feminino no Brasil, séculos XVIII e XIX. Revista Brasileira de História. São Paulo, vol. 15, no. 29, 1995, p. 57-71.
NOTÍCIAS E INFORMES
INFORME-SE SOBRE A REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS
Endereço: Revista Estudos Feministas (IFCS/UFRJ)
Largo de São Francisco, 1, sala 427
Centro
20051-070 Rio de Janeiro RJ
Fone: (021) 221-0341 ramal 403
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O ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO TEM NOVA SEDE
A nova sede do Arquivo Público do Estado de São Paulo localiza-se na Rua Voluntários da Pátria, 596, em Santana, bairro da zona norte te de São Paulo. O prédio no qual funcionava o Arquivo, na Rua Dona Antônia de Queiroz, passará a atuar como Arquivo Intermediário do Estado, como ocorre com o imóvel, ora em reforma, situado na Avenida Presidente Wilson.
RELAÇÃO DE TRABALHOS PUBLICADOS NA ÁREA DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA - ROL
A relação integral e atualizada dos trabalhos e resumos divulgados pelo BHD acha-se no arquivo ROL (RELAÇÃO DE TRABALHOS PUBLICADOS). Para recebê-lo envie, para o endereço abaixo, a solicitação e dois disquetes já formatados que -- se compatíveis com a linha IBM-PC e de dupla face -- podem ser de qualquer marca, especificação (3 1/2" ou 5 1/4"), densidade (DD-dupla densidade ou HD-alta densidade) ou capacidade (360 Kb, 700 Kb, 1,2 Mb ou 1,44 Mb).
ROL – IRACI COSTA
R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21.
05004-000, São Paulo, SP.
BRASIL
TRABALHOS INCORPORADOS AO ARQUIVO ROL
FARIA, Sheila de Castro. História da famÍlia e demografia histórica. In: CARDOSO, Ciro Flamarion & VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro, Campus, 1997, p. 241-258. O resumo deste trabalho já foi publicado em número anterior deste BHD.
GOMES, Flávio dos Santos. Histórias de quilombolas: mocambos e comunidades de senzalas no Rio de Janeiro -- século XIX. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1995. (Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa, 6).
MACHADO, Paulo Pinheiro. Colonizar para atrair: a montagem da estrutura imperial de colonização no Rio Grande do Sul (1845-1880). (Mestrado, UNICAMP), 1996.
MENEZES, Lená Medeiros de. Os estrangeiros e o comércio do prazer nas ruas do Rio (1890-1930). Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1992, (Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa, 2).
PAPALI, Maria Aparecida Chaves Ribeiro. Vestígios de um cotidiano: trabalhadores escravos, lavradores, negociantes e coronéis em São José do Campos (1870-1888). (Mestrado, PUC-SP), 1996.
PORRO, Antônio. O povo das águas: ensaios de etno-história amazônica. Petrópolis, Vozes/EDUSP, 204 p.
RESUMO. As tribos indígenas encontradas ao longo do Rio Amazonas nos séculos XVI e XVII, em sua maioria, ficaram sem ser estudadas. Muitas desapareceram por aculturação ou por morte de seus componentes. Neste livro vão reunidos nove ensaios que abordam diversos aspectos das tribos que povoaram as margens do Amazonas naqueles séculos. Detalha-se o ecossistema e a demografia das populações da várzea. São contemplados, ademais, o contato com os europeus e os mecanismos culturais e econômicos de tais tribos. A leitura é auxiliada por ilustrações e mapas.
PRIORE, Mary del (coord.). História das mulheres no Brasil. São Paulo, Contexto/UNESP, 1997, 678 p.
QUINTANEIRO, Tania. Retratos de mulher: o cotidiano feminino no Brasil sob o olhar de viageiros do século XIX. Petrópolis, Vozes, 244 p.
RESUMO. São tratados os testemunhos escritos de viajantes que visitaram o Brasil e deixaram diários, cartas, relatórios comerciais e diplomáticos e até roteiros turísticos. Tais fontes estão elencadas nas p. 227-236 da obra em apreço.
SILVA FILHO, Geraldo. O oficialato mecânico em Vila Rica no século dezoito e a participação do escravo e do negro. (Mestrado, USP), 1997.
A assinatura deste Boletim efetua-se mediante a remessa de 20 disquetes, já formatados, para nossa Editoria. Tais disquetes – se compatíveis com a linha IBM-PC e de dupla face --, podem ser de qualquer marca, especificação (3 1/2" ou 5 1/4"), densidade (DD-dupla densidade ou HD-alta densidade) ou capacidade (360 Kb, 700 Kb, 1,2 Mb ou 1,44 Mb). Interessa-nos receber notas de pesquisa em andamento, resumos, resenhas e artigos concernentes à área de estudos populacionais. Tais contribuições poderão ser escritas em português, castelhano, italiano, francês ou inglês. Reiteramos, por fim, a solicitação da remessa de trabalhos já publicados e concernentes à nossa área de especialização. Eles serão divulgados no Boletim e incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP. Caso remanesçam dúvidas entre em contato conosco.