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BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

Ano IX, no. 26, agosto de 2002

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SUMÁRIO  

 

Apresentação

Artigos

 Resumos

Publicações Recebidas

 Notícias e Informes

ROL - Relação de Trabalhos Publicados

                 

                    

Apresentação

                

Nosso BHD de agosto distingue-se pela variedade de informações nele recolhidas. Ao artigo original de Ana Sílvia Volpi Scott soma-se o rico levantamento efetuado por Agnaldo Valentin; ao arrolamento das dissertações e teses apresentadas no Paraná, aliam-se a divulgação do precioso Guia de Fontes para a História do Sul de Minas e do valioso catálogo intitulado Memória da Igreja em Mato Grosso: o arquivo da Cúria Metropolitana de Cuiabá, do qual nos dá criteriosa notícia nossa colega Maria Adenir Peraro. Ademais, além de podermos oferecer um número expressivo de resumos, coube-nos o feliz ensejo de agregarmos a este número a indicação dos trabalhos de nosso colega René Daniel Decol, que se marcam pela originalidade, e de divulgarmos o resumo das comunicações apresentadas, por pós-graduandos que se iniciam nos estudos demo-econômicos, no I Encontro de Pós-graduação em História Econômica. A riqueza dos temas levantados por essa nova geração de pesquisadores é garante seguro de que nossa área ainda está por conhecer desenvolvimentos mais expressivos do que os alcançados até o presente.

         

Artigos

        

Ana Sílvia Volpi Scott. Da reconstituição de famílias à reconstrução de comunidades históricas: um exemplo do Noroeste de Portugal. Trabalho apresentado originalmente no Seminário Demografia Histórica: reflexões e experiências recentes de pesquisas, promovido em 2001 pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP e pelo Núcleo de Estudos da População – NEPO. Para ler este artigo

       

Agnaldo Valentin. A presença das fontes primárias nos Simpósios Nacionais da ANPUH. O autor elabora um levantamento que abarca o esforço realizado por pesquisadores na recuperação de informações sobre fontes primárias para a história do Brasil e publicados nos Anais dos Simpósios Nacionais promovidos pela Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH). Tal arrolamento abrange os encontros realizados entre 1965 (III Simpósio, o primeiro com uma sessão votada às fontes primárias) e 1979, quando se deu o IX Simpósio. Para ler este artigo

         

Maria Adenir Peraro. Notícias sobre fontes eclesiásticas do Brasil: o arquivo da Cúria Metropolitana de Cuiabá, Mato Grosso. A autora, coordenadora do projeto que culminará em outubro próximo com o lançamento do catálogo intitulado Memória da Igreja em Mato Grosso: o arquivo da Cúria Metropolitana de Cuiabá, apresenta um circunstanciado relato do desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa necessários ao preparo do material ora divulgado, indicando, ademais, em linhas gerais o conteúdo da publicação e as imensas potencialidades da documentação que se coloca à disposição dos pesquisadores interessados em alargar nossos conhecimentos nas áreas da história demográfica, econômica e social e concernentes a uma vasta e relevante área do território brasileiro. Para ler este artigo

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  Resumos

               

ANDRADE, Marcos Ferreira de & CARDOSO, Maria Tereza Pereira. A Vila da Campanha da Princesa: fontes para a História do Sul de Minas. Vária História, Belo Horizonte, Departamento de História da UFMG, n. 23, p. 214-233, julho de 2000.

RESUMO. Este artigo apresenta alguns resultados do Projeto Memória Cultural do Sul de Minas, realizado em parceria interinstitucional entre a Universidade do Estado de Minas Gerais – Campus de Campanha e a Fundação de Ensino Superior de São João Del-Rei – FUNREI, com o financiamento da FAPEMIG.  Além de apresentar uma descrição sumária dos acervos regionais do Sul de Minas e discutir a importância dessas fontes para a História de Minas Gerais, procurou-se apontar temas ainda pouco pesquisados, estabelecendo um diálogo com a historiografia recente.

ABSTRACT. This article presents some results derived from the project Cultural Memory of Southern Minas Gerais, a project sponsored by FAPEMIG, a governmental foundation, which consists of a joint venture between the Universidade do Estado de Minas Gerais – Campus de Campanha - and Fundação de Ensino Superior de São João del-Rei - FUNREI - a federal institute of higher education. The paper not only presents a brief description of the archives in Southern Minas Gerais, but also discusses the importance of these sources of study for the history of the state, as well as indicating some themes which have attracted little attention so far, thus establishing a critical dialogue with lately developed historiography.

  

ANDRADE, Maria José de Souza. A mão-de-obra escrava em Salvador, de 1811-1860, um estudo de história quantitativa. Salvador, dissertação de Mestrado, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia, 1975, mimeografado, 172 p. Também publicado, com o mesmo título: São Paulo, Corrupio / Brasília, DF, CNPq, 1988, (Coleção Baianada).

RESUMO. Estuda o grupo social constituído pelos escravos na cidade de Salvador, de 1811 a 1860, considerando-os numa condição sócio-econômica dupla: mão-de-obra e mercadoria. Reconhecendo no escravo uma importante força de trabalho e uma mercadoria altamente comerciável, a autora dirige sua atenção para o conhecimento do grupo escravo enquanto agente de produção. São consideradas as variáveis que influenciavam os preços dessa mercadoria especial. As variáveis intrínsecas ao próprio escravo (sexo, idade, qualificação profissional e estado de saúde), bem como as extrínsecas a ele: fatores políticos, sociais ou econômicos, tanto locais como nacionais e internacionais. Verifica, ademais, quanto valor do plantel representava da fortuna total de senhores residentes em Salvador no correr do período analisado.

   

CARVALHO, Andréa Aparecida de Moraes Cândido de.  Negros de Lages Memória e Experiência de Afrodescendentes  no Planalto Serrano: 1960-1970. Florianópolis, UDESC, 2001. (Trabalho de Conclusão de Curso de História).

RESUMO. Este ensaio pretende contribuir com as demais pesquisas que objetivam dar mais visibilidade às experiências das populações de origem africana no Estado de Santa Catarina. Com esse estudo retrataremos a presença e a vivência dos afrodescendentes na cidade de Lages, enfocando as décadas de 1950 e 1960, período no qual a região serrana sofre mudanças significativas em sua economia, alterações essas que se refletiram de maneira expressiva nas relações sociais e no cotidiano daquela população. Localizada na região centro-sul do Estado de Santa Catarina, compreendendo o planalto catarinense, a Vila Nossa Senhora dos Prazeres das Lagens foi fundada em 1771 pelo Guarda-Mór Antônio Correia Pinto de Macedo. O povoamento anterior à instituição da Vila era constituído por povos indígenas das nações Xokleng e Kaingang, europeus, eurodescendentes, africanos e afrodescendentes  escravizados. Entre os primeiros africanos e afrodescendentes que chegaram em Lages, cerca de 50 foram trazidos com as 12 famílias vindas com o fundador da Vila. Muitos outros vieram também na condição de escravos, comprados na feira de Sorocaba-SP e trazidos pelos estancieiros do Sul. Região de muitas planícies, Lages, por muito tempo, manteve características rurais devido à pecuária extensiva nas diversas fazendas espalhadas pelos imensos e longínquos campos. Estas fazendas, no início, foram formadas e mantidas também pela força de trabalho de escravos. O trabalho na roça ou ainda na lida com o gado era executado pelos homens, enquanto as mulheres serviam como amas-secas e atendiam aos demais serviços domésticos na fazenda. No auge da pecuária extensiva, Lages assemelhava-se a um burgo onde eram fortemente marcadas as relações sociais entre a figura patriarcal do fazendeiro e os trabalhadores do campo (peão, agregado, lavrador; também se colocavam sob o comando do fazendeiro, os trabalhadores da terra, chamados de caboclos; eram trabalhadores livres que prestavam serviços nas fazendas, mas que também não eram poupados da exploração de seu trabalho pelo fazendeiro). Esse cenário começa a se modificar quando, entre as décadas de 50 e 60, migram para a região outros grupos populacionais, ítalo-brasileiros do Rio Grande do Sul e teuto-brasileiros, vindos  da região litorânea de Santa Catarina. Ambos os grupos vieram a fim de explorar a floresta araucária. Essa nova situação desdobrou-se nas seguintes conseqüências: o número de pessoas aumentou, ocorrendo um inchaço populacional na cidade; a pecuária extensiva entrou em crise, coincidindo com a exploração dos pinheirais; aumentou também o número de indústrias de beneficiamento de madeiras, promovendo um grande deslocamento de trabalhadores do campo para a cidade em busca de melhores ofertas de trabalho, uma vez que as madeireiras concentravam-se no perímetro urbano da região. Com essa nova configuração na economia lageana, surgem novas frentes de trabalho, desenvolvendo os espaços sociais da cidade tais como: ruas, cafés, bairros, clubes, escolas, praças, entre outros espaços públicos, onde a população afrodescendente se fez visível. Embora os bairros do Lagoão, Conta Dinheiro e Copacabana (antes chamado de bairro Banhado) abrigassem um número significativo de afrodescendentes, era no bairro da Brusque que se concentrava o maior contingente da referida população. Embora o bairro fosse localizado nas imediações do Centro da cidade, havia pouca infra-estrutura: as ruas sem calçamento, poucas residências contavam com abastecimento público de água, as casas, em geral, eram simples e de madeira; ali moravam trabalhadores, operários, domésticas, mecânicos, marceneiros, serralheiros, carpinteiros, sapateiros, enfim, pessoas de diversas profissões/ocupações, entre elas, as lavadeiras. Essas mulheres eram muito procuradas pela elite lageana para lavarem e passarem a ferro em brasa suas roupas. E lá iam as mulheres, todas afrodescendentes, sorridentes com as trouxas de roupas na cabeça, rumo ao Lagoão e de joelhos se punham a esfregar. Este trabalho também somava no orçamento familiar. Quanto aos homens, ocupavam ofícios diversos. Um grande número desses homens foram trabalhar no 2º Batalhão Rodoviário, que chegou a Lages em 4 de junho de 1908, com o nome de 5º Batalhão de Engenharia. Todavia, poucos dos afrodescendentes  tornaram-se militares dessa corporação. A maioria trabalhava, na condição de civis, no “serviço pesado”: nas oficinas mecânicas, nas carpintarias, entre outros trabalhos braçais, onde dividia o mesmo espaço de trabalho com outras etnias: ítalo e teuto-brasileiros. A cidade crescia e se estruturava lentamente. Nas décadas de 40 e 50, Lages já contava com um número razoável de escolas públicas; todavia, devido a problemas de ordem financeira, raros eram os jovens de ascendência africana que conseguiam concluir seus estudos. Assim, eram levados a ingressarem precocemente no mercado de trabalho com vistas a prover o seu sustento e o da família. Dessa forma, poucos findavam o ensino secundário. Os locais de lazer não eram compartilhados da mesma maneira que os locais de trabalho. Exatamente nos espaços de maior mobilidade havia uma tênue separação entre os grupos étnicos,  como é o caso do footing durante os finais de semana. Embora as ruas e praças do centro da cidade constituíssem um espaço plural, abrigando as diferentes matizes da sociedade, esses espaços também “segregavam” pela linha da cor, da condição social e do gênero. Assim, durante o passeio, afrodescendentes e eurodescendentes não andavam nas mesmas calçadas, como também não freqüentavam os mesmos clubes e sociedades recreativas. Até 1918, os afrodescendentes não contavam com uma associação organizada. Muito embora incentivados financeiramente pelos eurodescendentes, no dia 22 de setembro do referido ano, fundam o Centro Cívico Cruz e Souza, que representou um dos mais importantes espaços de visibilidade pública da população de origem africana na cidade. Nesse espaço não só era promovido o lazer, mas, havia também uma forte preocupação voltada para questão política, social e cultural da comunidade afrodescendente. A esse contexto, que tinha como pano de fundo um certo “comprometimento” com os ideais civilistas da época, somava-se o desejo de projeção social. Através do Grêmio feminino do Centro Cívico, muitos afrodescendentes foram alfabetizados, receberam aulas de música, instrumentos musicais e também orientações de “boas maneiras” destinadas às jovens freqüentadoras do clube. Exigia-se dos freqüentadores, tanto dentro como fora do clube, bom comportamento e boa conduta moral. Eram considerados, também, os trajes, os quais, de certa forma, regulavam a entrada no recinto, uma vez que a aparência e as vestimentas eram extremamente valorizadas. Estar bem trajado contribuía para a “promoção da respeitabilidade desses territórios” (Cf. MARIA,  Maria das Graças. “Imagens Invisíveis de Áfricas Presentes” - Experiências das Populações Negras no Cotidiano da Cidade de Florianópolis (1930-1940). Florianópolis, setembro de 1997, p. l52). O Centro Cívico Cruz e Souza apresentou-se, por muito tempo, como referência; nele os afrodescendentes  viam-se como iguais, ao mesmo tempo em que aspiravam ascender socialmente. Enfim, os afrodescendentes aos poucos foram criando e recriando seus próprios espaços, inventando e reinventando táticas para sociabilizarem-se, mantendo contatos entre si e com os eurodescendentes, numa tentativa de “sobrevivência” em meio à “segregação” silenciosa e discreta, presente no cotidiano lageano.  

   

COSTA, Dora Isabel Paiva da. Family Formation and Wealth Distribution in frontier land: Campinas, São Paulo, Brazil, 1765-1850 (Mecanismos de redistribuição da riqueza e formação de famílias proprietárias em área de fronteira: Campinas, 1795-1850). Comunicação apresentada no XIII World Congress of International Economic History Association, Buenos Aires, 22-26 Julho de 2002.

COSTA. Dora Isabel Paiva da.  As mulheres chefes de domicílios e a formação de famílias monoparentais: Brasil, século XIX. Revista Brasileira de Estudos de População. ABEP, vol. 17, n. 1/2, jan./dez. 2000, p. 47-66

RESUMO. Examina-se o fenômeno da chefia feminina de domicílios. A autora serve-se de uma metodologia que aborda os arranjos domésticos à luz do ciclo de desenvolvimento da família, apresenta, ademais, algumas comparações com outras localidades. Observa-se que as famílias chefiadas por mulheres vivenciaram estratégias específicas de sobrevivência em face de mudanças havidas na organização produtiva da sociedade. Tal especificidade contrastou com o comportamento verificado nos arranjos chefiados por homens.

    

LAMUR, Humphrey E. O impacto das Guerras dos Quilombolas na política populacional durante a escravidão no Suriname, Afro-Ásia. Salvador, Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO-FFCH) da Universidade Federal da Bahia (UFBa), n. 25-26, 2001, p. 61-93.

RESUMO. Após o fim do tráfico negreiro adotado por algumas nações européias no início do século XIX, os governos metropolitanos implementaram, nas sociedades escravocratas caribenhas, medidas para estimular o aumento natural da população escrava. Este trabalho lança luz sobre os efeitos de tais políticas coloniais, os quais mostraram-se distintos, a depender de condições locais e das características das políticas populacionais adotadas. No caso do Suriname, o governo holandês não obteve êxito quanto às práticas que visavam a elevar a taxa de crescimento natural e a reduzir a mortalidade da população escrava.

    

LIBBY, Douglas Cole & PAIVA, Clotilde Andrade. Alforrias e forros em uma freguesia mineira: São José d´El Rey em 1795. Revista Brasileira de Estudos de População. ABEP, vol. 17, n. 1/2, jan./dez. 2000, p. 17-46.

RESUMO. A base empírica do presente artigo é uma lista nominativa eclesiástica que arrola a população (com sete ou mais anos de idade) da freguesia de São José, Minas Gerais, no ano de 1795. Cerca da metade da população arrolada era composta por escravos, fato este que atesta a prosperidade da região cuja economia já se voltava para o abastecimento do mercado interno. Ademais, os 60% de africanos na população mancípia indicam a continuada importância do tráfico negreiro. Por outro lado, os brancos representavam apenas um quinto da população total e menos da metade da população livre, que incluía pessoas de cor nascidas livres e um número substancial de forros. A marcante participação dos forros entre os proprietários de cativos e no grupo dos que haviam conhecido o matrimônio consagrado pela Igreja indica o alto grau de integração dos alforriados nessa sociedade, evento este que pode ser tomado como uma das estratégias de manutenção da ordem escravista. Algumas pistas sobre as formas de obtenção de liberdade emergem quando se examina a composição da população forra e do grupo de escravos engajados na compra, a prazo, das suas cartas de alforria.

    

MAHONY, Mary Ann. "Instrumentos necessários": escravidão e posse de escravos no Sul da Bahia no século XIX, 1822-1889, Afro-Ásia. Salvador, Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO-FFCH) da Universidade Federal da Bahia (UFBa), n. 25-26, 2001, p. 95-139.

RESUMO. A autora descreve a introdução e difusão do escravismo em Ilhéus (Bahia), o qual, contrariamente à noção convencional sobre a história da região cacaueira, esteve associado à cultura do cacau e às demais atividades econômicas desenvolvidas na área. 

    

OLIVEIRA, Maria Inês Cortes de. O Liberto, o seu mundo e os outros, Salvador, 1790-1890. Salvador, dissertação de Mestrado, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia, 1979, mimeografado, 248 p. Também publicado, com o mesmo título: São Paulo, Corrupio / Brasília, DF, CNPq, 1988, (Coleção Baianada).  

RESUMO. Estudo sobre ex-escravos, suas reais condições de vida, seus comportamentos e suas organizações. Apresenta uma introdução histórica do período colonial ao Império -- a evolução da Bahia no século XIX. Estuda o liberto e seu trabalho, traços gerais da escravidão urbana, a passagem da escravidão para a liberdade, a sua ocupação e seus bens. O ex-escravo e a família, seu modo de vida e suas relações sociais. O liberto diante da morte, o comportamento religioso, as Irmandades às quais pertenciam, as idéias sobre a morte, o ritual do enterro, os sufrágios por sua alma e pelas dos parentes e amigos.

    

SILVA, Luiz Geraldo. "Sementes da sedição": etnia, revolta escrava e controle social na América Portuguesa (1808-1817). Afro-Ásia. Salvador, Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO-FFCH) da Universidade Federal da Bahia (UFBa), n. 25-26, 2001, p. 9-60.

RESUMO. De uma perspectiva qualitativa, o autor refere algumas das diferenças comportamentais observadas entre grupos de escravos africanos deslocados para o Brasil às  suas origens étnicas, afetadas que estiveram por experiências históricas distintas.

    

TEIXEIRA, Heloísa Maria. A estabilidade familiar entre os escravos de Mariana. In: Anais do X Seminário sobre a economia mineira. [CD-ROM]. Belo Horizonte: CEDEPLAR/UFMG, 2002, 23p.

RESUMO. Neste texto apresentam-se os resultados de uma análise acerca da estabilidade familiar entre os escravos de Mariana no período 1850-1888; nesse lapso temporal a localidade integrava-se à economia voltada para o mercado interno. Muitos são os estudos dedicados à temática da família escrava e sua estabilidade no Brasil; poucos, porém, referem-se a regiões desvinculadas da economia exportadora. São essas regiões, que a historiografia aponta como fornecedoras de mão-de-obra, sobretudo após o fim do tráfico internacional de escravos (1850) e da liberdade concedida às crianças nascidas de mães escravas (1871). Nesse mesmo período, concomitantemente à intensificação do tráfico interno, foram promulgadas as primeiras leis de proteção ao escravo: a lei de 1869, que proibia a separação das famílias escravas por venda ou doação; e a regulamentação, em 1872, do Fundo de Emancipação para a libertação dos escravos - na ordem de classificação para alcançar o benefício, em primeiro lugar, encontravam-se as famílias, em particular os casais cujos membros pertencessem a diferentes senhores. Os resultados ora apresentados apontam para o fato de que a escravidão, na segunda metade do século XIX, não impossibilitava a manutenção de laços familiares estáveis por um tempo significativo entre os escravos de Mariana. Os dados indicam que os senhores geralmente seguiam a prática de não separar as famílias. Até mesmo no momento mais tenso para a família escrava (a partilha dos bens entre herdeiros), a maioria dos escravos continuava unida a seus familiares. Mesmo para as famílias que conheceram separações parciais ou totais de seus membros, questionamos o fato de isso acarretar o distanciamento das relações familiares, pois deve-se ter presente que em Mariana predominavam os pequenos plantéis sediados em pequenas propriedades, normalmente bastante próximas; assim, provavelmente, a separação entre distintos proprietários não significava a ruptura absoluta das relações familiares preexistentes entre os cativos.  

                  

             

TRABALHOS APRESENTADOS NO 

I ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA ECONÔMICA, promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica e pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP - Araraquara, aos 2 e 3 de Setembro de 2002.

 

  

ENGEMANN, Carlos. Estado, Escravidão e Trabalho: Real Fazenda de Santa Cruz, RJ (1790-1820).  

RESUMO. Este trabalho vota-se ao estudo das relações do Estado monárquico luso- brasileiro com o trabalho escravo em seus próprios domínios; examinam-se, particularmente, as práticas administrativas e sociais desenvolvidas na Real Fazenda de Santa Cruz. A partir de uma abordagem demográfica também foi possível entender os efeitos da administração estatal sobre a escravaria e como ela alterou a estrutura da sua vida cotidiana. Assim, foram investigadas características como a proporção populacional entre os sexos segundo a idade, a mortalidade, as fugas, as manumissões, a transferência de mão-de-obra etc. O objetivo buscado foi o de observar como os artifícios disponíveis aos escravos e à administração pública foram manipulados no caso de Santa Cruz. Espera-se, ademais, que a pesquisa desenvolvida possa fornecer instrumentos teóricos e metodológicos para o estudo da escravidão nos seus termos mais amplos.

 

ZERO, Arethuza Helena. O preço da liberdade: caminhos da infância tutelada, Rio Claro, 1871-1888.

RESUMO. Este trabalho busca o entendimento das formas de controle social exercidas sobre a população pobre infantil no século XIX, analisando as ambigüidades da “Lei do Ventre Livre” que contribuíram para o aproveitamento  espoliativo da mão-de-obra escrava infantil. O enfoque central é dado aos ingênuos, crianças nascidas livres de mães escravas após a “Lei do Ventre Livre”. Verificamos os mecanismos institucionais (legais), econômicos e sociais que possibilitaram a existência de crianças tuteladas no decorrer da transição do trabalho escravo para o livre, assim como identificamos os fatores que contribuíram para que  as famílias abandonassem seus filhos. Nesse contexto, foi possível a caracterização da tipologia (idade, sexo, órfã de pai/e ou mãe) das crianças tuteladas, bem como suas relações com os tutores.

 

MANDARINO, Thiago Marques. Vidas obscuras: um estudo sobre  o cotidiano e a estrutura de mão-de-obra dos negros em Rio Claro (1871-1930).

RESUMO O presente trabalho, em andamento, tem como objetivo proceder a um estudo da estrutura de mão-de-obra,  cotidiano e vida dos negros no município de Rio Claro, para o período compreendido entre 1871 e 1930, a partir de uma análise dos atestados de óbito dos negros deste município para o período em questão. Tema bastante relevante e, no entanto, obscuro devido à falta de fontes e estudos aprofundados. Como sabido, os negros começaram a ser emancipados de forma mais intensa a partir de 1871, para, em 1888, serem todos tidos como livres através da Lei Áurea. O ano de 1930 marca a crise do café e a importância assumida pelos centros urbanos. Diante de uma sociedade pautada durante décadas pelo racismo e preconceito, das  cidades em crescimento e da vinda maciça dos imigrantes, queremos verificar como passou a estruturar-se a mão-de-obra dos negros, se conseguiram trabalhar, suas condições de vida e de habitação, em que regiões concentravam-se, assim como as relações que mantinham entre si e com os brancos.

       

TEIXEIRA,  Paulo Eduardo. A formação das famílias livres em Campinas: notas de uma pesquisa.

RESUMO. A fundação de vilas e povoados, paralelamente ao incremento econômico gerado no final do século XVIII pela penetração da cana-de-açúcar em São Paulo, permitiu o estabelecimento de um sólido alicerce para a fixação de pessoas que tinham os mais variados propósitos. Nosso objetivo é estudar um sistema demográfico representativo das economias das plantations, que foi o caso de Campinas, no período de 1774 a 1850. A escassez de pesquisas nesse campo resulta em grande medida das “dificuldades em se trabalhar as fontes documentais”, como disse C. Bacellar, “o principal obstáculo para aqueles que decidem se aventurar por esta seara, principalmente no que diz respeito às famílias de pouca ou nenhuma posse”.  Assim, embasados, especialmente, nas Listas Nominativas de Habitantes e nos Registros Paroquiais pretendemos desenvolver a pesquisa ora exposta.

 

VASCONCELLOS, Marcia Cristina de. Comunidade escrava numa sociedade em transformação sócio-econômica (Famílias escravas em Mambucaba, 1830-1881).

RESUMO. Pretende-se verificar e analisar as características das famílias escravas formadas, entre 1830 e 1871, na Freguesia de Nossa Senhora do Rosário de Mambucaba, localizada em Angra dos Reis. Trata-se de um contexto marcado por transformações sócio-econômicas e demográficas, presentes a partir da segunda metade do século XIX, que deixaram reflexos sobre as populações livre e escrava. Daí surge a questão: qual o impacto de tais alterações sobre as famílias? Esta questão será observada a partir da comparação entre as formas tomadas por aquela instituição entre 1830-1849 e 1850-1871. A fim de atingir estes objetivos, trabalharemos mediante o cruzamento de registros de batismo e de casamento, depositados no Convento do Carmo de Angra dos Reis, e  de inventários post-mortem de escravistas, pertencentes ao acervo do Museu da Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

 

GUIMARÃES, Elione Silva. A economia escravista e a vivência mancípia em uma região agro-exportadora de Minas Gerais  (Juiz de Fora – Zona da Mata, 1850-88).

RESUMO. Neste texto apresentam-se informações sobre a economia, a demografia e a vivências dos cativos em Juiz de Fora, Zona da Mata — Sudeste de Minas Gerais. A expansão da economia cafeeira neste município ocorreu no período 1850-70, tendo ele concentrado a maior população mancípia de Minas Gerais na segunda metade do oitocentos. Estes cativos estavam empregados, majoritariamente, nas lavouras de café. A autora considera a vivência dos escravos no município em tela, abordando as condições de trabalho, a relação familiar e a resistência velada e/ou violenta ao sistema. As principais fontes utilizadas foram inventários post-mortem, fontes notariais,  processos criminais e uma ampla produção local sobre o tema.

 

LACERDA, Antônio Henrique Duarte. Considerações sobre as cartas de alforria registradas em um município cafeeiro em expansão através da análise dos livros de notas cartoriais (Juiz de Fora, Zona da Mata de Minas Gerais, século XIX).

RESUMO. O autor analisa  as variáveis contida nas Cartas de Alforrias registradas em Juiz de Fora — tais como sexo, cor, idade, origem/nação — no período de 1844 a 1888. Ao mesmo tempo, procura perceber se a concessão de manumissões, no município em tela, foi uma estratégia desenvolvida pelos senhores para manterem o controle da mão-de-obra escrava nas lavouras cafeeiras e se os cativos tiveram oportunidades de empreenderem  estratégias para obterem cartas de liberdade em uma quadra em que a plantagem escravista, na região, encontrava-se em ascensão; portanto, em uma conjuntura desfavorável à concessão das mesmas.

 

FERREIRA, Roberto  Guedes. Homens pardos – trajetórias diversas. Notas de pesquisa sobre mobilidade social de descendentes de escravos em Porto Feliz (primeira metade do século XIX).

RESUMO. Este trabalho analisa diferentes formas de inserção social de descendentes de escravos na vila de Porto Feliz, capitania de São Paulo, durante a primeira metade do século XIX. Para isto, lança-se mão de listas nominativas de habitantes, inventários post-mortem e ordenanças. Almeja-se ressaltar a diversidade de experiências de membros do grupo em questão. Joaquim Barbosa Neves era um dos mais abastados da vila porto-felicense, pois em seu inventário tinha fortuna considerável para o contexto local, ao passo que o carpinteiro Antonio Pedroso de Campos possivelmente nem sequer teve bens a inventariar, mas foi-lhe possível permanecer no seu ofício por cerca de 20 anos, mantendo estável sua relação familiar. Portanto, apesar de designados nas listas como pardos, o que remete a um antepassado escravo comum, estes homens apresentavam diferenças marcantes no que tange a sua posição na hierarquia socioeconômica local.

 

FERNANDES, Edson. Comércio de escravos e alforria numa boca de sertão: Lençóes, 1860-1888.

RESUMO. Este trabalho aborda alguns aspectos da escravidão numa área tradicionalmente esquecida pela historiografia, a chamada boca do sertão, último reduto habitado pelo homem branco e ponto de apoio de expedições que demandavam o sertão. Em meados do século XIX, a Freguesia de Lençóes, ligada à Comarca de Botucatu, não estava integrada ao comércio de longa distância e destinava sua produção aos mercados local e regional. A escravidão nesta região era caracterizada pela existência de pequenos plantéis e a economia baseava-se na pecuária de pequeno porte e em culturas como milho e algodão. A partir da década de 1870, constata-se também a existência dos primeiros cafezais. Com este trabalho procuramos caracterizar o comércio de escravos e as alforrias nesta boca do sertão, mostrando que os escravos em idade produtiva eram os mais transacionados e que as mulheres, no período inicial do estudo, eram mais valorizadas que os homens. Com relação às alforrias, as que prevaleceram eram do tipo oneroso, com pagamento em serviços.

 

NETTO, Fernando Franco. Dinâmica da população escrava numa área de fronteira nova – Guarapuava (1828/1870).

RESUMO. Partindo dos primeiros grupos que migraram para Guarapuava no início do Século XIX pretende-se avaliar a evolução e as características da população escrava naquela localidade assim como sua importância para a implantação e a consolidação da atividade da pecuária/agricultura na região. Desta forma e num primeiro momento avaliam-se alguns estudos importantes e específicos sobre as características da população escrava em dadas regiões do país considerando algumas peculiaridades com relação às razões de masculinidade e à relação entre crianças/mulheres, que são dois indicadores importantes para capturar-se a dinâmica da escravaria, sobretudo para fins comparativos. Finalmente procuro resgatar determinadas características da população escrava em Guarapuava utilizando esses dois indicadores – razão de masculinidade e relação crianças/mulheres, a partir das listas nominativas de habitantes e dos inventários post-mortem. 

 

Publicações Recebidas

              

Guia de Fontes para a História do Sul de Minas. CD-ROM

 

Nesse guia resume-se e indica-se a localização de 5.274 documentos concernentes à vida social e econômica da região sulina de Minas Gerais, das origens da ocupação lusa ao século XIX. O CD-ROM pode ser adquirido por R$10,00 pelo fone:(0xx35) 3261-2020.

                  

Na apresentação desse trabalho paradigmático, entre outros informes, reportam os professores Marcos Ferreira de Andrade, da UEMG -- Campus de Campanha, e Maria Tereza Pereira Cardoso, da FUNREI:

 "A montagem do banco de dados CAMPANHA DA PRINCESA: GUIA DE FONTES PARA O ESTUDO DO SUL DE MINAS, SÉCULOS XVIII E XIX passou por diversas etapas nas quais utilizamos procedimentos metodológicos distintos. O principal critério no qual nos pautamos foi o de fornecer ao pesquisador um amplo leque de informações o mais claras possíveis, de modo a facilitar-lhe a pesquisa e a rápida localização dos documentos. Por esse mesmo motivo, utilizamos um programa bastante conhecido e amigável, o Access 1997.

"Optamos por oferecer ao pesquisador, além dos diversos campos que compõem os vários acervos e fundos, informações no campo de observações, que lhes indique caminhos de pesquisa. A título de exemplo, ressaltamos nos livros de batizados pertencentes ao acervo da Cúria Diocesana da Campanha da Princesa os assentos nos quais constam informações sobre escravos africanos e crioulos, assinalando os livros em que há referências sobre nações. O mesmo procedimento foi utilizado para os demais documentos de todos os outros fundos documentais.

"Em síntese, fazem parte desse GUIA DE FONTES os catálogos analíticos dos seguintes acervos: Cúria Diocesana da Campanha (1723-1998), Casa Paroquial da Campanha (1854-1997), Centro de Estudos Campanhenses  Monsenhor Lefort (1795-1967), Santa Casa de Misericórdia da Campanha (1856-1988), Acervos Cartoriais da Campanha (1802-1909) e Centro de Memória Cultural do Sul de Minas (1768-1982)".

            

Notícias e Informes

                   

DISSERTAÇÕES DE MESTRADO E TESES DE DOUTORADO DEFENDIDAS NO ÂMBITO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ E DE INTERESSE PARA A ÁREA DA HISTÓRIA DEMOGRÁFICA.

          

ANDRADE, João Corrêa de. A colônia Esperança - o japonês na frente pioneira norte Paranaense. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1975, mimeografado.

       

BARBOSA, Josué Humberto. Um êxodo esquecido. O Porto de Recife e o tráfico internacional de escravos no Brasil: 1840-1871. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1995, mimeografado.

 

BARCIK, Verginia. Campo Largo, 1832-1882: Demografia histórica. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1992, mimeografado.

 

BELLINAZZO, Terezinha Maria. A população de Santa Maria da Boca Monte 1844 - 1882. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1982, mimeografado.

 

BONI, Maria Ignês Mancini de. A população da Vila de Curitiba segundo as listas nominativas de habitantes 1765 - 1785. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1974, mimeografado.

 

BRODBECK, Marta de Souza Lima. A paróquia de santo Antonio de  Orleans 1879 - 1973, um estudo da Municipalidade. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1983, mimeografado.

 

BUENO, Wilma de Lara. Curitiba, uma cidade bem amanhecida. Vivência no trabalho das mulheres no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1996, mimeografado.

 

BURMESTER, Ana Maria de Oliveira. A população de Curitiba no século XVIII (1751 - 1800), segundo os registros paroquiais. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1974, mimeografado.

 

CALLAI, Jaeme Luiz. Estudo da dinâmica populacional de Ijuí (RS). Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1981, mimeografado.

 

CARDOSO, Jayme Antonio Cardoso. A população votante de Curitiba 1853 -1881. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1974, mimeografado.

 

CASAGRANDE, Iolanda. Trabalhador rural volante (bóia fria)) no Paraná. Características históricas demográficas. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1979, mimeografado.

 

CUNHA, Jorge Luiz da. Os colonos alemães de Santa Cruz e fumicultura. Santa Cruz do Sul; RS 1849-1881. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1988, mimeografado.

 

DALLEDONE, Márcia Terezinha Andreatta. Condições sanitárias e as epidemias de varíola na província do Paraná 1853 - 1889. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1980, mimeografado.

 

DOUSTDAR, Neda Mohtadi. Imigração polonesa: Raízes de um preconceito. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1990, mimeografado.

 

GONÇALVES, Maria Aparecida Cezar. Estudo demográfico da Paróquia Nossa Senhora Santana de Ponta Grossa 1823 - 1879. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1979, mimeografado.

 

GOUVÊA, Regina Rotemberg. Comunidade judaica em Curitiba 1889-1970. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1980, mimeografado.

 

GRAF, Marcia Eliza de Campos. População escrava da Província do Paraná  a partir das listas de classificação para emancipação 1873 - 1886. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1974, mimeografado.

 

KARVAT, Erivan Cassiano. Discursos e práticas de controle. Falas e olhares sobre a mendicidade e vadiagem (Curitiba 1890-1933). Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1996, mimeografado.

 

KERSTEN, Marcia Scholz de Andrade. O colono polaco. A recriação do camponês sob a capital. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1983, mimeografado.

 

KOJIMA, Shigeru. Um estudo sobre os japoneses e seus descendentes em Curitiba. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1991, mimeografado.

 

KUBO, Elvira Mari. Aspectos demográficos de Curitiba 1801-1850. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1975, mimeografado.

 

LAMB, Roberto Edgar. Uma jornada civilizadora: Imigração, conflito social e segurança pública na Província do Paraná; 1867-1881. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1994, mimeografado.

 

LEMOS, Carlos Cesar. O casamento no Paraná - séculos XVII e XIX. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1987, mimeografado.

 

LINO, Sonia Cristina da Fonseca Machado. As idéias feministas no Brasil 1918 - 1931. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1986, mimeografado.

 

MACHADO, Cacilda da Silva. De uma família imigrante: Sociabilidade e laços de parentesco (Curitiba 1854-1991). Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1994, mimeografado.

 

MEQUELUSSE, Jair. A população de Paranaguá no final do século XVIII. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1975, mimeografado.

 

MEZZOMO, Diva da Conceição. Médicos Educadores: A disciplinarização da família Curitibana: 1890-1930. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1991, mimeografado.

 

MIRANDA, Beatriz Teixeira de Melo. Aspectos demográficos de uma cidade paranaense no século XIX. Curitiba 1851 - 1880. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1978, mimeografado.

 

MORAES, Ruth Burlamaqui de. Transformações demográficas numa economia extrativista Pará 1872 - 1920. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1984, mimeografado.

 

MUSSALAN, Rene. Norte pioneiro do Paraná - formação e crescimento através dos censos. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1975, mimeografado.

 

NADALIN, Sergio Odilon. Origem dos noivos nos registros de casamento da comunidade Evangélica Luterana de Curitiba 1870-1969. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1975, mimeografado.

 

PARDO, Terezinha Regina Busetti. Das relações familiares dos escravos no Paraná do século XIX.  Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1993, mimeografado.

 

PERARO, Maria Adenir. Estudo do povoamento renascimento e composição da população do norte do Paraná de 1940 - 1970. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1979, mimeografado.

 

PEREIRA, Marco Aurélio Monteiro. Casar em Curitiba: Nupcialidade e normatização; 1890-1921. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1989, mimeografado.

 

PINTO, Elizabeth Alves. A população de Ponta Grossa a partir do registro civil 1889 - 1920. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1980, mimeografado.

 

POSSE, Zulmara Clara Sauner. A população pré-histórica do litoral paranaense vista através dos sambaquis. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1978, mimeografado.

 

RANZI, Serlei Maria Fischer. Alemães Católicos de Curitiba - Aspectos sócio-demográficos 1850 - 1919. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1983, mimeografado.

 

RONGAGLIO, Cyntia. Pedidos e Recusas: Mulheres, espaço público e cidadania (Curitiba 1890-1934). Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1994, mimeografado.

 

SANTOS, Rosane Vasconcelos Ataide. A emigração portuguesa no contexto da economia cafeeira: 1870-1890. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1994, mimeografado.

 

SANTOS, Carlos Roberto Antunes dos. Preços de escravos na Província do Paraná: 1861-1887 - estudos sobre as escrituras de compra e venda de escravo. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1974, mimeografado.

 

SBRAVATTI, Myrian. São José dos Pinhais 1776 - 1852; Uma Paróquia paranaense em estudo. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1980, mimeografado.

 

SCHAAF, Mariza Budant. A População da Vila de Curitiba segundo as listas nominativas de habitantes 1786 - 1799. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1974, mimeografado.

 

SOARES, Neusa Regina Ramires. A dinâmica da integração alemã em são Lourenço do Sul a partir de registros paroquiais, 1861 - 1930. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1982, mimeografado.

 

VALLE, Marília Souza do. Movimento populacional da Lapa 1769-1818. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1976, mimeografado.

 

VIEIRA, Evantina Pereira. Economia cafeeira e processo político: Transformações na população eleitoral da zona mineira 1850 - 1889. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1979, mimeografado.

 

WACHOWICZ, Ruy Christovam. Abranches: Paroquia de imigração Polonesa - um estudo de história demográfica. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, dissertação de mestrado, 1974, mimeografado.

         

ANDREAZZA, Maria Luiza. Paraíso das delícias: estudo de um grupo de imigrantes ucraniano. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, tese de doutorado, 1996, mimeografado.

      

FUKUSHIMA, Masanori. Algumas características das migrações no Paraná. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, tese de doutorado, 1986, mimeografado.

    

PINTO, Elisabete Alves. Vila de Castro: População e domicílios (1801-1830). Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, tese de doutorado, 1993, mimeografado.

      

QUEIROZ, Maria Luiza Bertuline. Paróquia de São Pedro do rio Grande. Estudo de História Demográfica: 1737-1850. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, tese de doutorado, 1992, mimeografado.

          

RANZI, Serlei Maria Fisher. Alemães católicos: um estudo comparativo de famílias em Curitiba (1850-1919). Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, tese de doutorado, 1996, mimeografado.

           

SIQUEIRA, Marcia Terezinha Andreatta Dalledone. Saúde e Doença na Província do Paraná 1853-1889. Curitiba, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, tese de doutorado, 1990, mimeografado.

 

 

ROL - Relação de Trabalhos Publicados

 

           

DECOL, René Daniel. Judeus no Brasil: explorando os dados censitários. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 46 (16), junho de 2001.

 

DECOL, René Daniel. Imigração judaica da Europa Central para o Brasil: uma minoria ameaçada de extinção? Estudios Migratorios Latinoamericanos, 45 (15), agosto de 2000.

 

DECOL, René Daniel. Mudança religiosa no Brasil: uma visão demográfica. Revista Brasileira de Estudos Populacionais, 1/2 (16), jan.-dez. de 1999.

 

DECOL, René Daniel. Dando as boas vindas aos indesejáveis. Resenha do livro O Brasil e a Questão Judaica, de Jeffrey Lesser. Revista Brasileira de Estudos Populacionais, 2 (13), jul.-dez. de 1996, p. 217.

 

DECOL, René Daniel. Dinâmica e distribuição espacial dos judeus no Brasil: 1940-1991. Anais do XI Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais. Edição em CD-ROM, Belo Horizonte, MG, 1998.

 

DECOL, René Daniel. Vem aí a implosão populacional. Revista Carta Capital, n. 160, 10 de outubro de 2001, p. 40-1.

 

DECOL, René Daniel. O fim da distância. Revista Exame, n. 729, 13 de dezembro de 2000, Suplemento São Paulo, p. 48-50. 

 

 

 

 

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