BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA
Ano XII, no. 36, abril de 2005
SUMÁRIO
ROL - Relação de Trabalhos Publicados
Além do farto material informativo estampado neste número de nosso BHD, estão a distingui-lo o texto assinado por Maria Luiza Marcílio, nome consagrado de nossa demografia histórica, os estimulantes artigos sobre nomes e sobrenomes devidos a Sérgio Luiz Ferreira e o valioso e desafiador índice proposto por Richard Graham, o qual se define como autor de obras clássicas sobre a história da escravidão nas Américas.
RICHARD GRAHAM. Purchasing power: a tentative approach and an appeal.
RESUMO. Depois de evidenciar as limitações representadas pelo uso das conversões cambiais como forma de atualizar, para efeito do estabelecimento de confrontos, valores colhidos nos inventários post-mortem concernentes a distintos momentos do tempo, o autor propõe um sucedâneo a tal prática construindo um índice calcado nos preços de alimentos e de cativos. (a) Para ler a versão integral do artigo e ter acesso aos preços levantados pelo autor e ao índice proposto, em formato Adobe (.pdf): . (b) Para ter acesso apenas à versão do texto do artigo, em formato Word (.rtf): . (c) Para ter acesso apenas aos preços e ao índice, em formado Excel (.xls) .
MARIA
LUIZA MARCÍLIO. Os registros paroquiais e a historia do Brasil. (publicado
originalmente na revista Varia Historia, 31, jan. 2004:13-20).
RESUMO. Neste artigo, a autora recupera a história dos assentos paroquiais de
batismos, casamentos e óbitos concernentes à Igreja Católica. Evidencia,
ademais, além das enormes potencialidades informativas de tais fontes
documentais, o papel crucial que desempenharam no estabelecimento da moderna
história demográfica. Para ler a versão
integral do artigo
.
SÉRGIO
LUIZ FERREIRA. Transmissão de sobrenomes entre luso-brasileiros: uma questão
de classe.
RESUMO. Este artigo procura discutir de forma genealógica, na acepção de
Michel Foucault, a forma de transmissão de sobrenomes numa freguesia de
colonização açoriana da Ilha de Santa Catarina. O principal objetivo é
demonstrar que a transmissão de sobrenome não é uma questão de gênero, como
muitos pensam, mas uma questão de classe social. Para ler a versão
integral do artigo
.
SÉRGIO
LUIZ FERREIRA. A utilização de prenomes: uma comparação entre uma freguesia
do Sul do Brasil e uma freguesia açoriana.
RESUMO. A pesquisa encontra-se embasada nos registros civis e religiosos da
freguesia de Nossa Senhora das Necessidades da Praia Comprida, atual distrito de
Santo Antônio de Lisboa, município de Florianópolis, Estado de Santa
Catarina. Dessa forma, todos os dados referidos neste trabalho foram coletados
nessa paróquia. No artigo comparam-se os prenomes adotados nessa freguesia com
os escolhidos em uma freguesia do arquipélago dos Açores, de onde veio a
maioria absoluta dos povoadores iniciais do atual distrito de Santo Antônio
(cerca de 75%). A conclusão é que ao longo do século XIX deu-se o
"abrasileiramento" dos prenomes utilizados. De uns poucos nomes
portugueses passou-se a diversos nomes de muitas origens. Para ler a versão
integral do artigo
.
Os refugiados da seca
Maria Lucília Viveiros Araújo
NOZOE, Nelson; BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo; SAMARA, Eni de Mesquita (org.). Os refugiados da seca: emigrantes cearenses, 1888-1889. São Paulo; Campinas: NEHD, NEPO, CEDHAL, 2003. 44 p. e CD-ROM.
O trabalho reuniu professores de diferentes instituições - Nelson H. Nozoe é professor da FEA-USP, Eni de Mesquita Samara da FFLCH-USP e Maria Silvia C. Beozzo Bassanezi é pesquisadora do NEPO-UNICAMP - tendo por interesse comum a demografia histórica.
O livro tem o objetivo de sistematizar os dados e divulgar a documentação da Companhia de Vapores dos anos 1888-1889, época da presidência de Antônio Caio da Silva Prado, do acervo do Arquivo Público Estadual do Ceará.
Os dados foram extraídos de um conjunto de 24 livros do referido arquivo, e transcritos para o CD Rom que acompanha a publicação. Os anexos ou CD Rom contêm a listagem dos 31.820 indivíduos ou famílias que abandonavam a região da seca rumando para diferentes regiões. Essas listas discriminam o nome, a idade, o sexo, o estado conjugal, o grau de parentesco com o chefe, a naturalidade, a procedência, o destino e a companhia transportadora. O tratamento das fontes consta da segunda parte do texto "Companhia de vapores, notas sobre a transcrição dos dados".
A primeira parte da publicação contextualiza o fenômeno. As secas periódicas do Nordeste provocaram grandes deslocamentos populacionais, principalmente após a segunda metade do século XIX. Sendo que, nos anos 1888/89, o presidente do Ceará resolveu optar pela subvenção do transporte para minorar o risco de vida dos atingidos e preservar as cidades do litoral dos excessos populacionais.
Essa iniciativa redundou na produção dos documentos em questão, que individualizou apenas uma parte dos 300.000 cearenses prejudicados pela seca. Ela nos informa sobre as regiões envolvidas, sobre a origem e a circulação do camponês do Ceará, e, também, sobre o padrão de família e o destino preferencial do retirante da época. Há dois mapas e oito tabelas apresentando didaticamente essa população.
Enfim, a publicação levanta várias questões a serem enfrentadas por futuros trabalhos sobre o tema. Por exemplo, que atraiu 63,9% dos migrantes para as províncias do Norte? Por que não se aproveitou o fenômeno para povoar as terras do Sul? Quais as providências tomadas nas províncias vizinhas? Isto é, ela se propõe subsidiar o incipiente estudo historiográfico das migrações internas, o fenômeno das secas do Nordeste, além de fornecer dados preciosos para as pesquisas genealógicas do brasileiro.
ALMEIDA,
Ana Maria Leal. Da casa e da roça: a mulher escrava em Vassouras no século
XIX. Universidade Severino Sombra, Dissertação de mestrado, 2001.
RESUMO. Esta dissertação apresenta pontos fundamentais para o estudo da mulher
escrava em Vassouras no período 1850-1888; são consideradas fontes documentais
coevas, a literatura de época e a bibliografia hodierna. Destaca-se, em
especial, a presença da mulher escrava em inúmeras ocupações, tanto no
interior dos casarões urbanos ou campestres, como no meio rural, nos mais
diversos trabalhos de roça.
ABSTRACT. This work introduces fundamental aspects for the study of the slave
woman in Vassouras during the period from 1850 to 1888, according to documental
sources, literature of that time and modern bibliographical reference. It
emphasizes the presence of the slave woman in countless occupations, either
inside the urban or country houses, or in the rural environment, in the most
varied agricultural activities.
ASSIS,
Marcelo Ferreira de. Tráfico
atlântico, impacto microbiano e mortalidade escrava, Rio de Janeiro c. 1790-c.
1830. (mestrado,
IFCS da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2002), 146 p., mimeografado.
RESUMO. Este
estudo observa a dinâmica da mortalidade escrava em áreas urbanas e rurais da
província do Rio de Janeiro, de 1790 a 1830, tendo como pressuposto que o tráfico
atlântico influenciava de forma intensa tal dinâmica. As migrações africanas
forçadas constituíram um elemento de
propagação de doenças. Propagação esta que atingia tanto os próprios
africanos como os crioulos, também vitimados pelas doenças trazidas pelos navios negreiros.
BORTOLLI,
Cristiane de Quadros de. Vestígios do passado: a escravidão no Planalto Médio
Gaúcho (1850-1888). Passo Fundo, Universidade Federal de Passo Fundo,
Dissertação de mestrado, 2003.
RESUMO. Neste estudo, de caráter histórico-regional, a autora analisa a
escravidão no Planalto Médio gaúcho no período 1850-1888. Busca elucidar os
fatos referentes aos escravos dessa região, considerando a forte presença de
cativos e seu valor econômico no contexto sociopolítico e na formação dos
municípios de Cruz Alta e Palmeira das Missões; demonstrando que os escravos
não estiveram presentes somente na região charqueadora e em Porto Alegre, como
até o momento foi apresentado pela historiografia. Também analisa a produção
historiográfica identificando como essa apresenta e trata o escravo no Brasil e
no Rio Grande do Sul. Através de pesquisa empírica, revela a existência de
movimentos abolicionistas nessa região, comparando-os com os de outras, as leis
elaboradas nesse período, as quais permitiram o encaminhamento de ações de
liberdade que culminaram na abolição. Através da análise de processos de
inventários e testamentos, identifica e demonstra como essa ações
transcorreram e permitiram a concessão de liberdade aos cativos. A pesquisa em
livros de registros de batismos e óbito pertencentes à Igreja Matriz de Cruz
Alta permitiu revelar a existência de batismo, compadrio e apadrinhamento de
escravos, bem como os óbitos ocorridos nessa cidade e em Palmeira das Missões
na segunda metade do século XIX. Através desses documentos o estudo descreve
como se realizavam os atos sacramentais, quantifica o número de batismos e
identifica quem eram os cativos, seus donos, seus padrinhos e onde esses atos
ocorriam.
CAMPOS,
Adalgisa Arantes. Locais de sepultamentos e escatologia através de registros de
óbitos da época barroca: a freguesia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto. Varia
Historia. Belo Horizonte, Departamento de História da Faculdade de
Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, n. 31, jan. 2004, p. 159-183.
RESUMO. A autora considera os sepultamentos feitos nas covas situadas na nave,
na capela-mor e no adro, isto é, no espaço sagrado entre 1712, dada da
instituição da Freguesia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto, e 1733, ano
da transladação do Triunfo Eucarístico que indica certa consolidação da
sociedade. O estudo apresenta aspectos qualitativos e quantitativos, revelando a
documentação das irmandades leigas, doutrinária, a legislação diocesana e,
sobretudo, 158 assentos de óbitos daquela paróquia ouropretana. São
levantadas questões pertinentes ao ordenamento social e simbólico dos mortos e
de que forma a visão hierárquica vigente foi pouco flexibilizada nesse
primeiro terço do povoamento das Gerais. A documentação mostra que boa parte
dos escravos não foi enterrada em solo sagrado. Só na década seguinte, a
partir da diversificação da sociedade e de recursos próprios, os escravos
teriam acesso às covas da fábrica paga, situadas no interior do templo.
Só bem mais tarde o templo do Rosário dos Pretos, próximo à matriz,
destacar-se-ia como importante necrópole.
CARBONARI,
Maria Rosa. População, fronteira e família: a região de Río Cuarto no
período colonial tardio. Niterói, Universidade Federal Fluminense, Tese de
doutorado, 2001.
RESUMO. Esta pesquisa é uma contribuição à Historia Hispano-americana do
período colonial tardio, nela estuda-se, de fins do século XVIII ao início do
século XIX, uma região rural e fronteiriça. Soma-se, assim, aos debates
historiográficos que procuram conhecer e discutir as relações específicas do
mundo colonial, neste caso população, povoamento e família em espaços não
estudados anteriormente. Assim, considera-se a região de Río Cuarto, um dos
espaços mais austrais da Governação do Tucumán, e, portanto, do Império
colonial na América. Mostra-se como tal espaço se originou de uma Merced
abarcando dois ambientes geomorfológicos diferenciados: a serra e a planície.
Embora até o século XVIII a serra estivesse mais integrada ao espaço
econômico colonial (fornecimento ao centro mineiro), com as Reformas
Bourbônicas a planície passou a ter importância específica por ser via de
comunicação entre Buenos Aires e o Chile. Iniciava-se, neste espaço, um plano
estratégico de povoamento (fundação de vilas) e proteção (construção de
baluartes defensivos) que levaria a região a passar de espaço marginal a um
espaço de fronteira. O período abordado estende-se de 1778 a 1813, marcos
dados por dois recenseamentos que permitem identificar a população que
habitava a região e suas principais características demográficas e, com
auxílio de outras fontes, reconhecer a radiografia de uma sociedade rural e
fronteiriça, analisar as famílias que a habitavam e os outros grupos sociais.
CARVALHO,
Rosane Aparecida Bartholazzi de. Imigrantes italianos em uma nova fronteira:
Noroeste Fluminense (1896-1930). Universidade Severino Sombra, Dissertação de
mestrado, 2001.
RESUMO. No panorama dos estudos sobre imigrantes italianos no Brasil percebemos
a necessidade de produzir novos conhecimentos aprofundando em questões pouco
exploradas no âmbito da História Regional. Nesse sentido, o presente estudo é
dedicado a uma colônia de italianos que se estabeleceu em Varre-Sai, no
município de Itaperuna, Noroeste Fluminense, no final do século XIX. A chegada
do imigrante se faz num período de expansão da cafeicultura na região.
Procuramos analisar a dinâmica do processo de aquisição de terras por parte
destes, que de colonos e parceiros transformaram-se em proprietários rurais. As
diversas fontes de renda ligadas à lavoura cafeeira e os pecúlios existentes
no país de origem permitiram aos italianos uma ascensão econômico-social.
Procuramos ainda explicar de que maneira os imigrantes italianos atuaram no
sentido de construir seu próprio espaço na região de Varre-Sai. Trabalhamos,
entre vários outros, com extensas fontes demográficas, judiciárias e
privadas.
DOMINGUES,
Petrônio. Uma História Não Contada - negro, racismo e branqueamento em
São Paulo no pós-abolição. São Paulo, Editora Senac São Paulo, 2004,
400 p.
RESUMO. O autor aborda a transição do trabalho escravo para o trabalho livre
em São Paulo e defende a tese de que a vinda dos imigrantes para a cidade, no
período pós-escravidão, foi uma política governamental paulista construída
com apoio da elite, interessada em excluir os negros livres da sociedade. Depois
de abolida a escravidão, a mão-de-obra se tornou escassa e os fazendeiros
viram nos estrangeiros uma fonte alternativa, fator que favoreceu a entrada de
imigrantes no Brasil; essa é uma idéia esposada por muitos estudiosos e contra
a qual se coloca o autor da dissertação de mestrado em foco, a qual foi
apresentada na USP; nela se mostra que, pelo menos em São Paulo, destino de
muitos imigrantes, não havia falta de mão-de-obra, mas uma concreta intenção
da elite, do governo e dos intelectuais paulistas em "branquear" a
cidade. "Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o racismo em São
Paulo não era velado, mas apoiado por um grande número de pessoas que
acreditava na inferioridade do negro", afirma o autor. "Logo após o
fim da escravidão sobrava mão-de-obra negra na cidade, contudo eles eram
impedidos de atuar no mercado formal e na indústria que começava a florescer,
partindo então para trabalhos marginais. Os imigrantes, por outro lado,
receberam vários incentivos para vir para o Brasil e para São Paulo, ainda que
as condições de trabalho muitas vezes fossem vis". São evidenciadas,
também, as dificuldades que os negros enfrentavam depois de livres e a
discriminação que também sofriam por parte dos imigrantes. Para elaborar sua
dissertação o autor reuniu variada gama de fontes documentais em arquivos da
prefeitura de São Paulo, de museus da saúde pública, do tribunal judiciário
de São Paulo, da Universidade de São Paulo, além de percorrer jornais e atas
da comunidade negra, jornais da grande imprensa, relatórios de polícia e a
legislação da cidade.
FRAGA,
Ana Maria Almeida. Cativeiro barroco: a escravidão urbana em Minas Gerais -
Mariana e Ouro preto na primeira metade do século XVIII. Universidade Severino
Sombra, Dissertação de mestrado, 2000.
RESUMO. Esta dissertação tem como tema o estudo da vida dos escravos "ao
ganho", na sociedade da área mineradora de Minas Gerais no século XVIII.
O estudo da documentação sobre a repressão e normatização das ações dos
escravos no espaço urbano serviu para que pudéssemos apreender os aspectos
cotidianos da vida dos escravos urbanos como: origem, trabalho, sobrevivência,
lazer e as estratégias para alcançar a alforria. No correr do trabalho
evidenciamos a especificidade do espaço urbano em Mariana e Vila Rica as quais
anteciparam as formações urbanas do século XIX e a consolidação das
características da escravidão urbana, assim como as várias estratégias
desenvolvidas pelos escravos para organizar a sua vida, cultura e possibilidades
de manumissão.
FRANCO,
Renato & CAMPOS, Adalgisa Arantes. Notas sobre os significados religiosos do
Batismo. Varia Historia. Belo Horizonte, Departamento de História da
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, n. 31, jan. 2004, p. 21-40.
RESUMO. Os autores analisam o ritual do batismo e os significados que a
cerimônia tinha para o homem religioso da época barroca. Nesse sentido,
procuraram traçar uma via que privilegiasse o imaginário, os aspectos formais
da solenidade e os sentidos teológicos que permeiam o rito, na tentativa de
elucidar algumas repercussões que a vida religiosa tem sobre o cotidiano dos
fiéis. Analisaram, também, alguns aspectos da dinâmica religiosa de Vila Rica
em seus primórdios: de 1712, ano da instituição da Freguesia de Nossa Senhora
do Pilar do Ouro Preto, até o fim de 1719, período esse que permite observar
algumas especificidades daquela sociedade nascente.
LIBBY,
Douglas Cole & BOTELHO, Tarcísio R. Filhos de Deus: batismos de crianças
legítimas e naturais na Paróquia de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto,
1712-1810. Varia Historia. Belo Horizonte, Departamento de História da
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, n. 31, jan. 2004, p. 69-96.
RESUMO. Os autores analisam as características dos registros de batismos de
crianças da paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto (MG) ao longo do
século XVIII. Inicialmente, acompanham a evolução dos batismos segundo a
condição social da mãe (livre, forra ou escrava), mostrando o predomínio de
cativas ao longo da primeira metade do século. A legitimidade segundo a
condição da mães mostra que os filhos de mulheres livres eram
predominantemente legítimos, enquanto o inverso ocorria com as escravas, apesar
do aumento da taxa de legitimidade dessas últimas nas décadas finais do
período observado. A partir do cruzamento das informações do nome das mães,
conjugado com o nome do senhor para o caso das escravas, é possível observar o
número médio de filhos por mulher segundo seu estado conjugal e sua condição
social. Com os dados daquelas mães com mais de um filho, estabeleceu-se o
intervalo médio entre os batismos. Finalmente, foi efetuado o cruzamento dos
registros de filhos de escravas das últimas décadas com o recenseamento de
Ouro Preto de 1804.
MARCÍLIO,
Maria Luiza. Os registros paroquiais e a História do Brasil. Varia Historia.
Belo Horizonte, Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas da UFMG, n. 31, jan. 2004, p. 13-20.
RESUMO. O estudo considera as informações existentes na documentação de
alçada paroquial, isto é, os assentos de batismo, casamento e óbito,
demonstrando a importância desse acervo para a investigação das populações
pretéritas.
MORTARI,
Cláudia. Os Homens Pretos do Desterro. Um estudo sobre a Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário (1841-1860). Porto Alegre, PUCRS, Dissertação de Mestrado,
2000.
RESUMO. A autora toma como objeto de estudo a Irmandade de Nossa Senhora do
Rosário e seus Irmãos africanos e afrodescendentes na cidade de Nossa Senhora
do Desterro entre 1841 e 1860. A Irmandade constituía um lugar próprio, com
base no qual os Irmãos buscavam, mediante costume instituído nas relações
sociais, estabelecer e legitimar estratégias de solidariedade e assistência
entre eles, objetivando dentre outras metas, educar as crianças, alforriar
escravos e enterrar e sufragar a alma dos Irmãos falecidos. Enquanto um lugar
composto por indivíduos de diferentes origens e condições sociais, a
Irmandade não estava isenta de conflitos e embates. É o que indica o conflito
entre pretos e pardos da Irmandade a partir de janeiro de 1841. Este conflito no
interior da Irmandade do Rosário deu visibilidade às diferentes experiências
das populações africanas e afrodescendentes em Desterro, tirando-as do
silenciamento imposto pela historiografia catarinense.
PINHEIRO,
Luciana de Araujo. A civilização do Brasil através da infância: propostas e
ações voltadas à criança pobre nos anos finais do Império (1879-1889).
Niterói, Universidade Federal Fluminense, Departamento de História,
Dissertação de mestrado, 2003, 144 p.
RESUMO. Num contexto marcado pela crise do escravismo e por tentativas de se
formar um mercado de trabalho, a questão da infância pobre emergia como fator
de grande preocupação das autoridades brasileiras. O principal objetivo desta
dissertação é estudar a problemática dessa infância a partir da atuação
de Chefes de Polícia da Corte, Ministros da Justiça, Presidentes da província
do Rio de Janeiro e Juizes de Órfãos da capital imperial, entre 1879 e 1889,
frente ao problema dos menores ditos "abandonados" nas ruas da cidade.
ABSTRACT. In a context of slavery decline and foundation of a working market,
the issue of poverty and childhood emerged as an element of constant worry to
the Brazilian authorities. Thus, the main goal of this dissertation is to study
this problematic issue from the point of view of the action toward the abandoned
children taken by the Court's Chief of Police, the Ministry of Justice, the
President of the province of Rio de Janeiro and the Orphans` Judges from the
imperial capital between 1879 and 1889.
RAMOS,
Donald. Teias sagradas e profanas: o lugar do batismo e compadrio na sociedade
de Vila Rica durante o século do ouro. Varia Historia. Belo Horizonte,
Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG,
n. 31, jan. 2004, p. 41-68.
RESUMO. O ensaio contém considerações acerca de duas investigações
independentes. A primeira diz respeito ao uso do banco de dados de registros de
batismos de Ouro Preto como uma ferramenta para o estudo da demografia de Vila
Rica durante o século XVIII. O que parece mais notável neste exame geral é o
fato de que a maioria das crianças nascidas livres era legítima e que, ao
contrário, do esperado, houve um declínio na proporção de crianças
legítimas ao longo do século. A análise demográfica mais ampla serve como
pano de fundo para um estudo detalhado do sistema de compadrio que privilegia
tanto seu papel espiritual quanto sua função social. A natureza e o
funcionamento do compadrio são investigados para as comunidades livre e
escrava. É interessante observar o uso do compadrio para estabelecer estruturas
hierárquicas dentro da comunidade escrava, apesar dos esforços por parte dos
oficiais coloniais no sentido de obstruir o desenvolvimento deste sistema de
autoridade rival. Ao trazer o sagrado para o interior da família a escolha da
Virgem Maria e de outras santas católicas como madrinhas é vista como uma
ponte entre os mundos espiritual e profano.
SILVA,
Cristiane dos Santos. Irmãos de fé, Irmãos no poder: a irmandade de Nossa
Senhora do Rosário dos Pretos na Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá
(1751-1819). Universidade Federal de Mato Grosso, Dissertação de mestrado,
2001.
RESUMO. Esta é uma investigação sobre escravidão e as ações e as
relações dos irmãos do Rosário (marrom e negro) com o sagrado, contemplando
o tema da devoção e escravidão, peculiar na constituição de famílias
negras que, ricas ou modestas participaram da construção da Vila de Cuiabá e
da organização da aludida irmandade. As famílias negras estabeleceram um
sistema de solidariedade; as mulheres tiveram um papel predominante na
preservação, perpetuação das crenças e transformação dos aspectos
culturais que uniram igreja e sociedade da Vila de Cuiabá. No universo
religioso o papel desempenhado por uma mulher escrava aumentava quando pertencia
a uma irmandade, pois quando adquiriam a liberdade normalmente estendiam este
benefício para suas crianças. Sob certos aspectos, de acordo com o olhar do
poder instituído, as mulheres poderiam ser "perigosas", pois
possuíam uma mobilidade maior no ambiente urbano, por serem líderes em
potencial da religiosidade; necessárias nas procissões, festas e missas. A
Vila de Cuiabá também foi edificada em decorrência de relações de
solidariedade de africanos, inclusive os do Rosário.
SILVA,
Vera Alice Cardoso. Aspectos da função política das elites na sociedade
colonial brasileira: o 'parentesco espiritual' como elemento de coesão social. Varia
Historia. Belo Horizonte, Departamento de História da Faculdade de
Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, n. 31, jan. 2004, p. 97-119.
RESUMO. O ensaio aborda a escolha de padrinhos para o batismo religioso de
crianças na sociedade colonial brasileira considerando-a como expressão de
duas dimensões relevantes na constituição da ordem social tradicional, a
saber, a solidariedade grupal fundada em valores comunitários e o plano do
cálculo referido ao ganho social para o indivíduo e sua família decorrente do
status social do padrinho escolhido. Ressalta-se a preeminência das conexões
pessoais entre indivíduos de diferentes estratos econômicos e de prestígio
social na produção da coesão social num tipo de sociedade em que a esfera da
política não está ainda constituída como espaço público de confrontações
e de afirmação de direitos de indivíduos, grupos e classes sociais.
Trabalhos publicados por Maria Cristina Cortez Wissenbach nas áreas da história demográfica, econômica e social.
WISSENBACH,
Maria Cristina Cortez. A mercantilização da magia na urbanização de São
Paulo. Revista de História, USP, São Paulo, n. 150, 2004.
RESUMO. Artigo, originário de minhas pesquisas para a tese de doutorado, sobre
as religiões populares na cidade de São Paulo entre finais do século XIX e
primeiras décadas do XX, incluindo é claro as religiões afro-brasileiras,
macumba, umbanda ao lado das práticas de feitiçaria e de curandeirismo
provenientes dos grupos de afrodescendentes. A base documental é constituída
de processos criminais.
WISSENBACH,
Maria Cristina Cortez. Cartas, procurações, escapulários e patuás: os
múltiplos significados da escrita entre escravos e forros na sociedade
oitocentista brasileira. Revista Brasileira de História da Educação,
Campinas, v. 4, p. 103-122, 2002.
RESUMO. Artigo no qual contemplo o uso e as práticas de escrita e leitura entre
escravos e forros, discutindo a questão em geral e analisando documentos
(cartas de escravos) localizados entre processos criminais do século XIX, de
São Paulo. São as cartas de Theodora e Claro, sobretudo, das quais gosto
muito.
WISSENBACH,
Maria Cristina Cortez. Desbravamento e catequese na constituição da
nacionalidade brasileira: as expedições do barão de Antonina no Brasil
Meridional. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 15, n. 30, p.
137-155, 1995.
RESUMO. O tema do artigo são as viagens empreendidas pelo Barão Antonina
(figura de projeção na sociedade paulista do século XIX) e a discussão sobre
apropriação/legitimação, por meio desses relatos de viagem de suas enormes
propriedades de terras na região do Mato Grosso do Sul. Este artigo que não
trata da temática da escravidão.
WISSENBACH,
Maria Cristina Cortez. Arranjos da sobrevivência escrava na cidade de São
Paulo no século XIX. Revista de História, USP, São Paulo, v. 119, p.
101-113, 1988.
RESUMO. A origem do artigo foi uma apresentação feita ao Congresso
Internacional do Centenário da Abolição; uma primeira abordagem do material
de minha dissertação de mestrado.
WISSENBACH,
Maria Cristina Cortez; LOTITO, Márcia Padilha; OLIVEIRA, Maria Luisa de;
MARINS, Paulo César Garcez; PUNTONI, Pedro Luís; LINS, Silvia Queiroz Ferreira
Barreto; FERNANDES, Paula Porta Santos (coord.). Guia dos documentos
históricos na cidade de São Paulo (1554-1954). São Paulo, Hucitec/Neps,
1998, v. 1.
RESUMO. Espécie de catálogo ou inventário dos arquivos e da documentação
existente na cidade de São Paulo. Com descrição dos fundos e referências dos
"acervos".
WISSENBACH,
Maria Cristina Cortez. Sonhos africanos, vivências ladinas. Escravos e
forros em São Paulo. São Paulo, Editora Hucitec/História Social, USP,
1998.
RESUMO. Dissertação de mestrado que analisa e interpreta a vida social dos
escravos e forros em São Paulo, na segunda metade do século XIX. A base é a
documentação judiciária/criminal.
WISSENBACH,
Maria Cristina Cortez. Gomes Ferreira e os símplices da terra: experiências
sociais dos cirurgiões no Brasil colonial. In: FURTADO, Júnia Ferreira (org.).
Erário Mineral. Luís Gomes Ferreira. Belo Horizonte/ Rio de Janeiro,
FioCruz/Fundação João Pinheiro, 2002, v. 1, p. 107-149 (Coleção Mineriana).
RESUMO. Gomes Ferreira foi um cirurgião português que atendeu a população
dos arraiais mineiros nos primórdios da sociedade oitocentista. É um manual de
medicina prática organizado por tipos de doenças e descrição de casos. Mas
é também um contundente relato da vida nos primeiros tempos do ouro. Entre
seus pacientes preferenciais estão, logicamente, os escravos africanos e
crioulos que trabalham nesta região. O texto que escrevi é de fato um dos
artigos/prefácios da obra reeditada pela Fundação João Pinheiro. Procuro
percebê-lo como uma figura histórica e analiso algumas das características da
medicina que pratica, principalmente o encontro de diferentes tradições de
cura e de percepção da doença, marca de uma sociedade multiétnica.
WISSENBACH,
Maria Cristina Cortez. Da escravidão à liberdade: dimensões de uma
privacidade possível. In: SEVCENKO, Nicolau; NOVAIS, Fernando A. (Org.). História
da vida privada no Brasil. República: da Belle Époque à Era do Radio.
São Paulo, 1998, v. 3, p. 49-130.
RESUMO. É meu artigo na coleção que abre o volume 3 dirigido por Nicolau
Sevcenko; trata das populações de afrodescendentes no final da escravidão e
na sua inserção à sociedade pós-abolição; discuto, como sempre, a idéia
da exclusão, da marginalidade etc., tentando mostrar como tais setores se
organizam (nas dimensões de sua sobrevivência, na vida cultural e
religiosa...) e se integram no mundo rural e no mundo urbano desta época.
WISSENBACH, Maria Cristina Cortez. A circulação redefine a colônia. In: MENDES JR., Antonio; RONCARI, Luiz; MARANHÃO, Ricardo. (Org.). Brasil História: texto e consulta. Colônia. 6a.. ed. São Paulo, 1991, v. 1, p. 245-251.
WISSENBACH, Maria Cristina Cortez. A Confederação do Equador. In: MENDES JR., Antonio; RONCARI, Luiz; MARANHÃO, Ricardo. (Org.). Brasil História: texto e consulta. Império. 6a.. ed. São Paulo, 1991, v. 2, p. 183-190.
WISSENBACH, Maria Cristina Cortez. Regras e práticas da extração mineral. In: MENDES JR, Antonio; RONCARI, Luis; MARANHÃO, Ricardo. (Org.). Brasil História: texto e consulta. Colônia. 6a.. ed. São Paulo, 1991, v. 1, p. 236-243.
WISSENBACH,
Maria Cristina Cortez. Cirurgiões do Atlântico Sul: saber médico e
terapêuticas nos circuitos do tráfico e da escravidão (séculos XVII - XIX).
In: XVII ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA, 2004, Campinas. Anais do XVII
Encontro Regional de História - O lugar da História, 2004, p. 01-10 (em CD-ROM).
RESUMO. É a continuação da pesquisa sobre a história da medicina e que me
levou ao estudo das relações entre medicina e escravidão; tráfico e
doenças; mundo atlântico e as trocas culturais de terapêuticas e doenças. É
uma pesquisa que ainda desenvolvo.
WISSENBACH,
Maria Cristina Cortez. Cultura escrita e escravidão: reflexões em torno das
práticas e usos da escrita entre escravos no Brasil. In: 25ª REUNIÃO ANUAL DA
ANPED. Educação: Manifestos, Lutas e Utopias, 2002, Caxambu (MG), 2002.
RESUMO. Comunicação que resultou no artigo já citado acima sobre usos e
práticas de escrita entre escravos.
VENÂNCIO,
Renato Pinto & RAMOS, Jânia Martins (orgs.). Edição, Apresentação e
Notas a: GUSMÃO, Alexandre de. Arte de criar bem os filhos na idade da
puerícia. São Paulo, Martins Fontes, 2004,
XXXII + 305 p. (Coleção Clássicos Martins Fontes).
RESUMO. Além das Notas os dois organizadores e editores efetuam, na
Apresentação, a análise e qualificação desta muito bem cuidada edição da
obra do jesuíta Alexandre de Gusmão (o diplomata seu homônimo foi seu
sobrinho e afilhado, sendo ainda irmão de Bartolomeu Lourenço de Gusmão).
VENÂNCIO,
Renato Pinto. Adoção antes de 1916. In: LEITE, Eduardo de Oliveira. Grandes
Temas da Atualidade. Adoção - aspectos jurídicos e metajurídicos. Rio de
Janeiro, Editora Forense, 2005, p. 271-282.
RESUMO. A legislação específica, relativa à adoção, é um fenômeno
relativamente recente. No Brasil, as determinações do Código Civil de 1916,
complementadas pelas alterações implementadas em 1957, lançaram as modernas
bases da regulamentação da adoção de crianças. No artigo em pauta o autor
apresenta, de maneira sucinta, a evolução dos dispositivos legais sobre a
adoção que vigoraram no período que se estende do século XVI ao XIX.
BRUNO,
José Eduardo de Oliveira. Vargem Grande e o café Bourbon. Informativo do
IEV. Lorena, Instituto de Estudos Valeparaibanos, n. 158, nov./dez. de 2004,
p. 4-6.
RESUMO. O autor historia as atividades do médico fluminense Luiz Pereira
Barreto concernentes às experiências que levaram à geração do café
"Bourbon", o qual foi difundido no Estado de São Paulo, sob sua
liderança, por numeroso grupo de seus familiares que o acompanharam, em 1876,
na chamada "Caravana Pereira Barreto".
BRUNO,
José Eduardo de Oliveira. Caravana Pereira Barreto. Notícia bibliográfica
e histórica. Campinas, PUC de Campinas, ano XXXV, n. 190, jul./set. de
2003, p. 311-324.
RESUMO. O artigo vota-se à ação do médico de Resende (RJ), Luiz Pereira
Barreto, que não só liderou a chamada "Caravana Pereira Barreto" - a
qual introduziu o café "Bourbon" no Oeste Paulista -, mas, também
dedicou-se ao plantio da uva em território do Estado de São Paulo, promoveu a
fabricação de cerveja no Brasil, assim como o aproveitamento do xarope do
guaraná para o preparo de um refrigerante.
I
Seminário de História Econômica e Social da Zona da Mata mineira
Centro de Ensino Superior, Juiz de Fora, MG
27 a 29 de Maio de 2005
Trata-se de seminário acadêmico que congrega historiadores, economistas, cientistas sociais e demais pesquisadores que têm a Zona da Mata mineira como objeto de reflexão. Os temas serão abordados em palestras e mesas-redondas compostas por pessoas convidadas, assim como por Grupos de Discussão organizados com base em trabalhos selecionados. O Evento concentra-se em discutir a produção acadêmica referente à Zona da Mata mineira, entretanto também serão bem-vindos trabalhos que abordem, de forma comparativa, estudos regionais correlatos.
Endereço
para contato:
Luiz Fernando Saraiva
I Seminário de História Econômica e Social da Zona da Mata mineira
Rua Cândido Tostes, 210 ap. 402
São Mateus
3016-030
Juiz de Fora MG
e-mail: saraivalf@uol.com.br
DOCUMENTAÇÃO PAULISTA
A Divisão do Acervo Histórico da Assembléia Legislativa de São Paulo,
dirigida por nosso colega Dainis Karepovs, digitalizou documentos que remontam a
1835. Basicamente, são prestações de contas das Câmaras Municipais, posturas
municipais e ofícios diversos tratando de pedidos de verbas, obras públicas
etc. Até o momento, a reprodução de tais documentos é oferecida
graciosamente mediante ofício de solicitação e CDs para gravação. A
Divisão do Acervo Histórico localiza-se no Palácio 9 de Julho - Av. Pedro
Álvares Cabral 201, em São Paulo (SP); o número telefônico para contato é
(11) 3886-6308 e o horário de atendimento estende-se das 9 às 19 horas, de
segunda a sexta-feira.
Llamado para colaboraciones - Chamada de artigos
Población
& Sociedad
revista regional de estudios
sociales
Fundación Yocavil
Población & Sociedad es una publicación asociada a los siguientes organismos universitarios del Noroeste argentino: Instituto de Estudios Geográficos (FFyL, UNT); Instituto de Estudios Socioeconómicos (FCE, UNT); Instituto de Historia de la Arquitectura (FAU, UNT); Centro de Estudios Indígenas y Coloniales (FH, UNJu); Unidad de Investigación en Historia Regional (UNJu); Centro de Investigaciones Históricas del NOA (FH, UNCa); Grupo de Estudios Sociológicos (FH, UNSE).
Para mais informações sobre este número especial, dedicado à pobreza na
Argentina e na América Latina,
ROL - Relação de Trabalhos Publicados
OUTROS TRABALHOS INCORPORADOS AO ROL
DURHAM,
Eunice Ribeiro. Estudo sobre as famílias imigrantes da região de Descalvado
(São Paulo). Revista do Museu Paulista, Nova Série, vol. 14, 1963, p. 299-310.
RESUMO. Estudo sobre as famílias imigrantes da região de Descalvado em
período de grande produção cafeeira, 1880 a 1920. Utilizou dados
populacionais e principalmente o levantamento de José Francisco de Camargo. Na
primeira parte, apresenta as linhas gerais do desenvolvimento econômico-social
e da ascensão social do imigrante italiano na zona rural. Na segunda parte,
analisa os fatores explicativos dessa ascensão, baseando-se no material
coletado em entrevistas.
Publicações
de FE IGLESIAS GARCÍA na área da história demo-econômica
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Algunas características de los españoles llegados a Cuba entre 1882 y 1900. Revista Rábida, n. 21, Huelva, España, 2002, p. 75-85.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Cuba, la abolición de la esclavitud el "canal de la inmigración jornalera". En: PIQUERAS, José Antonio (comp.). Azúcar y esclavitud en el final del trabajo forzado: homenaje a M. Moreno Fraginals. México, Fondo de Cultura Económica, 2002, p. 93-115.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Del ingenio al central. La Habana, Editorial de Ciencias Sociales, 1999. (Premio Nacional de la Academia de Ciencias de Cuba, 1999; Premio de Crítica 2000).
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Del ingenio al central. Río Piedras, Editorial de la Universidad de Puerto Rico, 1998.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Historiography of Cuba. En: HIGMAN, Barry (editor). General History of the Caribbean, vol. VI. UNESCO Publishing, 1999.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. El costo demográfico de la Guerra de Independencia. Debates Americanos, n. 4, julio-diciembre, 1997.
IGLESIAS GARCÍA, Fe & BERGAD Laird W. & BARCIA, María del Carmen. The Cuban Slave Market 1790-1880. Cambridge University Press, 1995. (Cambridge Latin American Studies).
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Fuentes cuantitativas para la historia económica y social de Cuba. En: Nuestra Común historia. Cultura y sociedad. La Habana, Editorial de Ciencias Sociales, 1995.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. La población de Puerto Rico y Cuba en 1899. Investigación para el Desarrollo. Revista de la Universidad Autónoma de Santo Domingo, año 1, n. 1, octubre 1994.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Contratados peninsulares para Cuba. Anuario de Estudios Americanos, XL, Sevilla, 1994.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Características de la inmigración española en Cuba. En: SÁNCHEZ-ALBORNOZ, Nicolás (compilador). Españoles hacia América. La emigración en masa, 1880-1930. Alianza Editorial, 1993.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Marx, Engels y la esclavitud moderna. Santiago, n. 75, 1993.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Características de la inmigración española en Cuba. Economía y Desarrollo. La Habana, n. 2, 1988.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. La periodización de la historia de Cuba. Un estudio historiográfico. Santiago, n. 69.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Algunas consideraciones en torno a la abolición de la esclavitud. En: Colectivo de autores. La esclavitud en Cuba. La Habana, Editorial Academia, 1986.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Población y clases sociales en la segunda mitad del siglo XIX. Revista de la Biblioteca Nacional José Martí, n. 3, 1982.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. Características de la población cubana en 1862. Revista de la Biblioteca Nacional José Martí, n. 3, 1980.
IGLESIAS GARCÍA, Fe. El censo cubano de 1877 y sus diferentes versiones. Santiago, n. 34, 1979.
GUTERRES, Letícia Batistella. Para além das fontes: im/possibilidades de laços familiares entre livres, libertos e escravos: (Santa Maria: 1844-1882)". Porto Alegre, PUCRS, Dissertação de Mestrado, 2005.