BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA
Ano XIII, no. 41 , abril de 2006
SUMÁRIO
Acolhemos neste número do BHD um farto material informativo sobre nossa área. Além de novos artigos, dos resumos e de notícias concernentes a lançamentos e material bibliográfico relevante nos é dada a oportunidade de reforçar a Chamada de Trabalhos para o I Seminário de História do Café: História e Cultura Material, organizado pelo Museu Republicano de Itu (São Paulo - Brasil). Reportamos, ademais, a publicação de obra na qual são reunidos textos da Professora Alice Piffer Canabrava, autora que contribuiu para a emergência da moderna história econômica brasileira e que inspirou a organização de nosso Núcleo de Estudos em História Demográfica.
GUEDES,
Roberto. Estrutura de Posse e Demografia Escrava em Porto Feliz (São Paulo,
1798-1843).
RESUMO. Mediante análise serial de listas nominativas de habitantes o autor
analisa a estrutura de posse e a demografia escrava na vila de Porto Feliz (São
Paulo), durante a primeira metade do século XIX. A freguesia de Araritaguaba
(posterior Porto Feliz) fazia parte da vila de Itu que, no século XVII, era um
ponto de passagem importante na rota que ligava São Paulo a áreas de
apresamento de indígenas. Em inícios do século XVIII, com a descoberta de
minas em Coxipó-Mirim e Cuiabá, Itu/Araritaguaba tornou-se fundamental na rota
fluvial das monções, dela partindo as embarcações até as áreas
mineradoras. Criou-se uma estrutura agrária em Itu/Araritaguaba voltada ao
abastecimento das expedições, principalmente de milho e feijão. Entre finais
do século XVIII e meados do XIX, acompanhando o desenvolvimento da atividade
canavieira no Oeste Paulista, Porto Feliz tornou-se um dos municípios do
"Quadrilátero do Açúcar", área compreendida entre Sorocaba,
Piracicaba, Mogi Mirim e Jundiaí. Para ler o texto completo
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COSTA,
Iraci del Nero da. A demografia histórica brasileira e seus próximos passos:
tema para um debate inadiável.
RESUMO. Para o autor a demografia histórica no Brasil desenvolver-se-á em
três planos. No primeiro, intimamente vinculado ao factual, parte-se de um
conjunto de fontes documentais e se tenta extrair o máximo de informações de
caráter geral; alternativamente, procura-se realçar um ou mais aspectos
demo-econômicos da vida social (família, agregados, estrutura de posse de
escravos, distintas formas de acumulação de riqueza etc.). Um degrau superior
a esse marcar-se-á pela busca e caracterização de padrões e pela procura de
causas comuns a eventuais "excepcionalidades". Por fim, uma terceira
categoria englobará trabalhos dirigidos ao estabelecimento de uma visão
explicativa global capaz de conjugar num todo orgânico coerente a formação de
nossas populações, de nossa sociedade e de nossa(s) economia(s). Para ler o texto completo
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AMANTINO,
Márcia. Os avanços e recuos no povoamento do Sertão Oeste de Minas Gerais no
século XVIII: os limites da pobreza.
RESUMO. A expansão da fronteira e o povoamento do Sertão Oeste de Minas Gerais
foi feita com base nos vadios, homens pobres ou pequenos proprietários com
alguns poucos escravos e que não tinham muito a perder deixando seus pertences
para trás e entrando numa região desconhecida em busca do enriquecimento.
Entretanto, cedo perceberam que suas intenções não seriam facilitadas pelos
quilombolas ou indígenas. Mesmo assim, o Sertão apresentava-se como a única
possibilidade de mudar totalmente de vida, obtendo sesmarias e repartindo os
índios capturados entre os participantes das bandeiras. Para ler o texto completo
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AMANTINO,
Márcia. O Sertão Oeste em Minas Gerais: um espaço rebelde. Varia História.
Minas Gerais. v. 29, p. 79-97, 2003.
RESUMO. O texto busca resgatar as imagens e as representações feitas sobre o
Sertão a partir do século XVI demonstrando que estas chegaram ao século XVIII
sem grandes alterações. A partir destas definições, buscou-se entender o que
viria a ser Sertão no território mineiro e quais teriam sido as relações
entre as autoridades e os moradores desta região.
AMANTINO,
Márcia. A conquista de uma fronteira; o Sertão Oeste de Minas Gerais no
século XVIII. Revista de história. Espírito Santo: v. 14, p. 65-90,
2002.
RESUMO. Este trabalho é um estudo sobre o processo de ocupação ocorrido sobre
o Sertão Oeste de Minas Gerais durante o século XVIII. O objetivo maior deste
processo era encontrar terras para aumentar as extrações de ouro, aumentar a
agricultura e conseqüentemente, incrementar a arrecadação dos impostos
devidos à Metrópole. Para tanto, era necessário buscar a incorporação de
novas áreas. Em função destes objetivos foi criado na Metrópole e
transferido para a Colônia, um Projeto Civilizacional baseado no controle sobre
as populações que viviam nestas áreas e na montagem de expedições enviadas
a várias partes da Capitania. O objetivo destas eram civilizar e povoar estas
áreas com grupos que pudessem ser controlados. Era necessário
"limpar" os Sertões de seus moradores considerados indesejados, ou
seja, índios tidos como bravios, quilombolas e vadios. Para justificar estas
expedições foram criadas inúmeras imagens negativas a respeito destes
moradores e para cada um deles foram desenvolvidas atitudes específicas.
Todavia, todas negavam o direito a estas terras por estes grupos.
AMANTINO,
Márcia. Os diferentes lados de uma mesma moeda: o abolicionismo de Patrocínio
e de Lacerda. Revista Eletrônica de História do Brasil. Juiz de Fora:
v. 3, n. 1, p. 19-35, 1999.
RESUMO. O presente artigo busca recuperar algumas das idéias e atitudes
propostas por parte de dois expoentes de nosso processo abolicionista: José do
Patrocínio e Carlos de Lacerda. Para tanto, utiliza-se principalmente de
artigos publicados em seus respectivos jornais. O objetivo é identificarmos, se
possível, as imagens que ambos teriam dos cativos para, a partir daí,
entendermos que tipo de contato e de solução teria sido buscada para a
questão escrava proposta por cada um dos dois.
AMANTINO,
Márcia, LUFT, W., MACEDO, J. Uma análise prévia da documentação sobre os
Diretores Gerais de Índios da província de Minas Gerais (1863-1894). Revista
Eletrônica de História do Brasil. Juiz de Fora: v. 2, n. 2, p. 37-47,
1998.
AMANTINO,
Márcia. O perfil demográfico do escravo fugitivo. Estudos Afro-Asiáticos.
Rio de Janeiro: v. 31, p. 169-188,1997.
RESUMO. Ainda que as fugas sejam inerentes ao sistema escravista, nem todos os
escravos fugiam. Logo, deveria haver um tipo específico que procurava a fuga
como solução. O objetivo principal deste artigo é identificar o perfil desse
escravo que procurava a fuga como alternativa de vida. Para tanto, foram
utilizados cinco tipos de fontes, cujo traço comum é o fato de que foram
mecanismos empregados por proprietários para tentar reaver seus cativos ou
foram listagens elaboradas por autoridades no momento de destruição de
quilombos. Nesses documentos encontram-se, em geral, dados pessoais dos escravos
como por exemplo: nome, idade, sexo, profissão, etnia, características
físicas e outras, permitindo a elaboração de um perfil demográfico do
escravo que buscava a fuga como opção de vida.
AMANTINO,
Márcia. Banditismo Social e quilombolas no RJ, século XIX. Caderno do
Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em Historia Social. Rio de
Janeiro: v. 1, n. 1, p. 21-33, 1995.
RESUMO. A partir da história de um líder quilombola que vivia nas imediações
de Macaé, buscar-se-á identificar a o papel ambíguo do bandido social escravo
que, embora sendo um quilombola, é na realidade muito mais do que isto, pois
carrega consigo uma idéia de justiça pelas próprias mãos e de ação direta
contra seus opressores imediatos.
AMANTINO,
Márcia. Uma carta de Pero de Góes. Infoarqueodata. Rio de Janeiro: v.
1, n. 1, 1993.
AMANTINO,
Márcia. A convivência entre índios e negros nas dança folclóricas
brasileiras: uma análise histórico-antropológica In: Dança da Terra:
tradição, história, linguagem e teatro. Rio de Janeiro: Papel Virtual,
2005, v. 1, p. 91-117.
RESUMO. Este artigo analisa os contatos travados entre grupos indígenas e
negros fugitivos do sistema escravista no Brasil através de algumas
performances de danças tidas como folclóricas. Tais manifestações
artísticas possuem em suas estruturas elementos históricos capazes de permitir
a identificação de um hibridismo cultural vivenciado pelos grupos em questão.
AMANTINO,
Márcia. Sobre os quilombos do Sudeste Brasileiro nos séculos XVIII e XIX. In: Ensaios
sobre a escravidão. Belo Horizonte: Editora da Universidade Federal de
Minas Gerais, 2003, v. 1,p. 235-262.
RESUMO. Ao longo da análise dos documentos relativos a quilombos do Rio de
Janeiro e de Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX, pôde-se observar a
presença de alguns traços comuns a quase todas as estruturas quilombolas,
quais sejam, os ataques às populações vizinhas, e certa dificuldade das
autoridades ou mesmo dos senhores para destruí-los. Tais características
possuíam relação direta com outros traços igualmente gerais, como a
mobilidade espacial dos quilombos, a presença de armas, ferrarias e outros
instrumentos próprios à defesa, a existência de um certo tipo de liderança e
a constante interação que os quilombolas mantinham com a sociedade do entorno.
Ocorre que esses traços distribuíam-se desigualmente quando se estudava caso a
caso. Em busca de um quadro mais rico, que englobasse numerosos quilombos sem
perder a especificidade de cada um, observou-se a necessidade de proceder a uma
diferenciação lógica. Afinal, um quilombo constituído por centenas de
pessoas -- milhares, por vezes --, com agricultura estável, armazéns, paióis,
lideranças reconhecidas etc., não poderia ser classificado a partir dos mesmos
parâmetros que um quilombo formado por poucos indivíduos, errantes em meio às
matas, sem produção econômica definida e desprovidos de instituições
políticas. Seria necessário, pois, classificá-los a fim de formar conjuntos
que favorecessem a captura de cada um dos grupos específicos. Sem tal
procedimento, as análises tenderiam a ser apenas "estudos de casos",
de representatividade duvidosa em função da existência de tão grande
diversidade de quilombos. Pode-se classificar os quilombos do sudeste
brasileiros em, no mínimo, dois tipos -- as estruturas auto-sustentáveis e as
dependentes. Os principais requisitos para a caracterização de um quilombo
como auto-sustentável seriam a presença de uma economia baseada na agricultura
e/ou na pecuária, capaz de sustentar seus membros; a existência de uma
liderança política reconhecida e estável; e a realização de trocas
comerciais com a sociedade do entorno.
AMANTINO,
Márcia. Comunidades quilombolas na cidade do Rio de Janeiro e seus arredores
In: Escravidao: ofícios e liberdades. Rio de Janeiro: Arquivo Público
do Estado do Rio de Janeiro, 1998, v. 1, p.109-133.
RESUMO. A partir de uma análise geral sobre algumas comunidades quilombolas,
buscar-se-á identificar como, na prática, funcionavam os quilombos em uma
área e num tempo específico, no caso, a cidade do Rio de Janeiro e seus
arredores durante o século XIX.
AMANTINO,
Márcia. O cotidiano escravo em Cataguases na segunda metade do século XIX In: 1.
Seminário História Econômica e Social da Zona da Mata Mineira, vol. 1,
2005, Juiz de Fora.
RESUMO. Mediante a análise de processos crimes localizados no Centro de
Documentação Histórica de Cataguases - (CDH) buscou-se identificar algumas
práticas do cotidiano de cativos na segunda metade do século XIX. Foram
selecionados trinta e três processos que envolviam escravos, vítimas ou réus,
moradores nas imediações de Leopoldina e Cataguases entre os anos de 1877 e
1888. A partir desta documentação foram incorporados anúncios de Jornais com
o objetivo de alargar o entendimento do trabalho cativo na região.
ANDRADE,
Vitória Fernanda Schettini de. Batismo e apadrinhamento de filhos de mães
escravas, São Paulo do Muriaé (1852-1888). Vassouras, Mestrado em História,
Universidade Severino Sombra, 2006, mimeografado, 164 p.
RESUMO. Esta dissertação versa sobre algumas formas de relações
sócio-parentais adotadas por cativos da freguesia de São Paulo do Muriaé,
Zona da Mata Mineira, entre os anos de 1852 e 1888. Fazendo uso de fontes
documentais paroquiais, sobretudo registros de batismos, cruzamos tais dados com
informações colhidas em fontes cartoriais e censitárias a fim de analisarmos
as formas de compadrio adotadas pelos cativos; consideramos, assim, a formação
familiar, o nascimento e batismo da prole, o perfil dos padrinhos e as alforrias
concedidas na pia batismal. Tais procedimentos permitiram-nos observar um amplo
laço de solidariedade e apoio mútuo gerado em torno dos nascimentos de filhos
cujas mães eram escravas.
BACELLAR,
Carlos de Almeida Prado & SCOTT, Ana Sílvia Volpi & BASSANEZI, Maria
Sílvia Casagrande Beozzo. Quarenta anos de demografia histórica. Revista
Brasileira de Estudos de População. ABEP, São Paulo, vol. 22, n. 2,
jul./dez. 2005, p. 339-350.
RESUMO. Os autores apresentam uma reflexão crítica -- e não um balanço --
sobre a produção nas áreas de demografia histórica e história da
população no Brasil. Levantam questões relativas à definição do campo e
aos limites da demografia histórica e da história da população, às fontes,
às metodologias e à escolha do período e espaços de análise. Traçam,
também, um perfil da produção recente, perfil este que aponta para carências
de análises demográficas propriamente ditas e uma produção ampla e
importante de estudos voltados mais para a história da população. Por fim,
procuram apontar alguns caminhos possíveis para o desenvolvimento futuro da
demografia histórica no país.
LIMA, Adriano Bernardo Moraes. Comunidade escrava e margens de autonomia na Comarca de Paranaguá e Curitiba (1760-1830). Comunicação apresentada no IX Encontro Regional de História. Identidades e Representações - Anais do IX Encontro Regional de História - 2004. Ponta Grossa, Associação Nacional de História - Núcleo Regional do Paraná / Curitiba, Aos Quatro Ventos, (publicação eletrônica de 2005), p. 1408-1434.
LUNA,
Francisco Vidal & KLEIN, Herbert S. Economia e Sociedade escravista: MInas
Gerais e São Paulo em 1830. Campinas, ABEP, Revista Brasileira de Estudos de
População, vol. 21, n. 2, jul./dez. 2004, p. 173-194.
RESUMO. Com base em fontes manuscritas, os articulistas analisam como se
apresentava, em 1839, o perfil da economia e a da sociedade em Minas Gerais e em
São Paulo. Foi observada uma estrutura de posse de escravos na qual eram
majoritários os proprietários com poucos cativos; tal posse, ademais, estava
amplamente distribuída e via incluídos, entre os proprietários, uma
expressiva parcela de pessoas livres de cor, inclusive de forros.
Características essas que seriam distintas da idéia que se faz do modelo no
qual predominaria a grande lavoura, com poucos proprietários de muitos
escravos. No Brasil os escravos estavam mais distribuídos em termos regionais e
de ocupação do que nos EUA. A estrutura demográfica dos escravos demonstrava
baixo potencial reprodutivo e elevada proporção de cativos casados em São
Paulo. A miscigenação era expressiva, formando, particularmente em Minas
Gerais, uma população com alta participação de mulatos e pardos, inclusive
entre os livres.
TRADUZIDA PARA O PORTUGUÊS OBRA SOBRE A ECONOMIA ESCRAVISTA PAULISTA
LUNA, FRANCISCO VIDAL & KLEIN, HERBERT S. Evolução da sociedade e economia escravista de São Paulo, de 1750 a 1850. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2005, 280 p.
APRESENTAÇÃO. Com a sempre eficiente tradução de Laura Teixeira Motta, publica-se em português a obra originalmente intitulada The evolution of the slave society and economy of São Paulo, from the 1750's to the 1850's. Como alertam os autores, o Estado de São Paulo é hoje uma região agrícola, industrial e urbana das mais avançadas do mundo. No entanto, pouco se sabe sobre sua evolução histórica. Ao estudar essa área extraordinariamente dinâmica, os economistas e historiadores concentraram-se no período a partir de 1850, quando o café finalmente dominou a região, ou posterior a 1880, quando a imigração em massa de europeus fez da cidade de São Paulo uma das maiores do mundo. Embora as primeiras gerações de colonizadores e conquistadores portugueses tenham despertado atenção, conhece-se bem pouco do período "pós-heróico". Parte dessa falta de interesse deveu-se a uma suposta escassez de dados quantitativos sobre a economia e a sociedade no período anterior ao primeiro censo nacional, em 1872. Por essa razão, os relatos de viajantes estrangeiros com freqüência têm servido de fontes primárias para o estudo do desenvolvimento inicial da região. Mas em anos recentes estudiosos descobriram nos arquivos públicos um copioso conjunto de censos de população e produção até então desconhecidos e nunca usados, que vão da década de 1750 à de 1850. Esses registros complexos vêm sendo examinados lentamente, e apenas de modo parcial, em teses e artigos publicados, o mais das vezes, em revistas especializadas. Evolução da sociedade... é um dos primeiros estudos globais fundamentados nesses censos não-publicados, e nele apontam-se as linhas básicas do crescimento da economia e da sociedade da região de São Paulo, desde suas origens no período da conquista e colonização européia até as vésperas da introdução em massa do café, em meados do século XIX.
LANÇAMENTO
CÁNOVAS, Marília Klaumann. Hambre de tierra: imigrantes espanhóis na cafeicultura paulista, 1880-1930. São Paulo, Lazuli Ed., 2006.
COLETÂNEA DE TEXTOS DE ALICE P. CANABRAVA
CANABRAVA, Alice Piffer. História econômica: estudos e
pesquisas. São Paulo, Hucitec-UNESP-ABPHE, 2005, 320 p.
APRESENTAÇÃO. Os textos reunidos neste volume, publicados originalmente há
décadas, continuam a servir de modelo e fonte de referência para os atuais
estudos e pesquisas concernentes à história econômica de Brasil e de São
Paulo. Por tratar-se de um conjunto de textos clássicos, de uma das fundadoras
da moderna historiografia econômica do Brasil e a quem também se deve a idéia
matriz da formação do NEHD, reproduzimos aqui o título dos artigos reunidas
no volume em apreço.
1. A grande propriedade rural.
2. A influência do Brasil na técnica do fabrico de açúcar na Antilhas
francesas e inglesas no meado do século XVII.
3. Manufaturas e indústrias no período de D. João VI no Brasil.
4. A grande lavoura.
5. Uma economia de decadência: níveis de riqueza na capitania de São Paulo,
1765-1767.
6. Terras e escravos.
7. Máquinas agrícolas.
8. As chácaras paulistanas.
9. Varnhagen, Martius e Capistrano de Abreu.
10. História e economia.
11. Fontes primárias para o estudo da moeda e do crédito em São Paulo no
século XVI.
12. Fontes primárias sobre o escravismo.
ARAÚJO,
Maria Lucília Viveiros. Os caminhos da riqueza dos paulistanos na primeira
metade do Oitocentos. São Paulo, HUCITEC, 2006, 223p.
RESUMO. A autora trata da formação da capital de São Paulo; em especial das
estratégias de sobrevivência e ascensão social das primeiras gerações de
paulistas com projeção "nacional". Busca compreender a origem do
processo que levou a pequena vila da América portuguesa a tornar-se a maior
metrópole da América do Sul. Discorre sobre o lento processo de acumulação
de capitais -- do mercado de abastecimento ao mercado atlântico -- que precedeu
o boom cafeeiro. Analisa as implicações da alta concentração de bens
em poucas famílias paulistanas desde o século XVIII, e compara esses dados com
os índices recentes.
GUIA DE FONTES
Biblioteca Nacional (Brasil). Brasiliana da Biblioteca Nacional - Guia das fontes sobre o Brasil, organização de Paulo Roberto Pereira, Rio de Janeiro, Fundação Biblioteca Nacional, Nova Fronteira, 2001, 656 p., il., 22,5 x 30cm.
PERERA
DÍAZ, Aisnara & MERIÑO FUENTES, María de los Ángeles. Nombrar las
cosas: aproximación a la onomástica de la familia negra em Cuba.
Guantánamo, Editorial El Mar y la Montaña, 2006, 92 p. (Premio Regino E. Boti,
2005).
APRESENTAÇÃO. Em face da relevância histórica e metodológica desta obra,
transcrevemos nesta apresentação uma parte substancial do Prólogo escrito
pelo Prof. David Robichaux. "Nombrar la cosas, ensayo que nos revela el
origen y la transformación de los nombres y apellidos entre las familias
esclavas cubanas y sus descendientes en el período inmediatamente posterior al
fin de la esclavitud, es sólo uno de los varios productos de una investigación
de envergadura caracterizada por la originalidad y la creatividad. Algunos de
estos resultados han sido galardonados, mereciendo en el año de 2005 el
prestigioso Premio Iberoamericano de Ciencias Sociales de la Universidad
Nacional Autónoma de México. La originalidad y la creatividad - que consisten
el haber adaptado a las condiciones cubanas la técnica de reconstitución de
familias desarrollada por la escuela de demografia histórica francesa, y haber
propuesto además una metodología propia para lograr objetivos nunca imaginados
por los iniciadores de aquella, se deben a una cualidad que se podría tildar de
'fértil terquedad' porque, contra las opiniones convencionales, estas jóvenes
investigadoras han hecho lo que se había considerado imposible. Tanto en Cuba
como en otros países de América Latina, durante décadas, por una serie de
razones se difundió ampliamente la idea de que la reconstitución de familias
sería de poca utilidad en los estudios de historia demográfica del continente.
Si bien es cierto que aplicar esta técnica para conocer los procesos
demográficos presenta importantes desafios, las autoras de esta obra han
mostrado una vez más que falta de apellidos estables no constituye un
impedimento insuperable para la idendificación de los individuos. En una
palabra, Aisnara y María de los Ángeles han tomado una técnica desarrollada
em Europa para otros fines y supuestamente inservible en América Latina, y le
han dado un nuevo uso y una nueva utilidad para el estudio de la historia de la
familia de un importante sector de la población cubana. El resultado del
profundo conocimiento de los archivos y el cruzamiento de fuentes les ha
permitido rastrear a sus personajes con intuiciones desarrolladas por esta
experiencia. Dicha labor sólo es posible mediante largas horas de arduo trabajo
y cuando se conoce el ofìcio del historiador en su más pura expresión. Otra
muestra del valor de la pesquisa es que ha transcendido las fronteras
convencionales de las disciplinas. En el ensayo se va de la historia social a la
demografia, de la antropologia a la historia oral. En ésta y sus demás obras
nos damos cuenta que la familia era importante para los esclavos, y que la
inestabilidad de los apellidos, en lugar de constituir un obstáculo para el
investigador, de hecho abre una ventana a las mentalidades de los diferentes
actores de la sociedad cubana en tiempos de la esclavitud. Finalmente, abordar
la familia en las capas sociales subalternas significa dar voz y hacer la
historia de aquellos que no la han tenido."
BARROS
DÍAZ, Otilia Z. Escenarios demográficos de la población cubana: período
2000-2050. La Habana, Editorial de Ciencias Sociales, 2005, 155 p.
RESUMO. Cómo será la evolución de las tasas de reproducción, la esperanza de
vida al nacimiento, o el comportamiento del flujo emigratorio en los próximos
50 años, son algunos de los aspectos que se analizan en este libro. Los
resultados sirven de base a la planificación económica que deberá realizar el
país para garantizar las condiciones económicas sociales y laborales
necesarias para vincular una mayor cantidad de personas, a la actividad laboral
y en correspondencia con los cambios tecnológicos. A partir de las conjeturas
de los escenarios, en los próximos 25 años, se debe esperar un lento
crecimiento poblacional con una duración máxima de 20 años. Luego comenzará
un decrecimiento absoluto de los efectivos de la población y una aceleración
del proceso de envejecimiento. Otilia Barros explica y prevé, a través de una
amplia investigación, las causas de este fenómeno, su impacto sobre el futuro
del país, y las diferentes alternativas de proyección de la Población
Económicamente Activa para el período 2000-2050.
Chamada
de trabalhos
I Seminário de História do Café: História e Cultura Material
Será realizado nos dias 13 a 17
de novembro de 2006 em Itu - São Paulo o
I
Seminário de História do Café. Atualmente está aberto o processo de
chamada de trabalhos que visa a selecionar os autores que irão compor o
seminário. O temas devem enquadrar-se nos seguintes segmentos: cultura
material, relações agrárias, meio ambiente, regimes de trabalho,
população, economia, política e sociedade e políticas públicas.
Apresentação de proposta de comunicação (título e resumo): 12 de maio de
2006.
Resposta de aceite: 12 de junho de 2006.
Envio dos trabalhos a serem apresentados: 29 de setembro de 2006.
Mais informações: http://www.mp.usp.br/cafe.htm
MUSEU
PAULISTA - MUSEU REPUBLICANO DE ITU
Centro de Estudos do Museu Republicano
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Telefone/fax (055+11) 40230240 - E-mail: cafe2006@usp.br