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Ano XV, no. 54, novembro de 2008

               

 

SUMÁRIO

                           

                                

Apresentação

Artigos

Resumos

Notícia Bibliográfica 

 Relação de Trabalhos Publicados

             

                 

                                    

                         

 

 

                                

Sem deixarmos de lado os eventos realizados recentemente, procuramos neste número de nosso BHD recuperar indicações concenentes a encontros efetuados há vários anos; como temos repisado, manter atualizado nosso boletim eletrônico é tarefa que necessita do auxílio dos autores de trabalhos relativos à nossa área de especialização. Trazemos, ademais, três artigos cujo foco principal mostra-se lindeiro com respeito ao nosso campo de estudos; assim atuando esperamos chamar a atenção para a riqueza colocada nas regiões fronteiriças da história demográfica e econômica. O desenvolvimento de estudos em tal zona enriquece não só a demo-economia, mas, sobretudo, o conhecimentos de nossa formação histórica, social e cultural. De outra parte, o avultado número de trabalhos referentes à demografia histórica e a ampliação das fontes de informação disponíveis na Internet atuam, ao que parece, contra a manutenção de um Boletim como o nosso, pois talvez seja mais inteligente deixar a cada pesquisador a tarefa de garimpar as referências mais relevantes para a elaboração de seus estudos. Enfim, esta é uma dúvida que fica a atazanar os responsáveis pelo BHD.  

                                

    

 

 

 

                                 

                                  

                                          

                                              

SILVA, Gustavo Bianch. Africanos e outros mapas das minas: a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário em Guarapiranga (1758-1800). Comunicação apresentada originalmente no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. Na América Portuguesa foi comum o surgimento de várias irmandades religiosas especialmente de escravos, africanos, crioulos e libertos. Com constituição diversa, atuaram tanto no âmbito da devoção a santos padroeiros como na organização étnica e de ajuda mútua entre irmãos e devotos. Estas confrarias tornaram-se - entre outros significados - palco de criação e reinterpretação de identidades, fossem de africanos, crioulos e setores coloniais diversos. Tema clássico na historiografia brasileira sobre o universo colonial, destacadamente para as Minas Gerais setecentista, os estudos, entretanto, têm destacado a formação das chamadas "irmandades negras" nas grandes vilas como Mariana e Vila Rica. Ainda sabemos pouco sobre o perfil e papel das irmandades criadas em outras áreas coloniais, fora dos eixos urbanos e de expansão econômica. Nesta comunicação apresentamos resultados preliminares de uma investigação em andamento sobre a irmandade de Nossa Senhora do Rosário da freguesia de Guarapiranga. Levantamos questões sobre possíveis diferenças e semelhanças entre as confrarias em áreas urbanas em comparação com aquelas rurais, assim como as conexões destas nas religiosidades populares locais, considerando o perfil sócio-econômico, demográfico e cultural da população de escravos, africanos, crioulos e libertos. Para ler o texto integral

                                                  

                                                                

PAIVA, Adriano Toledo. "O anseio por bom tratamento e honra": índios, negros e mestiços setecentistas e a delimitação de suas identidades. Originalmente apresentado como comunicação no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. Esta comunicação tem por objetivo avaliar a percepção que os índios, negros e mestiços possuíam de seus papéis sociais e a configuração de suas identidades. As fontes analisadas nesta empreitada serão as representações e petições elaboradas por estes aos órgãos administrativos da Capitania Mineira. A legislação da segunda metade do setecentos - especialmente a de 1755, que conferiu a liberdade ao "gentio da terra", e o Diretório dos Índios (1757) - "retirou a infâmia" do indígena e imputou restrições sociais aos negros e aos indivíduos mesclados com esta qualidade. Avaliaremos o impacto destes instrumentos legais no cotidiano colonial, porque com estas determinações, tradições, sociabilidades e papéis sociais tiveram que ser reestruturados e inventados. Observamos que o discurso empregado pelo gentio em suas petições pautava-se na construção de uma imagem de honra e prestígio a sua categoria, em contraposição ao estado e status degradante atribuído ao negro, vinculando-o à condição escrava. Por sua vez, os homens livres negros e suas mesclas conferiam ao gentio a imagem de "desordeiros" e "indecorosos a lei do Rei e de Deus". Os indígenas, mestiços e libertos ansiavam apartar suas trajetórias da escravidão, configurando vivências que os conferissem "bom tratamento e honra". Para ler o texto integral .

                                

                                             

WEIMER, Rodrigo de Azevedo. Italianos, quase italianos e africanos: identidades contrastivas numa comunidade negra no pós-abolição. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
RESUMO. Na presente comunicação analiso a trajetória da família Pastorino, formada por um italiano que casou-se com uma escrava na região de Morro Alto, litoral norte do Rio Grande do Sul em meados do século XIX. Para tanto, utilizei documentação cartorial e depoimentos orais. Problematizo de que maneira seus descendentes, ao reivindicar ancestrais europeus e africanos, estabeleceram fronteiras internas e externas a uma comunidade negra ao longo do século XX. Dessa maneira, a recordação de ancestrais europeus não é contraditória com a luta por direitos étnicos na condição de descendentes de africanos. Pelo contrário, aponta para uma perspectiva menos essencializada e mais dinâmica e situacional de identidades étnicas. Para ler o texto integral .

                               

                                                     

       

                           

                                                

                             

                 

    

                                                            

                                                            

ALVES, Romilda Oliveira. Fronteira em movimento: ocupação, povoamento e economia da zona Leste da Mata Mineira, nos séculos XVIII e XIX. Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. O presente trabalho pretende traçar um histórico da expansão e povoamento da fronteira leste da mata mineira ao longo dos séculos XVIII e XIX. Após uma breve discussão sobre as características de suas unidades domésticas e produtivas no período 1808-1850, buscamos mostrar que a construção desta área fronteiriça resultou da interação entre, de um lado, a criação de quartéis/presídios e a montagem de expedições voltadas para a política de "civilização" e "pacificação" dos índios, e, de outro, o sistema de sesmarias, abertura de novos caminhos, comércio e fixação de povoados que futuramente tornar-se-iam vilas e cidades. Neste sentido, encaminhamos aqui um esforço de compreender, à luz dos debates historiográficos atuais, como a área central da Zona da mata teria funcionado como um espaço privilegiado para o caráter policial-militar da política colonizadora, e, principalmente, como um local destinado à produção de alimentos voltada para um dinâmico mercado interno. Procuramos também mostrar que em áreas de fronteira aberta, os colonos procuraram formar laços familiares mais estáveis como a melhor forma de se fixarem na terra e adaptarem às dificuldades impostas pelas condições naturais e conflitos com índios.

                                            

ALVES, Romilda Oliveira. A constituição da família na América Portuguesa: um debate historiográfico na perspectiva da demográfica histórica. Comunicação publicada nos Anais do Seminário Nacional de História da Historiografia: historiografia brasileira e modernidade. Mariana, Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade (NEHM) e UFOP, 1 a 3 de agosto de 2007. Disponível em:

http://www.seminariodehistoria.ufop.br/seminariodehistoria2007/t/Microsoft%20Word%20-%20romilda_alves.pdf
RESUMO. A partir de 1980, a historiografia sobre a família brasileira passou a utilizar técnicas e métodos da Demografia Histórica e de outras ciências afins, como a Sociologia e a Antropologia. Dessa interdisciplinaridade surgiram análises que criticam a generalização da idéia da organização familiar patriarcal para toda a sociedade brasileira, evidenciando a diversidade de estruturas familiares e domiciliares existentes no Brasil. Desse modo, a nova produção historiográfica acerca da família no Brasil, vem, em seus estudos, contestando a visão freyriana que ignorou todas e quaisquer diferenças regionais e temporais, e que acabou encaixando a história da América Portuguesa nos limites estreitos do engenho de açúcar. O presente trabalho procura sintetizar alguns destes principais debates acerca da família, dando ênfase aos que abordam a chefia feminina de domicílios e a questão da ilegitimidade. Para tanto, direcionaremos nossa discussão para os comportamentos ou conjunto de comportamentos que regiam essa sociedade, o que pressionava as decisões e as escolhas individuais na formação ou não de famílias.
                            

ALVES, Romilda Oliveira. Espaço masculino e espaço feminino: os filhos ilegítimos em Mariana na primeira metade do século XIX. Comunicação apresentada no Simpósio Impérios e Lugares no Brasil: Território, Conflito e Identidade. Mariana, Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto, 29 a 31 de maio de 2007.
RESUMO. O objetivo da presente comunicação é o de tentar perceber se a ilegitimidade foi fator comum na região de Mariana nas primeiras décadas do século XIX. Para tanto, este estudo pretende, através de uma abordagem qualitativa dos testamentos/inventários e quantitativa dos registros paroquiais de batismo, recuperar informações de parte do universo cotidiano e social das proles ilegítimas. Tentar-se-á perceber se estes naturais eram filhos de mulheres solteiras, muitas das quais eram chefes de domicílio, bem como, procurar-se-á mostrar que o fenômeno da ilegitimidade não foi incomum entre as mulheres livres e brancas, que possuíam prestígio social e eram tratadas como "donas".
                           

ALVES, Romilda Oliveira. Mulheres solteiras chefes de domicílio: Mariana, c.1807 - c. 1822. Monografia apresentada ao Curso de História da Universidade Federal de Ouro Preto como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em História.
RESUMO. Esta monografia visa a expor algumas informações referentes aos resultados alcançados pela pesquisa "Mulheres solteiras chefes de domicílio em Mariana: c.1807- c.1822". A idéia foi estabelecer elos e comparações com os estudos desenvolvidos por Donald Ramos sobre "A mulher e a família em Vila Rica do Ouro Preto: 1754 - 1838", no qual o autor quantificou e analisou os domicílios chefiados por mulheres na área urbana e rural. Neste sentido, dirigimos nosso foco de atenção ao fenômeno da ilegitimidade, como também às similaridades e diferenças da estrutura e organização dos domicílios pertencentes às regiões de "expansão agrícola" - Termo de Mariana - e área urbana de Mariana. Enquadrando-se no âmbito da demografia histórica, esta pesquisa se insere nos atuais estudos das relações de gênero que, aliadas à história da mulher associam-se ao campo da história social da família.
                             

ALVES, Romilda Oliveira. Nos limites do patriarcalismo: gênero, identidade e chefia feminina de domicílios em Mariana, c. 1800 - c. 1822. Comunicação apresentada no XXIV Simpósio Nacional de História. História e Multidisciplinaridade: territórios e deslocamentos. São Leopoldo (RS), Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos, 15 a 20 de junho de 2007.
RESUMO. O presente trabalho tem como objetivo apresentar parte de um estudo sobre a chefia de domicílios por mulheres solteiras, em Mariana, Minas Gerais, nas primeiras décadas do século XIX. Através de uma abordagem qualitativa dos testamentos/inventários bem como quantitativa das listas nominativas, este estudo pretende analisar a estrutura e organização dos domicílios rurais e urbanos, procurando similaridades e diferenças entre eles.
                            

ARAÚJO, João Eurípedes de. Cartas de Alforria na cidade de Uberaba. Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. Nos períodos Colonial e Imperial as Cartas de Alforria influenciaram mais no processo de dominação do que de libertação nas relações entre senhores e escravos no Brasil. Na cidade de Uberaba, Triângulo Mineiro, as manumissões mostram o poder dos senhores sob a sua mercadoria humana, as alforrias mesmo registradas em Cartório poderiam ser revogáveis. Para conseguirem a tão sonhada Carta de Liberdade, muitas vezes os cativos dependiam da "bondade", "generosidade" dos seus senhores. Poderiam também chegar à condição de forro se conseguissem durante o cativeiro ajuntarem algum pecúlio para comprarem suas liberdades. A maioria das Cartas de Alforria registradas no Cartório do 2o. Ofício de Notas, Escrituras e Procurações, que se encontram no Arquivo Público de Uberaba, mostra quais os motivos que levaram os escravos à condição de forro: pelos bons serviços prestados aos seus senhores; onerosa com pagamento em dinheiro ou mediante troca por mercadorias e, até mesmo, por animais. Outros foram libertos por seus senhores devido ao "amor", ou por "esmola", ou por "amizade". Mesmo com todos estes quesitos alguns escravos só seriam libertos após a morte dos seus senhores e até mesmo dos seus descendentes. Este trabalho tem como objetivo fazer uma comparação com as alforrias que foram passadas em outros municípios tentando detectar suas especificidades. 

                                         

ASSIS, Ângelo Adriano Faria de. Presença inquisitorial em Minas setecentista. Comunicação apresentada no I Seminário de História do ICHS: Tendências da Historiografia Brasileira Contemporânea. Mariana, ICHS da Universidade Federal de Ouro Preto, 2006. Disponível em: 

http://www.seminariodehistoria.ufop.br/seminariodehistoria2006/download/I-seminario-historia-ichs-ufop(2006)-n04.pdf   

                        

CABELLA, Wanda & POLLERO, Raquel. El descenso de la mortalidad infantil en Montevideo y Buenos Aires entre 1890 y 1950. Comunicação apresentada no I Congreso de la Asociación Latinoamericana de Población - ALAP. Caxambu (MG), 18 a 20 de setembro de 2004. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/site_eventos_alap/PDF/ALAP2004_395.PDF 
RESUMEN. El trabajo plantea un estudio comparado del descenso de la mortalidad infantil en Montevideo y Buenos Aires desde fines del siglo XIX hasta mediados del siglo XX, a partir de la combinación de análisis de series demográficas y análisis cualitativo de fuentes históricas. En las dos capitales rioplatenses el inicio del descenso de la tasa de mortalidad infantil se remontó a fines del siglo XIX, alcanzando en la segunda década del siglo XX niveles poco usuales en el contexto latinoamericano, en torno a 100 por mil. Sin embargo, mientras la TMI bonaerense continuó descendiendo prácticamente sin interrupciones, el descenso de TMI montevideana se estancó durante casi toda la primera mitad del siglo XX. Este trabajo se propone comparar las principales causas de defunciones de menores de un año en ambas márgenes del Río de la Plata, así como explorar cuáles fueron los factores que determinaron las diferencias señaladas en la tendencia de la mortalidad infantil. La divergencia en los desempeños de las dos capitales es particularmente llamativa si se considera que ambas partieron de condiciones demográficas (fecundidad, niveles de urbanización, composición de las corrientes inmigratorias), geográficas y climatológicas muy similares. Más aún, la consolidación de la matriz de Bienestar en Uruguay, usualmente relacionada con la mejora en las condiciones de vida de los niños, antecede prácticamente en tres décadas a la argentina. Pretendemos comenzar a dilucidar estas interrogantes a partir del análisis comparado de cuatro conjuntos de factores explicativos: 1) Medidas de salud pública y extensión de los servicios de infraestructura básica urbana; 2) Nivel de vida; 3) Desarrollo institucional de la salud pública y medicalización y 4) Desigualdad social.
                                                

CALDEIRA, Newman di Carlo. Entre a diplomacia e a escravidão: as fugas internacionais de escravos no relacionamento do Império do Brasil com a República da Bolívia (1832-1870). Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. Os países sul-americanos na primeira metade do século XIX enfrentaram processos de independência cujos resultados foram distintos do Brasil, especialmente no que se refere à abolição da escravidão negra. O fato é que as disputas em torno dos projetos políticos que cada elite buscava afirmar em sua respectiva área de influência produziram, mesmo que de maneira indireta, reflexos que puderam ser sentidos em outros contextos, tendo como exemplo o caso da abolição dos regimes escravocratas nos países limítrofes ao Império do Brasil e suas conseqüências para os proprietários assentados em regiões de fronteira. Na América do Sul, apesar dos poucos estudos sobre as fugas internacionais de escravos, tais movimentações foram mais comuns do que se pensa e chegaram mesmo a despertar o interesse dos representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Império brasileiro que, em suas tentativas de repatriar os escravos fugidos, esbarraram na falta de convenções ou tratados específicos sobre extradição Na tentativa de compreender os debates diplomáticos promovidos pela falta de regulamentação jurídica da propriedade escrava no subsistema andino, escolhemos os marcos temporais de 1832 e 1870. Este período abrange tanto a década que marcou o início das tratativas diplomáticas para os ajustes dos tratados de amizade, limites territoriais, navegação fluvial, comércio e extradição do Império do Brasil com os países sul-americanos, quanto o final do processo de negociação ocorrido com a assinatura dos tratados, troca de ratificações e, posteriormente, troca das notas reversais.

                                                                             

CASTILHO, Fábio Francisco de Almeida. A historiografia da imigração estrangeira para Minas. Comunicação publicada nos Anais do Seminário Nacional de História da Historiografia: historiografia brasileira e modernidade. Mariana, Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade (NEHM) e UFOP, 1 a 3 de agosto de 2007. Disponível em:

http://www.seminariodehistoria.ufop.br/seminariodehistoria2007/t/Microsoft%20Word%20-%20fabio_f.pdf   

RESUMO. A presente comunicação se insere no debate historiográfico sobre a importância da imigração estrangeira para Minas Gerais. Este debate problematizou os dois principais entraves enfrentados no processo. Primeiramente, a má administração à qual a questão dos imigrantes ficou entregue e os problemas com a legislação, ainda pouco definida e incoerente em determinados aspectos. Em segundo lugar, a resistência dos fazendeiros em aceitarem o trabalhador estrangeiro e a concorrência com o estado paulista, que atraiu um contingente muito superior. No entanto, nosso prisma investigativo trará a baila o processo de modernização que ocorreu concomitante a chegada dos imigrantes. Ambos os processos, de modernização e imigração, foram fomentados pela crescente produção cafeeira da região estudada, que ao longo dos anos ganhou importância na receita arrecadada pelos impostos de exportação. Durante este período Minas passava por transformações em sua estrutura demográfica, econômica e social. E, aos poucos, se inseria a nova ordem capitalista. Embora não exista um trabalho que descortine a questão, com a apresentação de números exatos da demografia mineira, trabalhos seminais indicam que a migração de libertos da zona rural para a urbana, as melhorias nas condições de saneamento e a intensificação da imigração, impulsionada pelo Estado, estimularam o crescimento populacional.

                                            

CELTON, Dora & RIBOTTA, Bruno. Las desigualdades regionales en la mortalidad infantil de Argentina Niveles y tendencias durante el siglo XX. Comunicação apresentada no I Congreso de la Asociación Latinoamericana de Población - ALAP. Caxambu (MG), 18 a 20 de setembro de 2004. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/site_eventos_alap/PDF/ALAP2004_390.PDF 
RESUMEN. El presente trabajo constituye una primera aproximación al estudio de la mortalidad infantil en la Argentina, y se propone analizar los diferenciales regionales para distintos momentos del siglo pasado (1950-2000). Al respecto, indaga sobre el nivel y la tendencia de la mortalidad infantil y sus componentes (neonatal y post-neonatal), así como las principales causas de defunción. A grandes rasgos, los resultados indican que las reducciones más importantes de la mortalidad infantil en la Argentina, se deben fundamentalmente a la disminución del componente post-neonatal. Dada la asociación de éste con causas de defunción fácilmente erradicables (de origen exógeno), las posibilidades de obtener nuevos descensos en el futuro implicará cambios en el abordaje del fenómeno. En particular, el mayor desafío estará centrado en la reducción de la mortalidad neonatal, ya que la misma se encuentra asociada con dolencias que pueden llegar a ser de complicada identificación y tratamiento, y por lo tanto, de mayores costos. Un hallazgo significativo se relaciona con el hecho de que las mayores desigualdades regionales acontecieron a propósito de la reducción de la mortalidad post-neonatal, y que el descenso en la mortalidad neonatal, muestra una pauta semejante solamente hacia el fin del periodo estudiado (año 2000). 

                                   

CERCEAU NETTO, Rangel. Um em casa de outro: concubinato, família e mestiçagem na Comarca do Rio das Velhas (1720-1780). São Paulo, Annablume/UFMG, 2008, 160 p.
APRESENTAÇÃO. O autor estuda as relações concubinárias como opção de organização familiar de diversos grupos sociais. O ponto de partida são os constantes debates que envolvem a variedade de culturas familiares e de comportamentos presentes na sociedade colonial. O estudo desenvolve-se com a análise dos vários sujeitos sociais que povoaram a região das Minas Gerais e se envolveram nesses tipos de relacionamentos. Desse modo, este trabalho constitui um esforço para situar a temática do concubinato como um estudo dos agentes sociais que o praticaram e estabeleceram várias outras relações familiares que diferiam do modelo cristão monogâmico de casamento. 

                                            

CHAVES, Edneila Rodrigues. O sertão de Rio Pardo: sociedade, cultura material e justiça nas Minas oitocentistas. Belo Horizonte, dissertação de Mestrado - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais,  2004. 
RESUMO. As contraposições entre o Brasil do sertão e o Brasil do litoral, bem como entre o Brasil sertanejo e o Brasil urbano, baseadas nas noções de superioridade e de inferioridade espaciais e culturais, são aqui tratadas a partir do estudo do sertão de Rio Pardo. O trabalho tem como marco temporal o período entre 1833 e 1872, que corresponde aos anos de existência da vila de Rio Pardo, instalada na região, ao norte da província de Minas Gerais. Busca-se demonstrar que, em nível local, pensavam-se os espaços também em uma relação de contraposição de culturas. São analisados os aspectos da cultura material e da justiça na sociedade a partir dos discursos das autoridades locais. Observa-se neles a concepção do espaço sertanejo em oposição ao espaço urbano provincial. Procura-se perceber essas duas dimensões da vida cotidiana local fora dos discursos oficiais, e, assim, outra faceta do sertão é visualizada. Nessa perspectiva, é possível perceber singularidades, bem como semelhanças e permanências entre as sociedades de espaços e de tempos históricos distintos.

                                      

CHEQUER, Raquel Mendes Pinto. Negócios de família, gerência de viúvas. Senhoras administradoras de bens e de pessoas (Minas Gerais 1750-1800). Belo Horizonte. Dissertação de Mestrado, FAFICH da Universidade Federal de Minas Gerais, 2002, mimeografado.
RESUMO. O trabalho analisa situações cotidianas decorrentes da morte do esposo de algumas senhoras em Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII. Ele se coloca dentro dos estudos atuais das relações de gênero, bem como das intrafamiliares sendo, portanto, um estudo que se insere no campo da "História das Mulheres" e da "História da Família". Sabendo-se que o fenômeno da misoginia permeava o meio em que viviam, procurou-se conhecer, através deste estudo, as ligações das mulheres com o Estado, a Igreja e a própria família, pois, estas entidades eram de grande importância na afirmação dos valores culturais relacionados ao mundo feminino, vigentes à época. A principal questão que motivou este trabalho consistiu em verificar se, ao tornar-se viúva, a mulher enquadrar-se-ia nos padrões de uma sociedade dominada pelo homem ou encontraria no seu novo estado conjugal uma brecha para se transformar em agente de significativa atuação na sociedade mineira colonial? Para responder tal indagação, e outras não menos pertinentes, foram estudados pedidos de concessão de tutelas constantes do Arquivo Histórico Ultramarino no período compreendido entre 1750-1800, num total de 113. Também foram analisados documentos cartoriais diversos, de arquivos históricos das cidades de Mariana, Ouro Preto e Sabará. Desta forma, buscou-se o conhecimento dos mecanismos institucionais que eram utilizados para a sustentação da dominação feminina, bem como das reações das viúvas frente a eles.

                                                        

COE, Agostinho Júnior Holanda. As epidemias e a morte: mudanças nas práticas de sepultamento em São Luís na segunda metade do século XIX (1854 - 1856). Revista Outros Tempos - Pesquisa em Foco - História, revista eletrônica da Universidade Estadual do Maranhão, v. 4, n. 4, 2007. Disponível em (tópico Volumes): http://www.outrostempos.uema.br:80/ 
RESUMO. Discussão das epidemias que assolaram São Luís ao longo do século XIX e sua relação com as mudanças nas práticas de sepultamento. Os conceitos sobre os paradigmas de modernidade na capital implicavam julgamentos do que devia ou não ser preservado, do que seriam bons e maus lugares, progresso e atraso, estabelecendo normas a serem seguidas. Uma das principais medidas a serem implementadas com o intuito de fazer do ambiente urbano ludovicense um lugar mais higiênico, era acabar com os sepultamentos nas igrejas e transferi-los para locais distantes do espaço citadino. Com isso, buscava-se diminuir a incidência dos vários surtos epidêmicos que assolavam a cidade no decorrer do século XIX, dirimindo a ação dos miasmas, vapores pestilentos causadores de malefícios físicos aos vivos. 

                                                          

COE, Agostinho Júnior Holanda. A Secularização dos Costumes Funerários: o advento cemiterial em São Luís (1828-1855). Anais do X Encontro Estadual de História do Ceará - ANPUH-CE. Fortaleza, UECE / DIGI&TAL, 2006. Disponível em:
http://www.anpuhceara.org/anais_pdf/A_Secularizacao_dos_Costumes_Funerarios.pdf 
APRESENTAÇÃO. No século XIX, as capitais brasileiras buscaram, incisivamente, uma reorganização do espaço público citadino. As cidades que não possuíssem as mínimas regras de organização pública teriam que passar por rápidas melhorias com o intuito de proporcionar um ambiente urbano mais saudável para os seus habitantes. São Luís do Maranhão não estava fora deste contexto, pois entre as suas principais carências estava a preocupação com as mínimas condições de saneamento básico, que contribuía decisivamente para a proliferação de inúmeras doenças.

                             

CORRÊA, Randolpho Radsack. Criminalidade e escravidão na região de Carangola-MG: segunda metade do século XIX. Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. O objetivo do presente trabalho é apresentar um estudo sobre as relações de conflito entre escravos e a sociedade, na região de Carangola - MG, situada ao leste da zona da Mata, na segunda metade do século XIX. Procurando definir estas relações, foi necessária a análise de processos criminais e jornais que circularam na região no período citado. Tais fontes são integrantes do acervo do Arquivo Histórico e Geográfico de Carangola - MG. Busca-se também, para a melhor definição do estudo, o entendimento da ocupação escrava nessa região no referido período, no intuito de caracterizar a participação do negro na sociedade carangolense. Objetivando demonstrar os conflitos entre escravos e a sociedade, foi necessário também o levantamento da tipologia destes crimes, através de suas origens e conseqüências na região. Sendo assim, tal estudo busca contribuir para a construção histórica da região de Carangola, tendo como foco a escravidão na localidade. 

                                        

COSTA, Carlos Eduardo Coutinho da. Campesinato negro no pós-abolição: migração, estabilização e os registros civis de nascimentos: Vale do Paraíba e Baixada Fluminense, RJ (1888-1940). Rio de Janeiro, UFRJ, dissertação de Mestrado, 2008. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=106086 
RESUMO. Na presente dissertação analisa-se o processo de migração de ex-escravos e de seus descendentes para a Baixada Fluminense, no período do pós-abolição. Para tanto, foram utilizadas entrevistas produzidas por Ana Rios; Hebe Mattos; Robson Martins e Carlos Eduardo Costa no Vale do Paraíba e na Baixada. Somando a isto, coletamos os registros civis de nascimentos no Município de Nova Iguaçu entre 1889 e 1939. Nas décadas de 20 e 30, em virtude da desestruturação da produção de café no Vale do Paraíba e do surgimento de novas formas de economia que exigiam menos trabalhadores - como o gado e o eucalipto - houve um processo de saída dos libertos e de seus descendentes dessas antigas áreas. Esse foi o mesmo momento no qual a Baixada ganhava destaque internacional graças à produção de laranja, e conhecia um grande avanço urbano. Diante da possibilidade de acesso a terras baratas e à diversificação nos arranjos de trabalho verificamos, nesta dissertação, que muitos dos trabalhadores no Município de Nova Iguaçu eram de regiões de fora da Baixada. Somando a estes elementos, tentamos compreender que não foram somente os integrantes de famílias nucleares que buscaram legitimar seus familiares, no pós-abolição. Com as leis incentivadoras para o registro civil tardio, durante o Governo Vargas, um grupo específicos de pretos e pardos, provindos regiões de fora da Baixada, em destaque para o Vale do Paraíba, buscaram registrar-se. 

                                         

COSTA, Carlos Eduardo C. da. Campesinato Negro no pós-abolição: história, memória e os Registros Civis - Vale do Paraíba e Baixada Fluminense (1888-1940). Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. Neste estudo buscou-se discutir os dados referentes à migração de ex-escravos e seus descendentes do Vale do Paraíba em direção à Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro. A partir da análise serial dos Registros Civis de Nascimentos do Município de Nova Iguaçu, o presente trabalho descreve processos de migração, que iniciam principalmente a partir da geração dos filhos de ex- escravos, entre as décadas de 20 e 30. Um das mais importantes conclusões deste estudo parte da análise dos registros de indivíduos que, na idade adulta, entre as décadas de 30 e 40, auto-declararam o nascimento. Boa parte das pessoas pertencentes a esta categoria são de cor preta ou parda, e têm como local de nascimento a região do Vale do Paraíba. A estabilização na Baixada Fluminense foi outro aspecto avaliado nesse trabalho, visto que demonstrou a procura por terras próximas aos centros produtores - processo semelhante ao ocorrido na Jamaica no período do pós-abolição. O presente resumo versa sobre a Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade do Rio de Janeiro, na área de Economia e Sociedade em abril de 2008, intitulada: Campesinato Negro no Pós-Abolição: Migração, Estabilização e os Registros Civis de Nascimentos. Vale do Paraíba e Baixada Fluminense, RJ (1888-1940). 

                                                         

COSTA. Carlos Eduardo C. da. Campesinato negro no pós-abolição: os registros civis e a estabilização da população de cor na Baixada Fluminense (1888-1940). Disponível em:
http://www.ppghis.ifcs.ufrj.br/media/Caderno%20de%20Resumos.pdf 
RESUMO. A presente comunicação pretende abordar a problemática da migração das famílias negras dentro do Estado do Rio de Janeiro. No início do século XX, com o desgaste da produção de café no Vale do Paraíba e a entrada do gado, a região da Baixada Fluminense tornou-se um dos principais locais da estabilização dessas famílias. Efetivamente, após a abolição, grande parte dessas famílias permaneceu no Vale do Paraíba, em terras compradas ou mudando-se constantemente em busca de trabalho. A partir da década de 20 do século passado, o campesinato negro começou a se desestabilizar e ser expulso em face, principalmente, da introdução do gado e da necessidade cada vez maior de terras de pasto. Neste estudo, buscamos compreender quais foram as motivações que levaram esses familiares a se estabilizarem na região da Baixada após a década de 30, seja pela produção da laranja, seja pela possibilidade aberta pela diversificação dos arranjos de trabalho no entorno do Município de Nova Iguaçu. Essa comunicação busca localizar onde e como essas famílias se estabilizaram. Neste trabalho utilizamos informações recolhidas do Oficio do Registro Civil das Pessoais Naturais da 1ª Circunscrição, localizada no centro do Município de Nova Iguaçu, cruzando com o material coletado a partir de entrevistas orais nesta mesma região. 

                                                   

FRANCO, Renato. Pobreza e assistência aos expostos em Vila Rica, século XVIII. Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. Vila Rica, assim como boa parte das vilas e arraiais de outras regiões do mundo católico, apresentou um considerável crescimento nas taxas de abandono de crianças ao longo do século XVIII. Nos locais onde as Santas Casas de Misericórdia eram instituições sedimentadas e financeiramente estáveis foi freqüente a feitura de contratos para a divisão de responsabilidades entre a Câmara e a Misericórdia local. Essa associação, freqüente em Portugal, foi bem restrita na América Portuguesa. No entanto, conforme estabeleciam as Ordenações do Reino, as Câmaras eram as virtuais e exclusivas responsáveis pelo sustento das crianças até os sete anos de idade. Esse dever legal não pressupunha qualquer restrição ao auxílio institucional. Entretanto, a partir da institucionalização do estipêndio aos enjeitados de Vila Rica, em 1750, a câmara local mostrou-se cada vez mais infensa ao auxílio de negros e mulatos expostos. A presente comunicação tratará das tentativas de contenção dos expostos, sobretudo os mestiços, e das batalhas judiciais para manutenção do subsídio universal, procurando refletir sobre as especificidades do sistema de atendimento à pobreza na América Portuguesa.

           

FREITAS E SOUZA, Rafael de. Os contratos de aluguel de escravos da Anglo-Brazilian Gold Mining Company, Limited (Passagem de Mariana). Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
APRESENTAÇÃO. Diante da proibição de possuir e comercializar escravos as companhias auríferas inglesas instaladas em Minas Gerais no século XIX recorreram ao aluguel destes para suprir a força de trabalho necessária aos trabalhos. Buscamos analisar as cláusulas dos contratos de aluguel de escravos firmados entre a administração da Anglo-Brazilian Gold Mining Company, Limited (ABGM) e os proprietários de escravos de Mariana na segunda metade do século XIX. Nestes contratos, escravos e escravas eram divididos em "classes" (sic) que, por sua vez, determinavam o valor do aluguel e dos jornais. Cotejando estes dados com informações coligidas em outras fontes, pretende-se esclarecer quais os critérios adotados para a classificação dos escravos de aluguel em diferentes "classes" e discutir o verdadeiro significado dos contratos.

                                       

LOPES, Heloísa de Meira. Batismo e compadrio de índios: um balanço bibliográfico e um estudo de fontes batismais do aldeamento de Rio Pomba e Peixes (MG), 1767-1787. Comunicação apresentada no I Seminário de História do ICHS: Tendências da Historiografia Brasileira Contemporânea. Mariana, ICHS da Universidade Federal de Ouro Preto, 2006. Disponível em:

http://www.seminariodehistoria.ufop.br/seminariodehistoria2006/download/I-seminario-historia-ichs-ufop(2006)-n47.pdf 

RESUMO. Este artigo versa sobre a importância do aldeamento indígena de São Manuel do Rio Pomba e Peixes, localizado na Zona da Mata de Minas Gerais, aldeamento este que tinha como propósito reunir os índios cropós e coroados que se apresentavam como um empecilho para a ocupação e expansão econômica da Zona da Mata Mineira. Nosso período compreende a segunda metade do século XVIII, especificamente entre os anos de 1767 e 1787, os quais correspondem aos vinte primeiros anos de existência do referido aldeamento.

                       

MACHADO, Cacilda. A trama das vontades: negros, pardos e brancos na produção da hierarquia social do Brasil escravista. Rio de Janeiro, Editora Apicuri, 2008.
RESUMO. O livro trata das relações entre escravos e livres, e entre brancos, pardos e negros, no pequeno vilarejo de São José dos Pinhais, que na passagem do século XVIII para o XIX era freguesia da Vila de Curitiba, região paranaense que, por então, pertencia à Capitania de São Paulo. A atenção à natureza e à dinâmica dessas relações permite ao leitor conhecer, nas palavras do historiador Stuart Schwartz - autor do prefácio do livro - "a natureza da escravidão e também o caminho através do qual as posições raciais e sociais foram construídas e modificadas em uma região agrícola particularmente modesta", (...) onde nem escravos nem escravidão predominavam, mas onde a escravidão e as distinções raciais influenciavam todas as relações sociais." Para a construção dessa história a autora utilizou uma variada gama documental - especialmente listas nominativas (censos populacionais da época) e registros paroquiais de batismos e casamentos. Trata-se de uma extensiva análise demográfica, econômica e social empenhada em desvelar as relações de poder e conjugada com uma abordagem metodológica que busca reconstruir trajetórias individuais a fim de recuperar processos de interação e de confronto social. Dentre as principais teses da obra está a idéia de que práticas patriarcalistas eram compartilhadas por todos os grupos sociais do vilarejo, porém tais práticas não constituíam pura e simples adesão ao ideário da elite, mas a afirmação da liberdade por meio do esforço de movimentação ascendente na hierarquia social. Igualmente, a autora defende que haveria um nexo na dinâmica das relações sociais daquela população, o qual poderia ser resumido como um estado de permanente tensão, cujo mapeamento permitiu desvelar uma das faces do peculiar processo de produção e reprodução da sociedade escravista brasileira que, como nos mostrou Gilberto Freyre, se misturava sem deixar de preservar as diferenças. Veja, nesta edição, prefácio escrito por Stuart B. Schwartz.

                                    

MAIA, Moacir Rodrigo de Castro.O Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo: a primeira Vila do Ouro e sua população (1723). Comunicação publicada nos Anais do Seminário Nacional de História da Historiografia: historiografia brasileira e modernidade. Mariana, Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade (NEHM) e UFOP, 1 a 3 de agosto de 2007. Disponível em:

http://www.seminariodehistoria.ufop.br/seminariodehistoria2007/t/Microsoft%20Word%20-%20moacir_maia.pdf

RESUMO. O objetivo desse estudo é analisar a população do primeiro núcleo urbano mineiro, tendo como enfoque a propriedade escravista da Leal Vila de Nossa Senhora do Carmo nos primeiros anos da década de 1720. Conhecer a população dessa área de garimpo ajuda-nos a dimensionar a importância dos aglomerados em processo de formação e como as sedes dos povoados serviram de catalizadores da dinâmica econômica, social e cultural desse território no interior da América Portuguesa. Sendo assim, conhecer e trazer a público os dados populacionais das Vilas da Capitania nos primórdios de sua formação é extremamente necessário, pois contribui para a história demográfica e social do período, que possuí raras e fragmentadas informações sobre população. Analisaremos principalmente a "Relação dos escravos e vendas que se acham nesta Leal Vila de Nossa Senhora do Carmo e seus arredores", registro que informa a população escrava e os nomes dos senhores, livres e libertos no ano de 1723. Este importante documento serviu no passado para arrecadar a contribuição dos proprietários escravistas, dos homens e mulheres libertos e das vendas e lojas, aos Reais Quintos. Portanto, o objetivo desse trabalho tem como ponto de referência desenhar e esquadrinhar os moradores de Mariana, nos primórdios de sua ocupação e formação. A apresentação de dados baseados em diversas fontes documentais nos ajudará a entender a heterogênea população marianense, com sua diversidade étnica, social e econômica.

                                    

MARTINS, Eduardo Truhlar. Relações de Concubinato em Minas Gerais no século XVIII: a questão indígena. Comunicação publicada nos Anais do Seminário Nacional de História da Historiografia: historiografia brasileira e modernidade. Mariana, Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade (NEHM) e UFOP, 1 a 3 de agosto de 2007. Disponível em: 

http://www.seminariodehistoria.ufop.br/seminariodehistoria2007/t/Microsoft%20Word%20-%20eduardo_martins.pdf  

RESUMO. O tema desenvolvido neste trabalho são as relações de concubinato entre colonos e índios durante o período de 1725 a 1750 em Minas Gerais. A falta de laços familiares (casamentos) entre a população era comum em Minas, fato esse que preocupava as autoridades eclesiais - defensores do casamento como base da família. Para assegurar a religiosidade e a moral das sociedades coloniais havia regularmente investigações presididas pela autoridade episcopal. Essas investigações procuravam organizar um pequeno tribunal, no qual denúncias contra criminosos eram recebidas e julgadas. A partir do uso dos inventários deixados pelos senhores, das devassas, das fontes matrimoniais e dos libelos de divórcios, este trabalho busca reconstruir as estratégias sociais adotadas pelos colonos para manterem as relações de concubinato, havendo interesses afetivos ou não. Outro objetivo é averiguar os casos em que os colonos permitiram que o sentimento religioso predominasse sobre os afetivos. Entender quais foram às estratégias adotadas pelos indivíduos após serem descobertos pelos visitadores, as formas de resistência e qual o destino dos envolvidos nas acusações, constituem-se como prioridades nesta pesquisa. A partir do ano de 1725, o trabalho escravo indígena estava em um processo de extinção ou quase-extinção. A idéia é tentar entender como os nativos da terra foram assimilados pelos colonos, no que diz respeito à conjugalidade, após o declínio da utilização da mão-de-obra escrava indígena.

                                 

MERIÑO FUENTES María de los Ángeles. Notas para una historiografía del Café en Cuba. Comunicação apresentada no II Seminário sobre História do Café. Itu, Museu Paulista da USP/Museu Republicano Convenção de Itu/Cátedra Jaime Cortesão, 10 a 14 de nov. de 2008.
RESUMEN. La comunicación realiza un balance crítico de la historiografía del café en Cuba. Partiendo de El café. Historia de su cultivo y explotación en Cuba de Francisco Pérez de la Riva, obra clásica de la historiografía tradicional, publicada en 1944, hasta los estudios más recientes, discutimos las tendencias, limitaciones y aportes más significativos de los mismos. Dicho abordaje cuestiona el énfasis puesto en los estudios patrimoniales, enfocados únicamente en la perspectiva arquitectónica, arqueológica y técnica y cuyo fin último ha resultado ser la localización y rescate de las ruinas de antiguas haciendas fomentadas por los inmigrantes franceses en los macizos montañosos del occidente y oriente de la isla, descuidando la relevancia de temas como la relaciones de esclavitud y, por tanto la estructura de posesión de esclavos o la influencia del ciclo de vida del propietario en el de sus cautivos, lo cual nos llevaría a estudiar el desenvolvimiento de grandes, medianas y pequeñas haciendas en las que se cultivaba la rubiácea; así también debatir sobre las explicaciones que la historia económica ha facilitado sobre la salida de Cuba del mercado internacional, para finalmente retomar el tema del cultivo del grano con relativo éxito después que la crisis se abatió sobre las plantaciones del occidente.

                              

MONTERO, Raquel Gil & MASSÉ, Gladys. Evolución demográfica de Los Toldos (Bolivia - siglos XVI a 1938- y Argentina - 1938 en adelante). Comunicação apresentada no I Congreso de la Asociación Latinoamericana de Población - ALAP. Caxambu (MG), 18 a 20 de setembro de 2004. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/site_eventos_alap/PDF/ALAP2004_394.PDF 
RESUMEN. Dentro de América Latina, Argentina está considerada uno de los países que inició en forma más temprana la transición demográfica, mientras que Bolivia se encuentra entre los últimos. Los trabajos más recientes sobre la temática, sin embargo, han hecho hincapié en las enormes diferencias que hay en el interior de estos países. Con frecuencia se consideró que uno de los factores más importantes que influyeron en el inicio temprano argentino fue la llegada masiva de inmigrantes europeos que se asentaron fundamentalmente en la Capital Federal y en las zonas litorales del país. Esta explicación desestima la influencia de la enorme complejidad étnica y cultural colonial, que "desapareciera" frente a la llegada de estos inmigrantes. Pensamos que la dinámica demográfica de este interior argentino no es únicamente una consecuencia de lo que no ocurrió (la llegada de inmigrantes), sino que tiene una historia propia inscripta dentro de la historia colonial y la del siglo XIX temprano. En este trabajo nos proponemos cambiar el mirador y analizar los ritmos y las causas de los cambios en la dinámica demográfica desde un espacio de tendencias muy diferentes a las del promedio nacional. Nuestro contexto es el noroeste argentino y el sur boliviano. Nos centraremos en un departamento ubicado al Noroeste de la Provincia de Salta (Santa Victoria), que tiene un municipio (Los Toldos) que formó parte de la Provincia de Aniceto Arce (Tarija, Bolivia) hasta 1938. Las fuentes de datos corresponden a registros parroquiales del siglo XIX y estadísticas vitales del siglo XX; revisitas de indios tardocoloniales y censos nacionales de población (Bolivia 1900; Argentina 1869 a 2001).

                   

OLIVEIRA, Lívia Gabriele de. Diamantina e suas alforrias: crise geral dos diamantes - 1870. Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. O século XIX mineiro foi marcado por transformações na economia. A mineração do ouro e de gemas preciosas teve grandes oscilações e a agricultura de subsistência passou a ocupar uma posição de destaque. Em 1870, com a abertura das minas de diamantes na África do Sul, os mineradores sofreram com a crise mundial do produto. A região de Diamantina, portadora de um importante histórico minerador, sofreu significativas transformações econômicas com a baixa mundial dos preços das gemas. A falência de empresários do ramo, a diversificação da economia e as novas leis imperiais, vigentes a partir da segunda metade do século XIX, podem ter influenciado nas práticas de alforrias e no número de livres da região. A mão-de-obra escrava sempre esteve presente nos diversos setores da economia da Província, portanto, o comportamento das Cartas de Alforrias no contexto da crise geral dos diamantes é essencial para a percepção de uma sociedade escravista e mineradora. A análise contempla alguns momentos distintos da sociedade que fazia seus registros nos cartórios da Comarca do Serro Frio. Os Registros de Liberdades remetem às décadas de 1860, 1870 e 1880 possibilitando a passagem pelo período em que a região ainda vivia uma euforia na atividade mineradora, pelo momento íntimo da crise e pelo processo de recuperação.

                               

OLIVEIRA, Luís Eduardo de. Uma cidade construída por cativos: o trabalho escravo no núcleo urbano de Juiz de Fora (1830-1880). Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. Sob os efeitos da intensificação da cafeicultura de base escravista na Zona da Mata, da melhoria das vias de comunicação com a Corte e seus portos e das transformações mais gerais engendradas pela abolição do tráfico internacional de cativos, na segunda metade do oitocentos, a cidade de Juiz de Fora se configurou como um espaço sócio-econômico específico e dinâmico. Mas, o trabalho escravo foi não apenas predominante na produção de café e outros gêneros agrícolas na vasta zona rural que envolvia essa cidade mineira, como fundamental ainda para a viabilização de uma infra-estrutura regional de transportes, para a constituição e expansão dos quarteirões e ruas centrais desse centro urbano e para o desenvolvimento de diversas atividades no seu interior. Por esta razão, acredito que o resgate e avaliação das modalidades e condições gerais de exploração dos escravizados, em tal núcleo populacional, possibilitará uma compreensão mais adequada dos estágios iniciais de formação do proletariado juizforano - processo este que ainda está por ser melhor investigado, especialmente no que se refere à participação de elementos estrangeiros e nacionais (negros, brancos e mestiços) no conjunto da força de trabalho que movimentou e fez crescer as manufaturas, canteiros de obras e casas de negócios locais no final do século XIX.

                            

OLIVEIRA, Luís Eduardo de. Os trabalhadores e a cidade - a formação do proletariado de Juiz de Fora e suas lutas por direitos (1877-1920). Niterói, Universidade Federal Fluminense - Campus do Gragoatá, Tese de doutorado, 2008.
RESUMO. Em função de um processo de modernização iniciado em fins 1850, na passagem do Império para a República, o núcleo urbano de Juiz de Fora já havia se consolidado como o principal centro mercantil e manufatureiro de Minas Gerais e como um destino atraente e viável, até certo ponto, para expressivos contingentes de trabalhadores brasileiros e estrangeiros, incluindo muitos egressos do cativeiro e milhares de imigrantes germânicos, portugueses, espanhóis e italianos. O incremento contínuo do mercado de mão-de-obra remunerada e o aprofundamento da divisão social do trabalho, decorrentes também das ações e estratégias das elites políticas e econômicas para tentar disciplinar o cotidiano da população pobre e manter esse dinâmico espaço ordenado sob sua hegemonia, resultaram num aviltamento brutal das condições de existência do heterogêneo proletariado juizforano. Para fazerem frente às agruras de seu mundo e se contraporem ao discurso elitista que insistia em estigmatizá-los e tratá-los como classes viciosas e perigosas, no decurso das três primeiras décadas republicanas, os empregados no comércio e os operários da construção civil, do setor de transportes, das oficinas e das grandes fábricas de tecidos locais iniciaram a difícil e demorada construção de sua identidade de classe, forjando nesses anos os elementos fundamentais de sua cultura política. Além de resgatar e analisar tais processos histórico-sociais, esta tese tem como objetivo fundamental suscitar e apresentar novas reflexões sobre os sentidos políticos e as repercussões na opinião pública dos movimentos deflagrados por esses assalariados urbanos e suas associações classistas, nessa época, em prol da redução da jornada diária e semanal de trabalho, por aumentos salariais e contra a exploração capitalista, a miséria e a exclusão social.

                           

PERERA DÍAZ, Aisnara. Entre el oficio y la especialización: una visión del trabajo esclavo en las haciendas cafetaleras cubanas. Comunicação apresentada no II Seminário sobre História do Café. Itu, Museu Paulista da USP/Museu Republicano Convenção de Itu/Cátedra Jaime Cortesão, 10 a 14 de nov. de 2008.
RESUMEN. El presente trabajo tiene como objeto central el análisis de la existencia de esclavos con oficios especializados en las haciendas cafetaleras cubanas del siglo XIX como evidencia de la búsqueda, por parte de sus propietarios, de autonomía en el proceso de obtención de mano de obra calificada, a la vez que como estrategia de ahorro. En tal sentido aun cuando el procesamiento del grano no era una labor de mucha complejidad ni exigía una infraestructura tecnológica comparable a la del azúcar podemos afirmar que tal y como ocurrió en la manufactura del dulce, en las plantaciones cafetaleras se estableció una división social del trabajo encaminada a buscar rendimiento y aprovechamiento de la mano de obra. Una evidencia importante al respecto nos la brindan los inventarios de las haciendas, en ellos bajo la denominación de enseres y útiles -junto a la enumeración de machetes, azadas, arados y cuchillas para podar- se describen algunos instrumentos usualmente empleados en las faenas agrícolas y en el procesamiento de la rubiácea. Así aunque el grueso de la dotación se componía de trabajadores de campo, llamados "gañanes" y considerados de menos calificación, sabemos que varios fueron destinado por su destreza a la realización de la tarea más importante para el buen estado de los cafetos: la poda.

                             

PRECIOSO, Daniel. Artes Liberais e Ofícios Mecânicos na Irmandade de São José dos Bem Casados dos Homens Pardos - Vila Rica (1746-1800). Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. As associações de irmãos leigos foram, ao lado das Câmaras Municipais, importantes contratadoras de mão-de-obra dos chamados ofícios mecânicos e artes liberais nas Minas Setecentistas. Coadunando-se aos estudos recentes acerca dos artífices e artistas que trabalharam nos projetos construtivos e de ornamentação dos templos mineiros a partir da segunda metade do século XVIII e que apontaram a presença marcante de africanos, crioulos e mulatos (livres, forros ou cativos) nos canteiros de obra, o objetivo da comunicação é apresentar os resultados aferidos com a pesquisa no arquivo da Paróquia do Pilar/Casa dos Contos de Ouro Preto (APNSP/CC), no Arquivo Histórico do Museu da Inconfidência de Ouro Preto (AHMI) e na Casa Setecentista de Mariana (ACSM). Através do cruzamento entre os inventários e testamentos dos homens pardos de S. José que ocuparam acentos na mesa administrativa da irmandade, livros de receitas e despesas, atas e termos de deliberações da irmandade procuraremos demonstrar como os mesários/oficiais administrativos da Confraria beneficiaram-se do lugar de relevo que ocuparam na associação para arrematarem obras do projeto de reconstrução da capela processado a partir de 1746, assinalando ainda a presença escrava nos canteiros de obras, bem como o universo material (ferramentas, materiais etc.) que compunham o fazer manual em Vila Rica na segunda metade do séc. XVIII. 

                               

RANGEL, Ana Paula dos Santos. Aspectos da demografia escrava em Vila Rica - 1755-1815. I Colóquio do LAHES - Alternativas Metodológicas para História Econômica e Social. Juiz de Fora, Anais do I Colóquio do Laboratório de História Econômica e Social - UFJF, 2005.
RESUMO. Buscaremos neste texto delinear alguns aspectos da estrutura de posse e da demografia escrava na Comarca de Vila Rica, mais especificamente no termo de Vila Rica. O recorte temporal abarca os anos de 1755 a 1815, havendo uma subdivisão em dois subperíodos - 1755-1775 e 1785-1815. Estabeleceremos uma análise comparativa entre os dois períodos a fim de identificar as alterações ocorridas na composição e distribuição da população cativa e na medida do possível relacioná-las com as transformações econômicas verificadas na passagem de uma fase a outra. Os inventários post-mortem são as fontes que utilizamos, foram selecionados todos aqueles relativos aos anos terminados em cinco. Temos um total de 98 inventários e 680 escravos, dentre os quais 589 são descritos com informações como sexo, idade e naturalidade.
                                        

RANGEL, Ana Paula dos Santos. Tempos e épocas: dias e meses de casar entre escravos e forros (Barbacena, século XVIII). Rio de Janeiro, UFRJ, Seminário - III Jornada de Estudos Históricos do PPGHIS-IFCS, 2007.
RESUMO. A influência da Igreja Católica incidia sobre as sociedades colonial e imperial até no que diz respeito à organização do tempo. Mesmo a escolha da data do casamento poderia ser limitada pelo calendário litúrgico. Através de registros paroquiais de casamento de escravos e libertos do termo de Barbacena, Comarca do Rio das Mortes, Minas Gerais, definimos a freqüência dos matrimônios de acordo com os meses e dias da semana (neste último caso com o auxílio de um calendário perpétuo). Neste trabalho buscaremos relacionar os resultados deste levantamento com os ciclos anuais determinados pelos ritos católicos, apontando para a influência da Igreja, bem como com os mecanismos de reiteração da hierarquia social na Colônia, por intermédio da observação das diferenças entre o comportamento de escravos, forros e livres.

                                          

RANGEL, Ana Paula dos Santos. Com quem casar: critérios de escolha conjugal entre escravos e forros Termo de Barbacena, 1781-1821. I Simpósio Impérios e Lugares no Brasil - Território, Conflito e Identidade. Mariana, Anais do I Simpósio Impérios e Lugares no Brasil Território, conflito e identidade, 2007.
                                

RANGEL, Ana Paula dos Santos. Nos limites da escolha: matrimônio e família entre escravos e forros - Termo de Barbacena - 1781-1821. Rio de Janeiro, UFRJ, dissertação de Mestrado, 2008.
RESUMO. Neste trabalho buscamos analisar as escolhas dos escravos do termo de Barbacena - entre 1781 e 1821 - no que tange ao casar-se e ao constituir família. A investigação com base nos registros paroquiais de casamento revelaram que o quando casar para os escravos era determinado tanto pelo calendário litúrgico da Igreja como pela posição ocupada na hierarquia social. Através da quantificação dos dados constatamos entre os cativos a predominância da endogamia do ponto de vista da condição jurídica; embora o casamento misto fosse possível e tivesse uma lógica no contexto na sociedade escravista colonial. A cor, a naturalidade e a procedência também foram considerados como critérios de escolha do cônjuge e, embora fossem fatores importantes, não eram critérios absolutos, ou seja, não constituía impedimento ao matrimônio se os cativos não encontrassem cônjuges de mesma cor, naturalidade ou procedência. No que diz respeito à extensão dos laços de parentesco por meio do compadrio, observamos, através de algumas trajetórias familiares, que a escolha por padrinhos livres/libertos ou escravos tinha a ver com o tamanho do plantel no qual o cativo estivesse inserido; o que determinava estratégias de consolidação da comunidade escrava ou de estabelecimento de alianças com pessoas de recursos, mais bem situadas na hierarquia social. 

                                  

REZENDE, Rodrigo Castro. AS "NOSSAS ÁFRICAS": população escrava e identidades africanas nas Minas Setecentistas. Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, dissertação de Mestrado, 2006.
RESUMO. Esta dissertação tem por objetivo analisar a composição populacional e as identidades dos escravos africanos nas Minas Gerais do século XVIII. Para tanto, o estudo do tráfico de escravos para a Capitania mineira se fez necessário. Primeiro porque a partir de sua análise pode-se perceber as questões relativas à oferta e à demanda, permitindo assim uma melhor compreensão da composição da escravaria em Minas. Segundo, as relações fomentadas por portugueses e luso-brasileiros na África repercutiram diretamente nas representações atribuídas aos escravos das Gerais. Assim, determinadas nações africanas ganharam representações que as fizeram ser vistas como mais próximas culturalmente dos luso-brasileiros, ou mais afastadas. Estas representações, não raro, expressaram a visão de mundo do Eu. Ou seja, era, na verdade, como o Eu não-africano apreendeu os diversos códigos e valores culturais dos africanos. A essas representações, denominados de Identidades representadas. Por outro lado, os africanos se apropriavam dessas representações, as utilizando na sociedade mineira, pois quisessem ou não, tinham de se adequar a esta sociedade. Em outras palavras, ao se apropriarem dessas representações, os africanos construíam suas identidades de sobrevivência. Por último, deve-se ressaltar que os códigos e valores culturais dos africanos não desapareceram no contato com o não-africano. Estes, chamados no trabalho de identidades históricas, não eram decodificados pelos não-africanos, permitindo que os indivíduos da África expressassem suas identidades de forma muito mais autônoma do que a historiografia ressalta. Nesse sentido, pode-se pensar que o processo de aculturação foi e é uma invenção, já que as identidades africanas em Minas Gerais no século XVIII eram múltiplas, manifestando-se diferentemente conforme a interação que ocorria. 

                                                

SEGUNDO, Lindemberg. Para além do cativeiro: Batismo, compadrio e casamento como símbolos da dinâmica social entre cativos e livres na freguesia de Limoeiro/Província do Ceará (1862 - 1872). Revista Outros Tempos - Pesquisa em Foco - História, revista eletrônica da Universidade Estadual do Maranhão, v. 5, n. 5, junho de 2008. Disponível em (tópico Volumes):

  http://www.outrostempos.uema.br:80/ 
RESUMO. Este trabalho busca discutir, através da analise dos registros eclesiásticos de batismo e casamento, a dinâmica social na qual o escravo estava inserido na freguesia de Limoeiro (entre os anos de 1862 e 1872), província do Ceará, buscando refletir sobre suas práticas e relacionamento com as demais camadas sociais. 

                                           

SILVA, Carla Lediane Loschi da. A família escrava na vila de Barbacena e seus termos no final do século XVIII e inicio do século XIX (1790-1810). Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. A partir da década de 1970 os estudos sobre a constituição de famílias escravas se avolumaram, colocando em xeque a visão tradicional de que os escravos não constituíam família estável. Sendo suas uniões "simples acasalamentos para a satisfação de necessidades exclusivamente sexuais". Neste sentido, a estabilidade da vida familiar do escravo praticamente inexistia. Sendo assim, o presente trabalho de pesquisa analisa a constituição de famílias escravas na Vila de Barbacena e seu termo (1790-1810), através da análise de inventário post-mortem verificando a estabilidade destas famílias.

                        

TEIXEIRA, Maria Lúcia Resende Chaves. Família escrava e riqueza na Comarca do Rio das Mortes: o distrito da Lages (1780-1850). Belo Horizonte. Dissertação de Mestrado, FAFICH da Universidade Federal de Minas Gerais, 1998, mimeografado. Publicado como: Família escrava e riqueza na comarca do Rio das Mortes: o distrito da Lage e o quarteirão do Mosquito (1780-1850). São Paulo, Annablume/Prefeitura Municipal de Coronel Xavier Chaves, 2007. 
RESUMO. A pesquisa teve como tema central a riqueza nas fazendas mineiras entre os anos de 1780 e 1850 e a detecção da família escrava no universo do enriquecimento da propriedade rural, estudados a partir de um distrito escravista: o distrito da Lage e o quarteirão do Mosquito na capitania/província de Minas Gerais. O distrito da Lage e o quarteirão do Mosquito pertenciam à comarca do Rio das Mortes, termo da vila de São José e se destacaram pelo alto percentual de escravos e suas relações econômicas sustentadas na produção de alimentos para o abastecimento interno da capitania/província. No ano de 1838, o distrito estava dividido em cinco quarteirões, caracterizados da seguinte forma: o arraial, quarteirão claramente sinalizado com funções diferentes das rurais e assim denominado, cercado de três quarteirões de aglomerados rurais, contendo enormes fazendas, acrescidas de agregados e outros domicílios rurais próximos, ocupados por parentes dos proprietários das grandes fazendas. O quarto quarteirão se compunha de um quase arraial, com um número maior de fazendas e uma capela: era o Mosquito. Para o desenvolvimento do estudo, alguns procedimentos metodológicos tornaram-se essenciais na percepção histórica. O recorte espacial circunscrito ao distrito foi adotado com a intenção de reduzir o campo da observação, sem abandonar, contudo, o referencial teórico de compreensão mais ampla. O estudo histórico foi realizado com base em um amplo corpo documental, com o objetivo de cruzar as informações. Assim, recorremos aos três fundos de censo: um originário de fonte eclesiástica, o Rol de Confessados de São José do ano de 1795, localizado no Instituto Histórico e Geográfico da cidade de Tiradentes (MG); e os outros dois resultantes das listas nominativas produzidas a pedido do governo imperial mineiro às câmaras municipais, nos anos de 1831 e 1838, ambos alocados no Arquivo Público Mineiro (APM), em Belo Horizonte (MG). Essas listas forneceram inúmeras informações a respeito dos moradores e dos domicílios, permitindo estudar os comportamentos demográficos do distrito escravista. As listas descortinaram a série de nomes dos fazendeiros e seus mancípios, além de revelar o padrão de riqueza e a posse de escravos no intervalo entre os anos de 1795 e a década de 1830. A pesquisa utilizou-se, também, de mapas esparsos de população, produzidos na década de 1840, contendo dados sobre casamentos de livres e cativos e informações acerca das fronteiras dos distritos mineiros da comarca do Rio das Mortes, tais fontes também estão alocadas no APM. Todo este conjunto documental foi comparado com os assentos de batismos e óbitos da freguesia Nossa Senhora da Penha de França, na Lage, para os anos de 1840 e 1850 - remetidos recentemente para o Arquivo Eclesiástico da Matriz de Nossa Senhora do Pilar, em São João del Rei (MG). O resultado desta etapa da pesquisa foi ainda enriquecido com as informações contidas nos inventários post-mortem dos fazendeiros listados como moradores da região - todos os inventários estão sob guarda do Arquivo Histórico do Escritório Técnico do IPHAN-II, em São João del Rei (MG). Assim, o trabalho perseguiu dados quantitativos da população do distrito e dados qualitativos sobre os personagens em particular, resultando em informações de fôlego sobre os sujeitos, as fazendas, o processo de enriquecimento rural e as famílias escravas no contexto econômico mineiro voltado para o abastecimento interno. O livro está dividido em três capítulos, sendo que sua organização se apresenta num ordenamento próximo aos procedimentos metodológicos da pesquisa. O primeiro capítulo, "Delineamentos de um distrito escravista" procurou apresentar o perfil do distrito da Lage e do quarteirão do Mosquito, sua ocupação original através da distribuição de sesmarias na região, as características econômicas de sua ocupação rural com fazendas encravadas em uma área cercada de terras minerais. Observamos que a região não era produtora de metais preciosos, pelo contrário, tornou-se uma das áreas de abastecimento das regiões mineradoras e que sua distribuição populacional era social e economicamente distinta entre o arraial e as fazendas dos quarteirões rurais. Detectamos ainda o vínculo do distrito com o movimento da Inconfidência Mineira, no final do século XVIII, a partir da participação de alguns fazendeiros importantes residentes na região. Enfim, o primeiro capítulo foi dedicado a apresentar o distrito e o quarteirão encravados nas regiões rurais das Minas Gerais com alto índice de mão-de-obra escrava, buscando, dessa maneira, apresentar o problema de pesquisa que deu início ao estudo: uma região marcada pela forte concentração de população escrava, em uma economia voltada para o abastecimento interno. O segundo capítulo, "Indicadores demográficos" foi marcado pelo estudo sistemático de fontes de caráter demográfico - os mapas de população - com a intenção de traçar o desempenho da região rural e escravista. A primeira questão que o estudo demonstrou foi a existência de comportamentos populacionais específicos, sinalizando a diferença entre a região rural e o arraial. Se falar de diferenças rurais e urbanas ainda era prematuro, tratar indistintamente a região também não se mostrou pertinente: claras diferenças demográficas foram encontradas. Detectamos a diferença nos índices de população feminina entre os livres e os cativos, na forma de ocupação dos habitantes, no perfil dos domicílios rurais e do arraial e as origens dos escravos africanos e crioulos. A região foi marcada pelo forte apego à escravidão aliado às práticas sociais de posse de escravos e famílias escravas. A segunda questão se referia à apresentação das curvas de tendência escravista, vinculadas às regras mais gerais da escravidão no Império do Brasil. O apego à escravidão, a propriedade de famílias escravas, às possibilidades de enriquecimento com a posse e o trabalho dos cativos foram demonstrados a partir da análise exaustiva sobre os mapas de população e inventários post-mortem. Enfim, o objetivo do capítulo foi, portanto, mostrar o comportamento demográfico e sua influência num distrito fortemente apegado às práticas escravistas: a propriedade das fazendas e sua riqueza estavam sustentadas em grande parte na presença escrava. O terceiro capítulo, "A família escrava no distrito da Lage e no quarteirão do Mosquito" (sub-dividido em: "A família escrava e suas estratégias diante das adversidades" e "Crianças e seus valores"), voltou-se para responder ao significado das duas faces teóricas da presença da família escrava. Uma mais ligada a questões econômicas que prioriza o estudo da família escrava inserida na propriedade de seus senhores e a outra que aborda a presença das sociabilidades das pessoas dentro do cativeiro. A primeira mostrou o processo dos interesses econômicos dos senhores com a família escrava, acompanhando as adições ao patrimônio ao longo dos procedimentos de inventários. As alterações no montante dos bens eram comuns perante as transformações que apresentavam os valores do inventário. Eles podiam aumentar com a valorização do escravo que crescia, podendo também diminuir em função das subtrações oriundas de mortes e perdas. A valorização da criança escrava acompanha o tempo de vida somado, afastando-se, gradualmente, do risco de morte. O inventário registrava a lógica proprietária ao somá-los aos valores dos bens. Por outro lado, os inventários também mostravam que a separação/divisão das famílias escravas, como um bem, era sempre um problema, sobretudo quando se tratava de amplas posses de famílias. Tal fato lançou luzes sobre a outra abordagem a respeito da família escrava: a da presença das sociabilidades dentro do cativeiro numa sociedade escravista. O escravo era um ser de propriedade de outrem, mas também convivia no seio de sua comunidade de cativos, possuías filhos, se casava e até conseguia certo vínculo de aproximação ou mesmo de consideração por parte de seus senhores. Este lado da sociabilidade também esteve presente e marcava o comportamento dos cativos, como também de seus senhores. Este último capítulo procurou mostrar o caráter dedutivo que as fontes impõem aos comportamentos dos pesquisadores, demonstrando que ambos os lados interpretativos encontram sustentação documental. Ambas correntes, aquela que considera o escravo e sua família como riqueza material e a outra que considera a sociabilidade escrava como um elemento de resistência à escravidão, encontram sua razão lógica em bases empíricas. Ou seja, diante da presença de suporte documental, as diferentes teorias conseguem se sustentar. E, então, volta-se ao ponto de partida das dúvidas históricas e do conhecimento: existem diferentes formas defensáveis de agir e pensar.
                                                   

VAILATI, Luiz Lima. As três faces da sensibilidade face à criança no Brasil dos oitocentos. Comunicação apresentada no I Seminário de História do ICHS: Tendências da Historiografia Brasileira Contemporânea. Mariana, ICHS da Universidade Federal de Ouro Preto, 2006, disponível em:

http://www.seminariodehistoria.ufop.br/seminariodehistoria2006/download/I-seminario-historia-ichs-ufop(2006)-n39.pdf  

APRESENTAÇÃO. Esta apresentação constitui-se de um balanço geral da investigação levada a cabo em minha tese de doutoramento, que discorreu sobre as práticas e representações da morte infantil na cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo no século XIX, cuja hipótese central é de que a morte constitui-se um viés privilegiado para pensarmos a sensibilidade em relação à infância para as sociedades e período em questão.

                                 

VASCONCELLOS, Márcia Cristina Roma de. Famílias entre escravos no litoral sul-fluminense, século XIX. Comunicação apresentada no XVI Encontro Regional de História da ANPUH-MG. Belo Horizonte, 20 a 25 de julho de 2008.
RESUMO. A partir da análise de registros paroquiais de batismo e de casamento de cativos e de inventários post-mortem de escravistas de Angra dos Reis, no litoral sul-fluminense, entre 1801 e 1888, foi possível verificar características da organização parental entre escravos. Angra dos Reis era uma região onde a agricultura de subsistência convivia com a produção de café e o intenso movimento portuário baseado no escoamento do café do vale do Paraíba, fluminense e paulista. Em meio a este contexto, destacavam-se as famílias formadas a partir da ilegitimidade, muitas destas encabeçadas por mulheres crioulas. Foram localizadas famílias extensas e uma tendência à adoção de laços de parentesco ritualístico com escravos, na qualidade de padrinhos e madrinhas. A partilha dos bens dos inventariados geralmente não levava à desestruturação das famílias, principalmente quando envolviam crianças com até cinco anos.

                                                          

                                                           

       

                                    

                                       

II Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP - 1980 
                                                        

BALHANA, Altiva Pilatti. & NADALIN, Sergio O. Análise do Ciclo Vital a partir da reconstituição de famílias: Estudos em Demografia Histórica. Comunicação apresentada no II Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1980. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1980/T80V02A03.pdf 
                                    
                                      

III Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP - 1982
                                                 

SAMARA, Eni de Mesquita. Família e agregados: duas experiências de pesquisas em demografia histórica. Comunicação apresentada no III Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1982. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1982/T82V1A061.pdf 
                                         

LYRA, Henrique. Aspectos da imigração e colonização estrangeira na Bahia - 1850/1889. Comunicação apresentada no III Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1982. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1982/T82V1A059.pdf 
                                     

LUNA, Francisco Vidal & COSTA, Iraci del Nero da. Sinopse de alguns trabalhos de demografia histórica referente a Minas Gerais. Comunicação apresentada no III Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1982. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1982/T82V1A058.pdf 
                                      

LINHARES, Maria Yedda & SILVA, Francisco Carlos T. Uma fonte demográfica para a história social do Brasil ( 1850 - 1890): as lista eleitorais. Comunicação apresentada no III Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1982. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1982/T82V1A057.pdf 
                                              

                                         

IV Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP - 1984

                                              

SLENES, Robert W. Escravidão e família: padrões de casamento e estabilidade familiar numa comunidade escrava (Campinas, Século XIX). Comunicação apresentada no IV Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1984. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A13.pdf 

                                         

SAMARA, Eni de Mesquita. A constituição da família na população livre (São Paulo no Século XIX). Comunicação apresentada no IV Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1984. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A14.pdf 

                                               

PAIVA, Clotilde Andrade. Mariana: características da população em 1831. Comunicação apresentada no IV Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1984. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A15.pdf 

                                        

BALHANA, Altiva Pilatti & WESTPHALEN, Cecília Maria. Dinâmica demográfica e sistema de herança no Brasil meridional. Comunicação apresentada no IV Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1984. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A16.pdf 

                                              

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. A família na fazenda de café: tamanho e força de trabalho. Comunicação apresentada no IV Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1984. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A17.pdf 

                                         

LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. População e estrutura fundiária no Rio de Janeiro, 1568/1920. Comunicação apresentada no IV Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1984. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1984/T84V04A18.pdf 
                                  
                                     

V Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP - 1986

                                          

MOTT, Luiz. O escravo nos anúncios de jornal de Sergipe. Comunicação apresentada no V Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1986. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A01.pdf 

                                 

GRAF, Marcia Elisa de Campos. Fontes para o estudo da família escrava no Brasil. Comunicação apresentada no V Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1986. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A02.pdf 

                                          

GUTIÉRREZ, Horacio. A harmonia dos sexos. Elementos da estrutura demográfica da população escrava do Paraná, 1800 /1830. Comunicação apresentada no V Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1986. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A03.pdf 

                                            

SLENES, Robert W. As taxas de fecundidade da população escrava brasileira na década de 1870: estimativas e implicações. Comunicação apresentada no V Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1986. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A04.pdf 

                                               

LANNA, Ana Lúcia D. A organização do trabalho livre na Zona da Mata Mineira 1870-1920. Comunicação apresentada no V Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1986. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A05.pdf 

                                             

SCOTT, Ana Silvia Volpi. A propriedade da terra e a elite paulista: os grandes proprietários do Vale do Paraíba. Comunicação apresentada no V Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1986. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A06.pdf 
                                         

BACELAR, Carlos de Almeida Prado. Herança em família: a partilha dos engenhos de açúcar do oeste paulista, 1765-1855. Comunicação apresentada no V Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1986. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A07.pdf 

                                                 

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. O acesso à terra e à produção de subsistência no colonato. Comunicação apresentada no V Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1986. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A08.pdf 

                                                     

SAMARA, Eni de Mesquita. A família no Brasil: balanço da produção e rumos de pesquisa. Comunicação apresentada no V Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1986. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1986/T86V01A09.pdf 

                                                
                                                  
VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP - 1988

                                       

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. O casamento na colônia no tempo do café. Comunicação apresentada no VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1988. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V01A04.pdf 

                               

ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Tráfico negreiro e colonização portuguesa no Atlântico Sul. Comunicação apresentada no VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1988. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A01.pdf 

                                       

SAMARA, Eni de Mesquita. A família negra no Brasil: escravos e libertos. Comunicação apresentada no VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1988. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A02.pdf 

                                          

QUEIROZ, Suely Robles Reis de. Memória da escravidão em famílias negras de São Paulo. Comunicação apresentada no VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1988. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A05.pdf 

                                                

GRAF, Marcia Elisa de Campos. A família de escravos na sociedade paranaense do Século XIX. Comunicação apresentada no VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1988. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A06.pdf 
                                               

GUERZONI FILHO, Gilberto & ROBERTO NETTO, Luiz. Índices de nupcialidade da população forra em Minas Gerais no Século XIX. Comunicação apresentada no VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1988. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A08.pdf 
                                        

LUNA, Francisco Vidal. Observações sobre casamento de escravos em São Paulo (1829). Comunicação apresentada no VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1988. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A10.pdf 

                                       

PARREIRA, Nilce Rodrigues. População escrava de Ouro Preto - Século XIX (a partir das escrituras de compra e venda de escravos). Comunicação apresentada no VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1988. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V03A19.pdf 

                                       

BARCIK, Vergínia. Comportamento de uma população no Século XIX: Paróquia de Nossa Senhora da Piedade de Campo Largo, 1832-1882. Comunicação apresentada no VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1988. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V04A32.pdf 

                                            

SILVA, Helenice Carvalho Cruz da & MARTINS, Maria do Carmo Salazar. Contribuição à pesquisa em Demografia Histórica de Minas Gerais. Comunicação apresentada no VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1988. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1988/T88V04A33.pdf 
                                               
                          

VII Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP - 1990

                                                  

RIOS, Ana Maria Lugão. Família negra no Pós-Abolição (Paraíba do Sul,1889-1920). Comunicação apresentada no VII Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1990. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1990/T90V01A08.doc 

                                

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. As escolhas matrimoniais no Velho Oeste paulista. Comunicação apresentada no VII Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1990. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1990/T90V01A09.pdf 

                                      

MARCÍLIO, Maria Luiza & VENANCIO Renato Pinto. Crianças abandonadas e primitivas formas de sua proteção: séculos XVIII e XIX. Comunicação apresentada no VII Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1990. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1990/T90V01A13.pdf 
                                           
                            

VIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP - 1992

                                    

BIDEAU, Alain & NADALIN, Sergio Odilon. Processos demográficos e fecundidade: notas preliminares para um estudo comparado (1866-1939). Comunicação apresentada no VIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1992. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1992/T92V01A14.pdf 

                                              

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. Padrões de casamento em uma comunidade em mudança: (1870-1890). Comunicação apresentada no VIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1992. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1992/T92V01A15.pdf 

                                      

FARIA, Sheila Siqueira de Castro. Legitimidade, estratégias familiares e condição feminina no Brasil escravista. Comunicação apresentada no VIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1992. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1992/T92V01A16.pdf 
                                       

SILVA, Ana Rosa Cloclet da. Tráfico interprovincial de escravos e seus impactos na concentração da população na Província de São Paulo: século XIX. Comunicação apresentada no VIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1992. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1992/T92V01A18.pdf 
RESUMO. O presente texto visa a abordar o processo de transição da escravidão para o trabalho livre mediante um enfoque distinto daquele comumente adotado em economia. Acreditamos que os aspectos econômicos, embora sejam condicionantes fundamentais do movimento histórico, mostram-se insuficientes, quando considerados por si sós, para a explicação dos fenômenos ocorridos na Província de São Paulo, no final do século XIX. Procuraremos, mais especificamente, analisar os impactos do tráfico interprovincial de escravos do Norte para o Sul do Império, a partir de 1850, na sua relação com o processo de expansão da economia cafeeira e nos seus desdobramentos sobre a concentração da população escrava nas fazendas cafeicultoras, nas décadas de 1870 e 1880.
              

                                                                                            
IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP - 1994

                                  

FLORENTINO, Manolo Garcia & GOES. José Roberto. Comércio negreiro e estratégias de socialização parental: entre os escravos do agro-fluminense, 1790-1830. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/docwd/1994/T94V1A19.doc 

                                     

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. Considerações sobre os estudos do celibato e da idade ao casar no passado brasileiro. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/docwd/1994/T94V1A20.doc 

                              

FARIA, Sheila Siqueira de Castro. Patriarcalismo e a questão da legitimidade na historiografia Brasileira. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/docwd/1994/T94V1A21.doc 

                                              

NAUFFAL FILHO, Fernando & ANDREAZZA, Maria Luiza. Tempo do sagrado e dia de casar. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V1A22.doc 

                                                

PAIVA, Clotilde Andrade. Engenhos de cana e população no Século XIX mineiro: notas sobre a expansão da produção aguardenteira. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A01.pdf 

                                                   

TELAROLLI JUNIOR, Rodolfo. Fundamentos tecnológicos das ações sanitárias no Estado de São Paulo na Primeira República. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A02.pdf 

                                                 

NEVES, Maria de Fátima Rodrigues das. Mortalidade e morbidade entre os escravos brasileiros no Século XIX. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A03.doc 

                                         

MARTINS, Maria do Carmo Salazar. Anotações sobre o trabalho feminino na Província de Minas Gerais. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A04.pdf 

                                         

MOTTA, José Flávio. Contribuições da demografia histórica à historiografia brasileira. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A14.doc 

                                                

NADALIN, Sergio Odilon. Sugestões metodológicas: o compadrio a partir dos registros paroquiais. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A15.doc 

                                                  

RIOS, Ana Maria Lugão. Histórias de famílias: arquivos da memória na história demográfica. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A16.pdf 

                                                     

PETRUCCELLI, José Luiz. Reconstituição de genealogias com o Registro Civil 1889-1929. Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1994. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1994/T94V3A17.doc 
                                               
                               

X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP - 1996

                                       

MACHADO, Cacilda da Silva. Imigração e história familiar: Um estudo de caso (Curitiba, 1854-1991). Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A15.doc 

                            

MARQUES, Cláudia Eliane Parreiras. O estudo da família em Minas Gerais na década de 1830 através dos inventários e listas nominativas: Uma proposta metodológica. Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A16.doc 

                                         

ANDREAZZA, Maria Luiza. Desdobrar-se em muitos filhos. Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A17.doc 

                                         

NADALIN, Sergio Odilon. O compadrio batismal a partir dos registros paroquiais: sugestões metodológicas II. Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A18.doc 

                                             

FARIA, Sheila Siqueira de Castro. Família ricas - Estratégias. de poder no Brasil escravista (Séculos XVIII e XIX). Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A19.doc 

                                             

BATISTA SOBRINHO, Adalberto & MOREIRA, Diva. Evolução demográfica e miscigenação: Os negros e os casamentos Inter-Raciais no Brasil. Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A20.doc 

                                                 

LIMA, Carlos A. M. Cindidos entre o patriarcalismo e a comunidade cativa os casamentos de libertos na cidade do Rio de Janeiro (1803-1834). Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A21.doc 

                                            

BACELLAR, Carlos de Almeida Prado. A criança exposta nos domicílios de Sorocaba, séculos XVIII e XIX. Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A22.doc 

                                          

LOPES, Eliane Cristina. Prostituta e mãe: O meretrício como fonte da filiação ilícita na São Paulo do século XVIII. Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A23.doc 

                                       

FLORENTINO, Manolo Garcia & GÓES, José Roberto. Tráfico, parentesco e esterilização de fortunas entre os escravos do agro fluminense, séculos XVIII e XIX. Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A26.doc 

                                          

GODOY, Marcelo Magalhães & SILVA, Leonardo Viana da. As artes manuais e mecânicas na província de Minas Gerais: um perfil demográfico de artífices e oficiais. Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A27.doc 

                                     

NOZOE, Nelson & MOTTA, José Flávio. Os arredados da cafeicultura. Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A28.doc 

                                                       

TELAROLLI JUNIOR, Rodolpho. Fragmentos do cotidiano sob uma epidemia de febre amarela no interior Paulista. Comunicação apresentada no X Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1996. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/1996/T96V3A29.doc 
                                          
                                       

XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP -- 2008

Caxambu, 29 de setembro a 3 de outubro de 2008

                                

                              

ANDRADE, Leandro Braga de. Senhor ou Camponês? Economia e estratificação social em Minas Gerais no século XIX. Mariana: 1821-1850. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1427.pdf 
RESUMO. Este estudo almejou, a partir do panorama sócio-econômico de Minas Gerais na primeira metade do século XIX, apresentar uma abordagem micro-regional da estratificação social e da aplicação do trabalho livre e escravo em unidades escravistas e/ou camponesas. O predomínio da agropecuária na economia mineira manteve a estrutura escravista, porém também mostrou formas de organização do trabalho calcadas na mão-de-obra livre, como o trabalho camponês, centro da discussão que evidenciamos. Nossos esforços concentraram-se na abordagem de alguns povoamentos do interior do termo de Mariana, extenso município da região central de Minas Gerais, onde, predominavam, na primeira metade do século XIX, as atividades agropastoris. Foram analisadas listas nominativas de habitantes e inventários post-mortem de chefes de domicílios da freguesia de Furquim no período que se estende de 1821 a 1850, quando a produção e circulação de alimentos consolidaram-se como eixo central da economia mineira. As unidades produtivas que utilizavam majoritariamente o trabalho livre ou um pequeno número de escravos se assemelhavam em suas características econômicas, demográficas e produtivas. Dessa forma a pesquisa identificou certa fluidez e indistinção no tocante à possibilidade de incluir a pequena propriedade de escravos em categorias como "camponês" ou "escravista". Por outro lado, a pesquisa mostrou uma significativa capacidade de acumulação da elite escravista local, composta por fazendeiros, como na Freguesia de Furquim, e de grandes comerciantes, como na vila sede do termo de Mariana.
                                                 
ANDREAZZA, Maria Luiza. Categorias sociais e espaciais produzidas pelo recenseamento de homens de Curitiba de 1765. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1361.pdf 
RESUMO. A comunicação se ocupa em detalhar um exercício de identificação das palavras utilizadas na lista de 1765 para identificar de que forma elas serviram para categorizar e estabelecer diferenças entre as pessoas e os lugares, no termo da vila de Curitiba. É de conhecimento geral a ampla variação dos indicadores coletados pelos primeiros recenseamentos coloniais, parte devido à falta de orientação homogênea e parte devido ao arbítrio dos responsáveis localmente por sua elaboração. É nessa relativa autonomia das autoridades locais que, creio eu, o pesquisador pode identificar as categorias sociais que estavam ativas. Já que as autoridades da capitania não enviaram critérios para enquadrar a população, é legitimo supor que os recenseadores rotularam as pessoas no interior de categorias que, a eles, detinham significados para demarcar as singularidades dos integrantes daquele corpo social. Longe de ser um treinamento de positivismo histórico, a intenção foi colher as categorias 'vivas', que construíram os sujeitos sociais presentes na lista de 1765. Subjaz essa intenção a crença de ser a taxionomia poderoso instrumento de análise social. Com efeito, da atenção aos elementos presentes nas fontes documentais, pode resultar uma multiplicação de atores sociais que, sob critérios exclusivos de sexo, idade e condição, correm o risco de se manterem na opacidade.
                                   
BACELLAR, Carlos de Almeida Prado. "Achados ao primeiro cantar dos galos": os subterfúgios do abandono de crianças na vila de Itu, capitania de São Paulo, 1698-1798. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1178.pdf 
RESUMO. Esta comunicação pretende analisar a prática do abandono de crianças na vila de Itu, capitania de São Paulo, no intervalo entre 1698 e 1798. Contando com registros vitais bastante bem preservados, tem-se a oportunidade de acompanhar a prática do enjeitamento ao longo de um século de profundas transformações econômicas, graças à introdução da lavoura canavieira. Para além dos dados estatísticos, contudo, pretendemos analisar a excepcional riqueza qualitativa dos registros de batismos dessas crianças para o intervalo específico entre 1732 e 1778, em que detalhes preciosos sobre os personagens que achavam ou acolhiam, bem como horários e locais do abandono, foram minuciosamente anotados pelos párocos, possibilitando melhor conhecer está prática costumeira da sociedade colonial brasileira.
                                               
BORGES, Luiz Adriano Gonçalves. Doação e família nos testamentos de Curitiba e São José dos Pinhais, século XIX. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1432.pdf 
RESUMO. Os sistemas de transmissão de herança eram partes essenciais das estratégias de reprodução social familiar no Brasil Colonial e Imperial, sendo assim um importante aspecto para se compreender a própria formação familiar brasileira. No presente trabalho, verificamos as doações testamentárias para estudar aspectos da qualidade das relações familiares e de parentesco, ou seja, para verificar que significados as pessoas atribuíam a cada tipo de laço familiar e de parentesco. Para tal estudo foram coletados 50 testamentos referentes à primeira metade do século XIX em Curitiba, e 30 testamentos da segunda metade deste século em São José dos Pinhais. A forma testamentária de doação - a terça parte da metade dos bens que podia ser disposta livremente pelo testador - possuía uma importante característica que era a liberdade com que os bens seriam dispostos. Isto se configura com um importante aspecto dos testamentos para se perceber relações familiares.
                                                         
CHAGAS, Paula Roberta & NADALIN, Sérgio Odilon. Para o mundo e para a eternidade: a idade do batismo nas atas paroquiais (Curitiba, séculos XVIII-XIX). Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_972.pdf 
RESUMO. A historiografia tem apontado para a ausência de informações nos registros paroquiais arrolados na América portuguesa, a respeito da idade em que as crianças eram batizadas. Trata-se de evidência documental característica até, pelo menos, as primeiras décadas dos oitocentos, o que tem compelido os especialistas brasileiros em Demografia Histórica a considerarem a data do Batismo como equivalente à do nascimento. Alguns vigários que exerceram seu ministério na Paróquia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, inusitadamente, anotaram esses dados nas atas concernentes aos anos de1729 a 1763, calando-se novamente até 1836. Acompanhando uma tendência que parece se generalizar nas paróquias brasileiras no século XIX, a partir do ano seguinte (1837) a informação torna-se corriqueira nas atas de catolicidade. Isso nos permite construir uma base de dados comparativa e realizar análises críticas a respeito do intervalo entre o nascimento e a data do Batismo,tendo como fundo as disposições da Igreja (Constituições do Arcebispado da Bahia, 1707). Da mesma forma, possibilita que realizemos algumas inferências relacionadas à importância assumida pelo Sacramento no imaginário da sociedade colonial. O mencionado acima explica o primeiro recorte cronológico (1729); dado que na maior parte dos oitocentos a informação é usual, decidimos encerrar o estudo em 1849, como que assinalando, a partir da segunda metade do século XIX, as profundas mudanças institucionais e estruturais que viriam.
                                
CUNHA, Maisa Faleiros da. Criando gado, plantando roças: trajetórias familiares e escravidão em uma vila paulista. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1394.pdf 
RESUMO. Este trabalho tem como ponto de partida a morte trágica da escrava Adriana em fins da década de 1870. Adriana foi vítima de seu próprio marido, o escravo Damião. Este poderia ter sido mais um crime ocorrido entre pessoas conhecidas, não fosse o fato de Adriana e Damião terem nascido em uma mesma escravaria, seus pais terem sido companheiros de cativeiro e seus proprietários descenderem de uma conhecida família do nordeste paulista (e sul de Minas), a dos Junqueira. Através do acompanhamento dos cativos e de seus proprietários em diversas fontes nominativas, reconstituímos as trajetórias familiares de Adriana, Damião e de outros escravos. Ademais, foi possível vislumbrar o processo migratório mineiro na região, as estratégias senhoriais de composição das escravarias e de transmissão da posse cativa, bem como as atividades econômicas em que estavam engajados os proprietários e seus respectivos escravos.
                                      
FARIA, Sheila Siqueira de Castro. Aspectos demográficos da alforria no Rio de Janeiro e em São João del Rey entre 1700 e 1850. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1431.pdf 
RESUMO. O trabalho pretende discutir a conquista da alforria e as opções de vida depois da liberdade. A pesquisa apresenta dados que permitem questionar tanto a presumível pequena quantidade de alforrias na população escrava quanto a inexorável pobreza dos libertos. Utilizo as cartas de alforria ou de liberdade, os registros de crianças libertas na pia batismal e as alforrias testamentárias, além de testamentos e inventários de forros nas cidades do Rio de Janeiro e de São João del Rey, entre 1700 e 1850. Foco o estudo nas mulheres forras, em particular as ricas e escravistas pretas-minas, analisando as heranças culturais e condições materiais que as fizeram privilegiadas no acesso à liberdade e ao acúmulo de bens. Também apresento a formação das famílias dessas forras, pressupondo que as organizavam em função de suas culturas africanas.
                                       
FREITAS, Denize Terezinha Leal. Quem casa na freguesia Madre de Deus de Porto Alegre? A formação social através dos registros paroquiais de casamento (1772 - 1806). Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1222.pdf 
RESUMO. O presente trabalho procura investigar a formação social porto-alegrense a partir da análise dos registros paroquiais de casamento do Livro 1 - Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus - Porto Alegre - 1772 a 1806. Tem como objetivo principal destacar o papel das relações matrimoniais na constituição populacional porto-alegrense durante o período colonial. Através da análise demográfica pretende-se identificar, a partir de um primeiro olhar quantitativo, características peculiares formalizadas mediante o ato matrimonial, priorizando o perfil dos indivíduos que compõem o cenário da região em meados do século XVIII. Esse trabalho de pesquisa procura mostrar os primeiros ensaios do processo de quantificação dos dados paroquiais de Porto Alegre para o período colonial, que por sua vez se insere no Projeto de Pesquisa: "População e Família no Brasil Meridional dos meados do século XVIII às primeiras décadas do século XIX". Esta comunicação busca dados sobre o evento e informações sobre os indivíduos que se casam, como a naturalidade dos noivos e o estado matrimonial.
                                             
GODOY, Marcelo Magalhães & PAIVA, Clotilde Andrade. Um estudo da qualidade da informação censitária em listas nominativas e uma aproximação da estrutura ocupacional da província de Minas Gerais. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1352.pdf 
RESUMO. Para o período pré-censitário, os estudos de estruturas ocupacionais de populações de espaços regionais do Brasil basearam-se, em larga medida, em dados originários de listas nominativas de habitantes. Entretanto, parece que pouco se realizou no sentido de avaliar a qualidade dos dados procedentes dessa modalidade de fonte demográfica, mormente da informação de ocupação. Também se pode afirmar que o exame do comportamento demográfico da população brasileira do século XIX quase sempre se pautou, ainda que implicitamente, pela consideração do caráter próprio a sociedades fortemente vincadas pelo relativo isolamento geográfico, assim como pelo pronunciado condicionamento das específicas configurações de suas economias regionais. Todavia, parece que muito se precisa avançar na direção da compreensão da diversidade interna às grandes unidades político-administrativas ou, em outra forma, de elementos que imponham tratamento regionalizado dos espaços provinciais. Ainda é preciso enfatizar a relevância de procedimentos metodológicos que intentem enfrentar as dificuldades inerentes a essa modalidade de informação demográfica ou, em outros termos, ao imprescindível estudo dos limites e possibilidades de dados demográficos produzidos segundo critérios nunca inteiramente recuperáveis. Como para qualquer tipo de fonte histórica, a utilização de listas nominais de habitantes deve ser precedida de crítica que contemple a consistência interna e externa do documento, bem como que estabeleça, como mencionado, suas possibilidades e limites. São objetivos do estudo: i. evidenciar a necessidade da avaliação da qualidade da informação censitária em listas nominativas de habitantes do século XIX; ii. propor classificação, segundo a qualidade da informação, para as unidades espaciais de informação do Censo de 1831-32, realizado na província de Minas Gerais; iii. apresentar resultados preliminares e gerais da estrutura ocupacional de Minas, com base no referido Censo, e que contemplam a diversidade regional da província.

                                                       
MARTINEZ, Cláudia Eliane Parreiras Marques. População, trabalho e gênero na transição do sistema escravista: Vale do Paraopeba/MG. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1456.pdf 
RESUMO. Esta comunicação estuda aspectos relacionados à população e às atividades econômicas desenvolvidas no vale do Paraopeba, entre 1840 e 1914. A pesquisa realizada a partir das listas nominativas de 1831/32 e do Censo de 1872 mostrou que o fim do trabalho cativo alterou substancialmente a economia e a vida dos paraopebanos. Concomitantemente à agricultura de abastecimento é preciso ressaltar que a fiação de algodão e a tecelagem constituíram atividades essenciais e que marcaram fortemente o trabalho no campo e nos centros urbanos. Aos dados censitários somou-se, ainda, um banco de dados composto por 762 inventários post-mortem; sendo 452 para o período imperial e 310 para o republicano. O conjunto de dados reunidos demonstrou que, longe de ser uma exceção, o trabalho de fiar e tecer utilizou largamente o trabalho escravo. Tais constatações reforçam a historiografia recente que evidencia a importância do trabalho feminino (livre e escravo) e como esse foi fundamental para a dinamização da economia e das relações de gênero. Por fim, foi possível constatar também que mesmo diante do inevitável fim da escravidão, as regiões ligadas ao abastecimento interno, especialmente o vale do Paraopeba, não abriram mão de seus cativos. Os motivos que levaram os donos de fazendas e sítios a manter sua escravaria, até a década de 1880, foram vários como se poderá observar na apresentação e no desenvolvimento do artigo.
                                     
MONSMA, Karl. Negros, imigrantes e brasileiros brancos no oeste paulista, início do século XX: indícios de um censo municipal e outras fontes nominais. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1003.pdf 
RESUMO. Ainda se sabe pouco - e se supõe muito - sobre as semelhanças e diferenças nas condições de vida e nas oportunidades abertas para imigrantes e brasileiros, sobretudo brasileiros negros, nas primeiras décadas após a abolição. Este trabalho compara várias características demográficas e econômicas de negros, brasileiros brancos, e distintos grupos imigrantes - principalmente italianos, espanhóis, portugueses, alemães e "turcos" - no início do século XX em um município produtor de café do Centro-Oeste paulista. A fonte principal é um censo do município de São Carlos realizado em 1907, que é um dos poucos censos daquela época que inclui informação sobre a cor dos enumerados, classificados como "pretos", "mulatos" ou "brancos". Relacionando este censo com outras fontes nominais, principalmente o Estatística agrícola e zootechnica de 1904-5, o trabalho compara os vários grupos étnico-raciais no que diz respeito à ocupação, à estrutura familiar, à alfabetização e às probabilidades de obter terras ou outras formas de propriedade. Também relaciona várias características individuais e familiares com as chances de adquirir propriedades e com a probabilidade de alfabetização da nova geração. Delineando algumas das vantagens e desvantagens das coletividades focalizadas, este trabalho contribui para explicar as diferenças étnicas e raciais no grau de mobilidade social observadas nas décadas subseqüentes. Também revela a diversidade de situações sociais e oportunidades existentes dentro de cada grupo.
                                                        
MOTTA, José Flávio. Velhos no cativeiro: posse e comercialização de escravos idosos. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1015.pdf 
RESUMO. Neste artigo nossa atenção é dedicada às pessoas que vivenciaram o cativeiro até uma etapa mais avançada de suas vidas, no Brasil do século XIX. Mais especificamente, trabalhamos esse contingente de escravos velhos com base em dois recortes distintos (inclusive da perspectiva temporal), cada um deles aplicado ao estudo de uma determinada localidade paulista. O texto é dividido em três partes. Na primeira, procedemos à definição da faixa etária que entendemos mais adequada para identificar os cativos idosos analisados: 50 ou mais anos de idade. Na segunda, preocupamo-nos com a caracterização do conjunto dessas pessoas (seu "estoque", por assim dizer) existente em Bananal na abertura do Oitocentos (1801); privilegiamos tanto variáveis demográficas como econômicas (sexo, idade, estado conjugal, origem, tamanho do plantel de escravos, atividades realizadas nos respectivos domicílios, relações de família etc.). Na terceira parte do artigo, estudamos a participação dos cativos de mais idade no fluxo de escravos comercializados na localidade de Piracicaba (Constituição). Examinamos as transações registradas naquele município no período 1861-1887 e enfocamos algumas características das pessoas idosas que compuseram ditas transações, a exemplo de suas aptidões/ocupações e de sua negociação isolada ou em conjunto com pessoas de suas famílias. Enfatizamos a proporção de idosos nos distintos tipos de tráfico (local, intra e interprovincial) durante essa etapa derradeira da escravidão no Império brasileiro. O texto completa-se com nossas considerações finais, às quais se seguem o rol das referências bibliográficas efetuadas.
                                          
MOURA FILHO, Heitor Pinto de. Escravos em Pernambuco, 1560-1872. Ensaio de reconstituição macrodemográfica. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1035.pdf 
RESUMO. Este trabalho apresenta um modelo demográfico para representar a evolução do contingente de escravos africanos e de seus descendentes numa província brasileira - neste caso, em Pernambuco - de 1560 a 1872. A principal conclusão proposta neste estágio da pesquisa é a confirmação de que as conhecidas combinações de parâmetros de mortalidade e fecundidade, dentro dos amplos intervalos divulgados pela historiografia, podem de fato gerar populações nos tamanhos e, principalmente, com as composições etárias e de sexo apontadas pelos primeiros dados censitários disponíveis. Tais combinações também reforçam as análises baseadas na hipótese de que o tráfico foi o grande motor do crescimento da população de escravos e de seus descendentes. A modelagem demográfica é uma vertente metodológica ainda pouco explorada no Brasil, complementar à reunião de dados novos a partir de fontes primárias e à análise crítica de dados agregados. As principais vantagens da modelagem demográfica são a possibilidade de avaliar, em etapas seqüenciais, a compatibilidade das diversas informações que emergem das novas pesquisas com os dados até então conhecidos e a possibilidade de, dentro de certo contexto de informações, gerar dados indisponíveis e indicadores impossíveis de serem calculados unicamente a partir dos dados existentes. Essa capacidade de "ir além" dos dados históricos decorre da lógica da equação demográfica. O modelo descrito apresenta, em formato ainda preliminar, resultados que congregam duas das principais fontes atuais sobre a demografia de Pernambuco até o século XIX: a série histórica de importação de africanos de Silva & Eltis e os dados do Censo de 1872.
                                               
PETIZ, Silmei de Sant´Ana. A reconstituição de famílias escravas: parentesco e famílias entre os cativos de Mateus Simões Pires, Rio Grande de São Pedro, 1750-1835. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1219.pdf 
RESUMO. Na presente comunicação pretendo apresentar uma parte da pesquisa que desenvolvo sobre as famílias escravas da capitania - depois província -, do Rio Grande de São Pedro, entre 1750 e 1835, período de pleno funcionamento do tráfico atlântico. Procuro demonstrar que, diferentemente do que foi enfatizado pela historiografia tradicional, o escravo não apenas foi bastante representativo nesta região de economia interna, voltada para agropecuária, como também teve acesso a relações sociais estáveis. Para desenvolver essas idéias fundamento o presente trabalho numa associação entre análise estatística e estudos de casos que visam ampliar a capacidade de deduzir estabilidade nas relações entre cativos, ultrapassando a simples defesa da contínua presença dessas relações parentais, através da análise de gerações de cativeiro, ou seja, do estudo sobre como se comportavam determinadas famílias no interior de propriedades locais. Em especial, pelo acompanhamento em diferentes documentos, (registros paroquiais de batismos, óbitos e casamentos, inventários post-mortem, censos e ações de liberdade), para os mesmos grupos de escravos, como o que será apresentado através do plantel de Mateus Simões Pires que, sem ser tomado como representativo, apresenta-se como um instrumento importante, principalmente para a análise de estratégias de relação interpessoal. Essas famílias, compreendidas como "formas de controle", e "manutenção de paz" para os senhores, representavam para os escravos "estratégias de sobrevivência" e "resistência cotidiana". Fossem elas consagradas pela Igreja Católica ou não, foram, sem dúvida, alicerces para a vida comunitária dos cativos ainda que se tenham constituído e mantido no tempo contando, também, com os reflexos do ciclo familiar dos senhores, como pretendemos demonstrar no decorrer da pesquisa.
                                        
RESTITUTTI, Cristiano Corte. A circulação entre o Rio de Janeiro e o Sul de Minas Gerais, c. 1800-1830. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1659.pdf 
RESUMO. Este artigo expõe os resultados do cruzamento de duas fontes conhecidas: os livros dos registros da capitania de Minas Gerais e os despachos de escravos e passaportes de tropas da Intendência da Polícia da Corte. Descreve-se introdutoriamente a conjuntura comercial do Sul de Minas em princípios do século XIX a partir das fontes dos registros. No corpo do trabalho demonstram-se as possibilidades de análise conjunta das fontes. Sugerem-se novas percepções das fontes a partir do cruzamento. Ampliam-se as críticas às fontes. Apresentam-se possibilidades da análise para a micro-história do tropeirismo e do tráfico de escravos.
                                          
RIOS, Ana Maria Lugão & COSTA, Carlos Eduardo C. Migração de negros no pós-abolição: duas fontes para um problema. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1269.pdf 
RESUMO. A partir da reconstituição de genealogias de famílias de descendentes de escravos do Vale do Paraíba o artigo descreve processos migratórios que iniciam principalmente a partir da geração dos filhos de ex-escravos. Discute-se também estratégias familiares de migração e reassentamento, o destino final e a permanência ou ruptura de vínculos. Um outro aspecto ressaltado neste estudo será a metodologia empregada. Utiliza-se como fontes entrevistas com descendentes de escravos (principalmente netos) e a reconstituição genealógica a partir destes relatos, e o registro civil de nascimento. A combinação dos dois tipos de fontes se mostrou complementar e permitiu reforçar conclusões sugeridas em separado nos dois corpus de dados.
                                     
RODARTE, Mário Marcos Sampaio & SANTOS JÚNIOR, José Maria dos. A estrutura ocupacional revisitada: uma proposta de correção dos dados do Recenseamento Geral do Império de 1872. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1854.pdf 
RESUMO. O Recenseamento Geral do Império de 1872 passou por alguns estudos críticos de muito rigor, que apontaram erros de soma e na impressão da publicação, dentre outros. Até então, as correções propostas tinham sido insuficientes para eliminar as suas inconsistências, que acabam por comprometer as análises, em especial, aquelas voltadas à áreas menores, como paróquias ou termos. O presente trabalho objetiva apresentar, pela primeira vez, o Método do Resultado Predominante (MRP), que foi desenvolvido pelo núcleo de pesquisa do Cedeplar e a distribuição dos dados ocupacionais do Censo de 1872 resultante desse processo de correção. Em síntese, o MRP baseia-se no cotejamento dos dados disponíveis no Censo de 1872 e na eliminação, por automação, das suas inconsistências internas, mantendo a diretiva de minimização de interferência sobre o dado original. Como resultado, surpreendeu o fato de que totalizações paroquiais realizadas a partir dos dados corrigidos pelo MRP passaram a corresponder, exatamente, com os resultados de agregados provinciais divulgados pela Diretoria Geral de Estatística (DGE), órgão de estatística encarregado de fazer o censo. Evidencia-se desse modo, que a aplicação do MRP tornou os dados paroquiais mais confiáveis. À luz dos resultados apresentados, procura-se contribuir com o debate na historiografia sobre a estrutura ocupacional da população na segunda metade do Século XIX.
                                    
SANTOS JÚNIOR, José Maria dos & STENNER, Marcel. A distribuição ocupacional mineira oitocentista: resultados a partir de métodos de análise regional. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1817.pdf 
RESUMO. Este estudo tenciona caracterizar a província de Minas Gerais na década de 1830 através da distribuição das ocupações em diversos níveis, seja por distrito ou por município. Os métodos de análise regional utilizados nesse trabalho dizem respeito ao agrupamento por cluster, seja pela lógica fuzzy ou crisp, além da análise de componentes principais. O trabalho também tenta evidenciar as diferenças entre as diversas técnicas de classificação através dos resultados obtidos. O outro método de estatística multivariado empregado é Análise de Componente Principais, que cria uma visão mais explicativa dos indivíduos relacionado com suas variáveis. A estimativa das ocupações para a década de 1830 foi elaborada tendo como base as Listas Nominativas de 1831/32. Toma-se como hipótese principal a possibilidade de caracterizar as localidades mineiras do século XIX, a partir de divisão regional baseada em critérios de época. A espacialidade, longe de ser a única possível, foi construída por Godoy (1996) com o intuito de diferenciar o território mineiro. Perante o desafio proposto de traçar as características mineiras com os métodos de estatística multivariada, este texto buscou tratar o espaço da população mineira no século XIX mediante as técnicas de análise regional. O resultado da análise deste trabalho é muito próxima da classificação de centralidade descrita na rede de cidades de Rodarte (1999). Observou-se que as ocupações mineiras foram muito relacionados com a localização geográfica, seja perto da Corte, seja em entrepostos comerciais, ou então, abundância de fatores de produção, como minérios e terra para atividades agropecuárias. De certo, este trabalho surgiu como uma contribuição para mostrar o espaço do mercado de trabalho mineiro, e reagrupar localidades que detinham atividades homogêneas.
                                            
SCOTT Dario. A Contribuição da matemática no realce de imagens de documentos históricos. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:

http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1297.pdf 
RESUMO. Os problemas enfrentados pelos historiadores que se utilizam de fontes documentais manuscritas, como os registros paroquiais, colocam questões que nos estimularam a encontrar soluções viáveis para o tratamento de fontes documentais que podem ter sofrido a ação do tempo e/ou as más condições de conservação e armazenamento. Além das vantagens óbvias da melhoria da definição e qualidade das imagens das Fontes Paroquiais, deve ser ressaltada ainda, a possibilidade da preservação de um patrimônio histórico documental, que pode estar correndo risco de se perder. Uma das formas mais eficientes de conseguir alcançar o realce dessas imagens digitais é através da morfologia matemática, ramo do processamento e análise não linear de imagens, que permite processar imagens com o objetivo de realçar, segmentar e detectar bordas, entre várias outras aplicações. O objetivo desta comunicação é mostrar as possibilidades de melhoria na qualidade das imagens digitais manuscritas, o que facilitaria o trabalho do pesquisador na leitura e interpretação dos documentos originais.
                                  
SILVA, Dafne Sponchiado Firmino da. Os eventos vitais em Campinas nas primeiras décadas do século XX. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1048.pdf 
RESUMO. Este trabalho busca verificar as transformações ocorridas nos Anuários Demógrafo-sanitários, no período de 1901 a 1928, principalmente no que diz respeito à agregação dos dados referentes a Campinas, assim como a evolução dos eventos vitais do mesmo município. A análise se dará a partir da elaboração de taxas brutas e curvas de sazonalidade. Também será buscada, na medida do possível, a verificação e possível inserção destes dados em seu contexto histórico original.
                                                    
TEIXEIRA, Paulo Eduardo. O compadrio entre as famílias da elite campineira: 1774-1854. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1369.pdf 
RESUMO. A imigração de casais mais afortunados vinda de outras localidades, no início da fundação de Campinas, bem como de jovens de vilas vizinhas que, nessa mesma condição, passaram a habitar as terras campineiras foi importante para o crescimento econômico e o povoamento da vila, uma vez que passava a atrair outros grupos de pessoas. Podemos dizer, ainda, que a permanência dessas famílias e a formação de outras, principalmente a partir de indivíduos que passaram a nascer na própria vila, foi um sinal de que elas haviam estabelecido fortes vínculos com a terra garantindo o crescimento dessa camada específica da população: a elite. O estabelecimento dessas famílias de elite se deu de forma a apropriarem-se do que melhor havia naquelas paragens. No entanto, à medida que houve uma valorização da terra com a expansão da lavoura canavieira e posteriormente com a lavoura cafeeira, notamos que algumas famílias foram mais beneficiadas pelo fato de serem os proprietários das mesmas, constituindo-se num seleto grupo que passou a integrar a elite campineira da época. A correlação entre proprietários, representantes da câmara, chefes militares e senhores de engenho é quase total, e o compadrio entre as famílias dessas pessoas contribuiu para notarmos uma das formas de associações reinantes entre elas, sem dizer que o casamento entre essa mesma elite foi um traço marcante de endogamia social, prática esta que acentuou a desigualdade econômica e social entre as pessoas. Enfim, esta comunicação visa descrever algumas características da elite campineira e do compadrio entre essa camada da população, a partir dos Registros Paroquiais de batismo e casamento, do Inventário dos Bens Rústicos de 1818, dos Registros Paroquiais de Terras de 1854, e das Listas Nominativas de Campinas existentes para vários anos.
                                         
TISOTT, Ramon Victor. Família e trabalho em lembranças de infância (Caxias do Sul, fim do séc. XIX e início do XX). Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1762.pdf 
RESUMO. Caxias do Sul é parte da Região Colonial Italiana, no Nordeste do Rio Grande do Sul. Essa área foi povoada com europeus a partir de 1875, quando as primeiras famílias de imigrantes foram instaladas em pequenos lotes agrícolas. A sociedade desenvolveu-se sobre essa base, e a família e o trabalho são considerados valores fundamentais da cultura regional. Na presente comunicação, são apresentados os resultados do estudo de experiências de trabalho e relações familiares durante a infância, relatadas em entrevistas que formam bancos de memória sobre a população regional. Desses acervos foram selecionados alguns relatos sobre os quais foi aplicado instrumental teórico-metodológico necessário para o uso dessas fontes orais na construção da narrativa histórica.
                                                         
TRUZZI, Oswaldo Mário Serra & BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. População e economia cafeeira: São Carlos, 1907. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1108.pdf 
RESUMO. No município de São Carlos, localizado na região central do estado de São Paulo, a formação de uma população se iniciou ainda na primeira metade do século XIX, com as primeiras fazendas tocadas a braço escravo. Nos anos oitenta, quando o café já predominava, o município se inseriu na vigorosa economia cafeeira paulista, com a chegada da ferrovia. São Carlos acompanhou assim a transição de uma economia tocada a braço escravo para outra tocada por colonos 'livres', de origem européia, sobretudo italiana. Menos de duas décadas após a abolição do cativeiro, a composição racial da população alterou-se significativamente, em decorrência do grande afluxo de imigrantes europeus e, provavelmente também, ainda que em menor grau, devido à saída de ex-escravos do município. Esse aporte diversificado se reproduziu no levantamento censitário realizado no município em 1907, que abrangeu a compilação dos dados referentes a 38.642 indivíduos que então habitavam o município. Este recenseamento registrou o levantamento das seguintes características de cada indivíduo da população: nome, idade, estado civil, profissão, sexo, cor e nacionalidade. Além dessas, incluiu ainda duas variáveis binárias (sim/não) referentes a ser ou não proprietário e a saber ler ou não. A compilação dos indivíduos e de suas respectivas características encontra-se ainda agrupada segundo a situação domiciliar da população no território. Esse trabalho busca analisar as características gerais da população do município coletadas por este censo. Sua relevância deriva da ausência de levantamentos populacionais no período em questão, dadas as conhecidas deficiências do censo de 1900 e o longo período de 34 anos de intermitência entre os censos de 1886 e 1920, mais confiáveis.
                                                 
VALADAS, Marcelo Silveira. Estudos sobre a população e a família em Porto Alegre no século XVIII: registros paroquiais como fonte de informações históricas. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1311.pdf 
RESUMO. A presente comunicação descreve características referentes aos registros paroquiais existentes no Arquivo Histórico da Cúria Metropolitana de Porto Alegre. O período de análise começa em 1772 e vai até meados do século XIX. Utiliza-se das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia para verificar quais eram as normas indicadas para a elaboração dos assentos de batismos, casamentos e óbitos. Além disso, também irão ser comparadas as informações existentes nestes registros produzidos para Freguesia Madre de Deus de Porto Alegre com as de outras localidades, a partir de trabalhos que analisaram este tipo de fonte histórica. Por fim, são elaborados breves comentários sobre a metodologia utilizada na coleta e armazenamento das informações contempladas neste trabalho.
                                    
VALENCIA VILLA, Carlos Eduardo. Demografía histórica de la familia esclava y el empleo de métodos estocásticos. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1620.pdf 
RESUMEN. La demografía histórica ha asumido durante décadas el problema de la composición familiar en épocas pre-estadísticas. Para tal cosa, se han usado diversidad de técnicas de investigación y se han empleado innumerables fuentes de información, entre ellas la inferencia estocástica, entendida como el cálculo de estructuras de probabilidad para las variables demográficas de las familias. Esta herramienta ha resultado de vital importancia para resolver las limitaciones que tienen las descripciones estadísticas y los modelos deterministas. Sin embargo, su uso aun continúa limitado y son pocas las investigaciones en historia que recurren a ella. En ese sentido, esta ponencia propone el empleo de técnicas estocásticas para avanzar en el conocimiento de la familia esclava más allá de la pura descripción que permiten las fuentes, sobre todo por la vía de la inferencia a partir de la información encontrada en El análisis directo de los documentos. En particular, el texto usa como ejemplo el cálculo de las estructuras de probabilidad para los patrones de endogamia-exogamia entre los esclavos y manumitidos de Río de Janeiro en El siglo XIX, usando 17.650 cartas de libertad para manumitidos y 4.072 registros de esclavos urbanos.
                                          
VALENTIN, Agnaldo & MOTTA, José Flávio & COSTA, Iraci del Nero da. Quando os deveres eram muitos: distribuição e concentração da riqueza a partir de inventários post-mortem na presença de casos de riqueza líquida negativa. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1171.pdf 
RESUMO. Analisamos a distribuição e concentração da riqueza concernente a 678 inventários de duas localidades do Vale do Ribeira paulista (Iguape e Xiririca), abertos entre 1800 e 1880. De início, distinguimos a distribuição da riqueza bruta (soma de todos os bens e haveres pertencentes ao inventariado) e da riqueza líquida (riqueza bruta deduzidas as dívidas passivas). Este segundo padrão realoca a posição de 64% dos patrimônios, destacando-se cerca de 10% cuja riqueza liquida revelou-se negativa. Utilizando como referência a atividade econômica vinculada ao inventariado, avaliamos o impacto do uso das duas medidas na distribuição da riqueza e propomos a utilização de um índice de Gini que possibilita a incorporação destes valores negativos.
                                                     
VIEIRA JÚNIOR Antonio Otaviano. Das minas ao Cariri: trajetória de uma família no Ceará (séc. XVIII). Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_930.pdf 
RESUMO. Buscando aprofundar o debate sobre as dinâmicas populacionais do Sertão da pecuária, nosso trabalho tem como objetivo analisar alguns aspectos da ilegitimidade no Ceará do século XVIII a partir do estudo de caso. A trajetória que servirá como fomento da análise é a trajetória da relação entre um tropeiro vindo das Minas e uma escrava oriunda de Sergipe, e que formam uma unidade familiar nos "Cariris-Novos". A base documental é composta de Registros de Batismos de filhos ilegítimos no Ceará (1750-1822) e os Cadernos do Promotor do Tribunal do Santo Ofício de Lisboa; essas fontes de pesquisa possibilitam explorar a relação entre dinâmica econômica cearense e os marcadores sociais de gênero e de estamento social.
                                            
GARCIA, Ricardo Alexandrino & OLIVEIRA, Aline Silva de & MELO, Ana Carolina Andrino de. A evolução regional da população brasileira entre 1870 e 1940. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docspdf/ABEP2008_1169.pdf 
RESUMO. O Brasil vem recentemente disponibilizando uma série de informações sobre as características da população brasileira durante a primeira metade do séc. XX. A análise dessas informações não permite, no entanto, determinar a evolução da estrutura etária, por sexo e grupos de idade qüinqüenais, do contingente populacional do país e de suas unidades constituintes, ao longo dos anos anteriores a 1940. Esse estudo teve por objetivo inferir a respeito da evolução decenal da população brasileira entre os anos de 1870 e 1940, segundo o sexo e grupos de idade qüinqüenais. Para tanto, modelos empíricos para a desagregação de contingentes populacionais agregados em agrupamentos etários decenais foram elaborados, baseado em mais de 11 mil pirâmides etárias conhecidas. Esses modelos foram inspirados nos métodos de interpolação osculatória, do tipo spague e karup-king. Uma vez estimadas as populações, por sexo e grupos de idade qüinqüenais, das unidades administrativas do país, nos anos em que houve Censos Demográficos (1872, 1890, 1900, 1920 e 1940), pode-se derivar a evolução decenal da estrutura etária dessas localidades ao longo das sete décadas anteriores a 1940. Por fim, analisou-se as transformações do nível e da estrutura etária da população brasileira e de suas unidades administrativas, agregadas nas atuais Regiões Geográficas, entre 1870 e 1940.
                                      
CAMPOS. Kátia Maria Nunes. Antônio Dias de Vila Rica: aspectos demográficos de uma paróquia colonial (1763-1773). Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docspdf/ABEP2008_1596.pdf 
RESUMO. A sociedade colonial brasileira apresenta características fundamentais como altos índices de ilegitimidade, formas específicas de casamento e constituição de famílias e elevada mobilidade populacional, além do papel preponderante exercido pelo regime escravista na formação e evolução das estruturas sócio-demográficas coloniais. Em geral, tais características inviabilizam a aplicação da técnica de reconstituição de famílias de Henry ao contexto brasileiro. Nesse sentido, este trabalho propõe o método de reconstituição de paróquias de Amorim como alternativa metodológica, explorando seu potencial analítico no estudo da Paróquia do Antônio Dias, termo de Vila Rica, no período de 1763 a 1773, baseado em registros paroquiais e fontes suplementares. Embora a paróquia seja de pequenas dimensões, o banco de dados produzido reúne milhares de fichas pertencentes a indivíduos de sucessivas gerações. Os registros se apresentam bastante regulares, sem lacunas perceptíveis, num encadeamento cronológico excelente, seja entre registros, seja entre as folhas ou na sucessão dos livros. O método de reconstituição paroquial permite que as informações sejam organizadas de tal forma que o indivíduo possa ser acompanhado, não apenas na sua trajetória pessoal, mas também inserido na família e no seu grupo social. A amostra base para a análise inicial revela algumas dessas potencialidades. Apesar do reduzido período de análise (1763-1773) e deficiências dos dados, o método se mostrou satisfatório na recuperação de informações de idade e filiação da população de mães das crianças nascidas no período, sendo credenciado para aplicação em outras áreas e períodos.
                                             
BASTOS, Sênia. Coleção Papéis Avulsos: fontes de pesquisa para estudos populacionais. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docspdf/ABEP2008_1095.pdf 
RESUMO. A coleção Papéis Avulsos compreende a documentação recebida e expedida pela Câmara Municipal da Cidade de São Paulo, referente ao período 1714-1909, custodiada pelo Arquivo Histórico Municipal Washington Luiz. Apesar da ordenação cronológica, nenhum outro critério foi adotado para sistematizar os documentos, visando a sua encadernação em 2.058 volumes. Pareceres de engenheiros, médicos e de comissões especiais; relatórios de fiscais; projetos, diretrizes e orçamentos de obras públicas; guias de encaminhamento para sepultar-se na condição de pobre; quadros estatísticos mensais dos sepultamentos realizados no Cemitério Municipal da Consolação (inaugurado em 1858); relação de impostos arrecadados; recenseamentos por quarteirão; sugestões, pareceres, proposições legislativas e decisões dos vereadores; solicitações de alvarás e licenças; correspondências, entre outros itens, foram ali reunidos. As dificuldades de manuseio dos volumes, de natureza e tamanho diferenciados, aliadas a falta de divulgação de seu conteúdo, têm contribuído para o desconhecimento de sua importância enquanto fonte de pesquisa para os estudos populacionais. Visando exemplificar a riqueza dessa documentação, optou-se por abordar as atividades realizadas por portugueses, durante o período 1850 a 1888, e acompanhar as trajetórias em diferentes modalidades de ocupações e endereços. As informações presentes nas fontes analisadas foram reunidas em um banco de dados contendo corpus relativos a cada imigrante, de forma a contemplar: origem, a data de chegada ao Brasil, a data de naturalização, o estado conjugal, a profissão ou atividade exercida e o endereço.
                                              
TROVÃO, Cassiano José Bezerra Marques & ALMEIDA, José Tadeu de. Dilemas da ruptura: notas sobre etnias e transição no mercado de trabalho da região de Campinas ao final do século XIX. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docspdf/ABEP2008_1702.pdf 
RESUMO. No contexto de um debate a respeito das desigualdades étnicas no espaço nacional durante a sua consolidação conquanto 'projeto de nação', o presente artigo propõe realizar algumas discussões no que concerne à reestruturação do mercado de trabalho na região de Campinas (SP) ao final do século XIX. Em um contexto de aquecimento da atividade econômica, aliada à progressiva extinção da mão-de-obra escrava no território nacional, busca-se, através da análise de dados e de uma revisão bibliográfica a respeito do tema, verificar que Campinas reorganizou sua demanda por mão-de-obra a partir da década de 1880, com a introdução maciça do trabalho assalariado de natureza imigrante, e dada a falência do modelo de tráfico interprovincial. Não obstante, a sucessiva ocupação do espaço urbano por negros recém-libertos, alocados em ocupações de caráter rudimentar, aprofundou problemas de abastecimento de gêneros de subsistência - com a ocupação total das áreas rurais pelo café, que liderava o crescimento econômico no 'Oeste Paulista' - que culminaram em crises de saúde pública e epidemias na década de 1890, reordenando os espaços rural e urbano e conduzindo a novas ondas de investimento que consolidarão uma vocação industrial para a cidade no século XX.
                                  
SIQUEIRA, Cláudia Gomes de. Distritos e desmembramentos municipais: Explorando dados do século XIX para o estudo das configurações político-territoriais dos municípios. Comunicação apresentada no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docspdf/ABEP2008_1726.pdf 
RESUMO. Os dados demográficos do século XIX, particularmente os de 1854 a 1890, disponibilizados tanto pelos censos provinciais e nacionais, trazem uma variedade de informações sobre a população dos municípios paulistas, de acordo com os diferentes distritos que os compõem. A análise desses dados, numa perspectiva histórica, fornece elementos ainda pouco explorados para o estudo da configuração territorial dos municípios. A partir de um aporte teórico interdisciplinar entre a Demografia e a Ciência Política, elaborou-se um tipo de análise que considera tanto os dados populacionais referentes aos distritos como os processos de desmembramentos municipais nos processo de configuração político-territorial dos municípios. Diante disso, o objetivo deste trabalho é apresentar a aplicação dessa análise a casos específicos do estado de São Paulo, particularmente o município de Campinas, onde se observa que diferentes populações em diferentes espacialidades no âmbito municipal, a partir de processos, denominados diferenciações político-territoriais, contribuem para diferentes configurações territoriais. Considera-se que uma análise comparativa dessa natureza contribui para a compreensão de diferentes processos atuais de expansão urbana, entre eles a metropolização e a fragmentação do espaço.
                                                         
BOTELHO, Tarcísio R. & PAIVA, Clotilde Andrade. Políticas de população no Período Joanino. Participação em mesa redonda do XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu (MG), 29 de set. a 3 de out. de 2008. Disponível em:
http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1404.pdf 
RESUMO. O propósito do paper é explorar algumas dimensões do que podemos denominar de uma política de população posta em prática durante o período que vai da chegada da Família Real ao Brasil (1808) até a conjuntura que marca a separação política entre Brasil e Portugal (1822). Pretende-se evidenciar um conjunto de aspectos que mostram preocupações sistemáticas dos governantes ao longo desses anos em gerir a população do território brasileiro. Em primeiro lugar, há o empenho em contar o contingente populacional através de levantamentos estatísticos que não são sistemáticos mas que expressam a necessidade de maior rigor na obtenção desse tipo de dado. Em segundo lugar, há a tentativa de se estabelecer uma política imigrantista na nova conjuntura que se abre com o fim do exclusivo colonial; nesse sentido, busca-se a fixação de portugueses e estrangeiros tanto para ocupar espaços considerados vazios como para "civilizar" os habitantes da colônia americana.
                                  

                                                             

IX ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA - ANPUH-RS
Porto Alegre 14 a 18 de julho de 2008

                                                    
                                                          
ALADRÉN, Gabriel. Experiências de liberdade em tempos de guerra: pretos e pardos nas Guerras Cisplatinas (1811-1828). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008. Disponível em:
http://www.eeh2008.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos 
RESUMO. Este trabalho trata das experiências de pretos e pardos durante as Guerras Cisplatinas (1811-1828). São observadas as possibilidades de mobilidade social abertas aos pretos e pardos durante os conflitos, fossem escravos, libertos ou livres. Analisa-se a campanha militar luso-brasileira contra o General Artigas, a partir do estudo de casos de escravos fugidos que se alistaram nas fileiras do exército artiguista. Também é analisado o temor da classe senhorial rio-grandense e das autoridades brasileiras com a possibilidade de revoltas de escravos durante a Guerra da Cisplatina (1825-1828). As fontes utilizadas foram processos criminais, petições de libertos, cartas de liberdade e listas de revistas de tropas.
                                
AMARAL, Daniela Gonçalves. Mães solteiras em Porto Alegre Colonial (1772-1822). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                  
BECKER, Carolina Bitencourt. O uso dos registros de óbitos para estudar a morbidade e a mortalidade dos escravos de Santa Maria da Boca do Monte, de 1844 a 1882. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.

                                       
CARDOZO, José Carlos da Silva. População e Família no Rio Grande de São Pedro. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
Este estudo refere-se à antiga Capitania/Província do Rio Grande de São Pedro, estudando especificamente a antiga região de Porto Alegre. Essa localidade conta com poucos estudos sobre o comportamento demográfico da população e da família, entre os séculos XVIII e XIX. Esta pesquisa busca, através dos métodos e técnicas da Demografia Histórica e da História da Família, trazer uma contribuição para essa temática, explorando fontes seriadas compostas pelos registros paroquiais de batismo, casamento e óbito da antiga Paróquia Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre que estão depositados no Arquivo Histórico da Cúria Metropolitana de Porto Alegre, analisando os anos de 1772 a 1835 (recorte temporal definido no Projeto "População e Família no Brasil Meridional, dos meados do século XVIII às primeiras décadas do século XIX", financiado pelo CNPq). Na presente etapa, as fontes estão sendo fotografadas digitalmente e as informações, depois de mapeadas, organizadas e sistematizadas, estão sendo inseridas em banco de dados e analisadas. A utilização desses dados tem como objetivo geral contribuir para um melhor conhecimento da população e da família no passado Rio-grandense, em especial as que viviam na região de Porto Alegre no período colonial e imperial. Acreditamos que essa experiência, que se estenderá por três anos, é um piloto para futuras pesquisas que se desenvolvam a partir dos métodos e técnicas da Demografia Histórica e da História da Família no Rio Grande do Sul.
                                        
CHRISTILLINO, Cristiano Luis. Estratégias de família na ocupação do planalto sul-rio-grandense no XIX. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008. Disponível em:
http://www.eeh2008.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos 
RESUMO. A ocupação efetiva das regiões do Planalto e das Missões do Rio Grande do Sul ocorreu na década de 1810, em meio à ocupação do Uruguai pela Coroa Portuguesa. Os chefes militares logo se apropriaram destes campos que, a partir de 1833, constituíam o Município de Cruz Alta. Analisamos este processo de ocupação do planalto a partir da trajetória da família Silva Prado. A investigação deste núcleo de tropeiros e militares paulistas permite a análise das estratégias de constituição de um patrimônio e, sobretudo, um capital político familiar, para expandir e assegurar as propriedades frente a uma conjuntura econômica e social marcada pelas incertezas. Por outro lado, o núcleo familiar dos Silva Prado permite a discussão sobre a pecuária na região e também sobre a erva-mate, quando a elite local passa a se apropriar dos ervais públicos.
                          
COMISSOLI, Adriano. Certezas baseadas em rumores: o desafio metodológico da reconstrução de redes sociais por meio de processos de habilitação matrimonial (Rio Grande de São Pedro, séculos XVIII e XIX). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                 
CRUZ, Fabienne. Mulheres Imigrantes: Portuguesas em Porto Alegre. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                              
ELIAS, Roger. Parâmetros Demográficos de Batizandos Escravos (Porto Alegre - 1810 a 1835). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                               
FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Famílias, escravos e pequena produção pecuária no sul do Brasil (Alegrete, 1831-1870). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.

                                              
FOLETTO, Arlene Guimarães. Rumo ao oeste: ocupação da fronteira agrária e estratégia familiar (Província da Rio Grande de São Pedro - meados dos oitocentos). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                             
FREITAS, Denize Terezinha Leal. Quem casa na Freguesia Madre de Deus de Porto Alegre? A formação social através dos Registros Paroquiais de Casamento (1772 - 1807). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                                            
GOMES, Fabricio Romani. As fontes e a história do negro no pós-abolição: compartilhando experiências. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                       
HAMEISTER, Martha Daisson. Três Famílias, Três Arranjos (Continente do Rio Grande de São Pedro, c.1737-1763). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.

                                       
HARFUCH, Lívia. Identidade e etnicidade: Imigração judaico-alemã para Rolândia-PR.
                                       
HEINEN, Joana Potira. Se receberão em matrimonio... indioz da aldeia, pretos de nação, naturais de Maldunado, do bispado de Sam Paulo e da Ilha de Santa Catarina: Casamentos em Santo Amaro do Sul, entre 1775 e 1800. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                      
KÜLZER, Gláucia Giovana Lixinski de Lima. Catarina Mina e Inocêncio: fontes e possibilidades de reconstrução do espaço sócio-agrário do negro em Santa Maria (RS), 1858-1889. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.

                                  
KUNIOCHI, Marcia Naomi. Proprietários e produção na constituição da Vila de Santa Vitória em meados do sec. XIX. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                                 
LIMA, Rafael Peter de. Conivência com o tráfico: as autoridades brasileiras e uruguaias e as escravizações na fronteira. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008. Disponível em:
http://www.eeh2008.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos  
RESUMO. O presente artigo trata da participação de autoridades brasileiras e uruguaias em casos denunciados como de escravização de cidadãos negros livres uruguaios a partir da metade do século XIX. A investigação se propõe a analisar a atitude de alguns destes personagens que ocuparam cargos de destaque na sociedade da época em relação a estas atividades criminosas, especialmente àquelas que se demonstraram fortemente suspeitas ou com evidências de colaboracionismo. A conjuntura da época, inaugurada com a intervenção militar brasileira no Uruguai pondo fim à Guerra Grande (1851), será tomada como referencial analítico, com especial atenção às disputas regionais e à tensão na fronteira provocada pelo contraste entre o sistema escravista brasileiro e as leis abolicionistas legalmente válidas em território oriental.
                                   
MACHADO, Dênis Wagner & SARAIVA, Antonio Roberto Camargo. A Imigração e a reprodução do racismo no Oeste Paulista e no Sul Gaúcho. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                              
MATHEUS, Marcelo Santos & RIBEIRO, Max Roberto Pereira. Registros de batismo e famílias subalternas (Alegrete, 1820-1850). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                   
MENEGAT, Carla. Considerações acerca da análise de rede social de um casal da elite do charque: Vila de São Francisco de Paula de Pelotas, 1824-1835. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
http://www.eeh2008.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos 
RESUMO. Analisando documentos paroquiais, inventários e livros notariais busca-se evidenciar de forma breve algumas das estratégias utilizadas entre uma determinada rede familiar para garantir a ampliação e manutenção de seu espaço social e econômico. Iniciando pela trajetória de dois personagens - um casal, Domingos José de Almeida e Bernardina Rodrigues Barcellos - as indagações conduzem às perspectivas enunciadas através de uma breve quantificação, reconduzida por alguns casos específicos, que revelam matizes no uso estratégico do compadrio, do matrimônio e no trânsito de recursos materiais entre indivíduos ligados por laços de parentesco. A origem geográfica comum, açoriana, surge como parte do conjunto de elementos que determinam as peculiaridades dessa rede familiar localizada na Pelotas do início do Século XIX, e que tem como centro de análise a família Rodrigues Barcellos.
                                        
MOLET, Claudia Daiane Garcia. Da área portuária à Cadeia: os escravos marinheiros na cidade do Rio Grande (1868-1870). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                                 
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Etnicidade e Liberdade: As nações africanas e suas práticas de alforria. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                   
OGNIBENI. Denise. A família charqueadora pelotense no século XIX. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                            
OLIVEIRA, Vinícius Pereira de. Sobre o convés: marinheiros, marítimos e pescadores negros no mundo atlântico do Porto de Rio Grande/RS (século XIX). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008. Disponível em:
http://www.eeh2008.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos  
RESUMO. O artigo busca esboçar um quadro da presença negra (escrava, liberta e livre) nas atividades de navegação do mundo atlântico brasileiro a partir do estudo da cidade portuária de Rio Grande durante o século XIX. Identificados como marinheiros, marítimos, catraieiros e pescadores os negros desempenharam papel fundamental nas lides náuticas, principal forma de transporte a média e longa distância do Brasil imperial. Neste trabalho procuraremos traçar algumas breves considerações sobre esta realidade e seus personagens.
                                           
OSÓRIO, Helen. Vidas em dois momentos: o confronto de inventários com outras fontes para o estudo de patrimônios familiares. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                              
PERUSSATTO, Melina Kleinert. Entre classificados e libertos: emancipações escravas no contexto da Lei do Ventre Livre - Rio Pardo/RS (1871-1888). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008. Disponível em:
http://www.eeh2008.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos  
RESUMO. A partir do estudo da Lei do Ventre Livre, pretendemos explorar fontes referentes ao processo de emancipação de escravos em Rio Pardo/RS (1871-1888): cartas de alforrias e a documentação produzida pela Junta de Emancipação. Analisaremos os títulos de liberdade pagos e/ou condicionados à prestação de serviços, relacionando com as informações acerca do pecúlio e da atividade ocupacional dos escravos classificados pela Junta. Para compor o quadro das ocupações/profissões, utilizaremos também o recenseamento demográfico de 1872. Aliando a análise quantitativa com algumas experiências de libertação e/ou classificação, acreditamos que essa investigação nos permita identificar estratégias, ambigüidades, expectativas e incertezas em um contexto de transformações nas relações de trabalho e no controle social, especialmente da população escrava e egressa do cativeiro.
                                             
PETIZ, Silmei de Sant'Ana. A reconstituição de famílias escravas da fronteira oeste do Rio Grande, 1750-1835. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                                                    
PINTO, Natália Garcia. E o Trabalhador é Cativo: O Escravo Urbano e seus ofícios na Cidade de Rio Grande [1848-1852]. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008. Disponível em:
http://www.eeh2008.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos 
RESUMO. Normalmente, a historiografia rio-grandense discute sobre o mundo do trabalho das charqueadas e estâncias, cuja abordagem gira em torno do emprego da mão de obra escrava. Como seria então, o mundo do trabalho do porto, ou melhor, da cidade de Rio Grande? O espaço urbano da cidade permitia a adoção do trabalho cativo? Diante disso, esta comunicação tem por objetivo buscar se no espaço citadino de Rio Grande, havia o trabalhador escravo, como fora mostrado nas pesquisas desenvolvidas nas outras cidades brasileiras [São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro], em que o mercado de trabalho era negro pelo emprego de cativos nos serviços prestados à comunidade citadina. Assim sendo, essa pesquisa tem o intuito de trazer novas abordagens sobre o mundo do trabalho citadino de Rio Grande, em meados do século XIX.
                                                                            
SANTOS, Sherol dos. Bastardo, Tropeiro e Pardo: a inserção social de forros numa vila colonial (a família de Inácio José de Mendonça - Santo Antônio da Patrulha, séc. XVIII). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                                                       
SCHLATTER, Gisele Oliveira. Nomes, trajetórias e famílias: bancos de dados sobre escravos e libertos na fronteira sul do Brasil (século XIX). Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.

                                                     
SCOTT, Ana Silvia Volpi. Família e relações inter-geracionais: Porto Alegre na segunda metade dos Setecentos. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                     
SIQUEIRA, Ana Paula Pruner de. As relações de compadrio em terras de pecuária na segunda metade do século XIX. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008. Disponível em:
http://www.eeh2008.anpuh-rs.org.br/site/anaiseletronicos 
RESUMO. O presente trabalho versa sobre as relações de compadrio estabelecidas pela população cativa presente nos Campos de Palmas, Paraná, na segunda metade do século XIX. Visando este estudo foram arrolados os dados dos registros de batismo e de casamento a partir de 1843 até 1888. Os livros de óbitos existentes na Diocese de Palmas começam em 1853 e foram pesquisados até 1890. Apesar do curto espaço de tempo, devido ao início da colonização da região datar de 1839, e da inserção de novos escravos de várias regiões, os cativos em Palmas conseguiram estabelecer laços de afeto, de proteção e de compadrio.
                                               
TESSARO, Piero Alessandro Bohn. Arqueologia Histórica: uma possibilidade na análise da Imigração Italiana, RS. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.

                                                                   

TISOTT, Ramon Victor. Aprendizes da Eberle: apontamentos sobre a formação de mão-de-obra e o fazer-se da classe trabalhadora em Caxias do Sul, no início do século XX. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                           
VALADAS, Marcelo Silveira. Reflexão sobre os assentos de batismos, casamentos e óbitos de Porto Alegre, de 1772 até meados do século XIX. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
RESUMO. Esta comunicação faz parte do projeto População e Família no Brasil meridional dos meados do século XVIII às primeiras décadas do século XIX, na UNISINOS, coordenado pela Professora Ana Silvia Volpi Scott. Esta proposta de estudo tem como um dos objetivos fazer o levantamento dos registros paroquiais, referentes às primeiras freguesias do Rio Grande do Sul. Sendo assim, a reflexão que aqui se apresenta se detém na análise das informações existentes nos registros paroquiais produzidos para Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre e verificar se estes seguem as regulamentações das Constituições Primeiras do Arcebispado de Bahia. O Período escolhido para esta reflexão começa em 1772 e vai até meados do século XIX. Com isso, nota-se que assentos de batismos analisados apresentam informações sobre a naturalidade dos avós paternos e maternos das crianças batizadas a partir de 1772 com exceção dos assentos produzidos para população escrava. Além disso, os assentos de óbitos, a partir de 1799, apresentam as informações sobre causa morte dos indivíduos em quase todos os assentos, tanto para livres como para escravos. Todas estas informações específicas nestes registros não são exigidas pelas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia e se continuam surgindo nos registros produzidos ao longo do século XIX. O cruzamento com outras fontes poderá esclarecer o porquê do surgimento destas especificidades. Mas, de modo geral, os registros paroquiais produzidos para a paróquia Nossa Senhora Madre de Porto Alegre seguem regularmente o que está disposto pela Constituição Primeira e fornecem informações de qualidade para os estudos da população e da família desta freguesia.
                                               
ZUBARAN, Maria Angélica. Comemorações da Liberdade: Lugares de Memórias Negras Diaspóricas. Comunicação apresentada no IX Encontro Estadual de História - ANPUH-RS. Porto Alegre, IFCH - UFRGS, 14 a 18 jul. de 2008.
                                 

                                          

                                         

                                                            

                                              

                                 

                                      

 

MACHADO, Cacilda. A trama das vontades: negros, pardos e brancos na produção da hierarquia social do Brasil escravista. Rio de Janeiro, Editora Apicuri, 2008.

      PREFÁCIO, escrito por Stuart B. Schwartz, da Yale University.

      Em 1984, quando fui para Curitiba como professor visitante na Universidade Federal do Paraná, estava preparado para a realidade de um "outro Brasil", sobre o qual tanto ouvira falar. Como um bahianista, minha compreensão do Brasil havia sido moldada por uma história do brasil açucareiro, onde a presença da África e o peso da escravidão eram onipresentes. O Paraná, a quinta comarca, era supostamente um Brasil diferente, um lugar onde a grande imigração do século XIX havia criado uma população peculiar, e onde a estrutura da sociedade fora menos afetada pelos legados da escravidão e da raça. Durante minha estada em Curitiba, trabalhei com ótimos colegas e estudantes de graduação em alguns projetos que me revelaram que, embora muito diferente do Nordeste, ainda assim o Paraná fazia parte da história da escravidão e das distinções raciais que caracterizaram o país como um todo, e então, com a colaboração de estudantes, organizei um projeto de pesquisa, utilizando a excelente documentação disponível no Estado.
     Justamente em função desta experiência eu tanto apreciei e me beneficiei do novo livro de Cuca Machado. Manipulando um largo espectro de fontes, mas fazendo uso especialmente das admiráveis listas nominativas, antigos censos da população do sudeste brasileiro, ela realizou uma extensiva análise demográfica, econômica e social, tendo como foco a comunidade de São José dos Pinhais no início do século XIX. Com essas listas, e com uma exaustiva investigação em outras fontes primárias regionais, Cacilda produziu um primoroso estudo, que revela a natureza da escravidão no Paraná e também o caminho através do qual as posições raciais e sociais foram construídas e modificadas em uma região agrícola particularmente modesta.
     Em um momento historiográfico em que a moda é a história cultural, a autora não se intimidou e fez um livro de história social clássica, meticulosamente construída a partir de fontes quantitativas e com técnicas que nos permitem ver o padrão geral no interior de um mundo rural onde nem escravos nem escravidão predominavam, mas onde a escravidão e as distinções raciais influenciavam todas as relações sociais. Este é um Brasil rural de agregados, um mundo de pardos que, nessa frágil fronteira social, buscam libertar-se do fardo da raça por meio das relações familiares e pessoais.
     O que a autora faz particularmente bem, no sentido de documentar esse processo, é o acompanhamento de casos individuais a partir do cruzamento das listas nominativas com outras fontes, de modo a iluminar com detalhes as histórias ocultas e os motivos e objetivos velados das pessoas, quando casavam, serviam, estabeleciam laços de compadrio, ou negociavam. É esta ligação entre uma sólida análise quantitativa e a habilidade de desvendar histórias pessoais que lança uma nova luz sobre os padrões gerais, o que destaca o livro e faz dele uma muito bem-vinda contribuição para a história da sociedade brasileira.
     Num mundo como São José dos Pinhais, onde senhores eram raros, pequenas as escravarias, e os escravos eram minoria, o poder da escravidão era, como Cacilda Machado nos lembra, ainda assim presente, e "provavelmente dependeu menos do ilimitado poder senhorial sobre os corpos escravos - que teoricamente a instituição pressupõe - e mais da conformação específica da trama social tecida no confronto das vontades pessoais."
                                       
                                      

                                          

 

TRABALHOS PARA OS QUAIS NÃO DISPOMOS DE RESUMOS

                                                                            

                                                              

FREITAS, Maira de Oliveira. Inventários Post-Mortem: Retrato de uma sociedade, estratégia patrimonial, propriedade senhorial, posses de escravos na Comarca do Rio das Velhas (1780/1806). Belo Horizonte, FAFICH da Universidade Federal de Minas Gerais, dissertação de Mestrado, 2006.
                            

LEMOS, Carmen Silvia. A Justiça Local: os juizes ordinários e as devassas da Comarca de Vila Rica (1750-1808). Belo Horizonte, FAFICH da Universidade Federal de Minas Gerais, dissertação de Mestrado, 2003.
                                 

LOTT, Miriam Moura. Casamento e família nas Minas Gerais: Vila Rica (1804-1839). Belo Horizonte, FAFICH da Universidade Federal de Minas Gerais, dissertação de Mestrado, 2004.
                                 

MACHADO, Janaína Marcon. Família e Herança na Zona da Mata Mineira: A formação do povoado de Santa Rita do Turvo: 1813-1850. Belo Horizonte, FAFICH da Universidade Federal de Minas Gerais, dissertação de Mestrado, 2007.

          

                         

  

 

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