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Ano XVII, no. 59, janeiro de 2010

               

 

SUMÁRIO

                           

 

                                

Apresentação

Artigos

Resumos

Resenhas 

Notícia Bibliográfica 

Publicações Recebidas

 Notícias e Informes

Relação de Trabalhos Publicados

             

                                                        

                     

                      

                                   

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Nos dias correntes, o nível de informação propiciado pela Internet supera infinitamente as pretensões de divulgação de nosso Boletim de História Demográfica. Assim, qualquer pesquisador interessado em determinado tema de nossa área receberá um volume de indicações muito superior ao que oferecemos se apelar para os buscadores disponíveis na Web. De outra parte, é preciso reconhecer que os colegas brasileiros, em geral, dão grande importância à atualização de seus curriculos em páginas oficiais visando a garantir a difusão de seus achados, sites estes facilmente encontráveis na Internet. Em face disto, buscaremos emprestar aos próximos números de nosso BHD um novo feitio, pois acreditamos que o formato vigente até agora já viu cumprido seu eventual papel acadêmico. 

                                                               

                                                          

                    

                         

                                    

                                  

                                           

                                  

                                                        

Críticas & Debates

                                   

Gustavo Acioli Lopes. O SACO DE BATATAS COLONIAL: CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DO CONCEITO DE CAMPESINATO NA HISTORIOGRAFIA DO BRASIL COLÔNIA.

APRESENTAÇÃO

Tornou-se comum na historiografia do Brasil colonial denominar de camponesa as unidades domésticas de produção, mesmo com a presença de escravos em seu seio, desde que em pequenos plantéis. Nos trabalhos mais recentes e/ou influentes, o uso do termo campesinato tem sido definido pelo predomínio do trabalho familiar na produção de gêneros agrícolas, muitas vezes comercializados. Pretende-se neste artigo discutir brevemente a conceituação de campesinato, apontando autores e debates significativos sobre o tema, de forma a chamar a atenção para que, como um conceito, implica algumas características que lhes são subjacentes e, portanto, não se reduz a uma única, sendo necessário maior cuidado para avaliar se tal conceito é pertinente para caracterizar um segmento importante da sociedade colonial. Como forma de subsidiar a discussão, acrescento algumas informações oriundas de minhas próprias pesquisas sobre a produção de tabaco na capitania de Pernambuco e anexas no século XVIII. Para ler o texto completo .

 

 

                              

                                            

       

                                           

                                             

                           

                                                

                             

                 

    

                                                            

                                                               

AGUIAR, Vanessa Lima. Batismo de escravos: as relações de fé e obrigatoriedade diante da pia batismal (Caetité, BA, 1840-1850). Comunicação apresentada no IV Encontro de História, Caetité, 11 a 13 de novembro de 2009, Colegiado de História do Departamento de Ciências Humanas - DCH / Campus VI - Caetité, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, NUPE.
RESUMO. A autora analisa a prática do batismo de escravos ocorrida no alto sertão da Bahia no século XIX, mais precisamente durante a década 1840-1850 na Freguesia de Nossa Senhora Santana de Caetité, com o objetivo de desvendar os múltiplos interesses existentes na relação entre a população cativa e a Igreja Católica, bem como os significados que esse batismo assumia para ambas as partes. Outro propósito deste trabalho é uma breve observação do processo conhecido como sincretismo religioso, delineando um esboço sobre sua importância para as religiões afro-brasileiras. A prática do batismo de escravos, por muitas vezes, foi um corredor de mão única onde imperava a obrigatoriedade e a aculturação dos africanos. Dessa forma, é possível perceber que muitos escravos vislumbravam uma condição de vida mais branda para seus filhos e até para si próprios através do batismo, e uma inserção no mundo católico através dessa pequena janela que se abria como alternativa para a tão sonhada liberdade. A todo momento se tentava, por parte dos escravos, um alargamento dos limites da escravidão para sua própria sobrevivência dentro desse sistema cruel. 

                                        

ARAÚJO, Thiago Leitão de. Escravidão, Fronteira e Liberdade: políticas de domínio, trabalho e luta em um contexto produtivo agropecuário (Vila da Cruz alta, Província do Rio Grande de são Pedro, 1834-1884). Programa de pós-graduação em História, UFRGS, Dissertação de Mestrado, 2008.
RESUMO. O problema central desta pesquisa é analisar os mecanismos de dominação senhorial que permitiam a manutenção e reprodução das relações escravistas em um contexto fronteiriço de produção agropecuária. Ao abordar esta questão tornou-se possível compreender simultaneamente as estratégias acionadas por escravos e libertos na luta contra a imposição deste mesmo domínio. A delimitação espacial focaliza o estudo na vila da Cruz Alta, situada no planalto da província do Rio Grande de São Pedro, entre os anos de 1834 e 1884. A primeira baliza temporal refere-se à criação da vila, e, a segunda, ao ano em que foram concedidas alforrias em massa aos escravos da província com prazo estipulado para a prestação de serviços. O período delimitado neste estudo, portanto, avança em marcos cronológicos que levaram a mudanças significativas nas relações de escravidão, como por exemplo, antes e depois de 1850 quando o comércio ilegal de escravos foi definitivamente proibido, ou antes e depois da lei 2.040 de 28 de setembro de 1871, conhecida como lei do ventre livre, que cessava definitivamente a reprodução da escravidão no Brasil. Desta forma, foi possível analisar como uma sociedade agrária que produzia para o mercado interno respondeu às transformações políticas que ocorriam no Império do Brasil. A pesquisa realizada abrangeu vastas séries documentais como os inventários post-mortem, cartas de alforria, testamentos, processos criminais, registros de compra e venda de escravos, as correspondências da Câmara Municipal da vila e os relatórios de Presidentes da Província. O primeiro capítulo busca reconstituir os aspectos demográficos e econômicos abordando a organização das unidades produtivas, o universo dos trabalhadores, a estrutura de posse de escravos e a demografia da população escrava entre 1834 e 1879. No segundo capítulo é analisada a constituição política e administrativa da vila e os embates entre senhores e escravos no cotidiano escravista. O argumento central é que o entrelaçamento de diferentes elementos de controle social era o que permitia uma relativa estabilidade da escravidão na região, mesmo que a mobilidade espacial fosse intensa e muitos escravos tivessem à sua disposição cavalos e a proximidade da fronteira para buscarem a liberdade por meio da fuga. No terceiro e quarto capítulos é analisado o processo de manumissão como um importante elemento de uma política de domínio, mas enfocando ao mesmo tempo a luta dos escravos para conquistarem a liberdade utilizando as próprias armas senhoriais. Procura-se, portanto, enfatizar a ação humana na modificação dos limites impostos pelos condicionamentos estruturais. A perspectiva deste trabalho compreende esta luta como potencialmente transformadora das relações de escravidão, constituindo-se em um importante fator que acelerou e minou as bases do domínio senhorial. Desta forma, busca-se redimensionar o processo de abolição da escravidão questionando a imagem de uma transição do trabalho escravo para um mercado de trabalho livre com livres escolhas e acesso ao trabalho. Ao contrário, é enfatizado como os limites entre o cativeiro e a liberdade era uma questão minada de conflitos. 

                          

BORGES, Luiz Adriano Gonçalves. Particularidades familiares. A trajetória de Manuel Mendes Leitão no Paraná, século XIX. Programa de pós-graduação em História, UFPR, Dissertação de Mestrado, 2009, 175 p.
RESUMO. A trajetória do migrante reinol Manuel Mendes Leitão no Paraná é utilizada neste trabalho como fio condutor para se compreender diversos aspectos dos processos de formação de elites locais no Brasil do século XIX e das formas de organização familiar dessas elites. O problema central da dissertação é o enraizamento de migrante reinol e elite local no aludido século, que, com sua trajetória de ascensão social, é um elemento fundamental para revelar os instrumentos de diferenciação social e a estratificação social do Paraná no momento mencionado. A família se erige como a base de sustentação da sociedade brasileira do Novecentos e é neste sentido que se olha para relações de parentesco e sua utilização na busca pelo poder local e pela ascensão social.

                      

CAVAZZANI, André Luiz M. Um estudo sobre a exposição e os expostos na Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba (Segunda metade do século XVIII). Programa de pós-graduação em História, UFPR, Dissertação de Mestrado, 2005, 161 p.
RESUMO. O autor estuda algumas variáveis concernentes ao fenômeno da exposição de crianças. Tal prática, recorrente até os dias correntes, também se observou em outras épocas e lugares, variando apenas as explicações quanto aos motivos, às circunstâncias, à relação com o conjunto de nascimentos e às sensibilidades sociais diante deste fato. O pano de fundo para este estudo corresponde à Vila de Nossa Senhora da Lux dos Pinhas de Curitiba na segunda metade do século XVIII. Ao que tudo indica, a exemplo de um vasto número de localidades do Brasil colonial, a vila de Curitiba, ainda no Setecentos, não dispunha de uma Santa Casa de Misericórdia que pudesse amparar os enjeitados. Paralelamente, a análise da documentação camarária trouxe indicadores de que, na vila de Curitiba, a Câmara, no correr do século XVIII, também não assumiu para si o encargo de amparar os expostos. Isto não inibiu o abandono que era realizado em locais ermos, monturos e, principalmente, "à porta dos fogos". Nesse quadro, agregando dados provenientes das atas de catolicidade - batismos, óbitos e casamentos -, levantamentos nominativos e documentação coeva, procurou-se identificar os recém nascidos enjeitados na vila de Curitiba na segunda metade do aludido século; qualificar o perfil dos domicílios que os receberam; identificar com base nos registros de casamento e nas listas nominativas a natureza dos arranjos matrimoniais que envolveram indivíduos qualificados como expostos; qualificar o perfil dos domicílios que eram chefiados por exposto; e, finalmente, analisar se a vida social destes indivíduos - como crianças e como adultos - carregava marcas de sua condição ao nascer. Isso tudo para tentar recuperar a trajetória de vida destas pessoas com o propósito de entender como teria se dado a sua inserção naquela sociedade e, para além disto, qual teria sido o papel do exposto na complexidade das relações sociais que vigoravam no Brasil Colônia e, de maneira mais específica, na Curitiba Setecentista.               

 

CERCEAU NETTO, Rangel. A família ao avesso: "O viver de portas a entro" na Comarca do Rio das Velhas no século XVIII. Núcleo de Estudos em História Social da Arte e da Cultura da Universidade Federal de Uberlândia, Fênix - Revista de História e de Estudos Culturais, vol 5, ano V, n. 3, jul./set. de 2008. Disponível em:

http://www.revistafenix.pro.br/PDF16/ARTIGO_12_RANGEL_CERCEAU_NETTO_FENIX_JUL_AGO_SET_2008.pdf   

RESUMO. Este trabalho constitui parte da dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em História da FAFICH/UFMG. Neste artigo procurei analisar as relações de concubinato firmadas como opção familiar dos diversos agentes sociais que habitaram a Comarca do Rio das Velhas, na Capitania de Minas Gerais, no período de 1720 a 1780. Nos documentos sobre as visitas pastorais e devassas eclesiásticas associadas aos testamentos, foram examinados aspectos referentes à mestiçagem biológica e cultural de homens e mulheres que em momentos diferentes da vida recriaram modos de viver e instituíram caminhos e alternativas que lhes possibilitaram condições objetivas de inserção social e familiar numa sociedade escravista.

                                                                           

COLATUSSO, Denise Eurich. Imigrantes alemães na hierarquia de status da sociedade luso-brasileira (Curitiba, 1869 a 1889). Curitiba, Programa de pós-graduação em História, UFPR, Dissertação de Mestrado, 2004, 108 p.
RESUMO. Este estudo teve como objetivo acompanhar o processo de atuação de um grupo de imigrantes alemães na sociedade curitibana no período 1869-1889, levando em consideração as informações que se encontram nas Atas da Câmara Municipal de Curitiba e nos anúncios de comerciantes de jornais da época. Neste período, Curitiba passava pela crise de mão-de-obra e do abastecimento, pelo fato de os escravos terem sido remanejados para a lavoura cafeeira, isso também estava associado ao desenvolvimento de uma racionalidade no que se refere ao trabalho na produção da erva-mate, ao mesmo tempo em que o governo incentivava a entrada do colono estrangeiro. A partir da perspectiva da teoria de Norbert Elias em relação aos estabelecidos e outsiders, a autora acompanhou a atuação de um grupo germânico no final do século XIX, contemplando duas categorias em que este grupo se enquadra: primeiro na questão do trabalho, considerando que ocorreu a integração dos alemães dentro de uma hierarquia de status na sociedade luso-brasileira; e, em segundo, na família e suas associações, âmbito no qual procuraram construir uma identidade étnica fundamentada no Deutschtum (germanidade) com vistas a uma não integração. 

                            

DE LORENZO, Ricardo. "E AQUI ENLOQUECEO" - a alienação mental na Porto Alegre escravista (c.1843-c.1872). Programa de pós-graduação em História, UFRGS, Dissertação de Mestrado, 2007.
RESUMO. O objetivo desta investigação foi analisar o universo daqueles indivíduos internados na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre entre os anos de 1843 e 1872 com o diagnóstico de "alienação mental", ou outro análogo. Para isso, examinei a regulamentação da cidade através das funções normativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal e do Código de Posturas. Fiz uma leitura das discussões dos parlamentares provinciais acerca do trato com os inválidos e os vadios, e procurei traçar o perfil da população da capital rio-grandense, cidade escravista e hierarquizada. A Santa Casa, especialmente a partir da criação do seu Asilo de Alienados, foi apresentada como locus principal de recolhimento desses indivíduos, numa atuação muitas vezes associada ao poder policial. Políticas que envolviam a caridade e o controle dos grupos sociais marginalizados, nos quais cativos, libertos e pobres eram os alvos preferenciais. Nesse sentido, ficou evidente que os confinamentos muitas vezes se apresentavam como repressão ao não-trabalho e aos indivíduos insubmissos. Por outro lado, a definição do que era loucura implicava diferentes níveis de prevalência dos diagnósticos dos médicos. As variações entre as concepções acadêmicas, o entendimento popular sobre as artes de curar e as disputas entre os médicos e as diversas instâncias de poder - como a policial e a judicial - foram aspectos considerados nas observações dos episódios de confinamento. Finalmente, por se tratar de uma sociedade escravista, e ainda que as fontes analisadas não permitissem uma resposta aprofundada, busquei o entendimento possível sobre a circulação das concepções de africanos e seus descendentes a respeito da doença e da cura.

                             

GALVÃO, Rafael Ribas. Relações amorosas e ilegitimidade: formas de concubinato na sociedade curitibana (segunda metade do século XVIII). Programa de pós-graduação em História, UFPR, Dissertação de Mestrado, 2006, 121 p.
RESUMO. Visando a apreender os condicionantes dos relacionamentos sexuais praticados durante a segunda metade do século XVIII, procurou-se investigar as distinções entre casados e concubinos, as formas de relacionamento praticadas à margem do matrimônio, a postura das instituições de controle, especificamente a Igreja e o Estado, na condenação dos concubinos, a visão que a sociedade colonial tinha sobre as uniões consensuais, além das práticas maritais exercidas em contraponto às normas impostas pela legislação civil e eclesiástica então vigentes. Para tanto, foram utilizados documentos produzidos pelo poder régio, como as listas nominativas de habitantes, e manuscritos confeccionados pelo tribunal episcopal, o qual, durante o período colonial, organizou uma elaborada estrutura para receber as denúncias de "desvios contra a moral e os bons costumes". Por meio dos processos-crime que tramitaram no juízo eclesiástico foi possível resgatar a história de diversos relacionados tidos como ilícitos pela Igreja, mas que, como se percebeu, eram, até certo ponto, aceitos socialmente. O cenário selecionado para a investigação foi a vila de Curitiba, com suas especificidades culturais e socioeconômicas que influenciaram de forma significativa os envolvimentos amorosos de seus habitantes. Neste contexto, por meio da análise da duração e da estabilidade dos relacionamentos, foi possível verificar que os amancebamentos eram praticados por indivíduos de praticamente todas as condições sociais, tanto no intuito de dar vazão a suas paixões, como visando à formação de famílias, que poderiam ser tão estáveis quanto as formadas pelo casamento sacramentado pela Igreja.

                    

GANS, Magda Roswita. A presença teuta em Porto Alegre no século XIX (1850-1889). Programa de pós-graduação em História, UFRGS, Dissertação de Mestrado, 1996. Publicado como: Presença Teuta em Porto Alegre no Século XIX (1850-1889). Porto Alegre, UFRGS, 2004. 264 páginas. (Coleção ANPUH-RS).
APRESENTAÇÃO. Durante a segunda metade do século XIX existia, em Porto Alegre, um núcleo de imigrantes alemães numericamente expressivo e socialmente diversificado, que se desenvolveu espontaneamente, sem que fosse parte de um projeto do governo imperial, como era o caso da colônia de São Leopoldo. Através de uma espécie de mapeamento, Presença Teuta em Porto Alegre no século XIX (1850-1889) contextualiza esta população na realidade social mais ampla da cidade, no seu desenvolvimento urbano e no panorama de desmoronamento do escravismo e formação de um mercado de trabalho baseado na mão-de-obra livre. A obra revela que durante o período estudado houve uma dinamização da vida intelectual e associativa da comunidade teuta da capital. Ela investiga a relação entre proposições feitas pela imprensa de língua alemã de Porto Alegre (com destaque para a atuação do jornalista Karl von Koseritz) e representações coletivas (manifestações de rua e alegorias carnavalescas): ambas constituem textos privilegiados para se examinar como intelectuais e coletividade se influenciavam mutuamente na construção original de uma identidade étnica teuto-brasileira. 

                             

KERSTING, Eduardo Henrique de Oliveira. Negros e modernidade urbana em Porto Alegre: a Colônia Africana (1890-1920). Programa de pós-graduação em História, UFRGS, Dissertação de Mestrado, 1998.               
RESUMO. A história da colônia africana, área de população essencialmente negra que existia na periferia de Porto Alegre, surgida no final do século XIX, é analisada neste estudo a partir do enfoque da modernidade urbana, que então se esboçava na cidade, e que construiu uma série de representações coletivas que apontaram para a exclusão social e espacial daqueles moradores negros. Estas representações, vistas como um conjunto de imagens e discursos negativos criados sobre tal lugar, acabaram por criar um consenso no imaginário social sobre aquele território, que, instrumentalizou a estigmatização e a expulsão dos negros daquela área.

                                                                   

MOTTA, José Flávio. Derradeiras transações: o comércio de escravos nos anos de 1880 (Areias, Piracicaba e Casa Branca, província de São Paulo). Almanack Braziliense, revista eletrônica, São Paulo, IEB/USP, n. 10, p. 147-163, nov. 2009. Disponível em http://www.almanack.usp.br/  
RESUMO. Estudamos o tráfico interno de cativos no período 1881-1887, com base em livros de registro das escrituras de transações envolvendo escravos. Selecionamos para exame as localidades paulistas de Areias, Piracicaba e Casa Branca. Todas foram municípios onde se desenvolveu a produção cafeeira e, nos anos de 1880, vivenciavam situações distintas no tocante à continuada expansão da cafeicultura pelo território de S. Paulo. Analisamos o comércio de cativos nessas situações díspares, tendo em vista o impacto, sobre ele, da proximidade crescente da abolição, do imposto proibitivo à entrada de escravos na província (desde janeiro de 1881) e da Lei dos Sexagenários (1885). Todos esses elementos, decerto, exerceram sua influência sobre o tráfico da mercadoria humana, mas não foram suficientes para encerrá-lo, ao menos até os meses finais de 1887. Características econômicas e demográficas das transações, dos contratantes e dos cativos comercializados compõem o conjunto de tópicos por nós tratados. 

               

NASCIMENTO, Mara Regina do. Irmandades leigas em Porto Alegre. Práticas funerárias e experiência urbana - séculos XVIII e XIX. Programa de pós-graduação em História, UFRGS, Tese de Doutorado, 2006.
RESUMO. Esta tese investiga a atuação das irmandades religiosas no meio urbano, a partir da forte imbricação destas com a configuração da cidade e da contribuição que deram para a forma de administração das práticas funerárias em Porto Alegre, ao fim do período colonial até meados dos Oitocentos. Parte da constatação de que a transferência dos cemitérios, ocorrida em 1850, esteve intrinsecamente ligada às emergentes idéias liberais do século XIX, que, tendo como ponto-chave a modernização urbana, foram fundadoras da noção de que a cidade deveria ser, por excelência, lugar de circulação e de movimento. Elementos estes que não são interpretados como indicadores de mudança brusca e radical das formas de enterramento dos rituais católicos, mas indícios da continuidade das irmandades religiosas como administradoras de tais práticas, inseridas em um novo paradigma espacial. 

                                                  

PASCOAL, Isaías. Família escrava: ninho acolhedor? Núcleo de Estudos em História Social da Arte e da Cultura da Universidade Federal de Uberlândia, Fênix - Revista de História e de Estudos Culturais, vol 5, ano V, n. 1, jan./mar. de 2008. Disponível em: http://www.revistafenix.pro.br/PDF14/Artigo_13_Isaias_Pascoal.pdf 
RESUMO. O autor investiga a presença da família escrava no sul de Minas, no século XIX, no interior de uma organização econômica não vinculada ao mercado internacional. Ela foi uma realidade palpável. À luz de pesquisas e resultados já acumulados alhures, pretende entender o seu significado histórico e social, sem ceder a dicotomias simplificadoras, incapazes de perceber a complexidade da vida social. 

                                          

PONTAROLO, Fábio. Degredo interno e incorporação no Brasil meridional: trajetórias de degredados em Guarapuava, século XIX. Programa de pós-graduação em História, UFPR, Dissertação de Mestrado, 2007, 150 p.
RESUMO. Esta pesquisa tem como premissa a reconstituição de trajetórias de vida de degredados remetidos para a povoação de Guarapuava, na capitania e depois província de São Paulo, durante o século XIX. Depois do desembarque da Coroa Portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, o príncipe regente D. João assinou a Carta Régia de 1º de abril de 1809, aprovando o plano de povoar os Campos de Guarapuava. Dentre as ordens recebidas pelo governo da Capitania de São Paulo, da qual então faziam parte os campos de Guarapuava, estava o envio de todos os criminosos e criminosas condenados a degredo da Capitania para a dita região. Após a análise dos aspectos institucionais que permitiram esses envios e a colonização da área, são interpretados os dados sobre as trajetórias dos degredados para lá enviados, os quais permitem questionamentos e problematizações a respeito do processo de incorporação dessas pessoas em meio aos demais colonos e aos indígenas Kaingang do local. A reconstrução dessas trajetórias proporcionou visualizar, sob outro ângulo, os processos incorporativos em uma área de fronteira no Brasil oitocentista, envolvendo degredados, indígenas e colonos residentes em Guarapuava.
                               

PORTELA, Bruna Marina. Caminhos do cativeiro: a configuração de uma comunidade escrava (Castro, São Paulo, 1800-1830). Programa de pós-graduação em História, UFPR, Dissertação de Mestrado, 2007, 109 p.
RESUMO. A autora analisa a constituição e configuração de uma comunidade escrava em Castro, São Paulo de então, durante as três primeiras décadas do século XIX. Seu objetivo foi o de apreender o que significou para tais cativos viver em uma vila voltada quase exclusivamente para a pecuária e o tropeirismo. Para isso, utilizou como principal corpo documental inventários post-mortem de seus senhores bem como as Listas Nominativas de Habitantes e documentos oriundos do poder judiciário. Num primeiro momento, destaca-se a formação coercitiva dessa comunidade cativa, que surgiu em decorrência das vontades dos proprietários escravistas de Castro. Analisam-se também famílias, fazendas, riqueza e alianças matrimoniais levadas a efeito pelos senhores, bens e mecanismos fundamentais que lhes permitiram formar essa comunidade cativa. No entanto, no desenrolar do estudo, demonstra-se que os contornos finais desta comunidade derivou da agência dos próprios escravos. Eles eram na maior parte crioulos, isto é, nascidos no Brasil, pois havia uns poucos africanos. Explorando ao máximo a documentação foi possível seguir a trajetória de alguns escravos e examinar aspectos da constituição de suas famílias e de seus vínculos com a vida agro-pastoril. Suas experiências semelhantes, fosse conduzindo tropas, cuidando do gado ou buscando uma vida melhor fora da vila de Castro, após receberem sua liberdade, fizeram com que configurassem uma comunidade escrava, predominantemente crioula, com ideais, interesses e isões de mundo particulares.

                                          

SANTANA, Napoliana Pereira. Os registros paroquiais e o estudo sobre famílias escravas no sertão do médio São Francisco - Século XIX. Comunicação apresentada no IV Encontro de História, Caetité, 11 a 13 de novembro de 2009, Colegiado de História do Departamento de Ciências Humanas - DCH / Campus VI - Caetité, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, NUPE.
RESUMO. Na comunicação são apresentadas as possibilidades de estudo da família escrava com base em registros paroquiais (batismo, casamento e óbito) da freguesia de Santo Antonio do Urubu de Cima localizada na região sertaneja do médio São Francisco, referente ao século XIX. Como sabido, essa fonte fornece informações valiosas para a compreensão da demografia escrava; permite vislumbrar aspectos do parentesco consangüíneo e ritual adotados pelos escravos, bem como apresenta possibilidades de acompanhamento de suas trajetórias. Ademais, a autora reconstitui as experiências dos escravos no que diz respeito às relações familiares e sociais constituídas no interior das fazendas Curralinho, Rio das Rãns, Batalha, Alegre e no arraial da Parateca pertencentes a essa freguesia.
                         

SILVA, Denize Aparecida da. "Plantadores de Raiz": escravidão e compadrio nas freguesias de Nossa Senhora da Graça de São Francisco do Sul e de São Francisco Xavier de Joinville - 1845/1888. Curitiba, Programa de pós-graduação em História, UFPR, Dissertação de Mestrado, 2004, 121 p.
RESUMO. Nas últimas décadas a historiografia brasileira vem concentrando esforços na direção de entender as sociabilidades dos escravos. Neste sentido, esta pesquisa sobre a escravidão e compadrio de escravos investiga as estratégias de construção das relações sociais entre os cativos das freguesias de Nossa Senhora da Graça e de São Francisco Xavier. Tais freguesias localizavam-se no litoral norte da antiga Província de Santa Catarina, atual estado de mesmo nome, tinham como características marcantes uma economia de abastecimento, escravarias relativamente pequenas e uma população escrava na sua maioria crioula. Os comentos sugerem, em especial sobre a freguesia de Nossa Senhora da Graça, que os senhores estavam intimamente envolvidos no tráfico interno de cativos e que possivelmente cederam escravos para outras regiões. A análise sobre a escravidão está centrada nas relações de compadrio de escravos. O compadrio mostrou muitos aspectos da vida em cativeiro e também apontou para as estratégias desenvolvidas para organizar redes sociais no interior e fora da comunidade escrava. Percebeu-se que o compadrio propiciou aos cativos ampliar e solidificar arranjos e laços familiares, pois gerava um compromisso de solidariedade entre pais, padrinhos e afilhados. Durante muito tempo ventilou-se a idéia segundo a qual os escravos procuravam no compadrio uma forma de garantir "vantagens" e que sendo assim apostavam em compadres com melhor posição social. No que diz respeito ao compadrio de escravos na Freguesia de Nossa Senhora das Graça, notou-se que um número significativo de cativos preferiu firmar laços de compromisso com seus pares. Em alguns momentos observou-se 43,2% das crianças cativas sendo batizadas por pessoas nesta mesma condição social. Nas freguesias estudadas o compadrio muito provavelmente apresentou-se como uma estratégia para os escravos ampliarem e solidificarem suas relações comunitárias.

                           

SILVA, Sebastião Magno Fagundes. Tráfico interprovincial de escravos no Alto Sertão da Bahia: dinâmica de comercialização em Riacho de Santana, Bahia (1864-1888). Comunicação apresentada no IV Encontro de História, Caetité, 11 a 13 de novembro de 2009, Colegiado de História do Departamento de Ciências Humanas - DCH / Campus VI - Caetité, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, NUPE.
RESUMO. O autor apresenta uma compreensão do contexto sócio-histórico desse tipo de comércio de escravos envolvendo a participação de Riacho de Santana nesse processo de compra e venda de cativos na segunda metade do século XIX, bem como busca entender qual contexto levou a mencionada cidade a se inserir na dinâmica de comercialização de cativos, no período analisado, procurando, também, pontuar semelhanças e diferenças do tráfico empreendido por Riacho de Santana e outras regiões circunvizinhas do Alto Sertão da Bahia.

                             

STANCZYK FILHO, Mílton. À luz do cabedal: acumular e transmitir bens nos sertões de Curitiba (1695-1805). Curitiba, Programa de pós-graduação em História, UFPR, Dissertação de Mestrado, 2005, 134 p.
RESUMO. O autor da dissertação analisa os processos de acumulação e transmissão de bens nos sertÕes de Curitiba durante o Setecentos. Para tanto, busca observar no rol de testamentos, inventários post-mortem e auto de contas, tanto os procedimentos legais (emanados das Ordenações Filipinas de 1603) como as modalidades de vínculo social ou parental que o testador/inventariado tinha para com os beneficiados de sua herança. Com base nos levantamentos realizados no Arquivo Público do Paraná, Arquivo Metropolitano Dom Leopoldo Duarte, da Mitra Arquidiocesana de São Paulo e o Arquivo da Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz de Curitiba, o estudo apresenta dados referentes ao patrimônio e à posição social dos 69 testadores e inventariados com a intenção de relacionar atividades, cargos e/ou ofícios com acúmulo de cabedal. Com isso e procurando observar quais alianças - casamentos, relações parentais e sociais - levariam a um bem viver, é possível reconstruir suas trajetórias de vida.

                     

VÁZQUEZ, Georgiane Garabely Heil. Mais cruéis do que as próprias feras: aborto e infanticídio nos Campos Gerais entre o século XIX e o século XX. Curitiba, Programa de pós-graduação em História, UFPR, Dissertação de Mestrado, 2005, 160 p.
RESUMO. A autora analisa as práticas de aborto e de infanticídio que se deram entre o século XIX e o XX na região paranaense conhecida como "Campos Gerais". Para tanto, considerou processos criminais referentes a tais eventos encontrados nas cidades de Castro e Ponta Grossa, assim como os Códigos Penais Brasileiros (1830, 1890 e 1940). Também trabalhou com teses médicas que abordam as práticas femininas mencionadas. Assim, este trabalho trata das vivências femininas nas práticas de aborto e infanticídio, bem como dos discursos e saberes elaborados pela Medicina e pelo Direito sobre estas práticas, sobre as mulheres e a maternidade.

                     

WAGNER, Ana Paula. População no Império Português: recenseamentos na África Oriental Portuguesa na segunda metade do século XVIII. Curitiba, Programa de pós-graduação em História, UFPR, Tese de Doutorado, 2009, 317 p.
RESUMO. Nesta tese, a examina-se um relevante aspecto da política administrativa portuguesa da segunda metade do século XCIII: a presença de disposições que incidiram sobre o desejo de se conhecer a população dos distintos domínios ultramarinos e o interesse da Coroa em produzir um saber instrumental com base nos dados coligidos. Foi precisamente em meados do Setecentos que esta disposição tornou-se mais evidente, consoante idéias de governo postas em relevo na Europa do Antigo Regime. Em Portugal, o conhecimento acerca da população esteve relacionado aos princípios da Aritmética Política, defendidos por Sebastião José de Carvalho e Melo no âmbito do governo português e adotados por outras autoridades metropolitanas. Para a discussão da população no Império Português, privilegiamos a capitania de Moçambique e Rios de Sena, domínio português na África Oriental, para onde, a partir da década de 1770, foram enviadas ordens às autoridades régias ali instaladas (civis e eclesiásticas) para realizarem o recenseamento dos habitantes daquele domínio. Partindo da documentação produzida com base nessas ordens e de outras correlatas dirigidas a outros territórios que integravam o Império Português, a autora pôde identificar a importância atribuída à população e determinar sua relevância nos quadros da política portuguesa esposada na época. 

                                          

WAWZYNIAK, Sindinalva Maria dos Santos. Histórias de Estrangeiro: passos e traços de imigrantes japoneses (1908-1970). Curitiba, Programa de pós-graduação em História, UFPR, Tese de Doutorado, 2004, 200 p.
RESUMO. Este estudo trata da imigração japonesa no Brasil no período 1908-1970; privilegia, no entanto, a etapa posterior às entradas das sucessivas levas imigratórias com o intuito de focalizar os motivos da "remigração" das fazendas e núcleos paulistas para o território paranaense e os recursos culturais acionados por esses imigrantes para a formação de espaços de sua identificação. Sendo assim, o imigrante que merece a atenção desta pesquisa é o que desembarcou em São Paulo como trabalhador contratado ou pequeno proprietário e posteriormente deslocou-se para o Estado do Paraná. em especial, o objetivo do estudo é compreender a especificidade dessa mobilização, a estratégia de inserção na sociedade nacional e a permanência ou não de valores culturais que compõem a representação desses imigrantes japoneses e seus descendentes. Inicialmente a pesquisa percorre os acontecimentos históricos da sociedade japonesa, principalmente a Era Edo (1603-1868) e a restauração do Império Meiji (1868), que antecedem o processo emigratório, à guisa de um pano de fundo que deixa perceber a visão de mundo, a estrutura do poder, a organização social dessa sociedade. Com isso, têm-se os elementos para tratar dos valores e das representações que caracterizam a identidade nipônica. Na sequência, apresenta-se o contexto da imigração no Brasil. Procura-se mostrar o impacto da chegada e o processo de instalação dos japoneses na sociedade brasileira. Acompanha-se o fenômeno da mobilidade geográfica desses imigrantes marcando uma rota que tem início no Estado de São Paulo, nas fazendas de café, alcança o Estado do Paraná principalmente nos núcleos da região norte, até o deslocamento para as cidades. Desde esse ponto, diferentes narradores, autores dos livros de memórias, conduzem a análise. O que se pretende é que as lembranças dos memorialistas ajudem a tecer tanto as trajetórias como as experiências de vida dos imigrantes. A seguir, tem-se a análise das estratégias postas em prática pelos imigrantes japoneses para recriar seu universo cultural na terra de adoção. Os valores família, trabalho, educação e religião são tomados como os mais representativos na constituição do "ser japonês". Por último, trata-se de verificar como os imigrantes, lançando mão de seus valores e suas representações, construíram um espaço singular por eles denominado "Colônia".
                                             
WEBER, Silvio Adriano. Além do cativeiro: a congregação de escravos e senhores na Irmandade do Glorioso São Benedito da Vila de Morretes. Século XIX. Programa de pós-graduação em História, UFPR, Dissertação de Mestrado, 2009, 115 p.
RESUMO. O autor buscou enfatizar o processo de criação e fortalecimento da Irmandade do Glorioso São Benedito da Vila de Morretes, instituição que desenvolveu um interessante espaço de sociabilidade ao longo do século XIX, congregando o mundo livre e cativo. Ao contrário de muitas outras confrarias que em seus estatutos enfatizavam uma série de restrições ligadas à cor, condição social e etnia, esta se caracterizava pela possibilidade de congregação de todo o tipo de gente, desde que católicos apostólicos romanos. Foram seguidas algumas trajetórias de cativos confrades, muitos viveram a experiência de serem "irmãos de espírito de seus senhores. Neste sentido as relações escravistas não deixaram de ser tensas, como era típico daquela sociedade, mas se tornaram próximas, completas e muito mais negociadas. Com certeza esta não é a primeira pesquisa que trata da congregação de senhores e escravos no interior de uma irmandade, mas procurou-se aqui dar maior fôlego a esta discussão, sempre com a expectativa de trazer contribuição ao desenvolvimento de estudos concernentes à escravidão no Paraná.

                                      

                                           

                                      

                                           

TRABALHOS PARA OS QUAIS NÃO DISPOMOS DE RESUMOS

                                                              

                                                                    

BLANCO, Fernando Luís. Fronteras Étnicas en el corazón de América del Sur (1776-1820). Programa de pós-graduação em História, UFRGS, Tese de Doutorado, 2004.
                                       

CHAVES, Otávio Ribeiro. Política de povoamento e a constituição da fronteira Oeste do império português: a capitania de Mato Grosso na segunda metade do século XVIII. Programa de pós-graduação em História, UFPR, Tese de Doutorado, 2008.            

                                          

FERTIG, André Átila. Entre súditos e cidadão - os suplicantes da capitania do Rio Grande de São Pedro no início do século XIX (1800-1815). Programa de pós-graduação em História, UFRGS, Dissertação de Mestrado, 1998.
                           

NEUMANN, Eduardo. Guaranis missioneiros em Buenos Aires - 1640-1750. Programa de pós-graduação em História, UFRGS, Dissertação de Mestrado, 1995.
                          

PETIZ, Silmei de Sant'Anna. Buscando a liberdade: as fugas de escravos da Província de São Pedro para o além-fronteira - 1815-1851. Programa de pós-graduação em História, UFRGS, Dissertação de Mestrado, 2001. 

                                                     

PRADO, Fabrício Pereira. Colônia do Sacramento: comércio e sociedade na fronteira platina (1716-1753). Programa de pós-graduação em História, UFRGS, Dissertação de Mestrado, 2002.

                               

                               

                          

                                           

                                                  

POPULAÇÕES IBÉRICAS E IBERO-AMERICANAS: UMA VISÃO DE CONJUNTO

                        

                            

Iraci del Nero da Costa
                                              

                                 

Obra resenhada: BOLEDA, Mario & AMORIM, María Norberta. 

Las Poblaciones Ibéricas e Iberoamericanas en perspectiva histórica

Buenos Aires, Eudeba, 2009, 272 p., (Temas, Historia)
                                     

                                                                 

A contar do meado do século passado a Demografia Histórica conheceu sua afirmação e consolidação nos mais distintos quadrantes do globo. No caso dos povos ibéricos e ibero-americanos o influxo dos trabalhos gerados na área nascente não se prendeu ao mero alargamento do saber referente ao comportamento demográfico pretérito, pois seus achados rapidamente transbordaram seu leito original e espraiaram-se pelas mais variadas esferas das Ciências Sociais; assim a história social, econômica, das mentalidades, das instituições, da família e das relações interpessoais, bem como a própria antropologia, irrigadas por sucessivos achados, viram-se amplamente enriquecidas. Novas perspectivas e visões críticas com respeito a teses e conclusões, de há muito tidas como bem assentadas e sedimentadas, sofreram revisões decorrentes da sistematização de evidências empíricas coletadas em fontes documentais até então pouco exploradas.

Não obstante tais avanços, faltava-nos uma obra capaz de nos proporcionar o cotejo entre a formação das populações da Península Ibérica e os caminhos percorridos pelo desenvolvimento das populações dos países ibero-americanos. Justamente este propósito justifica e ilumina a edição da obra em apreço. Nela, procura-se não só oferecer um panorama amplo e global do desenvolvimento histórico de distintas populações, mas, sobretudo, propiciar ao leitor o confronto das variáveis e fatores expostos nos resultados de pesquisas efetuadas por demógrafos historiadores cuja atenção recaiu sobre os povos ibéricos e algumas das nações ibero-americanas; além disso, também são incorporados os dados hauridos nas hodiernas estatísticas calculadas por demógrafos sem vínculos imediatos com as ciências históricas.

Ademais, na medida em que são reconhecidas as grandes dissimilitudes existentes entre tais populações, considerou-se como meta privilegiada desta publicação a explicitação e esclarecimento das semelhanças e discrepâncias observadas nos aludidos parâmetros demográficos.

Depois de uma apresentação na qual são contempladas as populações ibéricas e ibero-americanas no quadro geral da população mundial, tanto para o momento presente como com respeito a projeções que se alongam até o meado do século atual, escrutina-se meticulosamente, para o período anterior ao da expansão ultramarina, do ponto de vista histórico e populacional, tanto a área da Península Ibérica como a ocupação do continente americano e, em particular, a das dependências do Novo Mundo que receberão o colonizador europeu originário da Espanha e de Portugal.

Quando se passa ao enfoque dos indicadores demográficos relativos ao mundo colonial privilegiam-se determinadas áreas ibero-americanas e empresta-se ênfase à dinâmica populacional. Embora a análise se veja empobrecida em termos de generalidade, são mantidos o rigor e a percuciência dos capítulos iniciais.

A retomada do mundo ibérico dá-se com vistas à caracterização, a contar dos meados do século XIX, do processo de transição demográfica; quanto aos países ibero-americanos o elemento a receber atenção especial é a emigração, que se teria intensificado a partir dos anos 50 do século passado. Ademais, como sabido, o fenômeno emigratório também ocorre no mundo Ibérico e se dirige, sobretudo, a outros países da própria Europa.

Dois apêndices acompanham a obra em foco. O primeiro é dedicado à reprodução de fontes primárias e de trechos de livros de autores modernos e de cronistas da época colonial, também se tem acesso à demonstração sucinta da Metodologia de Reconstituição de Famílias e da Metodologia de Reconstituição de Paróquias, cuja aplicação pioneira devemos a María Norberta Amorim. Já o segundo, preparado por José Manuel Pérez García, versa sobre o milho, o qual, tomado como um verdadeiro tesouro agrícola nativo da América, ao ser transplantado para a Europa ali se tornou um importante item da alimentação de muitos de seus habitantes dando suporte, inclusive, a significativos acréscimos de seus efetivos populacionais.

Eis, pois, delineado, em suas linhas gerais, o conteúdo desta fecunda conjunção de esforços ensejada por nossos co-autores. Sua apreciação, no entanto, não restaria completa se omitíssemos a sempre desejável e necessária qualificação de sorte a apontarmos, conforme nosso juízo, a existência de limitações a serem superadas em tempos vindouros.

Lacunas? Sim, as há, e várias. Quando se trata de centenas de autores e de milhares de teses, artigos, ensaios, dissertações e demais produções as quais abrangem tantos e tantos territórios da vida social não é possível pensar numa cobertura completa nem em amostra apta a reunir, em poucas páginas, o que de mais relevante se colheu em terreno tão fértil.

Assim, cabe-nos receber o texto ora dado à luz como parte expressiva de uma caminhada de mais largo fôlego, a qual tem como objetivos maiores a atualização das informações e o aprimoramento dos saberes de todos os interessados em nosso passado coletivo e no evolver de nossas populações.

Analogamente, sua leitura e a reflexão sobre seus eventuais desdobramentos impõem-se não só aos especialistas já maduros da história demográfica, mas, também, às novas gerações de pesquisadores que se iniciam num dos mais desafiadores, prolíficos e gratificantes domínios das Ciências Sociais.
                                              
                                              

                                         

                                                             

                                               

                                                         

                                             

KLEIN, Herbert S. & LUNA, Francisco Vidal. Slavery in Brazil. New York, Cambridged University Press, 2009, 364p.

BOOK DESCRIPTION. Brazil was the American society that received the largest contingent of African slaves in the Americas and the longest lasting slave regime in the Western Hemisphere. This is the first complete modern survey of the institution of slavery in Brazil and how it affected the lives of enslaved Africans. It is based on major new research on the institution of slavery and the role of Africans and their descendants in Brazil. Although Brazilians have incorporated many of the North American debates about slavery, they have also developed a new set of questions about slave holding: the nature of marriage, family, religion, and culture among the slaves and free colored; the process of manumission; and the rise of the free colored class during slavery. It is the aim of this book to introduce the reader to this latest research, both to elucidate the Brazilian experience and to provide a basis for comparisons with all other American slave systems.

                      

                            

       

                                          

                                

                                       

                                               

DOMINGUES NETO, Hilário. Navegando o Mogi-guaçu: a agroexportação cafeeira no Oeste Paulista e a formação de um mercado interno regional (1883-1903). São Paulo, Editora UNESP, 2009, 188 p., (Coleção PROPG).
RESUMO. Neste livro o autor faz um estudo que traça um panorama crítico da navegação fluvial mercantil que a Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais instalou e operou no rio Mogi-Guaçu, de 1883 a 1903, período marcado pela expansão da economia cafeeira no Oeste Paulista. Nessa iniciativa, aliou ao emprego das mais modernas técnicas da navegação fluvial da Europa e América do Norte, procedimentos da engenharia nacional, na adequação de uma extensa hidrovia equipada com embarcações a vapor, e integrada a seu sistema de transporte ferroviário. O recorte temporal - 1883-1903 -- seguiu o período de atuação da Companhia Paulista no transporte hidroviário do rio Mogi-Guaçu, da data de aprovação de seus estatutos (RCPVFF, 1883) até o final de sua atividade com a desativação da seção fluvial. 

                       

                                    

         

                            

                              

                                               

                                          

BASSANEZI, Maria Sílvia C. Beozzo & BOTELHO, Tarcísio R. (organizdores). Linhas e Entrelinhas: as diferentes leituras das atas paroquiais dos setecentos e oitocentos. Belo Horizonte, FAPEMIG/Veredas & Cenários, 2009.

                                    

O tema concernente às fontes primárias Paroquiais é tratado sob várias perspectivas por autores com distintas formações e vinculados a Universidades de vários quadrantes do Brasil, são eles: Alessandra Castilho Ferreira da Costa, Antonio Otaviano Vieira Junior, Ataliba T. de Castilho, Cacilda Machado, Célia M. Moraes de Castilho, Dario Scott, Elisabete Doria Bilac, José da Silva Simões, José Flávio Motta, José Pedro Simões, Maria Luiza Andreazza, Maria Silvia C. Beozzo Bassanezi, Maria Stella Ferreira Levy, Marta Azevedo, Nelson H. Nozoe, Paulo de Martino Jannuzzi, Paulo Eduardo Teixeira, Rodney Carlos Bassanezi, Ruy Laurenti, Sergio Odilon Nadalin, Tarcísio Rodrigues Botelho.

                                

                                                        

       

              

                     

                       

                       

CABRAL, José Antônio Teixeira. A estatística da Imperial Província de São Paulo. São Paulo, EDUSP, 2009, 440 p.
APRESENTAÇÃO. Edição fac-similar de documento procedente da coleção particular de José Mindlin, datado de 1827, contém um retrato detalhado da província de São Paulo nos primórdios do Brasil independente. É uma minuciosa descrição geográfica da então província, que englobava o que veio a ser depois o Estado do Paraná, e uma descrição de sua organização política, que incluía a organização eclesiástica. O texto contém noções históricas e descrição da província, com dados sobre sua localização e limites, comarcas e freguesias, clima, hidrografia, relevo, recursos minerais, agricultura, administração, população, artes e ofícios etc. A organização, transcrição e notas paleográficas foram realizadas por Cristina Antunes, e a edição conta com prefácio de José de Souza Martins.

                                     

                            

       

                                           

                                           

                         

                               

LUNA, Francisco Vidal & COSTA, Iraci del Nero da & KLEIN, Herbert S. Escravismo em São Paulo e Minas Gerais. São Paulo, EDUSP/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2009, 624 p.
APRESENTAÇÃO. Os artigos que integram esta coletânea representam a contribuição de dois pioneiros do grupo de pesquisadores da Faculdade de Economia e Administração da USP que se dedicaram ao estudo de nossa história demográfica e econômica. Os artigos foram publicados em diferentes momentos e sua reunião numa única publicação permite aos pesquisadores, estudantes e interessados em geral realizar um balanço da produção desses pesquisadores, e representam uma contribuição significativa para a compreensão das mudanças e avanços ocorridos no estudo da formação econômica, social e demográfica do Brasil. Os artigos contam com a colaboração de Horacio Gutiérrez, Nelson H. Nozoe, Robert W. Slenes, Stuart B. Schwartz e Wilson Cano, e discutem temas como a estrutura e posse dos escravos no século XIX, a coexistência entre indivíduos livres e escravos, questões referentes à família e ao casamento entre os escravos, características da população nos dois estados, entre outros temas relevantes.

                          

                                

       

                        

                                  

                             

                                   

PINSKY, Carla Bassanezi & LUCA, Tania Regina de (orgs.). O Historiador e suas Fontes. São Paulo, Ed. Contexto, 2009, 336 p.
VISÃO DA OBRA. Como o pesquisador, na prática do seu oficio, pode trabalhar com fotografias, obras literárias, cartas, diários, discursos e pronunciamentos, testamentos, inventários, registros paroquiais e civis, processos criminais, materiais produzidos por órgãos de repressão ou mesmo com as inúmeras fontes do patrimônio cultural? Em O historiador e suas fontes, um grupo de historiadores experientes responde a essa questão, expondo um repertório variado de fontes interessantes e suas formas de utilização. A obra mostra também por que certos documentos adquirem maior ou menor relevância ao longo do tempo e em que isso afeta a História e a memória. Fala ainda de como os debates historiográficos, ao sabor das tendências modernas e pós-modernas alteram o uso das fontes históricas e afetam o ofício do historiador.

                                  

                                            

              

                                              

                                                     

                                      

                                          

BOLEDA, Mario & AMORIM, María Norberta, colaboração de José Manuel Pérez García. Las Poblaciones Ibéricas e Iberoamericanas en perspectiva histórica. Buenos Aires, Eudeba, 2009, 272 p. (Temas, Historia). 

APRESENTAÇÃO. Este libro puede considerarse como una obra de síntesis, en la cual se procuran situar, en el tiempo y en el espacio, las bases de comparación para los procesos demográficos que afectaron a las poblaciones ibéricas e iberoamericanas, en una relativa larga duración. La información tenida en cuenta corresponde a las dos metrópolis ibéricas, España y Portugal, que hacia fines del siglo XV se hicieron cargo del planeta dividido en dos mitades. También corresponde a las principales colonias que integraron sus dominios en tierra americana. Dicha información alude a muy distintas características poblacionales y mantiene un alto grado de generalidad, si bien se incluyen elementos específicos y puntuales. En todo ello, se presta especial atención a lo sucedido durante los últimos cinco siglos. Sin embargo, también se abordan los siglos anteriores y los años que restan por venir hasta mediados del siglo XXI. Los autores se han esforzado en elaborar un texto técnicamente adecuado y, al mismo tiempo, suficientemente llano, de modo que un público amplio pueda abrevar en él y encontrar informaciones, análisis e interpretaciones que le resulten de ayuda para el entendimiento de los grandes procesos que han seguido estas poblaciones, muchas veces cargados de penurias y dolor. Profesores y estudiantes de muy variadas especialidades hallarán, aquí, material de gran utilidad para sus tareas cotidianas, así como áreas de discusión que pueden orientar nuevas lecturas. Además, como dice uno de los prologuistas de la obra, los verdaderos protagonistas del libro son los pueblos ibéricos e iberoamericanos de los que, indudablemente, somos parte constitutiva. Este libro abunda en elementos que contribuyen a la definición de esa polifacética y controvertible identidad.

                                                             

                                   

       

                                   

                                   

                                                   

                                      

CARRARA, Angelo Alves. Receitas e despesas da Real Fazenda no Brasil, século XVII. Juiz de Fora, Editora UFJF, 2009, 209 p.

CARRARA, Angelo Alves. Receitas e despesas da Real Fazendo no Brasil, século XVIII: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco. Juiz de Fora, Editora UFJF, 2009, 284 p.  

APRESENTAÇÃO. Nestes dois valiosos volumes votados ao estudo da fiscalidade colonial brasileira,  o autor perseguiu os mesmos objetivos básicos, quais sejam, de um lado, sistematizar as informações disponíveis sobre o sistema tributário e a carga fiscal que recaía sobre os habitantes da colônia e, de outro, levantar a estrutura da despesa e suas transformações ao longo dos séculos XVII e XVIII. Tais objetivos defrontaram-se com uma série de desafios, dos quais o de maior monta consubstanciou-se na fragmentação ou mesmo no desaparecimento dos acervos de natureza fiscal. Estes impedimentos, contudo, não impediram que se buscasse identificar as conjunturas fiscais da Real Fazenda no Brasil. Destarte, deste esforço de pesquisa resultou um conjunto de informações que enriquece nosso conhecimento sobre um tema dos mais desafiadores de nossa história econômica.

                                                

                                             

                                          

                            

       

                          

                                     

                                                                                                       

                                                                  

GUIMARÃES, Elione Silva. Terra de Preto: usos e ocupação da terra por escravos e libertos (Vale do Paraíba Mineiro, 1850-1920). Niterói, Editora da Universidade Federal Fluminense, 2009, 310 p., (Coleção Terra, 2).
APRESENTAÇÃO. Como afirma a autora, nesta obra são discutidas duas questões ainda insuficientemente investigadas, de modo empírico, pelos pesquisadores que se votam ao estudo do império do Brasil e que são vinculadas neste seu estudo. A primeira diz respeito à economia autônoma dos escravos, considerada, neste livro, em sua vertente agrícola. A segunda refere-se ao acesso dos libertos à propriedade da terra. Elione Guimarães parte do levantamento da história dos costumes e da vivência cotidiana a fim de resgatar fragmentos do mundo do trabalho nas áreas rurais do Sudeste do Brasil nas últimas décadas do século XVIII e primeiras do século XIX, realizando um diálogo que contempla a relação entre a legislação em vigor e as práticas sociais vigentes à época. A história de Casimiro Lúcio Ferreira de Carvalho e de seus herdeiros foi o fio condutor para recuperar do passado fatos relevantes para o conhecimento da constituição do direito de propriedade sobre as terras rurais brasileiras, da transmissão de patrimônio, da luta dos pobres do campo pela garantia de acesso, ocupação e usufruto dos bens rurais e pela permanência na terra. Correlatamente, nesta obra procurou-se apontar os processos de gênese de uma agricultura devida aos negros em uma região agroexportadora do Brasil oitocentista, qual seja, o Vale do Paraíba mineiro.

                 

                  

       

                         

                                                    

                                  

                               

FALCI, Miridan Britto (organizadora). Gênero & Escravidão. Rio de Janeiro, Encadernação Fátima Franklin, 2009, 194 p.
                     

Trabalhos deste livro que interessam diretamente à demografia histórica

                                 

FALCI, Miridan Britto. Parentela, riqueza e poder; três gerações de mulheres. FALCI, Miridan Britto (organizadora). Gênero & Escravidão. Rio de Janeiro, Encadernação Fátima Franklin, 2009, p. 15-25.
RESUMO. A autora mostra como as mulheres do Vale do Paraíba sentiram e foram envolvidas pelo poder de suas famílias e utilizaram estratégias, ainda que modestas, para construírem o seu espaço como mulheres. Trabalha com três gerações de mulheres; a primeira do século XVIII, a segunda do XIX e a terceira morrendo no século XX, todas ligadas por laços familiares, mas nascendo, morando e morrendo naquele espaço do vale do Paraíba. 

                                                   

SANTOS, Marcio Achtschin. O vale do Mucuri dentro da ocupação de Minas Gerais e o papel da Companhia do Mucuri. FALCI, Miridan Britto (organizadora). Gênero & Escravidão. Rio de Janeiro, Encadernação Fátima Franklin, 2009, p. 27-51.
RESUMO. No artigo estuda-se a ocupação no vale do Mucuri, região do leste de Minas Gerais. A proposta é analisar o papel da Companhia de Navegação e Comércio do Mucuri, criada em 1847 por Teófilo Benedicto Ottoni, apontando para uma realidade bem particularizada de ocupação. 

                                           

SILVA, Sidney Pereira da. As relações parentais entre escravos: o batismo de escravos em Valença, Província do Rio de Janeiro (1823-1885). FALCI, Miridan Britto (organizadora). Gênero & Escravidão. Rio de Janeiro, Encadernação Fátima Franklin, 2009, p. 53-83.
RESUMO. O estudo das relações socioparentais entre escravos através do compadrio, objeto desse trabalho, corrobora a reavaliação do sistema escravista, apresentando o escravo como agente histórico. 

                                         

CRUZ, Luzia. As Relações sócio-parentais em uma freguesia escravista - o compadrio escravo em São Domingos do Prata (1845 a 1888). FALCI, Miridan Britto (organizadora). Gênero & Escravidão. Rio de Janeiro, Encadernação Fátima Franklin, 2009, p. 105-151.
RESUMO. Artigo que busca reconstituir os laços que foram estabelecidos pelos cativos como forma de adaptação e de sociabilidade, para compreender os tipos de famílias que foram constituídas e a importância que alcançaram para os senhores e para os escravos. 

                                   

ANDRADE, Vitória Fernanda Schettini de. Em nome da fé, da proteção e da submissão: batismo e apadrinhamento de mães escravas em São Paulo do Muriaé (1852-1888). FALCI, Miridan Britto (organizadora). Gênero & Escravidão. Rio de Janeiro, Encadernação Fátima Franklin, 2009, p. 153-175.
RESUMO. Este artigo é uma reflexão sobre as formas de relações socioparentais, via registros de batismos, adotadas por cativos da freguesia de São Paulo do Muriaé, Zona da Mata Mineira, entre os anos de 1852 e 1888. Fazendo uso de uma vasta documentação paroquial, cruzamos os dados com amostras de fontes cartoriais e censitárias, dando ênfase às formas de compadrio adotadas pelos cativos, o que nos permite observar um amplo laço de solidariedade e apoio mútuo.

                                    

                                        

                    

                               

                              

                 

                       

A Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro encontra-se integralmente digitalizada. Para acessá-la dirija-se ao site: http://www.ihgb.org.br/rihgb.php 

                       

                                                                         

       

                                            

                             

                                      

                        

É com satisfação que a diretoria do Arquivo informa que, a partir de agora, imagens digitais de algumas das famosas Listas Nominativas de Habitantes encontram-se disponíveis no site do Arquivo Público do Estado. Trata-se, por ora, de uma pequena parcela do amplo acervo pertencente ao Arquivo, progressivamente, será disponibilizada a coleção completa! As imagens podem ser gravadas e impressas.

                                                             

Visite o site: www.arquivoestado.sp.gov.br

                

                        

       

                                  

                                                                

                                          

 

                                                     

No ROL -- Relação de Trabalhos Publicados na Área de História Demográfica --, além da referência bibliográfica completa de todos os trabalhos divulgados nos distintos números do BHD, são apresentadas, sempre que possível, resenhas ou resumos de tais obras. Trata-se, pois, de um arquivo com um vasto repertório de livros, artigos, teses, dissertações e demais estudos relativos ao nosso campo de especialização.

                      

                                                  

                                                                  

                                                             

                             

 

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