História
Setenta e quatro anos de glórias
O Rubro-Negro foi fundado em 26 de março
de 1924, pela fusão de dois clubes de Curitiba, o América
(Vermelho e branco) e o Internacional (Preto e branco). O Internacional
havia sido fundado em 1912, por Joaquim Américo. Posteriormente,
um grupo se separou do clube alvinegro e fundou o América. Os dois
clubes eram os mais fortes e populares da cidade. Para provar isso, basta
ver o resultado de uma pesquisa realizada na capital curitibana em 1.921,
na qual as pessoas votavam em seus clubes de coração: 1°
América - 14.107 votos, 2° Internacional - 13.503 votos e 3°
Coritiba - com míseros 7.971 votos. Fora serem os dois times preferidos
dos curitibanos, eram também os mais fortes, visto que foram campeões
estaduais em 1915 (Internacional) e 1917 (América). Tendo por fundadores
Arcésio Guimarães, Hugo Franco e Joaquim N. Azevedo, surgia
então uma nova força no futebol do Paraná: O Clube
ATLÉTICO Paranaense, então chamado de Club Athletico Paranaense.
Com o apelo popular do América e com a boa influência social
do Internacional, logo o novo clube ganhava a simpatia dos curitibanos
, tornando-se conhecido como o time do povão.
A primeira partida foi em 6 de abril de
1924, contra o Universal. Vitória da equipe Rubro-Negro por 4 X
2, dando início a gloriosa história do mais popular time
do futebol do Paraná: o ATLÉTICO.
Time que conquistou o primeiro título, em 1925
Já em 25 a conquista do 1º
título estadual, o que fez com que seus adversários vissem
que o novato time da Água Verde havia chegado para ficar. Em 27,
antes do início do campeonato houve uma partida "amistosa" entre
a já tradicional equipe do coritiba foot ball club e o Clube ATLÉTICO
Paranaense. Até então, o rubro-negro ainda não havia
batido o alviverde.
Foi chamada de Taça Fox (loja de
calçados da época que patrocinava o jogo) essa partida de
cunho beneficiente, mas que contribuiu para dar início à
maior rivalidade do futebol do Paraná. Empate em 3 X 3.
Devido à seu sucesso, todo início
de temporada era marcada por uma Taça Fox, um Atletiba. Novo empate
em 1 X 1, e os ânimos começam a se acirrar, pois já
desenhava-se a escrita do ATLÉTICO não vencer o coritiba.
Num 3º jogo um empate em 4 X 4 comemorado com muito entusiasmo na
cidade pelos atleticanos. Os coxas, muito humilhados (afinal, como poderiam
não ganhar daquele novato) organizaram uma revanche em seu campo,
resultado: 2 X 1 ATLÉTICO na raça!
A cidade viu uma festa inédita
até então. Bandeiras, fogos, carreatas por uma simples vitória
(o que se tornaria uma constante com o tempo) fizeram com que o vazio deixado
pelo clássico América e Internacional fosse preenchido com
o ATLÉTICO e o coritiba: o então ATLE-tiba.
O ATLÉTICO ficou com a marca do
time da raça após um Atletiba em 1933, onde o coritiba dominava
o campeonato e disputava o título. O ATLÉTICO já estava
sem chances. Na cidade, a famosa "gripe espanhola" acometeu simplesmente
8 jogadores Rubro-Negros. Na quarta que antecedia o jogo, o ATLÉTICO
pediu junto ao coxa a tranferência do mesmo. A diretoria reuniu-se
e decidiu por não adiá-lo. Os cartolas do ATLÉTICO
já falavam em entregar os pontos para não sofrer uma grande
humilhação.
Liderados por jogadores que já
haviam pendurado as chuteiras por mais de um ano e por juniores de valor,
o ATLÉTICO fez uma partida homérica, vence seu maior rival
e futuro campeão da temporada por 2 X 1.
Diploma de Doutorando em Futebol, entreque aos componentes do Furacão
de 1949.
Em 1949, uma equipe formada na sua maioria
por ex-juniores e jogadores do interior entrou para a história do
futebol e mudou a concepção tática da época:
era o Furacão, que varreu seus adversários sem piedade. Foram
12 jogos, 10 vitórias, 1 empate com 49 gols marcados. Nos Atletibas,
3 X 1 e 5 X 2, fácil. A equipe comandada pelo ilustre e saudoso
Rui Santos, o Motorzinho tinha como linha de ataque "Neno, Viana, Rui e
a dupla Jackson e Cireno".
Em 1967 havia caído para a 2ª
divisão, mas o presidente Jofre Cabral e Silva faz até os
adversários reconhecerem que sem o ATLÉTICO o campeonato
inexistia. Trouxe o capitão Bellini e Djalma Santos, que ao lado
de Sicupira e Nílson Borges perdeu o campeonato na última
rodada para o coxa. Antes, porém a maior derrota: após um
jogo contra o Paraná de Londrina, o presidente Jofre é acometido
de um ataque cardíaco, devido às emoções do
jogo e morre à caminho do hospital. Seu enterro é a maior
prova de amor de toda a desportividade paranaense, nunca se viu nada igual
em toda a cidade. Perdeu-se um campeonato, ganhou-se um mártir.
Nos anos 80, o bicampeonato em 82-83 acabou
com um jejum de 12 anos e foi o caminho para a grande campanha de 83, onde
a classificação para a final ficou por apenas 1 gol com o
então campeão do mundo Flamengo. Porém a 3ª posição
ficou como um marco na história do Furacão.
Um gol, um mísero gol, para uma
equipe que fez 43, onde só a dupla Oséas e Paulo Rink fez
23, tirou novamente o sonho do ATLÉTICO do inédito título
nacional. O resultado de 1 X 0 contra o Atlético mineiro na Baixada
serviu apenas para coroar mais uma bela atuação do ATLÉTICO
em campeonatos nacionais, onde as belas atuações da equipe
e da torcida na Baixada fizeram do Furacão a equipe de mais simpatia
do futebol brasileiro em 96. O futuro promete muito, onde os craques atuais
escrevem a história do time de maior torcida do sul do Brasil e
mais vibrante de todo país.
Hoje, o ATLÉTICO conta com seu
espetacular centro de treinamento no bairro do Umbará, o mais moderno
do Brasil.
Quero
ver o elenco e a diretoria do Furacão
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