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Se há um grupo que represente em toda a sua essência a filosofia progressista, este é o King Crimson ! Liderado pelo guitarrista Robert Fripp, durante seus primeiros cinco anos de existência o grupo ampliou os horizontes progressivos, adicionando elementos de jazz e música clássica combinados com extrema sensibilidade a cultura rock. Esse direcionamento
transformou a banda de cult em popular, massificando a cena progressiva
ampliando limites e levando-os a fazer parte da historia como um dos
grupos mais respeitáveis e de carreira mais prolífica
de toda a historia da cena progressiva mundial. Michael Giles bateria e vocais, Peter Giles (baixo, vocais) e Robert Fripp guitarra começaram a trabalhar juntos em idos de 1967 depois de tocarem em diversas bandas diferentes. |
Nesta
época, Fripp tocava na League of Gentlemen and the Majestic Dance Orchestra
enquanto os irmãos Giles na Trendsetters.
Juntos assinam contrato com a gravadora Deram e gravam seu disco de estréia
chamado The Cheerful Insanity of Giles, Giles & Fripp durante o verão
de 1968.
Neste período uniram-se a banda o guitarrista Ian McDonald, o poeta Peter Sinfield responsável pelas letras e parte cênica do grupo e Julie Dyble que teve breve passagem pela primeira formação do grupo Fairport Convention.
Juntos gravam uma demo com as musicas I Talk to the Wind" e "Under the Sky. Após o término das gravações, Peter Giles sai da banda, sendo substituído por um amigo de infância de Roberto Fripp chamado Greg Lake na baixo e vocal. Batizam o grupo com o nome de King Crimson.
King Crimsom com Greg Lake
Em julho de 1969, o grupo estreia diante de 650,000 pessoas num concerto gratuito no Hyde Park de Londres, onde abriram o show dos Roling Stones.
Meses mais tarde, finalizam seu primeiro disco chamado In The Court of Crimson King, considerado um verdadeiro marco progressivo !
Este disco apesar de complexo, atingiu o 5º lugar da parada inglesa e meses mais tarde o 28º lugar da parada americana. Ironicamente, o sucesso deste LP foi o início dos problemas. McDonald e Giles não estavam contentes com o direcionamento musical da banda, nem com a crescente necessidade de excursionar e as tensões que isso ocasiona.
Em novembro eles decidem sair ! Fripp, pego de surpresa não acreditava e chegou a se oferecer para sair caso eles decidissem ficar ! Esta formação realizou seu último concerto em dezembro de 1969.
Greg Lake também estava a seu modo incomodado com a situação e já vinha mantendo contatos com Keith Emerson na época tocando com a banda The Nice sobre a possibilidade de juntos formarem um novo grupo.
Ele
comunicou sua saída a Robert Fripp que tentou inutilmente de todas as
formas fazê-lo mudar de idéia, conseguindo no entanto que ele ficasse
até o término das gravações do novo disco.
Se é que haveria um novo disco ! Um convite tentador foi oferecido a
Robert Fripp, substituir o guitarrista Peter Banks do Yes que balançou
diante da proposta.
Após a hesitação ele prefere continuar com a banda, lançam um single com a música Cat Food e em seguida gravam o disco In the Walk of Poseidon no início de 1970. Neste LP Fripp toca mellotrom e guitarra, com Greg Lake cantando em todas as faixas.
Um velho amigo de Robert, Gordon Haskell participa nos vocais da canção Cadence and Cascade.
O grupo com nova formação ensaia durante o mês de agosto, é formado agora por Gordon Haskell no baixo e vocal, Mel Collins no sax, Andy McCullough na bateria e como convidados o pianista Keith Tippett, famoso no circuito de Jazz inglês, o vocalista Jon Anderson do Yes e oboista Marc Charig.
Juntos
gravam o disco Lizard no outono de 1970.
Nova formação,
Boz Burrel é o primeiro |
Em dezembro de 1970, Ian Wallace substitui McCullough na bateria e após exaustivas audições nas quais até Bryan Ferry que no futuro faria parte do Roxy Music fez teste, Fripp encontra em Boz Burrell (futuro baixista do Bad Company) o novo vocalista para substituir Gordon Haskell que sai do grupo. Esta
nova formação estreia em abril de 1971 e inicia uma tour
por vários países da Europa. |
A impressão que se tinha no meio musical e entre os fâns era que o King Crimson havia chegado ao fim !
Então, em julho de 1972, Robert Fripp reaparece com o grupo em nova formação, com o ex baterista do Yes Bill Bruford, John Wetton - uma das mais belas vozes do rock - no baixo e vocal, David Cross no violino e Mellotron, e o maluco Jamie Muir na percussão.
Peter Sinfield foi substituído como letrista pelo poeta Richard Palmer-James. Juntos gravam o clássico Larks Tongues In Aspic, estreando ao vivo em Frankfurt na Alemanha no mês de Outubro de 1972.
Após alguns meses Jamie Muir sai da banda alegando estar cansado da fatuidade do meio rock e decide tornar-se monge budista no Tibet !
Jamie Muir
Como um quarteto a banda excursiona pela Inglaterra, Europa e América enquanto o disco alcança o 20º lugar na parada britânica, a melhor colocação até então de um disco do King Crimson !
Em
janeiro de 1974, lançam um novo LP Starless and The Bible Black.
Como de habito, esta formação também não se mantém
por muito tempo, David Cross após a série de shows americana,
sai, reduzindo o King Crimson a um trio, Fripp, Wetton, e Bruford.
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Cansado
o trio com ajuda dos amigos e antigos fundadores da banda Mel Collins
e Ian McDonald gravam um último disco, RED, legado genial para
a posteridade !
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No
dia 25 de setembro de 1974, Robert Fripp anuncia o fim da banda ! John Wetton
entra na banda hard Rock Uriah Heep e anos depois encontra o sucesso comercial
como vocalista do grupo Ásia, por sua vez David Cross parte para carreira
solo lançando o disco The Rime of the Ancient Sampler.
John Wetton
Em junho de 1975, 11 meses depois do último concerto, um álbum ao vivo chamado E.U.A. é lançado, seguido pelo primeiro álbum de solo de Fripp, Exposure.
Para surpresa geral em abril de 1981, Robert Fripp anuncia um novo grupo chamado Discipline com Bill Bruford na bateria, Tony Levin no baixo, e Adrian Belew no vocal e guitarra.
Antes do lançamento de seu primeiro disco em outubro o nome do grupo é mudado para King Crimson !
Este renascimento, significa o início de uma nova, prolífica e duradoura fase do grupo, que até hoje continua lançando discos instigantes e inovadores !
Enfim a estabilidade !
Primeira Formação
Greg
Lake - baixo, vocal
Robert Fripp - guitarra, mellotrom
Michael Giles - bateria, percussão e vocal
Ian McDonald - flauta, teclados, mellotrom e vocal
Peter Sinfield - letras
Segunda Formação
Gordon Haskell - baixo
e vocal
Robin Miller - oboé, corne inglês
Mel Collins - flauta e sasofone
Robert Fripp - guitarra, telcados, mellotrom
Andy McCulloch - bateria
Robin Miller - sopros
Peter Sinfield - letras
Marc Charig - trumpete
Keith Tippett - piano
Nick Evans - trombone
Terceira
Bill Bruford - bateria
John Wetton - baixo e vocal
David Cross - violino, viola, mellotron
Robert Fripp - guitarra, mellotron
Jamie Muir - percussão
Quarta
Adrian Belew - guitarra
Bill Bruford - bateria
Robert Fripp - guitarra
Tony Levin - baixo
ATENÇÃO : Para audição das músicas abaixo, é necessário ter instalado o programa Real Audio 3.0 ou superior ,
caso
você não o tenha em seu equipamento, clique no botão
para efetuar a instalação em seu computador !
FRACTURE |
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IN THE COURT
OF CRIMSON KING |
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LARKS
TONGUES IN ASPIC Extraida do disco Larks Tongues in Aspic |
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PRELUDE:
SONGS OF THE GULLS Extraida do disco Islands |
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STARLESS Extraida do disco Red |
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In the Court of the Crimson
King - 1969 |
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Greatest -
1974
The Essential King Crimson - 1991 Frame by Frame - 1991 The Great Deceiver (ao vivo 1973-1974) - 1992 The Concise King Crimson - 1993 First Three - 1993 The In the Court of the Crimson King/In the... - 1994 Thrak Tour Pack - 1996 Epitaph, Vol. 3-4 (ao vivo) - 1997 |
The Abbreviated King
Crimson - 1991
VROOOM - 1994
Sex Sleep Eat Drink Dream -
1995
Dinosaur - 1995
Walking on Air - 1995
Schizoid Man - 1996