NÚCLEO DE ESTUDOS EM HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

Ano I, Número 3 - Setembro de 1994

SUMÁRIO

Apresentação
Demografia Histórica no Brasil
Noticia Bibliográfica
Publicações Recebidas
Seminário Permanente IPE-USP
Relação de Trabalhos Publicados
Estatísticas Retrospectivas
Aos Colaboradores

Editores deste número: Renato Leite Marcondes e Iraci Costa.

 

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APRESENTAÇÃO

Neste número estampamos um extenso artigo que foi encomendado ao autor pela Coordenação do Grupo de Trabalho "População & História" da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) e que integrará os trabalhos a serem desenvolvidos pelo GT no âmbito do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, a ser realizado em outubro próximo futuro. Neste informe sobre os avanços e desafios da demografia histórica brasileira é proposto o estabelecimento de um dossiê sobre algumas das questões a serem enfrentadas nos próximos anos pelos demógrafos historiadores que se debruçam sobre a formação das populações brasileiras. Tendo em vista a relevância do tema e o caráter aberto que foi emprestado à elaboração de tal dossiê, conclamamos os colegas a que nos enviem artigos críticos que possam contribuir para a consecução de tal cometimento. Recomendando especial atenção para a seção intitulada Estatísticas Retrospectivas, na qual apresentamos estimativas efetuadas por Giorgio Mortara para o período 1770-1919, lembramos que os colegas interessados em receber regularmente este Boletim ou em apresentar matérias para publicação devem seguir as orientações colocadas na seção: Aos Colaboradores.

 

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ARTIGO

DEMOGRAFIA HISTORICA NO BRASIL: CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTABELECIMENTO DE UM DOSSIE SOBRE AVANÇOS E DESAFIOS.

Iraci del Nero da Costa. (FEA-USP).

I. OBSERVAÇÕES PRELIMINARES.
Seja qual for a perspectiva selecionada, o balanço do desenvolvi mento da demografia histórica no Brasil mostrar-se-á, sempre, positivo, estimulante e altamente gratificante.
Do ponto de vista quantitativo, os trabalhos na área contam-se às centenas (Cf. BHD, 1994). De outra parte, se privilegiarmos elementos de ordem qualitativa, contabilizaremos saldo igualmente favorável. Assim, observa-se que um longo rol de fontes primárias e secundárias já foi percorrido; ademais, tais fontes concernem a parte expressiva de nosso vasto espaço geográfico e abrangem apreciável lapso temporal. A critica de tais fontes, embora parcial e timidamente, já começamos a efetuar. Os temas enfrentados, conquanto ainda não se mostrem perfeitamente articulados entre si, cobrem vários campos da demografia formal e espraiam-se pelas mais distintas dimensões da história social, econômica, institucional, das mentalidades etc. Do ponto de vista metodológico foram incorporadas relevantes contribuições; destarte, pode-se afirmar que já contamos com importantes elementos de um instrumental básico adequado às peculiaridades que distinguem nossa evolução histórica e adaptado às características próprias da formação das populações brasileiras (Cf. COSTA, 1991).
Quanto aos resultados alcançados devem ser ressaltados dois âmbitos, ambos igualmente relevantes. O primeiro refere-se, imediatamente, ao conhecimento demográfico propriamente dito; trata-se, aqui, de verificar que demos enormes passos no sentido de lançarmos luz sobre a estrutura e a dinâmica de ponderáveis contingentes populacionais de nosso passado, sobretudo no que tange ao período colonial; como anotado acima, é grande o número de núcleos estudados, é largo o espaço temporal abrangido e igualmente amplo o campo geográfico já coberto por nossas pesquisas. Com respeito a tais avanços o relevante, a nosso juízo, está em reconhecermos, e isto será explicitado no corpo deste informe, as enormes e graves lacunas que ainda persistem; as quais, digamo-lo desde logo, prendem-se a todos aspectos que se possa aventar: espaciais, temporais, movimentos migratórios, fecundidade, mortalidade, natalidade, nupcialidade etc. etc.; enfim, todas as variáveis demográficas com as quais trabalhamos, assim como as que ainda não mereceram nossa atenção, seja por dificuldades impostas pelos próprios dados disponíveis, seja por deficiências decorrentes de nossa formação como demógrafos e/ou historiadores. Deixando a discussão de tais questões para o momento azado, cumpre, ainda no quadro destas observações preliminares, realçar o segundo dos dois âmbitos acima mencionados. Refere-se ele ao valioso contributo que nossos estudos têm propiciado à historiografia brasileira, entendida ela segundo os mais variados campos de conhecimento que a integram. Este aparente transbordamento dos estudos demográficos -- caso os mesmos sejam entendidos em termos restritos -- é tamanhamente importante e precioso que merece, a nosso ver, ser abordado de forma independente e especifica (Cf. MOTTA, 1994); ainda com respeito a este último tópico permito-me observar que sua relevância parece-me tão grande que poderá vir a afetar a própria definição do que se deve entender, ao menos entre nós, como "demografia histórica"; tal definição, a nosso juízo, deve ser formulada de sorte a incorporar os elementos substantivos do aludido "transbordamento" ao âmbito especifico e próprio da demografia histórica (Cf. COSTA, 1989).
Mesmo no respeitante ao levantamento de nossas deficiências e ao estabelecimento de nossas limitações e carências já demos alguns modestos passos (Cf. COSTA, 1990). Avanços menos expressivos podem ser assinalados quanto ao reconhecimento da história da demografia histórica brasileira (Cf. MARCÍLIO, 1990 e COSTA, 1989b) e no referente a formulações teóricas que permitam uma visão global e integrada de nossa formação populacional (Cf. MARCÍLIO, 1980/84; COSTA, 1979 e COSTA, 1993). O mesmo poder-se-ia dizer quanto ao estabelecimento de normas que visem à padronização da coleta de dados e que garantam, presentes as particularidades de cada linha de pesquisa, a apresentação uniforme de um núcleo básico de informações numéricas de sorte a torná-las facilmente confrontáveis.
As colocações acima postas conduzem a algumas inferências imediatas. Em primeiro, pode-se afirmar que a demografia histórica já se fixou definitivamente entre nós e que tal campo de conhecimento marcha rapidamente para sua plena maturidade. Conclui-se, ainda, que, dada a amplitude da área e o expressivo número de pesquisadores a ela vinculados, a continuidade de seu amadurecimento ver-se-á grandemente facilitada se conseguirmos encaminhar um amplo, conseqüente e enriquecedor debate sobre nossos problemas comuns e do qual possa resultar, a par de um elenco de metas a serem perseguidas, o mapeamento dos rumos a seguir. Por fim, devemos conceder que se impõe ao observador do desenvolvimento da demografia histórica brasileira, necessariamente, o reconhecimento da existência, na área, de grandes lacunas e muitas carências; não obstante, para nós, engajados que estamos em tal processo, tais óbices definem-se, tão-somente, como desafios a superar, como tarefas a cumprir. É justamente visando a contribuir para que o façamos de maneira coletiva, sistemática e metódica que se elabora o presente dossiê. Passemos, pois, ã consideração daqueles problemas.
II. ALGUNS DESAFIOS.
A fim de facilitar a exposição e sua subsequente discussão, distribuímos a matéria deste tópico em itens nos quais, sem qualquer precedência em termos de importância, arrolamos, segundo numeração corrida, alguns pontos que nos parecem mais relevantes.
Questões gerais.
1. Seria altamente recomendável o aprimoramento de nossa formação no campo da demografia formal, bem como, correlatamente, o desenvolvimento de pesquisas votadas, precipuamente, ao aprofundamento de nossos conhecimentos sobre as estruturas e a dinâmica de nossas populações pretéritas.
2. Evidentemente, para cumprir tal desiderato impõe-se a necessidade de efetuarmos estudos longitudinais e de trabalharmos com base no cruzamento de informações hauridas em fontes documentais de variada ordem. Sem tais requisitos, nossos futuros trabalhos marcar-se-ão, inquestionavelmente, pela repetição de esquemas teóricos e metodológicos já suficientemente explorados, pela estreiteza temática e pela pobreza no que tange a contribuições substantivas ao avanço dos estudos na área da história demográfica.
3. Igualmente relevante parece ser a ênfase que se deve emprestar aos registros paroquiais de batismos, casamentos e óbitos. Esta fonte basilar não tem recebido a atenção devida e os trabalhos nela lastreados tenderam a rarear, afastando-nos, assim, dos temas centrais dos estudos demográficos entendidos em termos mais estritos.
4. O privilegiamento de estudos que "transbordam" os limites acima apontados, embora se tenha revelado da mais alta importância e nos tenha propiciado novos conhecimentos sobre nossa evolução sócio-econômica, tendem, não obstante, a alargar o distanciamento com respeito à demografia formal. Ademais, e aqui estamos em face de uma deficiência das mais graves, afastamo-nos do estudo e consideração dos "velhos" manuais de demografia histórica e, em algumas oportunidades, evidenciamos indesculpável ignorância com respeito aos estudos pioneiros desenvolvidos entre nós. Estamos, pois, perante uma perda tripla: a da demografia formal, a dos manuais básicos e a dos nossos estudos clássicos. No que concerne a estes dois últimos pontos corremos o risco de nos depararmos com trabalhos que, simplesmente, "redescobrem", em plano metodológico inferior, achados e tratamentos já consagrados.
5. A tal alienação somam-se outras mais, igualmente perversas: qual sejam as representadas por quizílias pessoais e, sobretudo, pelo ensimesmar-se de pesquisadores e de grupos de estudo (já se disse que o solipsismo é uma doença profissional de acadêmicos). Destarte, parece faltar-nos o conhecimento mais largo e atualizado do conjunto de nossa própria produção. Para superar tal isolamento é necessária, a meu ver, a intensificação do intercâmbio entre os vários núcleos e a instituição de um órgão que centralize e divulgue, rápida e amplamente, informações concernentes ao que já produzimos, aos artigos e livros que estão a ser publicados e às pesquisas em fase de elaboração. Esta função poderia caber ao Boletim de História Demográfica (BHD), recentemente lançado, e que, a meu juízo, encontrará sua verdadeira vocação caso se torne um instrumento eminentemente informativo. A este respeito permito-me uma breve digressão. Entendo ser altamente salutar o fato de havermos publicado num amplo espectro de periódicos e editoras. Isto nos permitiu ocupar espaços nos vários campos que nos são lindeiros e possibilitou o acesso dos demais cientistas sociais a nossos estudos e conclusões. Em face disto acredito ser absolutamente desnecessária e perniciosa a existência de um periódico específico para nossa área; esta postura reforça, pois, a idéia de promovermos, de maneira metódica e sistemática, a troca de informações; é desta perspectiva, portanto, que vislumbro o relevante contributo que o BHD possa vir a nos trazer.
6. Outra tarefa que se nos impõe e a de contribuirmos ativamente para a construção de uma sólida história regional, a qual, como sabido, falta-nos e sem a qual os estudos demográficos restam empobrecidos. Assim, centrados nos elementos demográficos, visando a enquadrá-los no contexto histórico e buscando seus condicionantes, cumpre-nos colaborar, como avançado, na elaboração de uma história regional cientificamente embasada. Esta preocupação, além de poder vir a representar expressivo contributo à historiografia, certamente operará no sentido de emprestar maior concretitude a nossos achados, aproximando-nos, portanto, da realidade brasileira e dos elementos sócio-econômicos dos quais a formação demográfica é, a um tempo, causa e efeito.
7. Outra dimensão de grande importância para o entendimento de nossa formação demográfica prende-se às questões vinculadas ã propriedade e, sobretudo, ao uso da terra, tanto no passado como no presente. A gênese e o avolumar-se da assim chamada população redundante ou super-população relativa viram-se condicionados, a meu ver, pelas formas de acesso ao usufruto da terra no Brasil, o qual não apresentou o mesmo grau de excludência observado com respeito à propriedade deste fator produtivo. Poder-se-ia mesmo aventar a hipótese de que a relativa facilidade de acesso ao seu uso define-se como determinante principal da aludida gênese. Entender as relações entre a propriedade e o usufruto da terra parece-me, pois, crucial para explicarmos a formação daqueles excedentes populacionais, os quais, hodiernamente, representam um dos maiores problemas sociais defrontados pela nação, pois, a assim considerada modernização do campo, acompanhada pela rápida ocupação de vastas áreas segundo moldes capitalistas estritos e pelo esgotamento da fronteira agrícola, acarretaram mudanças radicais nas formas de uso da terra, fato este que levou à marginalização, agora em termos absolutos, da referida parcela redundante de nossa população, a qual, em face da crise econômica e da falência do Estado, vê-se completamente desamparada. De outra parte, entendo que o próprio fato de os freios malthusianos não operarem entre nós segundo as formas clássicas assumidas na Europa, prende-se às discrepâncias aqui verificadas entre a propriedade e o uso da terra: a primeira excludente, a outra "permissiva". Sei que não é este o momento de aprofundar esta tese e nem me considero capaz de tal cometimento, não obstante, desejo consignar com ênfase sua grande relevância para o desenvolvimento futuro da demografia histórica brasileira, pois, em termos genéricos, poderíamos dizer que, do ponto de vista econômico -- sobretudo quanto à geração e distribuição da renda, bem como no tocante à formação dos grandes agregados econômicos --, deve-se privilegiar o estudo das formas legais e/ou efetivas de propriedade da terra, enquanto, da perspectiva demográfica, cumpre considerar, precipuamente, o usufruto, integral ou condicionado, de tal fator. Trata-se, portanto, repitamo-lo, de integrar num todo orgânico as questões afetas à propriedade da terra, ao seu uso e à formação de nossas populações, tanto para o passado mais remoto como para períodos mais recentes.
8. Igualmente relevante parece-me ser a retomada do estudo -- agora lastreado em base empírica mais rica e, eventualmente, com visão teórica mais abrangente -- dos regimes demográficos que vigoraram no passado brasileiro (Cf. MARCÍLIO, 1980/84). Penso aqui, especificamente, no esforço de elaboração a ser desenvolvido no sentido de integrarmos num corpo orgânico teoricamente estruturado os avanços empíricos já alcançados quanto à formação de nossas populações. Identificar os aludidos regimes, as especificidades próprias de cada grande segmento populacional (livres, escravos e forros), as peculiaridades regionais e os condicionantes devidos às várias "economias" que se definiram no correr de nossa história é tarefa urgente na busca de generalizações que possam transcender o largo apego ao empírico que, necessariamente, distinguiu grande parte do desenvolvimento da demografia histórica entre nós. Ainda no âmbito desta preocupação com o estabelecimento de visões de mais largo alcance, parece-me muito importante a identificação dos pontos de inflexão que, certamente, marcaram nossa formação populacional.
9. Outro desafio que se nos impõe é o de reavivarmos a discussão em torno da padronização da coleta e apresentação de dados. Esta última, como sabido, além de tornar mais facilmente confrontáveis nossos achados, facilitará grandemente o intercâmbio de idéias, sugestões e criticas. Já o estabelecimento de normas para a coleta de dados não só atuará no sentido de evitar uma dispensável e deplorável duplicação de esforços mas, também, no de fomentar o alargamento quantitativo de nossa produção intelectual, possibilitando, ademais, o aprofundamento qualitativo da mesma. Lembre-se, ainda, que o alargamento para espaços geográficos e/ou econômicos mais amplos deste ou daquele achado ver-se-á muito facilitado caso disponhamos de arquivos de dados padronizados cujo acesso esteja aberto a todos. Ao CEDHAL, em face de seus escopos e presente a experiência de seu corpo de pesquisadores, acredito, caberia o papel de pontear e centralizar nossos esforços neste sentido.
10. A critica das fontes primárias e sua qualificação ainda estão a exigir a atenção devida, pois, infelizmente, é forçoso reconhecer que tal "hábito" ainda não se fixou entre nós. Este injustificável descaso, a meu ver, representa deficiência comparável às carências quanto a nossa formação em demografia formal. No tocante às listas nominativas já foram dados importantes passos iniciais, aos quais, entendo, devem seguir-se dois trabalhos específicos: um voltado ao estudo de sua consistência interna, outro votado à análise da fidedignidade das informações nelas contidas. Enquanto o primeiro poderá prender-se a um conjunto de listas, o segundo, de mais largo fôlego, exigirá o necessário cruzamento de fontes. Não obstante, ambos têm a dimensão de dissertações de mestrado ou teses de doutorado; deles espera-se, ademais, o estabelecimento de um conjunto básico de procedimentos que poderia servir aos pesquisadores interessados em submeter suas fontes a um crivo rigoroso. Quanto aos demais corpus documentais de que temos nos servido, particularmente no concernente aos registros paroquiais, impõe-se a verificação de que pouquíssimo foi feito; esperemos, pois, que o desejável reencontro com tais fontes venha acompanhado do necessário aguçamento critico.
11. Nossa atenção também deve recair sobre as facilidades propiciadas pelos avanços da informática, sobretudo no tocante à coleta e tratamento de dados quantitativos. A FEA-USP já dispõe de um acervo de programas próprios para os estudos demográficos; embora limitado, nele estão integrados, entre outros aplicativos desenvolvidos por departamentos especializados da ONU, os utilíssimos PC-EDIT e X-TABLE: o primeiro destinado à coleta e análise da consistência de informações, o outro desenhado para o estabelecimento de cruzamentos de dados. Segundo promessa dos editores do Boletim de História Demográfica (BHD), este periódico estampará em seus próximos números notícias pormenorizadas sobre estes e outros programas já disponíveis na aludida programoteca, alguns dos quais elaborados por pesquisadores daquele centro. No Paraná, está sendo utilizado e testado o aplicativo denominado SYGAP, próprio para microcomputares e desenvolvido na França com base na já tradicional experiência canadense no campo das máquinas de grande porte. Outra linha de ação na área da informática que merece generalização é a experiência do CEDHAL com o estabelecimento de banco de informações sobre as fontes relativas aos estudos que versam sobre a criança.
12. No plano editorial -- entendido em toda sua dimensão, vale dizer, tanto com respeito aos livros como no que tange às publicações periódicas de variado corte --, creio, nosso desempenho tem-se mostrado plenamente satisfatório. Por vezes, o próprio desconhecimento que revelamos com respeito a esta ou àquela publicação deve-se mais ao avultado número das mesmas do que a uma eventual falta de interesse ou cuidado. Não obstante, permito-me, por dever de oficio, colocar algumas indagações. Vejamo-las. Seria útil podermos contar com bibliografias básicas sobre a demografia histórica e a demografia formal como a que tem sido divulgada sob a denominação de ROL (Relação de Trabalhos Publicados) pelo Boletim de História Demográfica (BHD)? Faltam-nos mais títulos estrangeiros traduzidos para o português? A existência de traduções para nossa língua de manuais e/ou textos de caráter metodológico -- a exemplo das valiosas iniciativas de Maria Luiza MARCÍLIO e de Altiva P. Balhana -- mostra-se suficiente? Não nos cabe estimular a ABEP, que está a publicar manual elaborado por Sérgio O. Nadalin, a que dê continuidade a tal linha editorial? Não seria recomendável podermos dispor, a exemplo do que ocorre com a Revista Estudos Econômicos, de espaço permanente nos periódicos sobre os quais temos alguma ascendência? A proliferação, entre os mesmos, de números temáticos e/ou especiais votados à demografia histórica não estaria na dependência de um maior empenho de nossa parte? É possível -- mediante a reprodução e distribuição em mais larga escala de separatas -- agilizar ainda mais a divulgação de nossos achados? Temos estimulado nossos colegas e alunos a publicarem os resultados de seus estudos em periódicos nacionais e estrangeiros? Não seria aconselhável instarmos nossos centros a que nos forneçam cópias, a serem depositadas nas principais bibliotecas da área, das dissertações, teses e relatórios de pesquisa ainda não publicados? Por último, e marginalmente: temos feito da critica acadêmica um ativo e permanente instrumento de aprimoramento mútuo? ou é ela tomada como mera ofensa pessoal?
13. No fecho deste item votado a questões gerais não poderia faltar uma menção ao expressivo papel que poderá caber à Coordenação do Grupo de Trabalho "População & História" da ABEP na condução do debate em torno de nossos problemas comuns e na implementação de eventuais tarefas que viermos a assumir. A meu ver, tal Coordenação deve colocar-se como verdadeira confederação dos vários grupos de pesquisadores de nossa área, atuando, pois, como fórum permanente, vale dizer, como elemento de convergência de esforços e de coordenação de atividades. Garantiríamos, assim, não só a ligação com a diretoria da ABEP e o espaço que nos é dedicado em nossos Encontros Nacionais, mas, também, um elo entre todos os pesquisadores da área. De sua ação, assim potencializada, poderiam resultar atividades coordenadas capazes de cobrir o largo campo de tarefas que se abre à nossa frente.
Lacunas a enfrentar.
Por entender que a expressão "lacunas" aplica-se mais propriamente às questões afetas ao espaço temporal e/ou físico -- com respeito às questões temáticas o termo correto seria "carências" --, prender-me-ei, neste tópico, aos lapsos temporais e às áreas geográficas (compreendidas aqui as correlatas "economias" nelas observadas) para os quais existe relativa rarefação de estudos demográficos.
14. Quanto à dimensão temporal não parece exagerado afirmar que se definem duas grandes lacunas: a primeira estende-se da ocupação do território brasileiro pelo elemento lusitano ao meado do século XVIII e a segunda abre-se por volta de 1850 e se alarga até a terceira década do século corrente. Sempre lembrando que estou a falar genericamente, nossos trabalhos concentram-se, pois, grosso modo, na centúria delimitada pelos marcos 1750 e 1850. A meu juízo, estudos sobre aqueles dois períodos são igualmente desejáveis. No primeiro colocam-se as bases do que poderíamos chamar de era colonial de nossa formação populacional, a qual definir-se-á plenamente no lapso 1720-1850 e que se verá esgotada, no início do segundo marco apontado, com o fechamento do tráfico negreiro, introdução em mais larga escala dos imigrantes e alargamento das relações mais especificamente capitalistas, tanto no âmbito das relações sócio-econômicas como no da ação do Estado, eventos estes que se viram acompanhados dos processos concernentes à urbanização e que marcam os pródromos dos elementos de caráter social, econômico, cultural e demográfico que informaram, já no século XX, a transição demográfica como está a se dar entre nós. No aludido marco (1850), enraíza-se, pois, o que se poderia entender como a era especificamente capitalista de nossa formação econômica; significa ele, portanto, um dos mais expressivos dos referidos pontos de inflexão de nossa história demográfica. O conhecimento pleno destes dois períodos impõe-se, portanto, como necessário às formulações teóricas que pretendemos ver estabelecidas quanto à nossa formação populacional.
15. No que tange ao espaço geográfico, muitas lacunas poderiam ser lembradas; prender-me-ei aqui, tão-somente, às que considero devam ser enfrentadas com maior urgência, pois definem-se como cruciais para o alargamento de nossos conhecimentos históricos e demográficos. Destarte, seria de grande proveito estimularmos pesquisas sobre o nordeste açucareiro para os séculos XVII e XVIII, para a região fluminense no período do açúcar e no do café e para a área paulista em que predominou, já avançado o século passado, a grande plantation cafeeira. Estas, a meu ver, as áreas para as quais a falta de estudos representa lacuna mais sensível. Evidentemente, não podem ser esquecidas a região centro-oeste, a área interiorana de São Paulo, a região mineira na qual predominou a agricultura de subsistência, o sul do Brasil e a área sertaneja do nordeste. Não obstante, como avançado, o estabelecimento dos processos demo-econômicos verificados naquelas três primeiras áreas representará, de imediato, imenso avanço no conhecimento de nosso passado populacional, possibilitando-nos, ademais, a qualificação e a demarcação precisa dos limites dos achados já incorporados à historiografia pelos demógrafos historiadores que nos debruçamos sobre a formação das populações brasileiras.
 

16. Além de chamarmos a atenção para tais lacunas, cumpre-nos, ainda, a tarefa de operarmos imediatamente no sentido da localização e divulgação das fontes primárias que possam servir aos estudos aqui aventados. No que concerne ao nordeste, a meu ver, a concretização de atividades com este fito poderá ser proveitosamente encetada pelo CEDEPLAR juntamente com a Fundação Joaquim Nabuco e com o imprescindível apoio institucional e logístico da ABEP. Penso, ademais, que tal ação deverá partir, fundamentalmente, da mobilização e motivação de pesquisadores da própria área em apreço.

Alguns temas específicos.

Além dos temas a serem inferidos das colocações acima postas, existem outros mais, de caráter especifico, com respeito aos quais gostaria de tecer algumas breves considerações.

17. Alguns deles prendem-se a extensões possíveis de terreno já reconhecido pela demografia histórica; a tal respeito lembro, por exemplo, a necessidade de estudarmos, de uma perspectiva diferencial, a demografia dos pequenos, médios e grandes plantéis de escravos, pois, como sabido, as variáveis demográficas apresentaram comportamento distinto em função do tamanho dos grupos de escravos pertencentes a um mesmo proprietário. Nesta mesma linha coloca-se a questão da família escrava e de seu impacto sobre as variáveis demográficas. Problema correlato está na eventual mudança de estratégia de composição de plantéis por parte dos escravistas em face do término do tráfico. Preso a este último evento, aliás previsto pelos coevos, coloca-se a questão da larga entrada de escravos africanos no correr do período 1820-1850 e do conseqüente impacto sobre as variáveis demográficas. Sempre no âmbito da massa escrava, cumpre notar que ainda sabemos pouco sobre as relações entre a plantation de café e a do açúcar e o comportamento das variáveis demográficas afetas ao aludido segmento populacional.

18. Igualmente instigante mostra-se a ação dissolvente exercida pelo desenvolvimento do capitalismo, e o correlato processo de urbanização, sobre velhas formas de sociabilidade e de atuação comunitária. Assim, ao que parece, o papel desempenhado pelas mulheres no plano econômico viu-se restringido a partir do meado do século passado e só passou a ganhar maior expressão a contar dos anos cinqüenta de nosso século. Teria ocorrido o mesmo com respeito ao confinamento das mulheres no âmbito da "família burguesa" que só passaria a definir-se claramente no Brasil a partir daquele marco cronológico inferior? Em plano similar colocam-se instituições como a dos "agregados", a dos "enjeitados" e as Santas Casas de Misericórdia, formas de sociabilidade e/ou de ação comunitária próprias da sociedade civil que foram deslocadas total ou parcialmente pelo aludido desenvolvimento de corte capitalista mas que não se viram inteiramente assimiladas pelo Estado. Corretas estas assertivas, restaria perguntar até que ponto o alargamento do pauperismo poderia estar vinculado à superação de instituições fixadas em nosso período colonial e posteriormente relegadas ao abandono.

19. De sua parte, a grande mobilidade espacial das nossas populações pretéritas representa um desafio ainda não enfrentado a contento pela demografia histórica brasileira. Recorrentemente, somos instados por nossos colegas demógrafos a que deslindemos os aludidos movimentos migratórios, sobretudo aqueles mais miúdos, tão claramente patenteados nas listas nominativas. Esta extremada perambulação, que parece mais intensa para os estratos menos aquinhoados daquelas populações, vinculava-se, certamente, à concentração da riqueza e da renda, às eventuais oportunidades econômicas que se abriam nesta ou naquela área, bem como às formas de acesso à terra. Recompor o quadro demográfico e econômico em que se movimentavam aquelas pessoas e rastreá-las na massa documental disponível define-se, sem dúvida, como tarefa ingente, mas que, com certeza, aproximar-nos-á, ainda mais, da expressiva parcela de nossa população que não se vinculava imediatamente às grandes economias de exportação que marcaram nosso passado.

20. Tema igualmente apaixonante nos foi deixado por Peter Eisenberg, que pretendia estudar os proprietários de apenas um escravo, este verdadeiro marginal da elite escravista. Eram muitos, sabemo-lo. O que faziam, como viviam, qual seu comportamento demográfico, quais vicissitudes os jogavam na massa obscura dos despossuídos, quais vivências poderiam levá-los à acumulação e ao eventual enriquecimento? Isto tudo está por ser desvendado.

21. Referentemente ao estudo do período que se abre por volta do meado do século passado, embora já possamos oferecer, como atestam as comunicações apresentadas neste nosso IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, alguns resultados promissores, é preciso reconhecer que ainda há muitíssimo por fazer. O aprofundamento das relações capitalistas, a chegada de numerosos contingentes de imigrantes oriundos de várias nações européias e o conseqüente processo de urbanização marcam um decisivo ponto de inflexão em nossa formação demográfica e econômica. A tarefa de identificação das mudanças observadas nas variáveis demográficas e de enquadrálas em um todo harmônico representa o maior desafio a ser enfrentado pelos demógrafos historiadores nos próximos lustros. Vários temas já despontam como capitais, a eles somo uns poucos, com respeito aos quais nutro uma grande curiosidade. Em que medida a própria configuração do espaço urbano viu-se condicionada pelas formas de acesso à propriedade e ao uso da terra agricultável? Em que medida as formas como se deram a abolição e a entrada em larga escala de imigrantes europeus condicionaram a marginalização das populações preexistentes? Quais os efeitos sobre a morbidade e a mortalidade em face do adensamento populacional nas cidades e da rápida introdução de novos contingentes de imigrantes? A qualidade de vida e a saúde pública foram afetadas negativamente pelas transformações demográficas decorrentes do processo de urbanização? Do ponto de vista econômico e das variáveis demográficas, como se tem processado a assimilação, nos quadros de relações capitalistas de feitio moderno, dos efetivos populacionais constituídos sob o império da exploração calcada no capital escravista-mercantil? Caso tal assimilação não possa ser completada exclusivamente com base no automatismo que seria próprio das, assim ditas, leis de mercado, que dimensões deveria assumir entre nós o conceito "política populacional"? Enfim, dispomos de um aparelhamento intelectual adequado à realidade com a qual nos defrontamos?

Pela formação de novos pesquisadores.

22. As várias crises que se abatem sobre o Brasil também têm exercido influências sobre nossas atividades e o ritmo de seu desenvolvimento. Além da perda de vibração, das dificuldades impostas aos periódicos e às associações e instituições sob as quais nos albergamos e do decréscimo no número de estudantes interessados em desenvolver trabalhos no campo da história demográfica, observa-se, por parte dos que se habilitam a cursar a pós-graduação, excessiva preocupação em saltar etapas no processo da formação acadêmica, dirigindo-se, muitos deles, diretamente ao doutorado. Ademais, por parte dos que já se acham inseridos na carreira acadêmica também observa-se igual lassidão; assim, na USP -- aqui tomada como mero exemplo -- extinguiu-se a figura do professor adjunto e para a obtenção da livre-docência já não se exige tese original.

Além do acima posto, muitos dos pesquisadores maduros viram-se cooptados pela burocracia acadêmica, a qual, por via de regra, mostra-se absolutamente estéril.

O efeito global de tais óbices ao avanço de nosso campo revela-se, sobretudo, na redução do número de novos pesquisadores e de trabalhos originais de fôlego. Este quadro está a exigir, além de aplicação decidida à produção intelectual, uma redobrada preocupação no sentido da atração de estudantes para a área e no da formação de novos quadros.

23. Nossos cuidados devem ter inicio no nível da graduação. Publicações especificamente desenhadas para tal público poderão representar frutífero elo entre alunos iniciantes e os resultados já alcançados no campo da demografia histórica. Não pensamos aqui em manuais mais ou menos sofisticados, mais ou menos adaptados à nossa realidade, mas, sim, num texto ou conjunto de textos de divulgação que, além de exporem sucintamente os escopos e métodos próprios da história demográfica, estabeleçam, sempre no plano introdutório, o liame entre nossos achados e outras regiões da ciência social tais como a história social, a das mentalidades e das instituições, a história econômica, assim como entre os aludidos achados e o próprio comportamento demográfico do Brasil nos dias correntes. Em tal coletânea deveriam estar presentes, ainda, as perspectivas temáticas que se abrem aos estudos no campo por nós abraçado.

24. Quanto à pós-graduação, talvez pudéssemos nos empenhar no sentido da elaboração de projetos que previssem, num continuum, o desenvolvimento de dissertações de mestrado e de teses de doutorado e de livre-docência. Outras ações positivas consubstanciam-se no estimulo à publicação de resultados parciais das pesquisas em andamento, no alargamento das oportunidades de intercâmbio de experiências proporcionado por seminários como os levados a efeito pelo CEDHAL e pelo IPE-USP, bem como na criação e aumento de espaços específicos para pós-graduandos nas reuniões das associações nacionais e regionais, a exemplo dos seminários de bolsistas promovidos pela ABEP.

25. Ainda no âmbito da pós-graduação entendo que deveríamos nos servir da experiência de nossos colegas da ABEP que têm ministrado cursos no campo da demografia formal. O estabelecimento de cursos concentrados em poucas semanas e com o concurso de alunos de distintos centros parece-me recomendável e de fácil implementação, pois estaríamos, no caso, somando os esforços de financiamento de várias instituições.

26. No âmbito do pós-doutorado, cumpre-nos influir no sentido de propiciar oportunidades para o aprimoramento dos novos quadros no terreno da demografia formal.

27. A meu ver, do ponto de vista institucional, a ABEP poderia desempenhar papel dos mais relevantes com respeito à maioria dos pontos levantados neste tópico; cumprindo, eventualmente, à Coordenação de nosso Grupo de Trabalho o encaminhamento das necessárias tratativas.

Algumas medidas imediatas.

Acretido haver evidenciado a necessidade de, no plano individual e no coletivo, agirmos de sorte a contribuirmos para o avanço da demografia histórica entre nós. Tentei conter-me, dentro do possível, quanto ao estabelecimento de metas e/ou tarefas, pois entendo que o escopo fundamental destas observações deve ser o de levantar questões para o debate e não o de propor um rol de medidas a implementar. Não obstante, e visando justamente ao alargamento do pretendido debate, abalanço-me a indicar umas poucas medidas que poderiam ser adotadas sem grandes desgastes e imediatamente. Vejamo-las.

28. Proponho que efetuemos um censo dos demógrafos historiadores que se ocupam do Brasil: quem somos, onde estamos, o que já publicamos, quais as linhas de pesquisa nas quais nos achamos engajados. Este rol sucinto de informações, creio, ser-nos-á de grande valia e é indispensável ao alargamento de nossos contatos e à divulgação mais ampla de nossos achados. Entendo, ainda, que tal tarefa pode ser empreendida pelo Boletim de História Demográfica (BHD), ao qual cumpriria publicar e fazer chegar aos interessados os resultados deste levantamento.

29. Entendo que deveríamos fazer presente à diretoria da ABEP a urgente necessidade da realização de um seminário sobre fontes primárias no nordeste, eventualmente em Recife, com a ampla participação de pesquisadores da região.

30. Entendo ser recomendável que a Coordenação de nosso Grupo de Trabalho avalie a possibilidade de estabelecer-se como fórum permanente dos vários grupos de demografia histórica existentes entre nós. Uma das eventuais ações de tal coordenadoria seria a de sopesar o conteúdo deste documento, conduzir o debate em torno das questões levantadas, avaliar o resultado de nossas discussões e propor ações concretas no sentido de garantirmos a implementação de tarefas conjuntas.

31. Tal Coordenação poderia discutir, no âmbito das referidas ações comuns, a oportunidade de se implementar curso na área de demografia formal destinado aos pesquisadores e alunos de pós-graduação dos distintos centros nos quais são desenvolvidos trabalhos no campo da demografia histórica.

32. Outra incumbência de nossa Coordenação seria a de discutir a possibilidade de promovermos encontros regionais de pesquisadores votados à história demográfica. Nas áreas em que existe carência de estudos, tais eventos poderiam ocupar-se, basicamente, dos problemas afetos às fontes documentais -- a exemplo do seminário proposto acima --, já nas que contam com maior adensamento de estudos e pesquisadores poder-se-iam promover, visando a posterior divulgação, balanços circunstanciados da produção já efetuada e das vias abertas a novas pesquisas. De tais encontros poderiam resultar, ainda, publicações -- de caráter temático ou regional -- nas quais enfeixar-se-ia grande número de achados já alcançados; penso aqui, particularmente, no Paraná e Santa Catarina e no magnifico acervo de dissertações e teses -- quase todas inéditas e que não mereceram a devida divulgação -- acumulado pelo assim chamado grupo do Paraná.

 

III. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Seria ocioso, no âmbito deste tópico final, sumariar as conclusões e propostas que pontilham este documento. Limitar-me-ei, assim, a tecer alguns comentários sobre o caráter deste dossiê, presente o estágio larval no qual ainda se encontra. Entendo-o como elemento de mobilização, como núcleo promotor de discussões e controvérsias, atividades e estudos, como obra em construção que só ganhará sentido e contorno definido se receber o contributo de todo o coletivo que se debruça sobre a formação histórica da população brasileira. Trata-se, pois, necessariamente, de instrumento de trabalho inacabado e aberto a críticas, o qual sempre poderá, portanto, conhecer extensões capazes de superarem sua natural estreiteza e as óbvias limitações e insuficiências que lhe foram impostas pelo autor destas primeiras linhas. Alargar as análises esboçadas, aprofundar os temas aventados e emprestar-lhe a desejada operacionalidade, repisemo-lo, são tarefas coletivas que demandam o esforço e o empenho tanto dos pesquisadores maduros, como dos que se iniciam nos estudos populacionais. Aceitem, pois, colegas, este repto ao debate.

 

REFERÊNCIAS

BHD - Relação de trabalhos publicados na área de demografia histórica. São Paulo, FEA-USP, set. 1994, disquete.

COSTA, Iraci del Nero da. Vila Rica: população (1719-1826), São Paulo, IPE-USP, 1979, p. 1-2 p. (Ensaios Econômicos, 1).

COSTA, Iraci del Nero da. Por uma definição de demografia histórica. São Paulo, IPE-FEA/USP, 1989, 1 p., mimeo.

COSTA, Iraci del Nero da. Apontamentos para a história da demografia histórica no Brasil. São Paulo, IPE-FEA/USP, 1989b, 4 p., mimeo.

COSTA, Iraci del Nero da. Reflexões sobre os rumos da demografia histórica no Brasil. Boletim do Centro de Memória - UNICAMP. Campinas, UNICAMP, 2(4):17-23, 1990.

COSTA, Iraci del Nero da. Contribuições metodológicas à demografia histórica brasileira. Revista Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, 21(1):137-142, 1991.

COSTA, Iraci del Nero da. População redundante: tópico para a agenda do século XXI? Informações FIPE. São Paulo, FIPE, (153):14-16, 1993.

MARCÍLIO, Maria Luiza. Sistemas demográficos no Brasil do século XIX. Revista de Cultura Vozes. Petrópolis, Vozes, 74(1): 39-48, jan./fev. 1980. Também publicado: MARCÍLIO, Maria Luiza (org.). População e sociedade: evolução das sociedades pré-industriais. Petrópolis, Vozes, 1984, p. 193-207.

MARCÍLIO, Maria Luiza. Demografia. In: PASSOS, Maria Lucia P. F. (coord.). Evolução urbana da cidade de São Paulo. Estruturação de uma cidade industrial: 1872-1945. São Paulo, ELETROPAULO, 1990, vol 1, tomo 1, p. 51-6.

MOTTA, José Flávio. Contribuições da demografia histórica à historiografia brasileira. São Paulo, ABEP, Anais do IX Encontro Nacional da ABEP, 1994.

 

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NOTÍCIA BIBLIOGRÁFICA

BOLEDA, Mario. La población del noroeste argentino, historia y actualidad. Informações para compra: Prof. M. C. Mercado, Casilla no. 4, Correo Central, 4400 Salta, Argentina.

La Población del Noroeste Argentino, Historia y Actualidad es un un libro que procura ofrecer una visión global del estado demográfico actual así como también del proceso seguido por las pblaciones de seis provincias norteñas de Argentina, en los términos más llanos y menos técnicos posibles.

Con sus más de 200 páginas y más de 120 figuras y tablas, busca ser de utilidad para un gran número de profesionales, profesores y estudiantes de muy diversas especialidades.

El Noroeste Argentino (NOA), es una región simultáneamente próxima a Bolivia y Chile que cuenta, en la actualidad, con algo más de una décima parte de la población nacional. Por distintas razones históricas, presenta rasgos de mayor similitud con los paises vecinos. Es donde los conquistadores europeos hallaron sociedades aborigenes sobre las cuales montar sus estructuras de dominación, comunidades de las que en el presente subsisten vestigios perceptibles.

Por cierto, el NOA es también una de las regiones más desfavorecidas de Argentina. Si tuvo alguna vez una importancia mayúscula por su contacto con la explotación del metal potosino, fue perdiendo su significación a medida que el puerto de Buenos Aires y la región pampeana comenzaron a desempeñar sus papeles protagónicos.

Junto con este carácter definitorio, la región muestra indicadores demográficos que están lejos de situarse en el mismo nivel trasicional que caracteriza a la Argentina como un todo. De hecho, tanto la mortalidad como la fecundidad, aun cuando han ya emprendido una tendencia decreciente, mantienen desarrollos que se encuentran claramente por encima de los valores nacionales, sobre todo la segunda. Desde este punto de vista, en el NOA - como también en otras zonas marginales del pais - la tansición demográfica tiene todavia un largo camino que recorrer.

El libro encara esta problemática a lo largo de seis capitulos que, si bien se encuentram intimamente conectados entre si, permiten lecturas relativamente independientes. Alli, se consideran datos relativos al proceso histórico de poblamiento y a la dinámica reciente de la región, con estudios particulares de la mortalidad, la fecundidad, la composición y la distribución espacial de las poblaciones que habitan las provincias argentinas de Catamarca, Jujuy, La Rioja, Salta, Santiago del Estero y Tucumán, y al conjunto por ellas formado.

Cuando posible, se llevan a cabo comparaciones con el total del pais y las otras regiones del mismo, asi como también con los paises vecinos de mayor incidencia en el NOA, a saber: Chile, Bolivia y Paraguay.

Por último, el libro incluye un glosario de conceptos especializados y una bibliografia básica recomendada para todos aquellos que se inician en el tratamiento de este tipo de temas.

 

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PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

 

BOLEDA, Mario. Demografia Histórica del Noroeste Argentino (1). Dinámica demográfica hacia fines del siglo XVIII. Grupo de Estudios Socio-Demográficos (GREDES), Universidad Nacional de Salta, Salta, 1992, 42 p., (Cuadernos del GREDES, no. 15).

Endereço: GREDES (Cuadernos)
Casilla no. 4
Correo Central
4400 Salta
Argentina.

 

MARTINS, Maria do Carmo Salazar. Janelas de treliça: mulher e trabalho na Província de Minas Gerais. Belo Horizonte, CEDEPLAR/FACE/UFMG, março de 1994, 55 p., (Texto para discussão, no. 69).

MARTINS, Roberto Borges. Minas e o tráfico de escravos no século XIX, outra vez. Belo Horizonte, CEDEPLAR/FACE/UFMG, maio de 1994, 32 p., (Texto para discussão, no. 70).

Endereço: CEDEPLAR.
R. Curitiba, 832, 9o. andar.
30170-120, Belo Horizonte, MG.
Fone: (031) 201-3253.
FAX: (031) 201-3657.

 

Revista Brasileira de Estudos de População. São Paulo, ABEP, vol. 9, no. 2, jul./dez. 1992.

Endereço: Revista Brasileira de Estudos de População.
R. General Jardim, 770 - Cj. 3D.
01223-010, São Paulo, SP.

 

CARVALHO, Marcus. O antilusitanismo e a questão social em Pernambuco, 1822-1848. In: SILVA, Maria Beatriz Nizza da et alii. Emigração/Imigração em Portugal: actas do "Colóquio Internacional sobre Emigração e Migração em Portugal (séc. XIX-XX). Lisboa, Fragmentos, p. 145-60.

Endereço: Marcus Carvalho.
R. Pacifico dos Santos, 63/101.
Paissandu.
52010-030, Recife, PE.
 

MATOS, Odilon Nogueira de (ed. responsável). Noticia Bibliográfica e Histórica. Campinas, PUCCAMP, ano XXV, no. 149/150, jan./jun. 1993. Números dedicados à obra do Visconde de Taunay, por motivo do sesquicentenário de seu nascimento, ocorrido aos 22 de fevereiro de 1843.

Endereço: Revista Notícia Bibliográfica e Histórica.
Caixa Postal 1.539.
13020-904, Campinas, SP.

 

Os livros, cópias de artigos publicados e exemplares de monografias, de dissertações e de teses que nos forem enviados, serão regularmente divulgados nesta secção e incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP.

BHD - IRACI COSTA.
R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21.
05004-000, São Paulo, SP.
BRASIL.

 

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SEMINÁRIO PERMANENTE IPE-USP

Com o SEMINÁRIO PERMANENTE DE ESTUDOS DA FAMILIA E DA POPULAÇÃO NO PASSADO BRASILEIRO, patrocinado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas da USP, visamos a propiciar a rápida divulgação dos trabalhos realizados ou em desenvolvimento na área da história demográfica, bem como promover o intercâmbio de críticas e idéias entre os pesquisadores já formados e os que se iniciam em nosso campo; o seminário está, pois, aberto a todos os interessados em contribuir para o avanço dos estudos populacionais.

Neste número de nosso boletim publicamos a relação completa dos trabalhos apresentados naquele seminário, muitos dos quais já publicados em periódicos especializados.

AZEVEDO, Célia Maria M. de. Imigrantismo e racismo: a reação dos políticos paulistas à "onda negra".

BASSANEZI, Maria Silvia B. Família e força de trabalho no colonato (uma pesquisa em andamento).

BOLEDA, Mario. Sugestões para o tratamento das fontes em demografia histórica.

BRIOSCHI, Lucila Reis. Família e genealogia: quatro gerações de uma grande família do sudeste brasileiro (1758-1850).

BRIOSCHI, Lucila Reis. Crescimento populacional e diferenciação social no nordeste paulista (1765-1835)

CANABRAVA, Alice Piffer. Os fluxos de migração para Minas Gerais.

COELHO, Alencar S. Estruturas domiciliares dos grandes proprietários do litoral paulista: 1765-1836.

COSTA, Iraci & NOZOE, Nelson. Classificação das ocupações, ramos e setores econômicos do período escravista brasileiro.

COSTA, Iraci & SLENES, Robert W. & SCHWARTZ, Stuart. A família escrava em Lorena (1801), versão preliminar.

DECCA, Maria Auxiliadora Guzzo de. A família operária em São Paulo nas décadas de vinte e trinta ¾ séc. XX.

ENGEL, Magali. Meretrizes e doutores: o saber médico e a prostituição na cidade do Rio de Janeiro de 185=45 a 1890.

FERNÁNDEZ, Ramón V. Garcia. A consistência das listas nominativas da capitania de São Paulo: um estudo de caso.

FERNÁNDEZ, Ramón V. Garcia. Os lavradores de cana de São Sebastião.

FREITAS, José Luiz de. Família e domicílio: uma proposta de conceituação e categorização.

GOLDSCHMIDT, Eliana Maria Rea. Virtude e pecado: sexualidade em São Paulo colonial.

GUTIERRÉZ, Horacio. Casamentos nas senzalas. Paraná 1800-1830.

GUTIÉRREZ, Horacio. Grandes e pequenos senhores de escravos no Paraná.

IMHOF, Arthut E. Historical demography in Germany: sources, methods, research topics.

JANOTTI, Maria de Lourdes M. & QUEIROZ, Suely Robles R. de (coord.). Memória da escravidão em famílias negras de São Paulo.

KUZNESOF, Elizabeth Anne. A lei de bens e estratégias familiares: herança, empresas e corporações, 1800-1960.

LANNA, Ana Lúcia. Caminhos para o trabalho livre: Minas e São Paulo.

LEITE, Miriam L. M. Consulentes e acervos.

MARCONDES, Renato Leite. Trabalho e cafeicultura: estudo das dinâmicas demográficas e econômicas fluminenses (1780-1840).

MESGRAVIS, Laima. A sociedade brasileira e a família.

METCALF, Alida C. A família e a sociedade em Santana do Parnaíba no século XVIII.

MOTTA, José Flávio. Listas nominativas de habitantes: normas para a coleta de dados.

NETTO, Luiz Roberto. Cartas marcadas: as esperanças populares no abandono de crianças na cidade São Paulo (1913-1915).

NETTO, Luiz Roberto. Demografia e desenvolvimento urbano no município de São Paulo 1900-1929: as questões do comportamento social.

NOZOE, Nelson & COSTA, Iraci. Sobre a questão das idades em alguns documentos dos séculos XVIII e XIX.

NOZOE, N. & MOTTA, J. F. Pródromos da acumulação cafeeira paulista.

OLIVEIRA, Flávia A. M. de. Família e poder em São Paulo no século XIX.

PETRONE, Matria Thereza Schorer. A família do imigrante e a propriedade fundiária.

PINTO, Maria Ignez Machado Borges. Pequenas ocupações autônomas e trabalho temporário na cidade de São Paulo, 1890-1914.

PIRES, Júlio Manuel. O trabalhador infantil na cidade de São Paulo.

PRIORI, Mary Del. Deus dá licença ao Diabo... A contravenção nas festas religiosas e igrejas paulistas no século XVIII.

PRIORE, Mary L. M. Del. A história do corpo feminino no passado.

RANGEL, Armênio de S. Produção, renda e atividade nas listas nominativas: normas para a coleta de dados.

SAMARA, Eni de M. & BASSANEZI, Maria Silvia B. & NOZOE, Nelson. Emigrantes cearenses no final do século XIX.

SILVA, Aurélio D. F. da. A mulher e o tropeirismo.

SOIHET, Rachel. É proibido não ser mãe.

SOUZA, Guiomar M. G. M. A. e. O prazer proibido.

VENANCIO, Renato P. "Crianças sem amor": o abandono de recém-nascidos na cidade de São Paulo (1760-1860).

VILLALTA, Luiz Carlos. Poder, casamento, ilicitudes e prazeres no Brasil Colonial (1549-1597).

ZAMBONI, Ernesta. A família Junqueira e a formação da rede fundiária.

ZAMBONI, Ernesta. A formação da rede fundiária na área de Ribeirão Preto (1874-1900): as famílias Reis e Junqueira.

ZENHA, Celeste. Sistema de alianças e norma familiar: um estudo de caso. Capivari, 1840-1890.

Mais informações sobre estes textos podem ser solicitados ao coordenador do Seminário, ao qual também devem dirigir-se os colegas interessados em apresentar trabalhos em sessões futuras:

José Flávio Motta.
Caixa Postal 11.498.
05422-970, São Paulo, SP.
 

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RELAÇÃO DE TRABALHOS PUBLICADOS NA ÁREA DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

Vão arrolados, aqui, trabalhos incorporados ao arquivo denominado ROL - RELAÇÃO DE TRABALHOS PUBLICADOS desde o número próximo passado deste BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA até o presente. O arquivo ROL, vale dizer, a relação integral e atualizada dos aludidos trabalhos, acha-se à disposição dos interessados, os quais deverão remeter, para a editoria deste Boletim, um disquete já formatado e a competente solicitação. Tal disquete -- se compatível com a linha IBM-PC e de dupla face -- pode ser de qualquer marca, especificação (3 1/2" ou 5 1/4"), densidade (DD-dupla densidade ou HD-alta densidade) ou capacidade (360 Kb, 700 Kb, 1,2 Mb ou 1,44 Mb).

ABREU, Adilson Avansi de. A colonização agrícola holandesa no Estado de São Paulo: Holambra 1, (mestrado, USP, 1970), 115 p., mimeo.

AGAZZI, Constantino. Das regiões Lombarda e Vêneta ao núcleo colonial de São Bernardo: acompanhando o imigrante italiano, (mestrado, USP, 1974), 118 p., mimeo.

ARANTES NETO, Antonio Augusto. Compadrio no Brasil rural: análise estrutural de uma instituição rural, (mestrado, USP, 1970).

BACELLAR, Carlos de Almeida Prado. Herança em família: a partilha dos engenhos de açúcar do oeste paulista, 1765-1855. Anais do 5o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, vol. I, p. 123-37, 1986.

BACELLAR, Carlos de Almeida & SCOTT, Ana Silvia Volpi. Sobreviver na senzala: estudo da composição e continuidade das grandes escravarias paulistas, 1798-1818. In: MARCÍLIO, Maria Luiza et alii (org.). História e população: estudos sobre a América Latina. São Paulo, Fundação SEADE/ABEP/IUSSP/CELADE, 1990, p. 213-17.

BACELLAR, Carlos de Almeida Prado. Os senhores da terra - família e sistema sucessório entre os senhores de engenho do oeste paulista, 1765-1855, (mestrado, USP, 1987), mimeo.

BALÁN, Jorge. Migrações e desenvolvimento capitalista: ensaio de interpretação histórico-comparativa. São Paulo, CEBRAP/Editora Brasileira de Ciências, no. 5, jul./ago./set. 1973, p. 7-79.

BALHANA, Altiva Pilatti. A vida familiar em Santa Felicidade. Anais da 3a. Reuniao da SBPH. São Paulo, SBPH, 1984.

BALHANA, Altiva Pilatti & WESTPHALEN, Cecília Maria. Dinâmica demográfica e sistema de herança no Brasil meridional. Anais do 4o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, 1984.

BARBOSA, Irene Maria Ferreira. Socialização e relações raciais: um estudo de famílias negras em Campinas. São Paulo, mimeo, 1978.

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. A família na fazenda de café: tamanho e força de trabalho. Anais do 4o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, vol. 4, p. 2.197-219, 1984.

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. Família e força de trabalho no colonato, subsídios para a compreensão da dinâmica demográfica no período cafeeiro. Textos NEPO, no. 8. Campinas, UNICAMP, 1986.

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. O casamento na colônia no tempo do café. Anais do 6o. Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, vol. I, p. 109-54, 1988.

BEOZZO, José Oscar. A família escrava e imigrante na transição do trabalho escravo para o livre. In: MARCÍLIO, Maria Luiza (org.). Família, mulher, sexualidade e Igreja na história do Brasil. São Paulo, CEDHAL/CEHILA/Edições Loyola, 1993, p. 29-100.

BIANCO, Bela Feldman. A família na História e na Antropologia: mitos, conjecturas, simplificações ou aproximações e prelúdios da realidade? Cadernos CERU. São Paulo, CERU, no. 19. p. 9-34, jun. 1984.

BRIOSCHI, Lucila Reis. Família e povoamento: quatro gerações de uma grande família do sudoeste brasileiro (1758-1850). Cadernos CERU. São Paulo, CERU, no. 19, p. 44-52, jun. 1984.

BRIOSCHI, Lucila Reis. Família e genealogia: quatro gerações de uma grande família do sudoeste brasileiro (1758-1850), (mestrado, FFLCH-USP, 1984), mimeo.

BRUNO, Ernani Silva. Esboço da história do povoamento de São Paulo. In: BRUNO, Ernani Silva (org.). São Paulo: terra e povo. Porto Alegre, Globo/EDUSP, p. 1-17, 1967.

BURMESTER, Ana Maria de Oliveira. Disciplinarização e trabalho: Curitiba, fins do século XVIII, inícios do século XIX. História: Questões & Debates. Curitiba, Associação Paranaense de História, 8(14/15): 117-27, jun./dez. 1987.

BURMESTER, Ana Maria de Oliveira & MACEDO, Iara Simile de & NADALIN, Sérgio Odilon. Estimativas de mortalidade adulta no grupo evangélico luterano em Curitiba: 1880-1919. Seminar on adult mortality and orphanhood in the past. San Jose, CELADE/IUSSP, 1984.

BUSETTI, Teresinha Regina & CARVALHO, Cláudia M. F. Casamento de escravos em Curitiba: 1788-1888, segundo registros paroquiais. Curitiba, 1985, mimeo.

CAMPOS, Alzira Lôbo de Arruda. O casamento em São Paulo colonial: caminhos e descaminhos, (doutorado, FFLCH-USP, 1986), mimeo.

CAMPOS, Fernando José Valiengo Furquim de. Família e mudança: as elites paulistas no final do século XIX. Curitiba, ANPUH, 1985.

CARDOSO, Ruth Corrêa Leite. Estrutura familiar e mobilidade social: estudo dos japoneses no Estado de São Paulo, (doutorado, USP, 1972), 199 p., mimeo.

COSTA, Raquel Rumplesberguer da. Divórcio e anulação do matrimônio em São Paulo colonial, (mestrado, FFLCH-USP, 1982), mimeo.

DURHAM, Eunice Ribeiro. Mobilidade e assimilação: a história do imigrante italiano num município paulista, (mestrado, USP, 1964), 63 p., mimeo.

ENGEL, Magali G. Meretrizes e doutores: o saber médico e a prostituição na cidade do Rio de Janeiro, 1845-1890, (mestrado, Niterói, 1985), mimeo.

FALCI, Miridan Britto Knox. A criança na província do Piauí. Teresina, Academia Piauiense de Letras/CEDHAL, 1991, 67 p.

FARIA, Sheila Siqueira de Castro. Família escrava e legitimidade. Estratégias de preservação da autonomia. Estudos Afro-Asiáticos. Rio de Janeiro, Centro de Estudos Afro-Asiáticos - CEAA, (23):113-131, dez. 1992.

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FRAGOSO, João Luis Ribeiro. Comerciantes, fazendeiros e formas de acumulação em uma economia escravista-colonial: Rio de Janeiro, 1790 - - 1888, (doutorado, ICHF/UFF, 1990), mimeo.

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LUNA, Francisco Vidal. Casamento de escravos em São Paulo: 1776, 1804, 1829. In: MARCÍLIO, Maria Luiza et alii (org.). História e população: estudos sobre a América Latina. São Paulo, Fundação SEADE/ABEP/IUSSP/CELADE, 1990, p. 226-36.

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ESTATÍSTICAS RETROSPECTIVAS

BRASIL: POPULAÇÃO (ESTIMATIVAS EFETUADAS POR GIORGIO MORTARA)

(1770 - 1919)

ANO

POPULAÇÃO

ANO

POPULAÇÃO

ANO

POPULAÇÃO

1770

2.502.000

1820

4.717.000

1870

9.834.000

1771

2.534.000

1821

4.777.000

1871

9.985.000

1772

2.566.000

1822

4.838.000

1872

10.145.000

1773

2.599.000

1823

4.899.000

1873

10.344.000

1774

2.632.000

1824

4.962.000

1874

10.546.000

1775

2.666.000

1825

5.025.000

1875

10.753.000

1776

2.700.000

1826

5.089.000

1876

10.963.000

1777

2.735.000

1827

5.154.000

1877

11.177.000

1778

2.770.000

1828

5.220.000

1878

11.397.000

1779

2.805.000

1829

5.287.000

1879

11.620.000

1780

2.841.000

1830

5.354.000

1880

11.847.000

1781

2.877.000

1831

5.436.000

1881

12.078.000

1782

2.914.000

1832

5.519.000

1882

12.315.000

1783

2.951.000

1833

5.603.000

1883

12.556.000

1784

2.988.000

1834

5.690.000

1884

12.802.000

1785

3.026.000

1835

5.777.000

1885

13.053.000

1786

3.065.000

1836

5.865.000

1886

13.308.000

1787

3.104.000

1837

5.955.000

1887

13.568.000

1788

3.144.000

1838

6.046.000

1888

13.834.000

1789

3.184.000

1839

6.139.000

1889

14.105.000

1790

3.225.000

1840

6.233.000

1890

14.425.000

1791

3.266.000

1841

6.328.000

1891

14.798.000

1792

3.307.000

1842

6.425.000

1892

15.181.000

1793

3.349.000

1843

6.524.000

1893

15.573.000

1794

3.392.000

1844

6.624.000

1894

15.976.000

1795

3.435.000

1845

6.725.000

1895

16.389.000

1796

3.479.000

1846

6.828.000

1896

16.813.000

1797

3.524.000

1847

6.933.000

1897

17.248.000

1798

3.569.000

1848

7.039.000

1898

17.694.000

1799

3.614.000

1849

7.146.000

1899

18.152.000

1800

3.660.000

1850

7.256.000

1900

18.621.000

1801

3.707.000

1851

7.367.000

1901

19.103.000

1802

3.754.000

1852

7.480.000

1902

19.597.000

1803

3.802.000

1853

7.594.000

1903

20.103.000

1804

3.851.000

1854

7.711.000

1904

20.623.000

1805

3.900.000

1855

7.829.000

1905

21.157.000

1806

3.950.000

1856

7.949.000

1906

21.704.000

1807

4.000.000

1857

8.071.000

1907

22.265.000

1808

4.051.000

1858

8.194.000

1908

22.841.000

1809

4.103.000

1859

8.320.000

1909

23.432.000

1810

4.155.000

1860

8.448.000

1910

24.037.000

1811

4.208.000

1861

8.577.000

1911

24.659.000

1812

4.262.000

1862

8.708.000

1912

25.297.000

1813

4.316.000

1863

8.842.000

1913

25.951.000

1814

4.371.000

1864

8.977.000

1914

26.622.000

1815

4.427.000

1865

9.114.000

1915

27.311.000

1816

4.483.000

1866

9.254.000

1916

28.017.000

1817

4.541.000

1867

9.396.000

1917

28.742.000

1818

4.599.000

1868

9.539.000

1918

29.485.000

1819

4.657.000

1869

9.686.000

1919

30.247.000

FONTE: MORTARA, Giorgio. Estudos sobre a utilização do censo demográfico para a reconstituição das estatísticas do movimento da população do Brasil. Revista Brasileira de Estatística. Rio de Janeiro, IBGE, ano II, no. 5, vol. III, jan./mar. 1941, p. 41-3. Diz MORTARA: "Utilizamos os censos da população de 1920, 1890 e 1872 e as estimativas de 1830 e 1808. Desprezando os dados do censo de 1900, como suspeitos de erro por falta, calculamos as variações da população entre 31 de dezembro de 1890 e 31 de agosto de 1920, conforme a hipótese de uma taxa constante de crescimento médio geométrico anual: taxa de 2,59%, deduzida da comparação dos dois censos. Entre 31 de julho de 1872 e 31 de dezembro de 1890 aplicamos a taxa média geométrica anual de 1,96%, deduzida da comparação dos dois censos. Entre 1830 e 1872 aplicamos a taxa média geométrica anual de 1.53%, indicada pela comparação do censo de 1872 com a estimativa de 1830. Afinal, entre 1808 e 1830 e anteriormente à primeira data aplicamos a taxa média geométrica anual de 1.28%, deduzida da comparação das duas estimativas de 1830 e de 1808."

 

AOS COLABORADORES

A assinatura deste Boletim será efetuada mediante o envio de 20, já formatados, para a Editoria do Boletim.

Estamos interessados em receber notas de pesquisa em andamento, resumos, resenhas e artigos concernentes à área de estudos populacionais. Tais contribuições poderão ser escritas em português, castelhano, italiano, francês ou inglês.

Reiteramos, ademais, a solicitação da remessa de trabalhos já publicados e concernentes à nossa área de especialização. Além de divulgados no Boletim, os mesmos incorporar-se-ão ao acervo da Biblioteca da FEA-USP. Caso remanesçam dúvidas entre em contato conosco.

 BHD - IRACI COSTA.

R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21.
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BRASIL.
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