NÚCLEO
DE ESTUDOS EM HISTÓRIA DEMOGRÁFICA
BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA
Ano I, Número 4 -
Novembro 1994
Relação de Trabalhos Publicados
Editores
deste número: José Flávio Motta e Nelson Nozoe
Neste
número inauguram-se duas novas seções do BHD: Resumos -SEADE/DOCPOP e Censo de
Demografia Histórica. Na primeira apresentam-se resumos elaborados com base nos
informes constantes dos arquivos da Fundação SEADE/DOCPOP, atinentes a parte
dos trabalhos catalogados sob a rubrica "Demografia Histórica". Nos
próximos números do BHD dar-se-á continuidade à publicação desses resumos. Na
outra seção acima aludida, passar-se-á a estampar os resultados preliminares do
Censo de Demografia Histórica, ora em curso; o objetivo desse levantamento é
elaborar um cadastro, o mais completo possível, dos estudiosos da área, bem
como de suas respectivas produções científicas.
De
outra parte, mantém-se neste boletim o processo de atualização da Relação de
Trabalhos Publicados - ROL, ao passo que nas "Estatísticas
Retrospectivas" fornecem-se as estimativas, elaboradas pela Divisão de
População do Secretariado da ONU, da população mundial do ano 0 até sua
estabilização no próximo milênio. Compõem ainda este boletim a relação de
publicações recebidas e notícia acerca da 18a. sessão do Seminário Permanente
de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro.
CARVALHO,
J.A.M. de, SAWYER, D.O. & RODRIGUES, R.N. Introdução a alguns conceitos
básicos e medidas em demografia. Belo Horizonte: ABEP/UNFPA,
1994.
Este
livro inaugura a Série Textos Didáticos da ABEP, cujo objetivo é o atendimento
dos estudantes de cursos ou disciplinas de Demografia, bem como interessados e
iniciantes na pesquisa de temas populacionais. A publicação em tela apresenta,
na primeira parte, os principais conceitos e medidas de algumas variáveis
fundamentais em Demografia: mortalidade, natalidade e fecundidade, estrutura
etária e dinâmica da população e reprodução. Deixa-se de lado, portanto, o
exame das variáveis relacionadas à migração. Na segunda parte, a publicação
trata de temas como taxa intrínseca de crescimento, população estável,
quase-estabilidade e desestabilização. Questões relacionadas à padronização são
examinadas na derradeira parte do livro.
NADALIN,
Sérgio Odilon. A demografia numa perspectiva histórica. Belo Horizonte: ABEP,
1994.
Este
livro constitui o segundo volume da série Textos Didáticos da ABEP. Cabe
salientar, antes do mais, que a forma de exposição adotada pelo autor
mostrou-se amplamente adequada aos objetivos didáticos perseguidos. Assim, de
início, é feita a seleção de uma família cuja reconstituição fez parte de um
estudo de autoria da Profa. Ana Maria de Oliveira Burmester acerca da população
de Curitiba no século dezoito. Tal família, domiciliada na localidade aludida
na segunda metade dos Setecentos, acompanha as considerações efetuadas por
Nadalin ao longo de todo o livro. Com base nos informes atinentes à família
escolhida, constantes dos registros paroquiais e de algumas listas nominativas
de habitantes, o autor vai paulatinamente desvendando ao leitor os elementos
conformadores da estrutura e da dinâmica populacionais. Essa estratégia
apresenta-se bastante funcional no sentido de propiciar uma primeira
aproximação ao tema estudado, auxiliando na criação do interesse de parte do
leitor, elemento dos mais relevantes na qualificação de um texto didático. De
outra parte, muito embora seja necessário reconhecer a necessidade, ainda mais
numa abordagem que se pauta pelo didatismo, "de 'recortar' e
escolher", como bem ressalva Nadalin na sua Introdução, há que referir a
detecção de algumas lacunas na obra, as quais poderiam ser sanadas, assim se
crê, sem o comprometimento dos objetivos propostos: a) são contempladas, como
fontes da demografia histórica, tão-somente os registros paroquiais e as listas
nominativas de habitantes; b) a crítica às fontes, em especial às listas
nominativas, não incorpora nem ao menos a referência a procedimentos
metodológicos que têm preocupado os estudiosos da área (ver, por exemplo, os
artigos de FERNANDEZ, R. V. G. A consistência das listas nominativas de
habitantes da capitania de São Paulo: um estudo de caso. Estudos Econômicos
19(3): 477-496, set./dez. 1989; NOZOE, N. & COSTA, I. del N. da. Achegas
para a qualificação das listas nominativas. Estudos Econômicos 21(2): 271-284,
maio/ago. 1991; e NOZOE, N. & COSTA, I. del N. da. Sobre a questão das
idades em alguns documentos dos séculos XVIII e XIX. Revista do Instituto de
Estudos Brasileiros 34: 175-182, 1992); c) a fixação no exemplo da família
selecionada não permite ao autor evidenciar as possibilidades da demografia
histórica no sentido de explorar as diversidades entre as distintas regiões do
país e entre as diversas atividades econômicas nelas empreendidas. Por fim, é
importante observar que a existência das lacunas acima elencadas de forma
alguma diminui a utilidade do livro para os estudantes que estarão, em muitos
casos, tendo seu primeiro contato com a demografia histórica. E são esses
estudantes que, declaradamente, compõem o principal contingente que o livro
aqui resenhado procura atingir.
COSTA,
Dora Isabel Paiva da. Posse de escravos e produção no agreste paraibano: um
estudo sobre Bananeiras, 1830-1888. Dissertação de Mestrado. Campinas: IFCH/UNICAMP,
1992.
COSTA,
Dora Isabel Paiva da. Notas preliminares para uma metodologia de pesquisa:
estudo de fortunas e da demografia na formação de um sistema
agrário-exportador, Campinas, 1765-1850. Campinas: s/d., mimeografado.
COSTA,
Dora Isabel Paiva da. Demografia e economia numa região distante dos centros
dinâmicos: uma contribuição ao debate sobre a escravidão em unidades
exportadoras e não-exportadoras. Campinas: s/d., mimeografado.
COSTA,
Dora Isabel Paiva da. Banco de dados e estudo da população: trajetória
para
uma investigação demográfica sobre pequenos agricultores e grandes plantadores.
Campinas: s/d., mimeografado.
FLORENTINO,
Manolo Garcia. Em costas negras: um estudo sobre o tráfico atlântico de
escravos para o porto do Rio de Janeiro, c.1790-c.1830. Tese de Doutorado.
Niterói: ICHF/UFF, 1991.
FRAGOSO,
João Luís Ribeiro. Comerciantes, fazendeiros e formas de acumulação em uma
economia escravista-colonial: Rio de Janeiro, 1790-1888. Tese de Doutorado.
Niterói: ICHF/UFF, 1990.
ONU.
The Ageing of Asian Populations: Proceedings of the United Nations Round Table
on the Ageing of Asian Populations, Bangkok, 4-6 May 1992. New York, United
Nations - Department for Economic and Social Information and Policy Analysis,
1984, ix+144 p.
ENDEREÇO:
Director, Population Division. United Nations Secretariat Rm. DC2-1950. New
York, NY, 10017 - USA
Os
livros, cópias de artigos publicados e exemplares de monografias, de
dissertações e de teses que nos forem enviados, serão regularmente divulgados
nesta secção e incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP.
BHD - IRACI COSTA.
R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21.
05004-000, São Paulo, SP.
BRASIL.
Informamos
a realização, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo (FEA/USP), aos 23 de novembro de 1994, da 18a. sessão
do nosso Seminário, composta pela apresentação e discussão dos seguintes
trabalhos:
A
informatização ao alcance da história: o banco de dados do CEDHAL, de autoria
de Jamile Piazenski e Suzana P. Pasqua (CEDHAL/USP); Sobre ingênuos e libertos,
de autoria de Anna Gicelle Garcia Alaniz (FFLCH/USP) e
Discutindo
a construção de uma obra de referência: dicionário das ocupações em Minas
Gerais no século XIX, acompanhado de estudo histórico em torno da economia e
sociedade mineira provincial, de autoria de Marcelo Magalhães Godoy
(CEDEPLAR/UFMG).
Os
interessado em obter cópias de um ou mais dos textos acima arrolados deverão
solicitá-las ao coordenador do Seminário, no endereço a seguir indicado.
Mais
informações podem ser solicitadas diretamente ao coordenador do Seminário.
JOSÉ FLÁVIO MOTTA.
Rua Adele, 210, bloco 8, ap.44
04757-050 São Paulo, SP.
BRASIL.
Nesta
seção apresentam-se resumos elaborados com base nos arquivos da Fundação
SEADE/DOCPOP, atinentes a parte dos trabalhos catalogados sob a rubrica
"Demografia Histórica". Nos próximos números do BHD dar-se-á
continuidade à publicação desses resumos. Para o acesso aos informes do DOCPOP,
contou-se com a preciosa colaboração de sua coordenadora Sra. Magali Valente.
Fundação SEADE/DOCPOP
Av. Cásper Líbero, 464, 4o. andar
01033-000 São Paulo, SP
Tel. (011) 229-2433, ramal 138
BALHANA,
Altiva Pilatti & NADALIN, Sérgio Odilon. Análise do ciclo vital a
partir
da reconstituição de famílias: estudos em demografia histórica. In: Anais do
Segundo Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, 1981, v. 2.
RESUMO:
O procedimento metodológico básico em demografia histórica consiste na
aplicação dos métodos de análise da demografia científica moderna aos dados
demográficos contidos em documentos históricos. Os ciclos vitais são definidos
pelas seguintes etapas: casamento, nascimento do primeiro filho, nascimento do
último filho, partida do primeiro filho, partida do último filho e dissolução
do casamento por morte de um dos cônjuges. Acompanhando os indivíduos através
de sua existência, a demografia histórica permite reconstituir uma imagem
bastante precisa e representativa da família e da sociedade; a base
metodológica destes estudos, a reconstituição de famílias, consiste na
ordenação, em ficha especial, de todas as referências individuais anotadas em
documentos coevos, tais como os livros paroquias. São analisadas as
dificuldades decorrentes da aplicação de tal técnica ao caso do Brasil e
apresentadas sugestões para melhorar a qualidade das pesquisas. Inclui-se uma
descrição pormenorizada dos procedimentos operacionais de reconstituição de
famílias, os quais estão sendo empregados nas pesquisas em curso no
Departamento de História da Universidade Federal do Paraná.
BURMESTER,
Ana Maria de Oliveira. A população de Curitiba no século XVIII.
Informativo
ABEP. São Paulo, ABEP, n. 10, jul./set. 1981, p. 5-6.
RESUMO:
Faz-se a reconstituição das famílias de Curitiba (PR) de 1731 a 1798, dentro da
visão da demografia histórica. Utilizam-se os registros mantidos pela Igreja
Católica na sede da paróquia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, em Curitiba.
Dispõe-se da série completa e ininterrupta desde 1731. Recorre-se, também às
listas nominativas de habitantes, elaboradas pela administração colonial e das
quais constam, dentre outros elementos, nome, idade e relação de parentesco. A
critica dos dados revela o sub-registro de nascimentos e de óbitos de crianças.
A análise demográfica permite observar o comportamento da população no domínio
da nupcialidade e outras variávies tais como: posição sócio-econômica dos
cônjuges, região de procedência, fecundidade e mortalidade. Quanto à
nupcialidade, confirma-se a existência de uma forte hierarquia social, sendo os
casamentos efetuados entre iguais, com predominância de enlaces entre solteiros
da mesma paróquia; a idade relativamente precoce ao primeiro casamento e o
número de noivos vindos do exterior da paróquia confirmam a maior mobilidade do
elemento masculino. A fecundidade era muito elevada, mas, devido à alta
mortalidade, as famílias numerosas não eram a regra.
CONRAD,
Robert. The Planter class and the debate over Chinese immigration to Brazil,
1850-1893. International Migration Review, v.9, n.1, p. 41-55, Spring 1975.
RESUMO:
No final do século XIX, os grandes proprietários de terras brasileiros
examinaram a possibilidade de ter na China uma fonte de mão-de-obra barata.
Debates parlamentares repetidos, criação de empresas importadoras de chineses e
a assinatura de um tratado de amizade sino-brasileiro, terminaram em fracasso.
Em 1874 havia cerca de 1.500 chineses em todo o Brasil. As experiências em Cuba
e no Peru (perigos da longa travessia e escravidão para os que sobreviviam)
deram origem à oposição do governo chinês, apoiado pelos abolicionistas
brasileiros e ingleses. Utilizou-se inclusive o argumento da suposta inferioridade
cultural e racial dos chineses, que produziria a degenerescência da raça
européia no País. O papel a ser desempenhado pelos chineses, definido pela
legislação e por folhetos de propaganda era muito claro: mão-de-obra barata,
mais inteligente, dócil e trabalhadora que os escravos africanos. No entanto,
estabelecia-se que se tratava de uma solução temporária pelo risco de
mongolização do país, razão pela qual não deveria integrar-se à população. A
imigração chinesa no período não teve grande peso, mas o exame do assunto tem
interesse para o historiador que estuda a escravidão e as atitudes dos grandes
proprietários em relação ao trabalho.
HAINSWORTH,
Michael & BARDET, Jean-Pierre. Logiciel C.A.S.O.A.R.: calculs et analyses
sur ordinateur appliqués aux reconstituitions. Paris, CNRS, 101 p., (Cahier des
Annales de Dèmographie Historique, 1).
RESUMO:
A reconstitução de famílias é tomada como método fundamental nas pesquisas em
demografia histórica. A reconstituição é o instrumento básico, mas as
exigências metodológicas já vinham impondo a necessidade de outros
desenvolvimentos para aliviar e acelerar etapas intermediárias do processo. A
partir da necessidade de um instrumento universal que contribuísse para a
padronização e que facilitasse a comparação de resultados, chegou-se ao CASOAR,
software para cálculos e análises em computador, aplicados às reconstituições.
As suas vantagens positivamente testadas são: exatidão, rapidez, desdobramento
das interrogações e potencial de cobertura.
KUZNESOF,
Elizabeth Anne. An analysis of household composition and headship rates as
related to changes in mode of production: São Paulo 1765 to 1836. Simpósio
sobre o Progresso da Pesquisa Demográfica no Brasil, Rio de Janeiro, 1976, 14
p., mimeografado.
RESUMO:
Na cidade de São Paulo, em 1765, predominava o modo de produção doméstico ou de
subsistência, não existia uma praça de mercado permanente, havia domicílios
pequenos dominados pela família nuclear, que constituíam a principal força de
trabalho, dedicada, basicamente, à produção de bens para o uso do grupo
familiar. A transformação da economia de subsistência dos domicílios de São
Paulo para a de intercâmbio, entre 1765 e 1836, está vinculada ao
desenvolvimento do sistema de transportes e caminhos para os novos centros de
produção de açúcar e à progressiva valorização da terra. Os domicílios urbanos
começavam a depender do mercado para o abastecimento de produtos básicos.
Também uma proporção expressiva dos domicílios rurais começava a produzir para o
mercado, desenvolvendo-se a especialização regional dos cultivos. Além disto,
registravam-se mudanças no tipo de chefe de domicílio. Em 1765 os domicílios
urbanos eram chefiados, principalmente, por marido e esposa (53,8% dos
domicílios). Em 1836 tal porcentagem caiu para 29,2%, com a diferença
consistindo, basicamente, no aumento de domicílios chefiados por mulheres
solteiras e com baixa renda, com uma elevada proporção de membros não
aparentados. As modificações nos domicílios rurais são similares às descritas
acima, mas menos acentuadas. A proporção de domicílios situados em áreas
urbanas e com escravos também declinou: 47,85% (1765) e 27,64% (1836). A
composição do grupo familiar, restrita ao grupo nuclear, que havia em São
Paulo, em 1765, era muito mais parecida com a que havia em 1972 do que com a
que ocorria em 1836.
LEE,
Ronald D. Inverse projection and back projection: a critical appraisal, and
comparative results for England, 1539 to 1871. Population Studies. London, v.
39, n. 2, jul. de 1985, p. 233-48.
RESUMO:
Projeção inversa e projeção retrospectiva são dois métodos para explorar séries
históricas longas de nascimentos e óbitos, a fim de produzir estimativas
concernentes ao tamanho e à estrutura etária de populações, à migração liquida
e às taxas vitais. Enquanto a projeção inversa requer informação externa sobre
o tamanho da população em datas esparsas, o mesmo não acontece com a projeção
retrospectiva. Neste estudo argumenta-se que a projeção retrospectiva tenta uma
tarefa impossível, e pode apenas, arbitrariamente, selecionar um passado
demográfico dentre um conjunto infinito de outros igualmente plausíveis e
aceitáveis, que também são consistentes com os dados introduzidos. A projeção
inversa, por outro lado, é mais modesta em seu objetivo, mas é robusta e
direta. Wrigley e Schofield usam a projeção retrospectiva para reconstruir a
história demográfica da Inglaterra de 1539 a 1871. Neste estudo, usa-se a
projeção inversa para reproduzir sua reconstrução sob pressupostos que em
importantes aspectos são débeis, embora estas estimativas sejam coerentes com
estimativas independentes do tamanho da população para 1541 e 1696. Os
resultados sustentam a reconstrução de Wrigley e Schofield. No entanto,
argumenta-se que seus dados e sua reconstrução não podem oferecer evidência
independente dos níveis gerais de população para antes do século XVIII. Antes,
eles nos ajudam a interpolar entre marcos para os quais temos evidências
externas.
LOBO,
Eulália Maria Lahmeyer. População e estutura fundiária no Rio de Janeiro:
1568-1920. Anais do IV Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo,
ABEP, 1984.
RESUMO:
Faz-se uma análise da evolução da população da cidade do Rio de Janeiro (RJ),
no período 1568-1920, que apresenta dificuldades de âmbito geral, devido à
precariedade e falta de regularidade das estatísticas e ao fato de que a série
de dados paroquiais é relativamente limitada. Para os séculos XVI, XVII e a
maior parte do XVIII existem apenas estimativas. Os dados apresentados são
correlacionados a fatos históricos que marcaram o desenvolvimento
sócio-econômico da cidade do Rio de Janeiro.
MARCÍLIO,
Maria Luiza. Dos registros paroquiais à demografia histórica no Brasil. Anais
de História. Assis, v. 2, 1970, p. 81-100.
RESUMO:
Estuda-se a utilização dos registros paroquiais na análise da demografia
histórica do Brasil. Propõe-se o estabelecimento de três fases para o momento
da coleta de dados: seleção de documentos; crítica de tais fontes em bases
científicas e metodologia específica para o levantamento de dados. Descrevem-se
a origem e a posterior regulamentação dos registros paroquiais pelo Concílio de
Trento, em 1563. Analisa-se a ausência destes registros no Brasil para os
séculos XVI e XVII, por falta de conservação, e indica-se a necessidade da criação
de catálogos dos registros remanescentes. Assinalam-se as datas dos mais
antigos livros de registro conservados na Cúria Metropolitana de São Paulo,
Belém e Salvador, bem como na diocese de Sorocaba (SP). Dentre as exigências
requeridas para o levantamento de dados dos registros paroquiais, destacam-se:
escolha de uma única paróquia para pesquisa; fixação do período a ser estudado
(por volta de 100 anos); indicação precisa dos objetivos demográficos a serem
analisados e estudo histórico da paróquia em questão (data de fundação,
desdobramentos etc.) Analisam-se alguns aspectos peculiares da formação
histórica brasileira que podem limitar a aplicação da metodologia disponível na
área da demografia histórica, a qual foi desenvolvida, em seu nascedouro, para
as condições imperantes na Europa, especificamente na França.
MARCÍLIO,
Maria Luiza. Crescimento histórico da população brasileira até 1872.In:
Crescimento populacional (histórico e atual) e componentes do crescimento
(fecundidade e migrações). São Paulo, CEBRAP, 1973.
RESUMO:
Examinam-se as diferentes estimativas sobre o número de habitantes do Brasil
desde meados do século XVI até 1872, quando ocorreu o primeiro recenseamento
geral. Quanto à natureza, os dados se dividem em três grandes tipos: a) pré-estatístico,
que começa com a colonização e termina em meados do século XVIII e para o qual
existem poucos estudos; b)proto-estatístico, que vai desde 1750 até 1872; c)
fase estatística, a partir de 1872. As cifras são apresentadas a contar de 1550
e, dada a disponibilidade, segundo variados cortes (região, sexo, condição de
livres ou escravos). Para o período pré-estatístico somente se apresentam
estimativas relativas ao Brasil como um todo. Para o período 1750-1872, no
entanto, são apresentados dados segundo grandes regiões e unidades
administrativas. Examina-se, ademais, a proporção de pessoas livres e escravos,
por grandes regiões e a distribuição por grupos de idade da população de Mato
Grosso em 1880 e das capitanias de São Paulo e do Maranhão em 1790.
MARCÍLIO,
Maria Luiza. Urban and rural variants of pre-industrial demographic regimes in
nineteenth-century Brazil. In: BORAH, Woodrow & MARDOY, Jorge &
STELTER, Gilbert (editores). Urbanization in the Americas: the background in
comparative perspective. Ottawa, National Museum of Man, 1980.
RESUMO:
Trabalho apresentado originalmente no International Congress of Americanists,
Vancouver. As pesquisas iniciais sobre dados demográficos do século XIX, no
Brasil, revelam modelos diferentes dos anteriormente observados na Europa. No
Brasil, encontram-se quatro modelos ligados, respectivamente, ao grau de
isolamento da população, ao acesso aos recursos naturais, natureza do trabalho
e às relações com a economia mundial: 1)economia de subsistência; 2) economia baseada
nas plantations; 3) escravos e 4) regiões urbanas, especialmente os
portos. O número dos escravos mantém-se graças ao aporte constante vindo da
África e a população das cidades pela venda dos escravos e imigração européia.
MARCÍLIO,
Maria Luiza. Sistemas demográficos no Brasil do século XIX. Revista de Cultura
Vozes. Petrópolis, Vozes, v. 74, n. 1, p. 39-48, jan./fev. 1980.
RESUMO:
Trabalho originalmente apresentado no International Congress of Americanists,
Vancouver, em agosto de 1979. Reporta-se um panorama de hipóteses e colocações
preliminares das diferentes padrões, comportamentos, estruturas e dinâmicas
populacionais prevalecentes no Brasil tradicional e pré-industrial. Comenta-se
o modelo demográfico europeu do Antigo Regime e considera-se que influenciou
muito pouco o processo brasileiro, em virtude das diferenças sócio-econômicas.
Procura-se definir, para o século XIX, os possíveis sistemas demográficos do
Brasil. Propõe-se a existência de pelo menos quatro tipos de padrões
demográficos para aquela fase pré-industrial: 1) sistema demográfico das
economias de subsistência: mortalidade relativamente elevada e sem a presença
das chamadas crises de mortalidade, fecundidade elevada e crescimento natural
ao redor de 1,0% ao ano; 2) sistema demográfico das economias de plantation:
mortalidade muito elevada, fecundidade legitima relativamente mais elevada que
nas regiões de agricultura de subsistência, ritmo de crescimento natural menos
rápido; 3) sistema demográfico das populações escravas: mortalidade
extremamente elevada, baixíssimas taxas de nupcialidade, com ausência quase
total da família estável e reconhecida pela Igreja, estrutura segundo o sexo
com predominância do masculino, fecundidade das mais baixas do Brasil,
crescimento vegetativo negativo; 4) sistema demográfico das áreas urbanas no
século XIX: mortalidade bem elevada, com alta freqüência de crises de
mortalidade coletiva, natalidade relativamente menos elevada, índice elevado de
uniões consensuais estáveis, crescimento vegetativo positivo, elevadas taxas de
imigração, população mestiça com maior peso que nas áreas rurais, taxas de
mortalidade infantil mais elevadas do que nas áreas rurais, maior nível de
especialização e mais diversidade em termos de atividades sócio-profissionais.
MARCÍLIO,
Maria Luiza. A população da América Latina de 1900 a 1975. Ciência e Cultura.
São Paulo, SBPC, v. 32, n. 9, set. de 1980, p. 1.155-76.
RESUMO:
Usando estatísticas de censos e estimativas de população, examina-se o
crescimento da população latino-americana neste século. Comparações
retrospectivas por países ou grupos deles mostram as diferenças existentes nas
tendências e nas mudanças populacionais e suas implicações com fatores
sócio-econômicos. São analisadas as taxas de natalidade e mortalidade, o crescimento
natural, migrações internas, esperança de vida, bem como a distribuição
espacial da população e o processo de urbanização observado na área.
MARCILIO,
Maria Luiza & MARQUES, Rubens Murillo. População e comércio de escravos em
Salvador (Bahia) durante o Império. Simpósio sobre o Progresso da Pesquisa
Demográfica no Brasil, Rio de Janeiro, 1976, 13 p., mimeografado.
RESUMO:
Magnitude e características do comércio de escravos em Salvador (BA) durante o
século XIX. Analisa-se o crescimento demográfico de Salvador no período
1775-1872. Neste lapso a população cresceu em um quadro de altas taxas de
mortalidade devidas a epidemias e a péssimas condições de vida; assim, o
crescimento deveu-se, fundamentalmente, à migração. Antes de 1850,
essencialmente, à imigração de população escrava africana; depois de 1850, os
migrantes provinham do campo. Apresentam-se as taxas anuais de venda de
escravos em Salvador, de 1837 a 1887. As flutuações na venda de escravos estão
ligadas ao movimento de entrada e saída de cativos na cidade. A partir de 1840
organiza-se um lucrativo comércio de escravos entre as províncias. No período
1849-1852 foram enviados para o Rio de Janeiro 11.426 escravos. Entre 1850 e
1880 saíam anualmente, em média, 3.000 cativos do Nordeste para o Sul. Das
vendas totais, 58% correspondia a escravos naturais do Brasil enquanto 42% dos
escravos vendidos correspondia a pessoas nascidas na África. O peso dos
solteiros atingia 99,7% e apenas 1,44% dos africanos vendidos apresentava idade
inferior a 20 anos. Os preços mais freqüentes eram de 400 a 499 mil réis e de
1.000 a 1.199 réis. Para as mulheres o preço de venda variava de 300 a 699 mil
réis. A variável idade sempre foi a mais importante para a fixação do preço do
escravo. O grupo de idade que alcançava o preço mais elevado era o dos 25 aos
34 anos para ambos os sexos.
McCAA,
Robert. Orfandad y mortalidad de adultos en el pasado: una critica de los datos
y procedimientos de estudios de seis poblaciones de la America Latina. Notas de
Población. San José, v.13, n.38, ago.de 1985, p. 55-63.
RESUMO:
Trata-se do informe do relator do seminário sobre orfandade e mortalidade no
passado, realizado em dezembro de 1984, em San José da Costa Rica. No informe,
faz-se uma cuidadosa análise crítica dos trabalhos apresentados sobre seis
populações latino-americanas. Assinalam-se as limitações dos dados, afetados
por deficiências administrativas, por uma elevada ocorrência de ilegitimidade,
pela confusão entre os pais biológicos e os adotivos, e pelo significado do casamento
nas diferentes populações. O documento não se limita a descrever o que foi
feito pelos autores e o que foi dito no seminário, pois vai mais além.
Avançam-se sugestões de como se poderia melhorar os trabalhos apresentados.
Face à opinião generalizada, um tanto pessimista, dos autores dos trabalhos, o
relator propõe novos ensaios que permitam testar a verossimilhança das
estimativas. Adota-se uma atitude construtiva e otimista, embora o autor seja
suficientemente cauteloso para terminar afirmando que ainda é prematuro
concluir que da informação sobre orfandade na América Latina possam extrair-se
estimativas válidas sobre a mortalidade adulta do passado.
MERRICK,
Thomas William. Notes on the growth of the Brazilian population in the early
nineteenth century. Simpósio sobre o Progresso da Pesquisa Demográfica no
Brasil, Rio de Janeiro, 1976, 20 p., mimeografado.
RESUMO:
A média da taxa de crescimento da população no Brasil, entre 1800 e 1850, é
estimada em 1,56% ao ano. Grande parte deste crescimento explica-se pelo
aumento natural da população branca e da população de libertos. A taxa de
crescimento natural situar-se-ia entre 10 e 12 por mil, com taxas brutas de
natalidade entre 35 e 40 por mil e taxas brutas de mortalidade entre 35 e 40
por mil, as quais, combinadas com a estrutura etária vigente à época, implicam
uma esperança de vida da ordem de 25 anos. A migração constitui outro dos
fatores que, embora com peso menor, influenciou o aludido crescimento, seja sob
a forma de imigração européia, seja como importação de escravos africanos. Com
respeito aos europeus cabe realçar a imigração de portugueses, deslocados da
terra natal em decorrência de condições sócio-econômicas (escassez de terras,
falta de oportunidades de emprego) ou político-militares (guerras
napoleônicas), bem como a limitada entrada de alemães e demais europeus, os
quais dirigiram-se para a região sul do Brasil.
MERRICK,
Thomas William & GRAHAM, Douglas H. Os escravos e a escravidão na história
demográfica do Brasil do século XIX. In: MERRICK, Thomas William & GRAHAM,
Douglas H. População e desenvolvimento econômico do Brasil de 1800 até a
atualidade. Rio de Janeiro, Zahar, 1981, 442 p.
RESUMO:
A escravidão foi a instituição dominante na estrutura sócio-econômica
brasileira do século XIX. Em 1800, os escravos constituíam pelo menos da metade
da população, sendo o Brasil o maior importador de escravos do Atlântico, entre
1541 e 1850. A alforria e a miscigenação foram muito mais comuns no Brasil do
que nos EUA. Em 1800, 20% da população de cor era livre e, em 1872, 74%.
Estima-se ter sido alta a mortalidade da população escrava, calculando-se uma
esperança de vida da ordem de 18 anos para os escravos em 1872, contra os 27
anos calculados para a população total. Os dados, embora deficientes, revelam
uma nupcialidade e fecundidade muito inferior à da população branca.
MORAES,
Agueda Vilhena de. A ocupação humana na região de Pedro Leopoldo e Lagoa Santa,
Minas Gerais: pré-história, etnologia e colonização. Revista do Museu Paulista.
São Paulo, v. 21, 1974, p. 37-46.
RESUMO:
Descreve-se a área prospectada pela Missão Franco-Brasileira, no Vale do Rio
das Velhas (MG), em 1971. Após as pesquisas de Peter Wilhelm Lund, entre 1835 e
1844, a região de Lagoa Santa passou a ser considerada a mais antiga área
arqueológica da América. Comprovou-se a existência de homens na região há
10.000 anos, aproximadamente. Historiam-se as primeiras bandeiras paulistas que
entraram em Minas Gerais, localizando-se os povoados criados nesta região A
partir de relatos de viajantes do século XIX, tenta-se uma reconstituição da
ocupção indígena, descrevendo-se a distribuição histórico-geográfica
de dez
tribos. Conclui-se pela necessidade de novos estudos
arqueológicos
na área.
MOTT,
Luiz R. B. A homossexualidade, uma variável esquecida pela demografia
histórica: os sodomitas no Brasil colonial. Anais do III Encontro Nacional de
Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, 1983.
RESUMO:
Prestam-se algumas informações de caráter acadêmico-profissional principalmente
com relação à questão homossexual no Brasil e nos Estados Unidos. Objetiva-se:
a) chamar a atenção dos estudiosos da população, em particular dos demógrafos
historiadores, para uma nova área nos estudos populacionais: a homossexualidade
e os homossexuais; b) refletir com maior rigor em que medida a homossexualidade
e a homofobia podem ser correlacionadas e melhor entendidas à luz de certas
variáveis demográficas; c) divulgar um estudo de caso concernente a uma
sub-população de homossexuais: os sodomitas processados na Bahia e em
Pernambuco entre 1591 e 1680. Estudando tal sub-população a intenção foi dupla:
resgatar a história de milhares de homens e mulheres cujo direito à história
foi até então negado e fornecer subsídios para os defensores dos direitos
humanos dos sexualmente discriminados. Para o estudo da homossexualidade sob a
perspectiva demográfica considera-se a homossexualidade e o controle
demográfico e as raízes demográficas da homofobia. Apresenta-se, também, um
estudo sobre os sodomitas no Nordeste colonial, baseado em documentos do
Tribunal do Santo Ofício quando de suas "visitações" ao Nordeste do
Brasil, entre os anos de 1591 e 1620. Através de tais documentos, além das
confissões de sodomia, temos os seguintes dados: idade, ocupações, estado
conjugal, cor, naturalidade e idade à primeira e quando das demais relações
homossexuais. Conclui-se que a questão sobre a homossexualidade deva ser
analisada em todas as áreas da ciência sem preconceitos, com cientificidade,
inclusive em estudos demográficos.
MOTT,
Luiz R. B. Fontes inquisitoriais para o estudo da demografia histórica do
Brasil. História: Questões & Debates. Curitiba, v. 6, no. 11, dez. 1985, p.
239-50.
RESUMO:
Tem-se como objetivo arrolar fontes que possam fornecer subsídios para a
história demográfica do Brasil, por conterem informações quantitativas e
qualitativas sobre populações do passado. Salienta-se que dos quatro tribunais
que compunham o Santo Ofício lusitano é a documentação da Inquisição de Lisboa
a que nos interessa pois o Brasil estava sujeito à "Casa do Rocio" e
apenas muito esporadicamente encontram-se nos outros tribunais pessoas nascidas
no Brasil. Finalizando, apresenta-se uma lista das Devassas Episcopais
realizadas no Brasil e referidas na documentação inquisitorial, ressalta-se que
este material é riquíssimo para o estudo de certas variáveis demográficas,
notadamente da mancebia ou concubinato, servindo, ademais, a estudos de caráter
genealógico.
NERY,
Gabriel Cedraz & CARVALHO, Vera Shirley Silva & BARBOSA, Luiz Carlos
Carlos Austregésilo. A mortalidade na cidade do Salvador. Revista Baiana de
Saúde Pública. Salvador, v. 10, n. 1, jan./mar. de 1983, p. 7-32.
RESUMO:
Estudo da mortalidade na cidade de Salvador (BA), compreendendo, de maneira
descritiva, o período que vai da fundação da cidade até o fim do século XVIII
e, através de dados expressos numericamente, o lapso temporal 1800-1981. As
informações são relativas à mortalidade geral, encontrando-se dados esparsos
sobre mortalidade infantil a partir de 1920. Há alguns comentários relativos à
mortalidade proporcional por idade e uma análise sumária da ocorrência de
algumas doenças infecciosas. Supõe-se que a existência de doenças como a bouba,
o reumantismo e certas "febres intermitentes", desde a fundação da
cidade, sendo os óbitos, no primeiro período estudado, decorrentes de fatores
diversos: a violência, a desnutrição, as epidemias e endemias, a lepra, as
doenças respiratórias e transmissíveis. No segundo período estudado, notou-se a
mudança do nível de saúde, após a década de 30. Comparando-se com a evolução do
nível de saúde em outras cidades e em outros países, observa-se que tal evolver
foi muito lento em Salvador. Concluiu-se que a mortalidade infantil foi muito
alta até a década de 1960, passando a moderada em 1980. As doenças diarreicas
são importante causa de óbitos, as doenças transmissíveis e as do coração foram
os principais grupos de causa de moralidade e, em todos os anos do período, os
óbitos foram, principalmente, por doenças evitáveis. O estudo é parte de um trabalho
mais amplo, no qual se buscará estabelecer a comparação entre a evolução
econômica e o comportamento da mortalidade.
OLIVEIRA,
Maria Coleta Ferreira Albino de. Resumo dos discussões sobre o tema
"processos sócio-econômico e demográfico numa perspectiva histórica".
Anais do IV Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, 1984.
RESUMO:
Os trabalhos apresentados e discutidos nas sessões realizadas evidenciam
distintas maneiras de tratamento dos dados ou informações sobre a população no passado,
ou seja, quanto à demografia numa perspectiva histórica. Três foram as linhas
seguidas pelos autores dos trabalhos: a) reconstituição e avaliação das
informações e estimativas populacionais e de alguns de seus segmentos; b)
recuperação, mediante dados demográficos, da história social ou de aspectos das
condições e modos de vida de segmentos populacionais do passado; c) exame de
mecanismos em que a população funciona como fator desencadeador de mudanças ou
em que os fenômenos e processos demográficos são afetados pelos processos
sociais e conômicos. Dentre estas linhas, ressalta-se a importância da via
populacional como entrada na história social, permitindo a articulação do
cotidiano e do estrutural, ao mesmo tempo que possibilita a quantificação de
certos fenômenos e processos. Finalizando, apontam-se áreas que merecem
estímulos à pesquisa, de forma que estas possam enriquecer o conhecimento
concernente à demografia histórica brasileira.
PAIVA,
Clotilde de Andrade. Mariana: características da população em 1801. Anais do IV
Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo, ABEP, 1984, p. 7-11.
RESUMO:
Apresentam-se algumas das características da estrutura populacional do núcleo
urbano da cidade de Mariana (MG) no ano de 1831, a fim de levantar hipóteses
sobre a dinâmica demográfica desta área nas primeiras décadas do século XIX.
Mariana situa-se na zona metalúrgica e foi a área de colonização mais antiga, o
foco principal da mineração aurífera e a região mais densamente urbanizada da
província. Apesar das dificuldades conceitual e empírica de se delimitar o que
é "urbano" no século XIX, o Distrito de Paz da Paróquia de Mariana,
pode ser considerado como um exemplo de sociedade urbana que surgiu e se
desenvolveu nas regiões mineradoras. Primeiramente, apresentam-se algumas
informações sobre a cidade de Mariana e discutem-se os dados. Posteriormente,
apresentam-se alguns resultados, comparando-os aos resultados de outros
pesquisadores. Por fim, levantam-se algumas hipóteses sobre a dinâmica demográfica
da região.
RIBEIRO
JÚNIOR, José. Subsídios para o estudo da geografia e demografia histórica do
Nordeste brasileiro. Anais de História. Assis, v. 2, 1970, p. 147-57.
RESUMO:
Publicação de um documento de 1776, contendo informações sobre todas as paróquias
pertencentes ao Bispado de Pernambuco. Este bispado incluía as capitanias do
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Indica-se a distância das
paróquias em relação à matriz e o número de capelas, sacerdotes, fogos e
pessoas de desobriga. O bispado possuía, no total, 571 capelas, 64.868 fogos e
260.343 pessoas de desobriga (as que já haviam recebido a primeira comunhão).
SAMARA,
Eni de Mesquita. Casamento e papéis familiares em São Paulo no século XIX.
Cadernos de Pesquisa. São Paulo, n. 37, p. 17-25, maio de 1981.
RESUMO:
Analisa-se o papel do casamento na sociedade paulista durante o século XIX, com
base em informações censitárias, testamentos e diversos manuscritos da época.
Constata-se que os matrimônios realizavam-se num círculo limitado da população
e estavam sujeitos a certos padrões e normas, que agrupavam os indivíduos em
função da origem e da posição sócio-econômica ocupada. Este fato não eliminou a
fusão dos grupos sociais e raciais, que ocorreu paralelamente, através das
uniões esporádicas e da concubinagem. Esta situação é explicada pelo padrão
duplo de moralidade que regulava as relações dos sexos, em cada grupo social.
As mulheres de classe alta, circunscritas à vida familiar, aspiravam ao
casamento e maternidade. Ao passar da tutela do pai à do marido, ficavam menos
expostas às relações ilícitas e mais aptas a desempenhar um papel tradicional e
restrito. Nas camadas mais baixas, mestiças, negras e mesmo brancas, viviam
menos protegidas e mais sujeitas à exploração sexual. Suas relações se
desenvolviam dentro de uma moral que, principalmente em virtude das
dificuldades econômicas e de raça, se contrapunha ao ideal de castidade, embora
não chegando a transformar a maneira pela qual a cultura dominante encarava a
questão da virgindade e nem a posição privilegiada do sexo masculino. Muitos
arranjos matrimoniais eram feitos a fim de preservar o patrimônio econômico,
sem a participação ou o consentimento dos nubentes. Essa mesma preocupação
explica, também, a ocorrência de muitos casamentos consangüíneos e alta
proporção de celibatos.
SAMARA,
Eni de Mesquita. Os agragados: uma tipologia ao fim do período colonial
(1780-1830). Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, v. 11, n. 3, dez. de 1982,
p. 159-68.
RESUMO:
Pretende-se deslindar a partir de seu contexto histórico concreto, no caso a
Vila de Itu de 1780 a 1830, as características e as formas que pode assumir uma
camada social especifica: os agregados. O estudo de tal camada revela a
complexidade social vigente no Brasil durante o período colonial. A tipologia
dos agregados, permite perceber a existência de categorias distintas dentro de
um mesmo estrato social e suas diferentes formas de articulação com o sistema
envolvente. Tomam-se dois pontos básicos: as condições que favorecem a constituição
desses elementos como categoria social e as funções que exerceram em relação às
necessidades gerais do sistema. Apesar da presença da escravidão que, ao lado
da economia mercantil, expropriou os agregados da terra e os afastou das
atividades econômicas mais importantes, observa-se que não houve uma
marginalização total destas pessoas, as quais, de forma indireta, contribuíram
para a sustentação do sistema escravista.
SAMARA,
Eni de Mesquita. Família e agregados: duas experiências de pesquisa em demografia
histórica. Anais do III Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo,
ABEP, 1983, p. 461-64.
RESUMO:
Trata-se do relato de duas pesquisas -- O papel do agregado na região de Itu
(1790-1830) e A família na sociedade paulista do século XIX -- nas quais
analisa-se a hipótese de que o modelo patriarcal, tido como predominante na
sociedade paulista do século passado, define-se, apenas, como uma possibilidade
num conjunto de outros modelos, também representativos da família paulista. Os
dados utilizados foram levantados dos Maços de População (listas nominativas de
habitantes) para o período 1773-1836. Para o estudo da família foram
compulsados, além dos Maços de População, os testamentos do Terceiro Ofício da
Família e os processos de Divórcio e Nulidade de Casamentos.
SCHWARTZ.
Stuart B. Segredos internos: trabalho escravo e vida escrava no Brasil.
História: Questões & Debates. Curitiba, v. 4, no. 6, jun. 1983, p. 45-59.
RESUMO:
Conferência proferida pelo autor na qual parafraseando Marx, procura-se
identificar as condições de trabalho que definem o sistema escravista
brasileiro. A articulação dos outros níveis da condição escrava --
oportunidades sociais e culturais, caminhos para a liberdade – deve ser buscada
na lógica da produção. A partir de tal perspectiva são abordadas as linhas
gerais do escravismo no Brasil, procurando suas especificidade.
SILVA,
Maria Beatriz Nizza da. Casamentos de escravos na capitania de São Paulo.
Ciência e Cultura. São Paulo, SBPC, v. 32, n. 7, jul. de 1980, p. 816-21.
RESUMO:
Questiona-se a afirmação de que o casamento na época colonial era considerado
inútil e atè visto como nocivo ao sistema escravista enquanto constituía uma
ameaça de alforria e libertação por parte de ameríndios e africanos.
Consideram-se aspectos da doutrina católica, das exigências burocráticas e a
visão dos próprios escravos envolvidos na situação.
SOMOZA,
Jorge L. Mortalidad adulta y orfandad en el pasado: cinco casos
latinoamericanos. Notas de Población. San José, v. 13, n. 38, ago. de 1985, p. 9-53.
RESUMO:
Apresenta-se ums descrição da evolução histórica de cinco populações e um exame
das circunstâncias em que se coletaram e compilaram dados sobre a orfandade
(materna e paterna) dos nubentes no momento do casamento. Os estudos históricos
compreendem: San Luis de La Paz, no México do século XVIII; Valparaiso entre
1871 e 1875; Lima, entre 1869 e 1871; um grupo luterano de Curitiba, entre 1880
e 1919 e, finalmente, a cidade argentina de Corrientes, entre 1866 e 1875. São
descritos os passos seguidos na análise das informações coletadas: a partir de
proporções de não órfãos, segundo grupos qüinqüenais de idades dos nubentes,
chega-se à construção de tábuas de vida referentes a um período de vida entre
os 25 e os 75 anos, no caso da mortalidade materna e entre os 30 e os 70 anos,
no da paterna. O documento inclui comentários sobre os resultados, adverte o
leitor sobre o cuidado com que devem ser interpretados e apresenta diferenças
de mortalidade por sexo, que se revelam plausíveis. É tão escasso o conhecimento
que se tem da mortalidade no passado que, apesar das limitações, o valor do
método descrito não pode ser menosprezado.
COSTA,
Iraci del Nero da. Minas Colonial: características básicas de quatro estruturas
demo-econômicas. Acervo. Rio de Janeiro, v.1, n.1, p. 95-114, jan./jun. 1986.
ABSTRACT:
This work intends to show the particularities of four demo-economics
structures: urban, rural-mining, intermediate and rural of self-consuming. For
this, such structures were identified from the analyses often localities of
Minas Gerais. The data presented here are based in census information related
to the beginning of the 19th Century.
SILVA,
Francisco Carlos Teixeira da. Os arquivos cartorários e o trabalho do
historiador. Acervo. Rio de Janeiro, v.2, n.1, p. 5-16, jan./jun. 1987.
ABSTRACT:
Although Brazilian historians are aware of the importance of notarial archives,
it has not yet passed by a complete process of systematization nor possesses a
specific methodology for its exploration. It exists in Brazil since the
colonial period and it constitutes the only uniform and continuous documentary
mass that includes large aspects of Brazilian economic and social life.
BALHANA,
Altiva Pilatti. Reconstituição de famílias: instrumento de análise demográfica.
Acervo. Rio de Janeiro, v.2, n.1, p. 53-64, jan./jun. 1987.
ABSTRACT:
Studies dedicated to historical demography are still very rare in Brazil,
despite the relative variety of sources. The main obstacles to the enlargement
of this field are access difficulties and lack of knowledge and indefinition of
document collections that may contain demographic interest. This article
presents the methodology followed by the research program on historical demography
developped in Paraná, showing the possibility of researches in this new field,
still very little studied in Brazilian historiography.
GOMES,
Flávia Roncarati. Parati, memória documental em risco. Acervo. Rio de Janeiro,
v.2, n.1, p. 65-78, jan./jun. 1987.
ABSTRACT:
This article is a survey of the documents found in the municipality of Parati,
at Câmara Municipal, Fórum Sílvio Romero, Igreja de Nossa Senhora do Rosário e
São Benedito and Santa Casa de Misericórdia. The documents include bound and looseleaf
manuscripts and printed texts from the eighteenth, nineteenth and twentieth
centuries. It is the duty of municipal archives to hold on to their documents,
preserve them and protect them, for they are invaluable for the study of local
history.
FIGUEIREDO,
Luciano Raposo de A. & SOUSA, Ricardo Martins de. Segredos de Mariana:
pesquisando a Inquisição mineira. Acervo. Rio de Janeiro, v.2, n.2, p. 11-34,
jul./dez. 1987.
ABSTRACT:
The registers about the action of Tribunal do Santo Ofício in Brazil have a
significant space in our historiography. This article makes a critical
evaluation of some works already done, based on the procedures that involved
pastoral visits, besides furnishing subsidies to researches related to the
theme.
LIBBY,
Douglas Cole. Historiografia e a formação social escravista mineira. Acervo.
Rio de Janeiro, v.3, n.1, p. 7-20, jan./jun. 1988.
ABSTRACT:
This article examines current revisionist tendencies within the historiography
of Minas Gerais which deals with the eighteenth and nineteenth centuries.
Considering the slaves social formation as the dominant unifying element of
both the colonial and provincial periods, the text reflects upon certain
revisionist advances and their implications for further studies.
SALLES,
Gilka Vasconcelos Ferreira de. A escravidão negra na província de Goiás:
1822-1888. Acervo. Rio de Janeiro, v.3, n.1, p. 37-50, jan./jun. 1988.
ABSTRACT:
This is a study of negro slavery in the province of Goiás, highlighting the
pertinent historical events, that is the origin of the slaves and their
contribution to the economy, the number and cost of the slaves as well as the
final events that led up to the abolition, both juridical and political.
Aspects of the life of bondage of the slave will also be considered. Goiás did
not differ greatly from the other provinces of Brazil involued in the use of
slave labour. However, due to regional variants, slight differences can be
detected a nd this is only to be expected. The methodology adopted follows the
heuristic approach and takes into account several documents and other sources
which were consulted and relates to the essential foundations of historical
methods.
GALLIZA,
Diana Soares de. Análise das fontes para o estudo da escravidão na Paraíba.
Acervo. Rio de Janeiro, v.3, n.1, p. 83-89, jan./jun. 1988.
RÉSUMÉ:
Les archives cartulaires possèdent des documents très importants pour l'étude
de l'esclavage dans ses multiples aspects: les inventaires fournissent les
données pour la reconstitution de l'économie de la province de Paraíba et
permettent d'accompagner la participation de la main d'oeuvre esclave dans les
activités économiques; les lettres d'affranchissement constituent une matière
de grand intérêt pour l'histoire des mentalités; les procédures criminelles
aident a évaluer l'index de la criminalité entre les esclaves. En outre, les
registres paroissiales sont également de considérable intérêt aux études
qualitatives et quantitatives de l'esclavage. Les sources primaires
d'impression officiel, en même temps que les journaux de l'époque, deviennent
absolument necéssaires à l'abordage de la violence et de la vigilance
indispensables à la conservation de l'ordre social esclavagiste. Cette
documentation fournit, aussi, les éléments pour l'étude des mouvements
abolitionnistes à Paraíba.
SILVA,
Maria Beatriz Nizza da. A documentação do Desembargo do Paço no Arquivo
Nacional e a história da família. Acervo. Rio de Janeiro, v.3, n.2, p. 37-53,
jul./dez. 1988.
ABSTRACT:
The Mesa do Desembargo do Paço, institution created in 1808, when the Court
arrived in Brazil, acted in three important moments of the familiar life: the
choice of guardianship to under age persons, the emancipation of the ones that
haven't reached the legal age of maturity and, at last, the legitimation of
illegitimated children. In this article the authoress analyses the importance
of the
documentation,
holding by the National Archives of Brazil, to the Brazilian familiar history.
RELAÇÃO
DE TRABALHOS PUBLICADOS NA ÁREA DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA
Vão
arrolados, aqui, trabalhos incorporados ao arquivo denominado ROL - RELAÇÃO DE
TRABALHOS PUBLICADOS desde o número próximo passado
deste
BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA até o presente. O arquivo ROL, vale dizer, a
relação integral e atualizada dos aludidos trabalhos, acha-se à disposição dos
interessados, os quais deverão remeter, para a editoria deste Boletim, um
disquete já formatado e a competente solicitação. Tal disquete -- se compatível
com a linha IBM-PC e de dupla face -- pode ser de qualquer marca, especificação
(3 1/2" ou 5 1/4"), densidade (DD-dupla densidade ou HD-alta
densidade) ou capacidade (360 Kb, 700 Kb, 1,2 Mb ou 1,44 Mb).
ARANTES,
Antonio Augusto. Pais, padrinhos e o Espírito Santo: um reestudo do compadrio.
In: ALMEIDA, Maria Suely Kofes de et alii. Colcha de retalhos: estudos sobre a
família no Brasil. São Paulo, Brasiliense, p. 195-204.
BALHANA,
Altiva Pilatti & WESTPHALEN, Cecília Maria. A exploração das fontes. In: DAUMARD,
Adéline et alii. História Social do Brasil. Teoria e Metodologia. Curitiba,
Universidade Federal do Paraná, 1984.
BARCIK,
Verginia. Campo Largo, 1832-1882: demografia histórica, (mestrado, Universidade
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Programme pluriannuel en sciences humaines Rhône-Alpes (CNRS), 1991, xii+227
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BIDEAU,
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Curitiba (Brésil) au XVIIIe. siècle approche de la fécondité. Annales de
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SAMARA,
Eni de Mesquita & MATOS, Maria Izilda Santos de. Manos femininas: trabajo y
resistencia de las mujeres brasileñas (1890-1920). In: THÉBAUD, Francoise
(ed.). Historia de las mujeres en Occidente. Madrid, 1993.
SANTOS,
Rosane Vaconcelos Ataide. A emigração portuguesa no contexto da economia
cafeeira: 1870-1890, (mestrado, Universidade Federal do Paraná, 1994),
mimeografado.
SIQUEIRA,
Marcia Terezinha Andreatta Dalledone. Saúde e doença na Província do Paraná
(1853-1889), (doutorado, Universidade Federal do Paraná), 396 p., mimeografado.
WORLD POPULATION GROWTH FROM YEAR 0 TO
STABILIZATION
Data from the Population Division, United
Nations Secretariat
Year |
Population (in billions) |
Source |
0 |
0,30 |
Durand |
1000 |
0,31 |
Durand |
1250 |
0,40 |
Durand |
1500 |
0,50 |
Durand |
1750 |
0,79 |
D & C |
1800 |
0,98 |
D & C |
1850 |
1,26 |
D & C |
1900 |
1,65 |
D & C |
1910 |
1,75 |
Interp |
1920 |
1,86 |
WPP63 |
1930 |
2,07 |
WPP63 |
1940 |
2,30 |
WPP63 |
1950 |
2,52 |
WPP92 |
1960 |
3,02 |
WPP92 |
1970 |
3,70 |
WPP92 |
1980 |
4,45 |
WPP92 |
1990 |
5,30 |
WPP92 |
1993 |
5,57 |
WPP92 |
2000 |
6,23 |
WPP92 |
2025 |
8,47 |
WPP92 |
2050 |
10,02 |
LR |
2075 |
10,84 |
LR |
2100 |
11,19 |
LR |
2125 |
11,39 |
LR |
2150 |
11,54 |
LR |
Stabilization |
11,6 |
LR |
Sources:
Durand: J.D. Durand, 1974. Historical Estimates of World
Population: Na Evaluation (University of Pennsylvania,
Population Studies Center, Philadelphia), mimeografado.
D & C: United Nations, 1973. The Determinants and
Consequences of Population Trends, Vol. 1 (United Nations,
New York).
WPP63: United Nations, 1966. World Population
Prospects as Assessed in 1963 (United Nations, New York).
WPP92: United Nations, 1993. World Population
Prospects: The 1992 Revision (United Nations, New York).
LR: United Nations, 1992. Long-range World Population
Projections: Two Centuries of Population Growth,
1950-2150 (United Nations, New York).
Interp: Estimate interpolated from adjacent population
estimates.
A
partir deste número do BHD, passar-se-á a fornecer os resultados parciais do
Censo de Demografia Histórica, cujo objetivo é proceder ao levantamento, o mais
completo possível, dos estudiosos da área, bem como de suas respectivas
produções científicas.
Os informes abaixo fornecidos seguem a
forma explicitada a seguir:
Nome
Rua
CEP - Cidade, Estado
(DDD) Telefone
(DDD) Fax
Instituição à qual se encontra vinculado
Alain Bideau
70 Rue Jean Jaurés
69100 Villeurbanne
France
tel. 72 72 05 68
fax. 78 07 61 71
Centre National de la Recherche Scientifique-CNRS
Centre Jacques Cartier
Alida C. Metcalf
Department of History, Trinity University
78202-7200 San Antonio, Texas
USA
tel. (210) 736-7627
fax. (210) 736-7305
Anna Gicelle Garcia Alaniz
Caixa Postal 1477
13001-970 Campinas, SP
tel. (0192) 55-3142
Departamento de História, FFLCH/Universidade de S. Paulo
Cacilda da Silva Machado
Rua José Bernardino Bormann, 1373, ap. 105
80710-500 Curitiba, PR
tel. (041) 362-3038, ramal 223
Departamento de História, Universidade Federal do Paraná
Cláudia Eliane Parreiras Marques
Rua João Caetano, 185
Bairro Nova Suiça
30460-190 Belo Horizonte, MG
tel. (031) 332-8449
CEDEPLAR/Universidade Federal de Minas Gerais
Clotilde Andrade Paiva
Rua Curitiba, 832, 9. andar
30170-120 Belo Horizonte, MG
tel. (031) 201-3253, (031) 201-3657
CEDEPLAR/FACE/Universidade Federal de Minas Gerais
Dora Isabel Paiva da Costa
Rua Alberto Cerqueira Lima, 375
Taquaral
13076-010 Campinas, SP
tel. (0192) 52-4612
fax. (0192) 52-4612
Universidade Federal Fluminense
Eni de Mesquita Samara
Rua Tuim, 465, ap. 21
Moema
04514-101 São Paulo, SP
tel. (011) 240-2402
Departamento de História, Universidade de São Paulo
Fernando Lobo Lemes
Rua 16-A, 262, ap. 402
Setor Aeroporto
Goiânia, GO
tel. (062) 229-0562, (062) 621-3812
CEDHAL/Universidade de São Paulo
Flávia Arlanch Martins de Oliveira
Rua Olavo Bilac, 34
17211-020 Jaú, SP
tel. (0146) 22-2634
Francisco Vidal Luna
Rua da Consolação, 3574, ap. 10-A
01416-000 São Paulo, SP
tel. (011) 280-2426, (011) 816-3866
fax. (011) 814-2995
FEA/Departamento de Economia, Universidade de São Paulo
Horácio Gutiérrez
Rodovia Raposo Tavares, 3175, ap. 147-D
05575-900 São Paulo, SP
tel. (011) 819-5719
Secretaria de Planejamento e Gestão, Estado de São Paulo
Iraci del Nero da Costa
Rua Dr. Cândido Espinheira, 823, ap 21
05004-000 São Paulo, SP
tel. (011) 38655-2391
fax. (011) 3865-2391
FEA/Departamento de Economia, Universidade de São Paulo
João Luís Ribeiro Fragoso
Rua Muniz Barreto, 660, ap. 207
Botafogo
22251-090 Rio de Janeiro, RJ
tel. (021) 537-1856
Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ
José Flávio Motta
Rua Adele, 210, bloco 8, ap. 44
04757-050 São Paulo, SP
tel. (011) 247-6104, (011) 818-5927
FEA/Departamento de Economia, Universidade de São Paulo
José Luis Petruccelli
Rua Efigênio de Sales, 215, ap. 202
Cosme Velho
22241-150 Rio de Janeiro, RJ
tel. (021) 556-2272
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE
José Roberto Góes
Rua Laranjeiras, 452, ap. 104
22240-002 Rio de Janeiro, RJ
Júlio Manuel Pires
Rua Jerônima Dias, 159, ap. 11
02407-000 São Paulo, SP
tel. (011) 298-7694
FEA/Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Lelio Luiz de Oliveira
Rua Major Claudiano, 1488
14400-690 Franca, SP
tel. (016) 722-6222
fax. (016) 723-6645
Universidade Estadual Paulista-UNESP
Leonardo Viana da Silva
Rua Tenente Serpa, 485
Novo Progresso
32115-180 Contagem, MG
tel. (031) 473-1386
CEDEPLAR/Universidade Federal de Minas Gerais
Luiza de Marilac de Souza
Avenida Londres, 299, ap. 201
Eldorado
32340-570 Contagem, MG
tel. (031) 355-1239, (031) 201-3211, ramal 52
CEDEPLAR/Universidade Federal de Minas Gerais
Luiz Roberto Netto
Rua Conselheiro Nébias, 887
01203-001 São Paulo, SP
tel. (011) 222-0211, PABX 4610
fax. (011) 222-5583
Editora do Brasil S.A.
Manolo Garcia Florentino
Rua Figueiredo Magalhães, 1033, ap. 302
Copacabana
22031-010 Rio de Janeiro, RJ
tel. (021) 257-8410
Departamento de História, Universidade Federal do R. de
Janeiro
Marcelo Magalhães Godoy
Rua Curitiba, 832, sala 1205
30170-120 Belo Horizonte, MG
tel. (031) 201-3211, ramal 52
CEDEPLAR/FACE/Universidade Federal de Minas Gerais
Maria de Fátima Rodrigues das Neves
Rua Jayme Valdemir de Medeiros, 165
Interlagos
04783-080 São Paulo, SP
tel. (011) 522-6977
fax. (011) 815-5273
CEDHAL/Universidade de São Paulo
Maria de Lourdes Mônaco Janotti
Rua Pedralva, 211
05467-020 São Paulo, SP
tel. (011) 261-2900
Departamento de História, Universidade de São Paulo
Maria do Carmo Salazar Martins
Rua Curitiba, 832, 9. andar
30170-120 Belo Horizonte, MG
tel. (031) 201-3253, (031) 201-3211, ramal 47
CEDEPLAR/Universidade Federal de Minas Gerais
Maria Helena Spyrides Cunha
Rua Vicente Farache, 1878, ap. 702
Morro Branco
59015-370 Natal, RN
tel. (084) 221-4299, (084) 231-1266, ramal 256
Dep. de Estatística, Universidade Federal do R. Grande do
Norte
Maria Iza Gerth da Cunha
Rua Celso Egídio de Souza Santos, 759
Chapadão
13070-570 Campinas, SP
tel. (0192) 41-0851
CEDHAL, Departamento de História, Universidade de São Paulo
Maria Luiza Andreazza
Rua Bruno Filgueira, 2054, ap. 1102
Bigorrilho
80730-380 Curitiba, PR
tel. (041) 335-4192, (041) 362-3038, ramais 263 e 196
Universidade Federal do Paraná
Maria Luiza Marcílio
Rua Padre João Manuel, 774, ap. 142
01411-000 São Paulo, SP
tel. (011) 282-8550, (011) 815-5273
fax. (011) 815-5273
CEDHAL, Departamento de História, Universidade de São Paulo
Maria Silvia C. Beozzo Bassanezi
Rua Dr. Shigeo Mori, 1294
13084-431 Campinas, SP
tel. (0192) 39-1340, (0192) 39-8576
fax. (0192) 39-4000
Núcleo de Estudos de População-NEPO/Univ. Estadual de
Campinas
Mario Marcos Sampaio Rodarte
Avenida Augusto de Lima, 1142, ap. 506
Bairro Barro Preto
30190-003 Belo Horizonte, MG
tel. (031) 337-1224, (031) 201-3211, ramal 52
CEDEPLAR/Universidade Federal de Minas Gerais
Maurício Martins Alves
Rua São Pedro, 541
Alto São Pedro
12082-010 Taubaté, SP
tel. (0122) 32-0621
Miridan Britto Knox
Rua Igarapava, 31, ap. 202
Leblon
22450-200 Rio de Janeiro, RJ
tel. (021) 274-0302, (021) 274-0315
IFCS/Universidade Federal do Rio de Janeiro
Nelson Nozoe
Rua Santo Stefano, 60
02480-000 São Paulo, SP
tel. (011) 210-8334
FEA/Departamento de Economia, Universidade de São Paulo
Odilon Nogueira de Matos
Av. Dona Libânia, 1897, ap. 111
13015-090 Campinas, SP
tel. (0192) 34-5837
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Renato Leite Marcondes
Alameda Itu, 137, ap. 81
01421-000 São Paulo, SP
tel. (011) 285-1375
FEA/Departamento de Economia, Universidade de São Paulo
Rodolpho Telarolli Junior
Avenida Mario Ybarra Almeida, 1498
Carmo
14800-420 Araraquara, SP
tel. (0162) 22-2396, (0162) 32-1233, ramal 179
fax. (0162) 22-4823 (a/c UNAMOS)
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, UNESP-Araraquara
Sérgio Luiz Vianna Mandrioli
Rua Jaime Ovale, 100, ap. C-102
Ilha do Governador
21940-000 Rio de Janeiro, RJ
tel. (021) 393-5561
Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ
Sergio Odilon Nadalin
Rua Bororós, 555
Vila Izabel
80320-260 Curitiba, PR
tel. (041) 243-1760, (041) 362-3038, ramais 263, 223 e 196
fax. (041) 264-2791
Departamento de História, Universidade Federal do Paraná
Sheila Siqueira de Castro Faria
Condomínio Ubá-Pendotiba, rua 4, quadra 1, lote 13
24322-140 Niterói, RJ
tel. (021) 616-1965
Departamento de História, Universidade Federal Fluminense
Silvia Maria Jardim Brügger
Rua General Roca, 932, ap. 401
Tijuca
20521-070 Rio de Janeiro, RJ
tel. (021) 254-6844
Departamento de História, Universidade Federal Fluminense
Suzana Podkolinski Pasqua
Rua Acutiranha, 240
05679-000 São Paulo, SP
tel. (011) 842-5208
CEDHAL/Universidade de São Paulo
Tarcísio Rodrigues Botelho
Rua Entre Rios, 150, ap. 511
30710-080 Belo Horizonte, MG
tel. (031) 201-1972
Universidade Federal de Ouro Preto-UFOP
Wagner Ricardo dos Santos
Rua Paulo Pinheiro Chagas, 111
Bairro Vitória
31970-120 Belo Horizonte, MG
tel. (031) 201-3211, ramal 52
CEDEPLAR/Universidade Federal de Minas Gerais
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