NÚCLEO DE ESTUDOS EM HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

Ano II, Número 5 - Março 1995

 

SUMÁRIO
Apresentação
Publicações Recebidas
Resumos - SEADE/DOCPOP
Resumos
Relação de Trabalhos Publicados
Censo de Demografia Histórica
Aos Colaboradores

Editores deste número: José Flávio Motta e Julio Manuel Pires

 

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APRESENTAÇÃO

Neste número damos continuidade à publicação dos "Resumos -SEADE/DOCPOP", apresentando mais um conjunto de resumos elaborados com base nos informes constantes dos arquivos da Fundação SEADE/DOCPOP, atinentes a parte dos trabalhos catalogados sob a rubrica "Demografia Histórica". Outrossim, continuamos a fornecer, na seção "Censo de Demografia Histórica", resultados parciais do levantamento realizado pelo BHD e cujo objetivo é elaborar um cadastro, o mais completo possível, dos estudiosos da área, bem como de suas respectivas produções científicas. De outra parte, mantém-se neste boletim o processo de atualização da Relação de Trabalhos Publicados - ROL. Completa este número do BHD a relação de publicações recebidas.

 

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PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

ANDRADE, Manuel Correia de. O sentido da colonização. Recife: 20-20 Comunicação e Editora, 1994, 120 p.

BIDEAU, Alain, BURMESTER, Ana Maria & BRUNET, Guy. Les familles de Curitiba (Brésil) au XVIIIe. siècle: approche da la fecondité. Annales de Démographie Historique 1993. Paris, Société de Démographye Historique - E.H.E.S.S., 1993, p. 7-24.

CARDOSO, Jayme Antonio & NADALIN. Sérgio Odilon. Les mois et les jours de mariage au Paraná (Brèsil) aux XVIIIe. XIXe. et XXe.siécles, p. 11-27.

KNOX, Miridan Britto. Escravos do Sertão: demografia, trabalho e relações sociais, Piauí, 1826-1888, Tese de Doutorado. São Paulo: FFLCH/USP, 1993, xiii+277 p., mimeografado.

NADALIN, Sérgio Odilon. Dinâmica da população evangélica luterana em Curitiba a partir de 1866:alguns aspectos sobre a fecundidade. História Questões & Debates. Curitiba: SPPH, 3(5): 195-204, dez. 1982.

NADALIN, Sérgio Odilon & BIDEAU, Alain. Processos demográficos e fecundidade: notas preliminares para um estudo comparado (1866-1939). Anais do VIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais. São Paulo: ABEP, 1992, p. 265-272.

NADALIN, Sérgio Odilon & BIDEAU, Alain. Familles stables et familles mobiles. Une nouvelle approche de la fecondité différentielle. L'exemple de la communauté évangélique luthérienne de Curitiba entre 1866 et 1939. Actas, El poblamiento de las Américas, vol. 2, IUSSP/ABEP, Veracruz, 1992, p. 163-175.

NADALIN, Sérgio Odilon & BIDEAU, Alain. "Histoires de vie" et analyse démographique de la fécondité: approches complémentaires pour une histoire du comportement social. L'exemple de la communauté évangélique luthérienne de Curitiba (1866-1939). Annales de Démographie Historique 1991, Paris, Société de Démographye Historique - E.H.E.S.S., 1991, p. 157-171.

NADALIN, Sérgio Odilon & BIDEAU, Alain. Sexualité et contacts culturels: les immigrants allemands et leurs descendants au Parana-Brésil - 1866-1939. Acta Demographica 1993. Physica-Verlag Heidelberg, p. 109-123, 1994.

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ESTUDOS AFRO-ASIÁTICOS. Rio de Janeiro: Centro de Estudos Afro-Asiáticos, no. 25, dez. de 1993.

ESTUDOS AFRO-ASIÁTICOS. Rio de Janeiro: Centro de Estudos Afro-Asiáticos, no. 26, set. de 1994.

Endereço: Centro de Estudos Afro-Asiáticos.
R. da Assembléia, 10, conj. 501.
CEP 20.119-900, Rio de Janeiro, RJ.
Fone: (021) 531-2000 Ramal 259.
FAX: (021) 531-2155.

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LATIN AMERICAN POPULATION HISTORY BULLETIN. Minneapolis, University of Minnesota, no. 26, fall 1994, 24 p.

Endereço: Editor, LAPH Bulletin.Department of History, Social Sciences 614.University of Minnesota.Minneapolis, MN 55455-0406 USA.FAX: 612-624-7096E-mail: rmccaa@uminn1.bitnet

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NOVA ECONOMIA: Revista do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG. Belo Horizonte: UFMG/FACE/DCE, v. 4, no. 1, nov. 1994.

Endereço: Universidade Federal de Minas Gerais.
Faculdade de Ciências Econômicas.
Departamento de Ciências Econômicas.
Rua Curitiba, 832, sala 701, centro.
30170-120 Belo Horizonte, MG.
Fone: (031) 201-3253
FAX: (031) 201-3657

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POPULATION Bulletin of the United Nations. New York: ONU, no. 36, sept. 1994, 109 p.

POPULATION Newsletter. New York: ONU, no. 57, jun. 1994, 28 p.

Endereço: The Editor.
Population Division.
Department for Economic and Social Information and Policy Analysis.
United Nations.
2 United Nations Plaza.
New York, NY 10017 USA.
Fone: (212) 963-3179.
FAX: (212) 963-2147.

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REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS DE POPULAÇÃO. São Paulo: ABEP, v. 10, no. 1/2, jan./dez. 1993.

Endereço: Revista Brasileira de Estudos de População
Representação ABEP
Rua General Jardim, 770, cj. 3-D
01223-010 São Paulo, SP
Fone: (011) 255-4820
 
Os livros, cópias de artigos publicados e exemplares de monografias,
de dissertações e de teses que nos forem enviados,
serão regularmente divulgados nesta secção e incorporados ao
acervo da Biblioteca da FEA-USP.
 
BHD - IRACI COSTA
R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21
05004-000, São Paulo, SP
BRASIL
 

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RESUMOS - SEADE/DOCPOP

Nesta seção apresentam-se resumos elaborados com base nos arquivos da Fundação SEADE/DOCPOP, atinentes a parte dos trabalhos catalogados sob a rubrica "Demografia Histórica". Nos próximos números do BHD dar-se-á continuidade à publicação desses resumos. Para o acesso aos informes do DOCPOP, contou-se com a preciosa colaboração de sua coordenadora, Sra. Magali Valente.

Os interessados em contatar diretamente o SEADE /DOCPOP deverão dirigir-se ao endereço abaixo indicado:

Fundação SEADE/DOCPOP
Av. Cásper Líbero, 464, 4o. andar
01033-000 São Paulo, SP
Tel. (011) 229-2433, ramal 138

BARRETO, Maria Theresinha Sobierajski. Poloneses em Santa Catarina: a colonização do Alto Vale do Rio Tijucas. Florianópolis: UFSC, 1983, 143 p.

RESUMO: São apresentados e analisados dados demográficos concernentes aos poloneses do Alto Vale do Rio Tijucas, extraídos dos arquivos paroquiais de Nova Trento e Brusque, do Arquivo Histórico Eclesiástico da Arquidiocese de Florianópolis, do Arquivo Público do Estado de Santa Catarina e de pesquisas de campo nos cemitérios de Pinheiral e Nova Galícia, somados a informações da história oral. O período estudado estende-se de 1891 a 1950. A idade média das pessoas que se casaram entre 1891 e 1910 era de 24,0 anos para os homens e 18,6 para mulheres. De 1911 a 1930 a idade média dos noivos era de 24,8 e das noivas de 20,8 anos. Para este lapso temporal nota-se o aumento do número de noivos da primeira geração de descendentes de poloneses nascidos no Brasil, decrescendo o de imigrantes e já aparecendo, conquanto em pequena escala, a segunda geração de brasileiros. No último vintenário, 1931-1950, a idade média ao casar passa a 25,3 para homens e a 22,4 anos para noivas. Os cônjuges imigrantes já não se faziam presentes e os noivos da primeira geração apareciam em maior número. Os jovens que saiam para buscar trabalho fora, em virtude da falta de terras para agricultura e do esgotamento do solo, voltavam para se casar com as moças do grupo de origem. Quanto ao número de filhos, em 1891-1910, a média era de 7,88 por casal, cifra que caiu para 6,88 para o período 1911-1930 e que alcançou apenas 3,50 no correr do período 1931-1950. Este decréscimo indica a implantação de um controle da fecundidade. A média de casamentos realizados por ano aumentou sistematicamente nas três fases consideradas: 3,4 casamentos por ano entre 1891 e 1910; 7,0 para o período 1911-1930 e 12,7 entre 1931 e 1950.O número médio de nascimentos por ano também mostrou-se crescente: 17,3 em 1891-1910; 37,5 para 1911-1930 e 57,6 entre 1931 e 1950. As atividades agrícolas e as práticas religiosas passam a influir cada vez menos na escolha da data dos casamentos, modificação esta condicionada pelas novas condições econômicas e culturais que passaram a ser assimiladas pelos descendentes dos primeiros imigrantes poloneses. No trabalho são apresentados, ademais, outras informações sobre o comportamento da população analisada.

CARDOSO, Ciro Flamarion S. Escravismo e dinâmica da população escrava nas Américas. Estudos Econômicos. São Paulo: IPE-USP, v. 13, n. 1, jan./abr. 1983, p. 41-53.

RESUMO: Analisa-se de que maneira, e até que ponto, o escravismo americano de tipo colonial, visto nas suas estruturas econômico-sociais básicas, pode explicar a dinâmica da população escrava. O escravismo colonial, que surgiu como complemento do sistema produtivo europeu ocidental, apresenta cinco características básicas: a) estruturalmente incluía pelo menos dois setores agrícolas articulados -- um sistema escravista dominante, produtor de mercadorias destinadas aos mercados europeus, e um sistema camponês produtor de alimentos, subordinado ao primeiro, exercido pelos próprios escravos através de seu trabalho autônomo em lotes dados em usufruto; b) as forças produtivas tinham um nível relativamente baixo, caracterizando-se pelo emprego extensivo, tanto dos recursos naturais, como da força de trabalho; c) no plano macroeconômico, a lógica do sistema era inseparável da do capital mercantil no seu conjunto; d) no plano microeconônico, a rentabilidade da empresa escravista dependia da minimização das despesas de manutenção dos escravos e do máximo grau possível de auto-suficiência quanto aos insumos locais; e) os mecanismos de reprodução das relações de produção e do processo de acumulação eram o tráfico africano e mecanismos extra-econômicos, como o tratamento dos escravos. Ao desenvolver-se em qualquer zona da América Latina e do Caribe, a plantation escravista fazia aumentar em muito a taxa de mortalidade entre os escravos; posteriormente, essa taxa voltava a diminuir. O desenvolvimento da economia de plantation, suscitado pela maior integração dos circuitos comerciais atlânticos, acarretou a intensificação da imigração forçada, com pesadas conseqüências demográficas. No caso dos escravos norte-americanos, um conjunto de fatores climáticos, relativos à dieta, estrutura das famílias, a uma menor presença de grandes plantations etc., explica a maior fecundidade e menor mortalidade. Assim, o sistema escravista norte-americano foi diferente do encontrado na América Latina e no Caribe, já que deu origem a uma dinâmica demográfica distinta.

CARDOSO, Jayme Antônio & NADALIN, Sergo Odilon. Os meses e os dias de casamento no Paraná: séculos XVIII, XIX, XX. História: Questões & Debates. Curitiba: n. 5, dez. de 1982, p. 105-29.

RESUMO: Servindo-se dos trabalhos publicados pelo Departamento de História e pelos cursos de pós-graduação em história da Universidade Federal do Paraná, procura-se uma síntese da distribuição mensal dos casamentos no Paraná, do século XVIII ao XX. Refletindo costumes, tradições, mentalidades religiosas, atividades sócio-econômicas, permanências e mudanças, a sazonalidade dos casamentos é uma medida do comportamento social. Os resultados revelaram, de modo geral: observância do calendário religioso pela retração do número de enlaces durante o advento e mais ainda na quaresma; recusa progressiva do mês de agosto a partir das últimas décadas do século XIX, época em que também cresce a interferência das atividades sócio-econômicas, modificando comportamentos; fevereiro, seguido de junho, são os meses preferidos, salvo exceções, com predileção de maio em tempos mais recentes. Estudo de amostragem revela que terça-feira foi o dia da semana preferido de 1731 a 1850, e, no decorrer das décadas a seguir, o sábado concentra a maioria dos casamentos.

DUPAQUIER, Jacques. A contribuição da demografia histórica. História: Questões & Debates. Curitiba: n. 3, dez. de 1981, p. 109-23.

RESUMO: A demografia histórica constituiu-se na França durante os anos cinqüenta, após progressos decisivos realizados paralelamente, de um lado por historiadores que passaram a se preocupar com o fator demográfico em questões de ordem econômica e social, e, de outro, por demógrafos que passaram a se preocupar com a perspectiva histórica para a explicação de questões demográficas. A originalidade da demografia histórica consiste no fato de que ela deve produzir suas próprias estatísticas a partir de fontes que não foram constituídas sob uma ótica científica, mas com o objetivo de controle da população por autoridades religiosas, militares, fiscais etc. A base dos trabalhos é a reconstituição de famílias, o que levou Louis Henry a introduzir o estudo longitudinal na demografia. Os resultados obtidos com os extraordinários progressos da demografia histórica permitiram introduzir dados novos e renovar a história das populações, a história social, a história dos costumes, revigorar a antiga história das mentalidades, fornecendo bases sólidas ao que hoje se chama a Nova História, a que se interessa pelos costumes, pela vida sexual, pela família.

LEITE, Miriam Lifchitz Moreira. A família no século XIX. Ciência Hoje. Rio de Janeiro: SBPC, v. 3, n. 14, set./out. de 1984, p. 34-40.

RESUMO: Utilizam-se relatos e interpretações de costumes da população do Rio de Janeiro no século passado, assunto que ocupou ao longo do tempo autores de diversas línguas e que estiveram na cidade do Rio de Janeiro no período tratado. O testemunho de viajantes estrangeiros tem uma importância particular, pois sua condição de observadores externos torna mais aguda sua capacidade de captar aspectos do inter-relacionamento social que não despertam a atenção dos integrantes do grupo local. A documentação textual e iconográfica estabeleceu as características do grupo de convívio, composto por um número limitado de pessoas de duas ou mais gerações que coabitam uma casa, convento, praça, albergue ou hospedaria, mantendo ou não relações de parentesco(laços conjugais, estáveis ou não, e laços de sangue).Parte significativa da documentação examinada revela a existência do convívio entre famílias de diferentes origens sociais, econômicas e étnicas, estabelecendo uma rede de relações nem sempre formalizadas ou claras. Através deles pode-se perceber, por exemplo, que, antes e depois de 1888, a instituição do trabalho escravo marcou o caráter social e autoritário da quase totalidade dos relacionamentos no interior dos grupos de convívio, aparentemente naturais e espontâneos. A livre escolha de parceiro sexual aparece como aspiração desde o inicio do século XIX, mas era vista como estrangeirismo nefasto. Em relação aos casamentos de freqüentadores da corte, as negociações entre as famílias exigiam intermediários e contratos estipulando condições de moradia e propriedade. Entre pequenos comerciantes, artífices e trabalhadores livres, as formas de coabitação e de formação da família (menos por casamento do que por concubinato) obedeciam a exigências da divisão de trabalho e de preservação dos grupos mais poderosos. A mulher de família era identificada no interior da casa, de onde deveria sair apenas em situações especiais, pois a rua era o domínio da escrava e da prostituta. Outro aspecto revelador da condição feminina naquele século é o fato de que muitas internações em conventos e outros locais de recolhimento eram, muitas vezes, alternativas para famílias desejosas de castigar ou impedir atos de rebeldia contra os padrões sociais vigentes, inclusive o adultério. Na descrição de outras situações, fica evidenciado que a mulher, no século passado, nada mais era, na sociedade brasileira, do que objeto de opressão, em todos os níveis sociais.

LINHARES, Maria Yedda & LEVY, Maria Bárbara. Problemas de método em história demográfica:os registros paroquiais do Rio de Janeiro. Campinas, 1971, 10 p., mimeografado.

RESUMO: Apresenta-se a conceituação e um breve histórico da Demografia Histórica, realçando-se a relação entre demografia histórica e história social. Analisam-se os arquivos paroquiais do século XIX do Rio de Janeiro, ressaltando-se como praticamente inviável a aplicação do método de reconstituição de famílias através do levantamento nominativo, optando-se, então, por um levantamento anônimo dos registros. Apresenta-se, então, as limitações e o potencial dos registros paroquiais de batismos, casamentos e óbitos. Conclui-se que os registros paroquiais do Rio de Janeiro não revelam as variadas informações que são encontradas, por exemplo, em seus congêneres franceses.

LUNA, Francisco Vidal. Minas Gerais: escravos e senhores. São Paulo: IPE-USP, 1981, 224 p. (Ensaios Econômicos, 8).

RESUMO: Objetiva-se identificar e analisar aspectos específicos da estrutura demográfica e econômica de alguns centros mineratórios, no contexto do Brasil colonial. Adotam-se como campo de análise diferentes localidades mineiras, em fases distintas da atividade extrativa: Vila de Pitangui (1718-1723), Comarca do Serro Frio (1738), Freguesia de Congonhas do Sabará (1771-1790), Distrito de São Caetano e Vila Rica (1804). Utilizam-se informações disponíveis no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, especialmente o Arquivo da Casa dos Contos (livros de anotações tributárias de arrecadação dos quintos), como também levantamentos demográficos realizados em algumas das localidades acima apontadas. Apresenta-se um quadro geral da atividade mineradora, discutindo o povoamento das Gerais, seus rebatimentos sobre as demais economias da colônia, o controle exercido pela Coroa portuguesa, as normas legais impostas pela metrópole e as técnicas extrativas utilizadas à época. Aborda-se a estrutura de posse da mão-de-obra escrava; as características dos proprietários de escravos (sexo, cor, atividade econômica desenvolvida), bem como a estrutura etária, sexo e origem dos cativos. Destaca-se a questão da possibilidade de alforria propiciada pela sociedade mineira. Entre os escravos predominava o sexo masculino. Quanto à estrutura de posse verificou-se a participação majoritária dos proprietários com até cinco escravos. A mineração parece ter propiciado aos escravos maiores oportunidades, não só de chegarem à alforria, mas também de se tornarem proprietários de cativos. A atividade mineira também permitiu aos cativos relativa liberdade de ação quando comparada a outras economias que vigeram no período colonial.

MELLO, Pedro Carvalho de. Estimativa da longevidade de escravos no Brasil na segunda metade do século XIX. Estudos Econômicos, IPE-USP, v. 13, n. 1, jan./dez. de 1983, 151-179.

RESUMO: Analisam-se as condições da mortalidade e da longevidade de escravos no Brasil, na segunda metade do século XIX. Essas condições, na experiência brasileira, determinavam não só o volume e intensidade do tráfico africano como também condicionavam os padrões sociais, étnicos e culturais característicos da sociedade escravista brasileira. Apresenta-se um retrospecto das estimativas da mortalidade de escravos, estimativas estas baseadas principalmente em conjecturas, devido à falta de qualquer levantamento estatístico sistemático. Para sanar tal deficiência, são elaboradas tábuas de mortalidade, com base nos dados do censo de 1872 e na teoria das populações estáveis. Em 1872, três quartos da população de cor era composta de livres, o que indica a existência de um volume significativo de alforrias. Assim, a população escrava não pode ser considerada fechada, o que levou à elaboração de tábuas de mortalidade para a população de cor em seu conjunto, além das especificamente calculadas para a população escrava. A população de cor livre ocupava o ponto mais baixo da estratificação social da população livre do Brasil e suas condições de alimentação, saúde e moradia não eram muito diferentes das conhecidas pelos cativos. Em contrapartida, não só a parcela economicamente ativa era maior, em termos relativos, entre os escravos do que entre os homens de cor livres, mas também os escravos trabalhavam mais intensamente. Em conseqüência, a população escrava podia estar enfrentando condições mais severas de mortalidade, que se agravavam no ambiente epidemiológico do Brasil no século XIX. As esperanças de vida obtidas, para o sexo masculino, foram de 18,26 anos para escravos e 23,28 para a população de cor livre; para o sexo feminino essas cifras eram superiores em dois anos de idade. Tais valores são tomados, pelo autor, como os limites inferiores e superiores, em cujo intervalo estaria, efetivamente, a esperança de vida para escravos e cativas.

MIRANDA, Beatriz Teixeira de Melo. Fontes para um estudo demográfico. História: Qustões & Debates. Curitiba, n. 3, dez. de 1981, p. 143-56.

RESUMO: Os registros vitais explorados pela Demografia Histórica permitem não só entender a estrutura e a dinâmica da população, mas são fontes preciosas para analisar aspectos econômicos, religiosos e do estado sanitário a mesma. Pesquisa realizada na Paróquia de Nossa Senhora da Luz de Curitiba para o período 1851-1880 evidenciou, através dos registros de 1.141 óbitos, dados importantes a respeito da mortalidade e da causa mortis. Contudo, dada uma série de falhas nos registros, a análise prendeu-se, apenas, a uma parte dos mesmos, sendo porém uma amostra suficiente para detectar o estado sanitário da população. Doenças epidêmicas e endêmicas a que a cidade está sujeita, são registradas e analisadas, associadas a transformações politico-econômicas e sociais por que passa a sociedade curitibana naquele marco cronológico. Ficou claramente evidenciado que o problema das doenças não se localiza na causa da morte,mas no estado sanitário da população. Estado sanitário este deficiente, favorecendo a proliferação de inúmeras doenças que em outra situação seriam minimizadas e talvez não ocorressem. É o caso das doenças epidêmicas responsáveis por inúmeras mortes, as quais são registradas com imprecisão, como por exemplo: febre maligna, pois a população não só não dispunha de atendimento médico, como também não possuía meios de evitá-la através de cuidados sanitários. Na impossibilidade de obter dados sobre a saúde pública para fins do século XIX, devido à quase inexistência de órgãos que os colhessem à época, urge servir-se, o pesquisador, das fontes alternativas representadas por cartórios, hospitais etc.

MOTT, Luiz R. B. Relações raciais entre homossexuais no Brasil colônia. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 5, n. 10, mar./ago. de 1985, p. 99-122.

RESUMO: No artigo pretende-se reconstituir os principais aspectos das relações raciais numa população de homossexuais masculinos perseguida, no Brasil, pelo Tribunal do Santo Ofício no correr dos séculos XVI e XVII. O intuito do autor é resgatar o tema do homossexualismo do silêncio imposto pelos preconceitos sociais da época e dos que informam a bibliografia mais recente.

OLIVEIRA, Maria Coleta Ferreira Albino de. Questões demográficas no período cafeeiro em São Paulo. Campinas, UNICAMP, ago. de 1985, 68 p., (Textos NEPO, 1).

RESUMO: Nos estudos sobre a economia do café em São Paulo, aspectos da população aparecem quer como condicionantes das soluções encontradas para levar adiante o empreendimento cafeeiro, quer como conseqüências daquelas soluções. No trabalho são reunidos argumentos e evidências disponíveis com vistas à compreensão das relações entre as formas de organização da produção e do trabalho e o comportamento da população no período entre 1850 e 1930. Portanto, são focalizadas algumas questões julgadas fundamentais pelos autores: a questão da mão-de-obra, a questão do acesso à terra, a importância da produção mercantil de alimentos e a questão da família.

REIS, Arthur Cesar Ferreira. O estrangeiro no Brasil. Carta Mensal. Rio de Janeiro, v. 27, n. 315, jun. de 1981, p. 39-48.

RESUMO: Analisa-se a presença do estrangeiro no Brasil. Durante a época colonial, tanto a Espanha como Portugal não permitiam a presença de estrangeiros na América. As diversas tentativas dos franceses, ingleses, holandeses etc. de se fixarem no atual território brasileiro foram frustradas. A migração maciça de estrangeiros começou com a importação de escravos africanos. A imigração livre iniciou-se com a transferência da Casa Real portuguesa para o Brasil no século XIX. A primeira tentativa de imigração organizada ocorreu em 1819,com uma colônia de suíços instalada numa fazenda, hoje Nova Friburgo. Entre 1821 e 1914, 55 milhões de europeus deixaram o continente. A maior parte deles, 33 milhões, dirigiu-se para os Estados Unidos. O Canadá foi outro pais que atraiu os imigrantes europeus, principalmente os ingleses. Entre 1861 e 1890, pouco mais de 2 milhões de imigrantes, principalmente italianos, espanhóis e franceses ingressaram na Argentina. No Brasil, distinguem-se três períodos de imigração: o primeiro, de 1808 a 1886, com predomínio de alemães e italianos; no segundo, de 1887 a 1930, predominaram os italianos; no terceiro, de 1931 aos dias correntes, predominou o contingente japonês. O movimento migratório processou-se tanto pela ação governamental, como através de companhias particulares que coordenavam o movimento. A imigração de algumas etnias -- marcadamente a alemã e a japonesa -- provocaram em alguns momentos denúncias de que elas poderiam constituir ameaça à segurança nacional. Isto influenciou no sentido da adoção de medidas de contenção dos contingentes migratórios, principalmente no decorrer das duas grandes guerras mundiais. Fazendo-se um balanço da participação do estrangeiro no Brasil, conclui-se que ela foi imensa, pois, além de contribuir para a ocupação de áreas ainda não ocupadas, foi elemento importante na ampliação da lavoura e na própria industrialização do Brasil.

REIS, Elisa Maria da Conceição Pereira. Análise da viabilidade de um estudo sobre a magnitude e o perfil da imigração estrangeira para o Brasil no período 1873-1932. Rio de Janeiro, PNPE, mar. de 1983, 45 p., mimeografado, (PNPE, Série Fac-simile, 6).

RESUMO: Desenvolve-se um estudo da imigração, usando os dados dos Livros de Registros de Entrada de Estrangeiros, que integram o acervo do Arquivo Histórico Nacional. Foram fichados 4.851 indivíduos, dos quais 39,5% estão registrados como imigrantes individuais e 60,5% como integrantes de grupos familiares. A mera distribuição de freqüência das variáveis já sugere grandes potencialidades da análise. A variável porte de procedência indica que 36.1% dos imigrantes procediam da Itália. A nacionalidade revela que os italianos constituíam 41,8% do total da amostragem, seguidos pelos portugueses e alemães. A informação referente ao destino declarado apresenta problemas, pois ocorre ausência de tal informe para 38% dos casos. Nos dados de ocupação evidencia-se que 70% das pessoas desempenhava ocupação rural, estando registradas como agricultor, lavrador, trabalhador rural ou equivalente. O perfil demográfico do imigrante reforça a hipótese de que o fenômeno migratório é maior entre pessoas jovens, em idade produtiva, pois 84% dos imigrantes tinham menos de 41 anos. Para um estudo mais detalhado da imigração, sugere-se o arquivamento dos dados em microfilmes para futuras explorações e a realização de um Censo de Estrangeiros Registrados no Porto do Rio de Janeiro. Propõe-se, também, uma definição rigorosa de sub-amostras, que permita obter informações generalizáveis para momentos históricos específicos visando-se a enriquecer as informações do tipo qualitativo disponíveis na literatura sobre o tema.

RIBEIRO, Berba G. Quantos seriam os índios das Américas. Ciência Hoje. Rio de Janeiro: SBPC, v. 1, n. 6, maio/jun. de 1983, p. 54-60.

RESUMO: Com base em diferentes trabalhos, apresentam-se estimativas sobre a população inicial existente na América, antes da chegada do colonizador. Constata-se a depopulação que os indígenas vêm sofrendo, analisando-se algumas de suas causas, e faz-se uma previsão do comportamento demográfico destas populações até o final do século. Não são poucas as dificuldades metodológicas para que se faça uma estimativa exata do montante da população aborígene americana, por ocasião da chegada dos colonizadores brancos ao continente. Segundo estimativas de Rosenvlat, esta população esteve em decréscimo nos três primeiros séculos após o descobrimento, para, em seguida, em um século, aumentar em quase cinco milhões de indivíduos. Dohyns afirma que teria havido uma redução de 20 ou 25 para um entre todas as populações indígenas da América, antes que estas atingissem seu ponto mais baixo. Blasi admite a validade da técnica empregada por Dohyns, mas afirma que ela não se aplica a todas as regiões do continente. No Brasil, por exemplo, após 1500, a depopulação se manteve à razão de 2 para um a cada 135 anos, chegando-se às seguintes cifras: 1500 - 2.944.000; 1635 - 1.472.000; 1770 - 736.000; 1905 - 368.000.O quadro demográfico atual da população indígena brasileira, publicado pelo CEDI (1980), revela uma população de 227.801 índios em todo o Brasil; comparado com o máximo estimado por Darci Ribeiro, em 1957, este número denota um crescimento da ordem de 13% em 23 anos. Ainda com base em publicação do CEDI, constata-se que, na Hilea Amazônica, houve uma depopulação de 6 para um no período de 480 anos. Em 1900 tínhamos 230 grupos étnicos no Brasil, número este reduzido para 143 em 1957. Se em 57 anos o número de grupos se reduziu em 37,8%,até o final do século 57 dos 143 restantes também poderão vir a desaparecer. É de se esperar, no entanto, que perspectivas tão sombrias não se concretizem.

SAMARA, Eni de Mesquita. Família, divórcio e partilha de bens em São Paulo no século XIX. Estudos Econômicos. São Paulo: IPE-USP, v. 13, n. especial, 1983, p. 787-97.

RESUMO: As discussões a respeito do divórcio indicam a necessidade de um estudo mais profundo concernente aos papéis que cabem a homens e mulheres na família e na sociedade. Tal o objetivo do estudo, realizado para São Paulo no século XIX. Utilizam-se informações disponíveis nos arquivos da Cúria Metropolitana de São Paulo e no Tribunal de Justiça do Estado. Em São Paulo, o processo mais antigo de divórcio data de 1700. Os motivos que causavam tensões entre os cônjuges foram praticamente os mesmos em todo o século XIX, parecendo independer da época ou do grupo social ao qual pertenciam os casais. Entre eles estavam os atentados contra a moral e os costumes e a injúria grave. Neste último caso, a mulher poderia pedir a separação, alegando, por exemplo, que o marido a acusara de não ser virgem ao casar. O código criminal brasileiro, absorvendo os princípios da legislação portuguesa, faz discriminação entre os sexos no tocante à caracterização dos delitos e às punições. Enquanto para a mulher bastava um desvio, para o marido era necessário o concubinato. Como pena, estabelecia-se a prisão, com trabalho, pelo prazo de 1 a 3 anos. Decidida a separação, a lei exigia que a mulher fosse "depositada" em casa honesta, sendo da competência do juiz arbitrar-lhe alimentos, à custa do rendimento do casal. O marido podia questionar a idoneidade do depositário. Conclui-se que a mulher era colocada em situação de inferioridade pela própria natureza dos papéis sociais que lhe eram reservados. Não se lhe garantia igualdade de tratamento nos casos de adultério e na questão da tutela dos filhos. Mesmo assim, mais mulheres moveram ações de divórcio do que homens.

SANTOS, José Luiz. Família e história: estudo de um caso e de uma questão. (mestrado, UNICAMP, Campinas, 1976), 125 p., mimeografado.

RESUMO: Pretende-se compreender o sentido histórico da família extensa com base no estudo da família Junqueira, de Ribeirão Preto (SP).

SLENES, Robert W. O que Rui Barbosa não queimou: novas fontes para o estudo da escravidão no século XIX. Estudos Econômicos. São Paulo: IPE-USP, v. 13, n. 1, jan./dez. de 1983, p. 117-149.

RESUMO: Analisam-se de forma crítica e sistemática os dados das matrículas e dos registros de escravos, bem como os manuscritos nominativos referentes à demografia da escravidão no século XIX. Comparando o censo e a matrícula de 1872, observa-se que: 1) de um modo geral, ambas as contagens são bastante confiáveis em relação aos dados sobre a população total; a matrícula, porém, mais completa, omite menos pessoas, sobretudo mulheres e crianças; 2) o censo mostra-se mais confiável do que a matrícula com respeito à distribuição etária, pois muitos escravos idosos ou de meia idade eram registrados, na matrícula, em grupos etários inferiores aos que efetivamente pertenciam; 3) a informação sobre estado conjugal e profissão reforça a impressão de que, para a maioria das províncias, os dois levantamentos são confiáveis e que os dados da matrícula, excetuando as idades, são, em geral, melhores do que os do censo. Com respeito às estatísticas vitais, os dados de nascimentos, quando combinados com a população de 1872,apontam para taxas de fecundidade plausíveis -- taxas relativamente baixas em comparação com as das pessoas livres. Em contrapartida, os dados oficiais de óbitos correspondem a taxas de mortalidade absurdamente baixas para a época, e incompatíveis com as taxas de mortalidade calculadas com base em outras informações mais confiáveis. Por obrigação legal, freqüentemente se incluíam, nos inventários de heranças e em outros processos, cópias de listas de matrícula e também de certidões de averbação de escravos e "ingênuos". Tais processos foram arquivados nos cartórios e hoje em qualquer município onde existiu a escravidão é possível recuperar uma parte dos documentos de matrícula e averbação que foram queimados em 1890-91 por ordem de Rui Barbosa. Os manuscritos das matrículas são documentos que, trabalhados de forma independente ou em conjunção com outras fontes, podem esclarecer importantes questões no âmbito da história econômica e social da escravidão.

SLENES, Robert W. Escravos, cartórios e desburocratização: o que Rui Barbosa não queimou será destruído agora? Revista Brasileira de História. São Paulo: v. 5, n. 10, mar./ago. de 1985, p. 166-96.

RESUMO: Os arquivos dos cartórios são repositórios de uma enorme documentação de importância histórica -- inclusive de manuscritos sobre a escravidão que Rui Barbosa, como Ministro da Fazenda, em 1890, supostamente mandou incinerar. No entanto, o futuro desses arquivos está longe de ser garantido, justamente por causa do volume de seus acervos e do alto custo de sua manutenção. Neste artigo mostra-se o valor dos arquivos cartoriais para o historiador, focalizando a documentação sobre escravos. Também analisa algumas das opções que existem para uma política de preservação total ou parcial desses arquivos. O exame do material sobre escravos ajuda a avaliar as respectivas vantagens e custos culturais dessas opções, o que permite uma ponderação mais equilibrada de seus custos financeiros. Espera o autor, assim, contribuir para o debate sobre a formulação de uma política de preservação adequada.

SLENES, Robert W. Escravidão e família: padrões de casamento e estabilidade familiar numa comunidade escrava (Campinas, século XIX). Estudos Econômicos. São Paulo: IPE-USP, v. 17, n. 2, maio/ago. de 1987, p.217-27.

RESUMO: Faz-se um estudo do casamento entre escravos e da estabilidade da família nuclear. Toma-se uma amostra com 1.975 casos, levantada nos inventários post-mortem de 1872-1888, dos cartórios de Campinas (SP). Colhem-se informações sobre: nome, sexo, cor, idade, estado conjugal, filiação, naturalidade, ocupação e nome do cônjuge. Encontram-se grandes diferenças entre plantéis pequenos (com 1 a 9 escravos) e plantéis médios e grandes (com 10 ou mais cativos).Nos pequenos, 26% das mulheres acima de 15 anos são casadas ou viúvas, contra 67% nos médios e grandes. Exceto algumas pessoas que eram casadas com libertos, todos os escravos casados, na amostra, tinham cônjuges que pertenciam ao mesmo senhor. Nos plantéis pequenos, quase todas as mães casadas ou viúvas, em 1872, começaram a vida reprodutiva como solteiras: 5 dos 6 primeiros filhos sobreviventes nasceram como filhos naturais. Nos médios e grandes, quase todos nasceram legítimos e praticamente não havia uniões consensuais de longa duração que não fossem transformadas em casamentos legítimos. É de se notar a coerência destes resultados com as informações dos registros paroquiais de batismo e de casamento de escravos, indicando uma boa representatividade dos dados sobre Campinas. Quanto às taxas de fecundidade das mulheres escravas, percebe-se que elas eram mais baixas nos plantéis pequenos do que nos médios e grandes. Isto talvez se explique pela proibição de casamentos "fora de casa", aumentando a dificuldade de as mulheres dos plantéis pequenos encontrarem parceiros sexuais pertencentes ao mesmo senhor. Ressalta-se que a falta de uniões não se restringia só a Campinas, mas ao Brasil em geral. Isso explicaria, em parte, a presença de taxas de fecundidade de escravas mais baixas do que as verificadas nos Estados Unidos. Essa comparação levanta a hipótese de que o contraste na evolução demográfica dos dois regimes escravistas provenha, em parte, de diferentes práticas de controle social.

TREVISAN, Amélia Franzolin. Casa Branca, a povoação dos ilhéus. São Paulo, Arquivo do Estado, 1982, 156 p.

RESUMO: Analisa-se a freguesia de Casa Branca (SP) dez anos após sua criação. Escolheu-se o ano de 1825, por permitir observar as modificações havidas, tanto na evolução do povoamento como nas condições sócio-econômicas. Neste ano, havia em Casa Branca 2.635 habitantes, distribuídos por 467 fogos e divididos em duas companhias de ordenanças. Os moradores de Casa Branca dedicavam-se ao cultivo de gêneros e à criação de gado e porcos; afora uns poucos negociantes e oficiais, havia o trabalho feminino representado por uma costureira e algumas fiandeiras de algodão. Conforme o levantamento populacional compulsado, de 1825, havia três senhores de engenho de fazer açúcar; além da plantação de cana, produção de açúcar, aguardente e lavoura de subsistência, dedicavam-se eles, também, à criação de gado. Descrevem-se outras ocupações e o número relativos de pessoas nelas trabalhando, tais como: lavradores, criadores de gado, jornaleiros, fiandeiras de algodão, ferreiros, carpinteiros etc., bem como o número, segundo ofícios e origem, de escravos possuídos. Assim, pelas listas nominativas de habitantes, existiam 521 cativos, sendo 214 de origem africana, 256 crioulos e 51 pardos. Ademais, apresentam-se os seguintes dados referentes aos moradores do núcleo: lugar de origem, repartição dos casamentos, nascimentos e óbitos, distribuição por grupos etários, sexo e condição social, repartição dos habitantes segunda a naturalidade dos chefes de família, ocupação dos chefes de família e repartição dos escravos (africanos, crioulos e pardos) segundo a origem dos seus senhores.

ZANETTI, Augusto. Mortalidade diferencial entre dois bairros rurais de São Paulo: 1850-1900. Ciência e Cultura. São Paulo: SBPC, v. 34, n. 7, jul. de 1982, p. 133-34.

RESUMO: Visa-se a comparar a mortalidade (infantil, segundo a idade, o sexo, condição social e origem étnica) de duas paróquias rurais de São Paulo para o período 1850-1900, com base em dados da Cúria Metropolitana de São Paulo concernentes a registros de óbitos da população livre e escrava das freguesias de Santo Amaro e de Nossa Senhora do ó.

 

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RESUMOS

BIDEAU, Alain, BURMESTER, Ana Maria & BRUNET, Guy. Les familles de Curitiba (Brésil) au XVIIIe. siècle: approche da la fecondité. Annales de Démographie Historique 1993. Paris, Société de Démographye Historique - E.H.E.S.S., 1993, p. 7-24.

RESUMO: La petite ville de Curitiba, dans le sud du Brèsil, connaêt une forte croissance à la fin du XVIIIe. siècle. Vers 1785, la population "blanche" est d'environ 3.000 habitants, pour un millier d'esclaves. Pour des raisons liées aux sources, seule la fécondité de la population "blanche" peut être étudiée. Les descendances complètes sont supérieures, respectivement, à 10 enfants pour les femmes mariées avant 20 ans, et à 8,5 pour celles mariées entre 20 et 24 ans. L'âge à la dernière maternité est élevé, mais une proportion non négligeable de couples se révèlent stériles lorsque la femme dépasse lâge de 30 ans. Cette forte fécondité conforte et précise les observations déjá faites sur diverses régions d'Amérique latine à cette époque.

CARDOSO, Jayme Antonio & NADALIN. Sérgio Odilon. Les mois et les jours de mariage au Paraná (Brèsil) aux XVIIIe. XIXe. et XXe. siécles. p. 11-27.

RESUMO: Many studies have been devoted to the seasonal fluctuations in marriages observed in Paraná, Brazil. For the first time, we have a synthesis of the behaviour patterns of the Brazilian populations of different areas of Paraná from the mid XVIIIth century to the present day. The analysis takes into consideration the fluctuations through time and distinguishes between the different community origins: Luzo-Brazilian, Catholic and Lutheran German, Italian, Polish. The weekly distribution of marriages has been computed for four periods: 1731-1800, 1801-1850, 1851-1880 and 1880-1900. Research into the causes of the fluctuations observed takes into account the role of religious prescriptions, traditions and agricultural/commercial activities.

KNOX, Miridan Britto. Escravos do Sertão: demografia, trabalho e relações sociais, Piauí, 1826-1888, (doutorado, FFLCH da Universidade de São Paulo, 1993), xiii+277 p., mimeografado.

RESUMO: São identificadas as condições de vida dos cativos sob o regime de exploração da pecuária, mediante análise demográfica e estudo das ocupações dos escravos nas fazendas de gado e núcleos populacionais da Província do Piauí, entre 1826 e 1888.

MACHADO, Maria Helena Pereira Toledo. Vivendo na mais perfeita desordem: os libertos e o modo de vida camponês na província de São Paulo do século XIX. Estudos Afro-Asiáticos. Rio de Janeiro, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, no. 25, dez. de 1993, p. 25-42.

RESUMO: Pocura-se recuperar as concepções de liberdade e autonomia desenvolvidas por grupos de escravos; enfoca situações concretas nas quais grupos de libertos puderam se estabelecer como produtores independentes; e tenta-se traçar os caminhos da chamada transição do trabalho escravo para o livre.

NADALIN, Sérgio Odilon & BIDEAU, Alain. "Histoires de vie" et analyse démographique de la fécondité: approches complémentaires pour une histoire du comportement social.L'exemple de la communauté évangélique luthérienne de Curitiba (1866-1939). Annales de Démographie Historique 1991, Paris, Société de Démographye Historique - E.H.E.S.S., 1991, p. 157-171.

RESUMO: The evolution of the Lutheran community in Brazil can be followed through the "life histories" of Elizabeth and Anna (immigrants from Europe), plus those of their daughters and granddaughters, settled in the province of Paraná. Three groups of marriages were studied (1866-1894, 1895-1919, 1920-1939), showing the changing attitudes toward sexc and procreation.The tradition of Probenachi shows up strongly in the first group, which has a high rate of premarital conceptions and births. A decline in this behavior pattern runs parallel to the assimilation of the immigrants and their descendants into the surrounding Catholic society of Brazil. The second group of marriages reveals a lower rate of fecundity than the first; once the desired number of children was achieved, contraception intervened to prevent further births. And the third group evidently practiced family planning from the earliest years of marriage.

PETRUCCELLI, José L. Influences françaises sur la pensée brésilienne: races, peuple et population (1890-1930).Annales de Démographie Historique, 1993. Paris, Société de Démographie Historique - E.H.E.S.S., 1993, p. 251-62.

RESUMO: A la fin du XIXe. siècle les intellectuels brésiliens de la Première République instaurée en 1889, juste dix-huit mois après l'abolition de l'esclavage le 13 mai 1888, furent concernés par l'hétérogénéité raciale du pays comme obstacle potentiel à la construction d'une identité nationale. Dominés par la pensée européene sur l'inégalité des hommes, la plupart d'entre eux se rangèrente du côté de la doctrine du blanchissement de la population; noirs et métis étant perçus comme une entrave aux possibilités de développement du Brésil; l'immigration "caucasienne" fut encouragée avec la même énergie qu'on déploya pour s'opposer à l'importation de travailleurs asiatiques. L'infuence du comte de Gobineau et de Louis Couty est ici analysée, ainsi que les idées de divers penseurs brésiliens de l'époque parmi lesquels se trouvaient quelques opposants à la pensée dominante.

 

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RELAÇÃO DE TRABALHOS PUBLICADOS NA ÁREA DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

Vão arrolados, aqui, trabalhos incorporados ao arquivo denominado ROL - RELAÇÃO DE TRABALHOS PUBLICADOS. O arquivo ROL, vale dizer, a relação integral e atualizada dos aludidos trabalhos, acha-se à disposição dos interessados, os quais deverão remeter, para a editoria deste Boletim, dois disquetes já formatados e a competente solicitação. Tais disquetes -- se compatíveis com a linha IBM-PC e de dupla face -- podem ser de qualquer marca, especificação (3 1/2" ou 5 1/4"), densidade (DD-dupla densidade ou HD-alta densidade) ou capacidade (360 Kb, 700 Kb, 1,2 Mb ou 1,44 Mb).

 

AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Imigrantismo e racismo: a reação dos políticos paulistas à "onda negra". Comunicação apresentada na 4a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo:IPE-USP, maio de 1986.

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. Considerações sobre os estudos do celibato e da idade ao casar no passado brasileiro. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 1, p. 381-96.

BOLEDA, Mario. Sugestões para o tratamento das fontes em demografia histórica. Comunicação apresentada na 15a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Familia e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, maio de 1990.

BRIOSCHI, Lucila Reis. Família e genealogia: quatro gerações de uma grande familia do sudeste brasileiro ( 1758-1850 ). Comunicação apresentada na 6a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, setembro de 1986.

BRIOSCHI, Lucila Reis. Crescimento populacional e diferenciação social no nordeste paulista (1765-1835). Comunicação apresentada na 17a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, abril de 1994.

CARVALHO, José Alberto Magno de, SAWYER, Diana Oya & RODRIGUES, Roberto do Nascimento. Introdução a alguns conceitos básicos e medidas em demografia. Belo Horizonte: ABEP/UNFPA, 1994, 68 p. (Textos didáticos, 1).

COELHO, Alencar S. Estruturas domiciliares dos grandes proprietários do litoral paulista: 1765-1836. Comunicação apresentada na 2a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, novembro de 1985.

DECCA, Maria Auxiliadora Guzzo de. A família operária em São Paulo nas décadas de vinte e trinta -- séc. XX. Comunicação apresentada na 11a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, novembro de 1987.

ENGEL, Magali. Meretrizes e doutores: o saber médico e a prostituição na cidade do Rio de Janeiro de 1845 a 1890. Comunicação apresentada na 3a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, maio de 1986.

FARIA, Sheila Siqueria de Castro. Patriarcalismo e a questão da legitimidade na historiografia brasileira. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 1, p. 397-417.

FERNÁNDEZ, Ramón V. Garcia. Os lavradores de cana de São Sebastião. Comunicação apresentada na 16a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, junho de 1992.

FLORENTINO, Manolo Garcia & GóES, José Roberto. Comércio negreiro e estratégias de socialização parental entre os escravos do agro-fluminense, 1790-1830. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 1, p. 365-80.

FREITAS, José Luiz de. Família e domicilio: uma proposta de conceituação e categorização. Comunicação apresentada na 4a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, maio de 1986.

GALLIZA, Diana Soares de. Análise das fontes para o estudo da escravidão na Paraíba. Acervo: Revista do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 3(1): 83-87, jan./jun. 1988.

GOLDSCHMIDT, Eliana Maria Rea. Virtude e pecado: sexualidade em São Paulo colonial. Comunicação apresentada na 16a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, junho de 1992.

GOMES, Flávia Roncarati. Parati, memória documental em risco. Acervo: Revista do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2(1): 65-78, jan./jun. 1987.

LIBBY, Douglas Cole. Historiografia e a formação social escravista mineira. Acervo: Revista do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 3(1): 7-20, jan./jun. 1988.

MARCONDES, Renato Leite. Trabalho e cafeicultura: estudo das dinâmicas demográficas e econômicas fluminenses (1780-1840). Comunicação apresentada na 17a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, abril de 1994.

MARTINS, Maria do Carmo Salazar. Anotações sobre o trabalho feminino na Província de Minas Gerais. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 3, p. 75-86.

MOTTA, José Flávio. Contribuições da demografia histórica à historiografia brasileira. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 3, p. 273-95.

NADALIN, Sérgio Odilon. Sugestões metodológicas: o compadrio a partir dos registros paroquiais. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 3, p. 297-314.

NADALIN, Sérgio Odilon. A demografia numa perspectiva histórica. Belo Horizonte: ABEP, 1994, 112 p. (Textos didáticos, 2).

NAUFFAL FILHO, Fernando & ANDREAZZA, Maria Luiza. Tempo do sagrado e dia de casamento. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 1, p. 419-32.

NETTO, Luiz Roberto. Cartas marcadas: as esperanças populares no abandono de crianças na cidade São Paulo (1913-1915). Comunicação apresentada na 12a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, maio de 1988.

NETTO, Luiz Roberto. Demografia e desenvolvimento urbano no município de São Paulo, 1900-1929: as questões do comportamento social. Comunicação apresentada na 14a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, abril de 1989.

NEVES, Maria de Fátima Rodrigues das. Mortalidade e morbidade entre os escravos brasileiros no século XIX. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 3, p. 59-73.

NOZOE, N. & MOTTA, J. F. Pródromos da acumulação cafeeira paulista. Comunicação apresentada na 17a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, abril de 1994.

OLIVEIRA, Flávia A. M. de. Família e poder em São Paulo no século XIX. Comunicação apresentada na 8a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, junho de 1987.

PAIVA, Clotilde Andrade. Engenhos de canas e população no século XIX mineiro: notas sobre a expansão da produção aguardenteira. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 3, p. 23-44.

PETRUCCELLI, José Luis. Influences françaises sur la pensée brésilienne: races, peuple et population (1890-1930). Annales de Démographie Historique, 1993. Paris, Société de Démographie Historique - E.H.E.S.S., 1993, p. 251-62.

PETRUCCELLI, José Luis. Reconstituição de genealogias com o registro civil: 1889-1929. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 3, p. 325-41.

PETRUCCELLI, José Luis. Brésil, reproduction de la population, structure sociale et migrations, 1889-1929, mobilité sociale et métissage dans deux municipios de l'État de Rio de Janeiro. (doutorado, École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris, 1993), 303 p., mimeografado.

PINTO, Maria Ignez Machado Borges. Pequenas ocupações autônomas e trabalho temporário na cidade de São Paulo, 1890-1914. Comunicação apresentada na 11a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, novembro de 1987.

PRIORI, Mary Del. Deus dá licença ao Diabo... A contravenção nas festas religiosas e igrejas paulistas no século XVIII. Comunicação apresentada na 4a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, maio de 1986.

PRIORE, Mary L. M. Del. A história do corpo feminino no passado. Comunicação apresentada na 5a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, setembro de 1986.

RIOS, Ana Maria Lugão Rios. Histórias de família: arquivos da memória na história demográfica. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 3, p. 315-324.

SAMARA, Eni de M., BASSANEZI, Maria Silvia B. & NOZOE, Nelson. Emigrantes cearenses no final do século XIX. Comunicação apresentada na 15a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, maio de 1990.

SAMARA, Eni de Mesquita. Mulheres brasileiras: direitos e alternativas em sociedades patriarcais. IX Jornadas de Investigación Interdisciplinaria sobre la Mujer. Madrid: Universidad Autonoma, 1993, p. 39-52.

SAMARA, Eni de Mesquita & GUTIÉRREZ, Horacio. Mujeres esclavas en el Brasil del siglo XIX. In: PERROT, Michelle (ed.). Historia de las mujeres, el siglo XIX. v. 4. Madrid: Editorial Taurus, 1992, p. 643-54.

SAMARA, Eni de Mesquita. La mujer en la historiografia latinoamericana reciente. In: SANCHEZ, Jorge Nuñes (ed.). Historia de la mujer y la familia. Coleccion Nuestra Patria es America, no. 1. Quito: Ed. Nacional, ADHILAC, p. 153-70.

SAMARA, Eni de Mesquita. A mulher e a família na historiografia latino- americana recente. Revista de Pós-Graduação em História da UFRGS. Porto Alegre: v. 1, no. 1, maio 1993, p. 23-48.

SAMARA, Eni de Mesquita. Latinas das Américas: um repasse pela historiografia recente. IX Semana de História, FCL UNESP, 1991, p. 21-31.

SAMARA, Eni de Mesquita. A casa e o trabalho: mulheres brasileiras no século XIX. In: Anais do II Encontro Nacional de Estudos do Trabalho. São Paulo: ABET, 1991, p. 277-318. Também publicado: La casa y el trabajo: mujeres brasileñas en el siglo XIX. Anuário del IEHS, VI. Tandil, Argentina: 1991, p. 139-153.

SAMARA, Eni de Mesquita. Feminism, social justice and citizenhip in Latin America. Journal of Women's History. v. 6, no. 2, summer, 1994, 135-143.

SAMARA, Eni de Mesquita. Economias exportadoras e formação do mercado de trabalho: mulheres brasileiras em atividades do setor informal, séculos XVIII e XIX. SOLAR, Estudios Latino-Americanos. Santiago, Chile: 1993, p. 50-57.

SAMARA, Eni de Mesquita. Mulheres chefes de domicilio: uma análise comparativa no Brasil do século XIX. Anuário del IEHS, Tandil, Argentina: 1992, p. 167-179. Também publicado: História. São Paulo, UNESP, v. 12, 1993,

p. 49-61.

SAMARA, Eni de Mesquita. Novas imagens da família à brasileira. Psicologia. São Paulo: USP, v. 3, no. 1-2, 1992, p. 59-68.

SAMARA, Eni de Mesquita. Patriarcalismo, família e poder na sociedade brasileira, século XVI-XIX. Revista Brasileira de História. São Paulo: v. 11, no. 22, mar./ago. de 1991, p. 7-33.

SAMARA, Eni de Mesquita & LOPES, Eliane Cristina. Personagens femininas nas vozes masculinas: o casamento nos romances de costumes do século XIX. Revista Travessia, Mulher século XIX. Florianópolis: no. 23, 1991, p. 255-73.

SAMARA, Eni de Mesquita. A família negra no Brasil. Revista de História. São Paulo: no. 120, jan./jul. de 1989, p. 27-44.

SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Os arquivos cartorários e o trabalho do historiador. Acervo: Revista do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2(1): 5-16, jan./jun. 1987.

SILVA, Maria Beatriz Nizza da. A documentação do Desembargo do Paço no Arquivo Nacional e a história da família. Acervo: Revista do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 3(2): 37-53, jul./dez. 1988.

SOIHET, Rachel. É proibido não ser mãe. Comunicação apresentada na 1a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, novembro de 1985.

SOUZA, Guiomar M. G. M. A. e. O prazer proibido. Comunicação apresentada na 5a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, setembro de 1986.

TELAROLLI JÚNIOR, Rodolpho. Fundamentos tecnológicos das ações sanitárias no Estado de São Paulo na Primeira República. Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Belo Horizonte: ABEP, 1994, vol. 3, p. 45-58.

VENANCIO, Renato P. "Crianças sem amor": o abandono de recém-nascidos na cidade de São Paulo (1760-1860). Comunicação apresentada na 4a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, maio de 1986.

VILLALTA, Luiz Carlos. Poder, casamento, ilicitudes e prazeres no Brasil Colonial (1549-1597). Comunicação apresentada na 12a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, maio de 1988.

ZAMBONI, Ernesta. A família Junqueira e a formação da rede fundiária. Comunicação apresentada na 3a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, maio de 1986.

ZAMBONI, Ernesta. A formação da rede fundiária na área de Ribeirão Preto (1874-1900): as famílias Reis e Junqueira. Comunicação apresentada na 5a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, setembro de 1986.

ZENHA, Celeste. Sistema de alianças e norma familiar: um estudo de caso. Capivari, 1840-1890. Comunicação apresentada na 1a. sessão do Seminário Permanente de Estudo da Família e da População no Passado Brasileiro. São Paulo: IPE-USP, novembro de 1985.

 

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CENSO DE DEMOGRAFIA HISTORICA

Damos prosseguimento à apresentação dos resultados parciais do Censo de Demografia Histórica, cujo objetivo é proceder ao levantamento dos estudiosos da área, bem como de suas respectivas produções científicas.

Os informes abaixo fornecidos seguem a forma explicitada a seguir:
Nome
Rua
CEP - Cidade, Estado
(DDD) Telefone
(DDD) Fax
Instituição à qual se encontra vinculado
 
Adriano Campanhole
Rua Oscar Freire, 2136
05409-011 São Paulo, SP
tel. (011) 852-0694
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo,
Academia Paulistana de História
 
Eliane Cristina Lopes
Av. Nossa Senhora do Loreto, 1072
02219-001 São Paulo, SP
tel. (011) 201-3768
FFLCH/Departamento de História, Universidade de São Paulo
 
Flávia Arlanch Martins de Oliveira
Rua Olavo Bilac, 34
17211-020 Jaú, SP
tel. (0146) 22-2634
Universidade Estadual Paulista - UNESP
 
amile Piazenski
Rua Mataripe, 92
04807-040 São Paulo, SP
tel. (011) 548-9576, (011) 818-3745
CEDHAL/Universidade de São Paulo
 
Luiz Carlos Villalta
Rua Quatro, 115, ap. 301
Serrano
30882-750 Belo Horizonte, MG
tel. (031) 476-1220, (031) 557-2036-Mariana
fax. (031) 476-1220
Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP
 
Maria Coleta Ferreira Albino de Oliveira
UNICAMP/Núcleo de Estudos de População - NEPO
Caixa Postal 6166
13081-970 Campinas, SP
tel. (0192) 39-8576
fax. (0192) 39-4000
UNICAMP/NEPO e IFCH/Departamento de Antropologia
 
Maria Cristina Cortez Wissenbach
Praça João Francisco Lisboa, 26
05443-110 São Paulo, SP
tel. (011) 210-4216
FFLCH/Departamento de História, Universidade de São Paulo
 
Roberto Machado Carvalho
Rua Benjamin Constant, 158, 7. andar
01005-000 São Paulo, SP
tel. (011) 232-3582, (011) 241-5681
fax. (011) 232-3582 (IHGSP)
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo,
Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia
 
Tânia Regina de Luca
Caixa Postal 186
07600-000 Mairiporã, SP
tel. (011) 488-4669
Departamento de História, UNESP - Campus de Assis
 

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AOS COLABORADORES

A assinatura deste Boletim será efetuada mediante o envio de 20 disquetes, já formatados, para a Editoria do Boletim. Estamos interessados em receber notas de pesquisa em andamento, resumos, resenhas e artigos concernentes à área de estudos populacionais. Tais contribuições poderão ser escritas em português, castelhano, italiano, francês ou inglês. Reiteramos, ademais, a solicitação da remessa de trabalhos já publicados e concernentes à nossa área de especialização. Além de divulgados no Boletim, serão eles incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP. Caso remanesçam dúvidas entre em contato conosco.

BHD - IRACI COSTA
R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21
05004-000, São Paulo, SP
BRASIL

 

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