NÚCLEO DE ESTUDOS EM HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

Ano 3, no. 9, Março de 1996

 

 SUMÁRIO

Apresentação

Artigo

Pesquisas em Andamento

Fontes Primárias

Resumos

Publicações Recebidas

Softwares para Demografia Histórica

Programas de Cursos

Censo de Demografia Histórica

Pesos e Medidas

Estatísticas Retrospectivas

Aos Colaboradores

 

Editores deste número: Francisco Vidal Luna e Renato Leite Marcondes

 

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APRESENTAÇÃO

No início de nosso terceiro ano damos continuidade aos resultados parciais do Censo de Demografia Histórica 1a. e 2a. fase, como também das pesquisas em andamento. Além disto neste número apresentamos resenha a respeito dos trabalhos sobre a riqueza paulista vista por meio dos inventários.

Reproduzimos a relação de documentos que se encontram disponíveis no Arquivo Judiciário de Guaratinguetá. A seção Estatísticas Retrospectivas contém um levantamento da evolução populacional de Minas Gerais. Procuramos com isto iniciar a divulgação de dados regionais, para cuja continuidade esperamos contar com a colaboração dos pesquisadores que possam fornecer tais informes. Em Pesos e Medidas transcrevemos a introdução a Negócios Coloniais de Luis Lisanti Filho. Por fim, apresentamos o programa do curso de Tópicos Avançados em Demografia I do NEPO/UNICAMP ministrado por Maria Coleta F. A. de Oliveira.

 

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ARTIGO

UMA RESENHA DA RIQUEZA PAULISTA POR MEIO DOS INVENTÁRIOS

"Assim completos e minudenciosos, os inventários constituem depoimentos incomparáveis do teor da vida e da feição das almas na sociedade colonial"

Alcântara Machado (1980, p. 34)

 

A obra clássica de Alcântara Machado, publicada originalmente em 1929, representou um marco na historiografia paulista e brasileira ao relatar minuciosamente e com cores vivas a riqueza de São Paulo nos séculos XVI e XVII. A partir dos cerca de 450 processos examinados, Alcântara Machado traçou um quadro de espólios modestos, distinto do observado para o Nordeste açucareiro: "(...) a fortuna que vem da agricultura e da pecuária é lenta e difícil. Aos povoadores de Piratininga o clima recusa o açúcar naquela fartura que enriquece os cultivadores do Nordeste." (Machado, 1980, p. 38). Ao longo do período a riqueza dos paulistas apresentou alguma evolução: "Na primeira metade da centúria [do século XVII] três acervos se registram superiores a um conto de réis (...) Já na segunda metade o número dos espólios acima de um conto sobe a dezessete. Mas é nas vizinhanças do século XVIII que a riqueza se manifesta (...) Dos quatrocentos inventários seiscentistas, há apenas vinte que delatam alguma abastança. Cinco por cento." (Machado, 1980, p. 41).

Mais de meio século após o livro de Alcântara Machado, Zélia Cardoso de Mello realizou um trabalho com os 746 inventários paulistanos do 1o. Ofício, de 1845 a 1895. Com base nesta documentação, ela percebeu a diversificação da distribuição da riqueza pelos ativos, anteriormente muito concentrada nos cativos. A participação da escravaria na riqueza dos inventariados era de 32,3% no período 1845/50, constituindo o ativo com a maior parcela. No momento posterior, de 1872 a 1880, a parcela da riqueza alocada em cativos foi reduzida para 7,8%; os ativos com maior participação passaram a ser os imóveis (30,2%) e os valores mobiliários (36,6%). No período 1845/50, os escravistas detentores de 1 a 10 cativos representavam 81,4% dos proprietários e possuíam 34,1% dos escravos. Os proprietários de 41 ou mais cativos eram 4,7% do total de escravistas e detinham 39,4% dos cativos. No período 1881/87, ocorreu uma concentração da posse escrava, crescendo a participação da primeira faixa no conjunto dos escravistas (83,3%) e diminuindo sua parcela no total de escravos possuídos (19,3%). Houve, também, para os maiores proprietários, a redução de sua participação no conjunto dos escravistas (3,3%) e o aumento de sua parcela na posse dos escravos (67,5%). Pelo índice de Gini observamos igualmente uma concentração da propriedade escrava. Tal índice elevou-se de 0,671 para 0,944 entre os dois períodos. Os escravistas possuidores de 11 a 40 cativos perderam participação no total dos escravos entre os dois períodos, reduzindo-se sua parcela de 26,5% para 13,2%. Ademais, os não-proprietários constituíam a maioria dos indivíduos inventariados 437 (59%) durante todo o período em estudo. A partir da análise de Zélia Cardoso de Mello diversos estudos procuraram acompanhar a evolução da distribuição da riqueza em São Paulo.

Recentemente, duas dissertações destacam-se nesta tarefa: as de Lélio de Oliveira e de Maurício Alves, a primeira referente a Franca (SP) durante o século XIX e a segunda concernente a Taubaté (SP) ao final do século XVII e início do XVIII. Realizamos a seguir uma resenha das duas dissertações e ressaltamos, no final do texto, alguns resultados comuns entre estes trabalhos e o de Zélia Cardoso de Mello.

TAUBATÉ (1680-1729)

A dissertação de Maurício Alves, defendida no Departamento de história da UFRJ sob orientação de Manolo Florentino, destaca-se pelo privilegiado corpus documental consultado. Os 171 inventários post-mortem completos do período 1680/1729, conservados no Arquivo Municipal de Taubaté, representam uma fonte singular no estudo da HISTÓRIA paulista da época. Analisaremos apenas os quatro primeiros capítulos da dissertação referentes à composição e à distribuição da riqueza. O capítulo da família escrava não será considerado nesta resenha. Seguindo a linha teórica desenvolvida por Florentino & Fragoso (1993), o autor procura identificar os mecanismos que garantiram a perpetuação da diferenciação social e econômica entre os indivíduos livres no período. O desenvolvimento da cana-de-açúcar na década de 1680 foi comprometido na década de 1690 em função do rush econômico e demográfico para as Minas, revigorando-se no início do século XVIII pela liquidez gerada na economia da região pelo boom da mineração. No momento inicial o impacto dos descobertos representou uma perda populacional e econômica para a localidade, mas, posteriormente, o efeito foi positivo ao dinamizar a economia da região. Assim, "O financiamento e os escravos, móveis dessa transformação, reproduzem a diferença social por estarem continuamente monopolizados por um pequeno grupo. A perpetuação da diferença calca-se no monopólio dos mecanismo geradores de maior riqueza (setor mercantil), com os mais pobres sobrevivendo pela aquisição de meios baratos de produção (setor rural). Reproduzir a diferença significa reproduzir a expropriação do setor rural pelo setor mercantil. O que significa uma esterilização do setor rural que não se esgota, possível somente pelo retorno do capital mercantil ao setor rural." (1995, p. 131).

Ao dividir o período por décadas o autor percebeu uma sensível queda do número de inventários e de pessoas livres e cativas presentes nos mesmos, na última década do século XVII. Posteriormente, houve a recuperação demográfica e econômica da localidade, que além de refletir todo o dinamismo resultante da mineração, decorre também do desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar ao final do período de estudo. Tal evidência baseia-se no crescimento do número de inventariados detentores de plantações ou equipamento relacionado à cultura (por exemplo alambique), os quais eram apenas dois na década de 1690 e atingiram dezessete na década de 1720, e participavam com 10,6% da riqueza na primeira década e chegaram a 71,2% na última. A documentação utilizada não permite, muitas vezes, distinguir diretamente o volume produzido dos bens e a importância distintas das atividades do indivíduo inventariado (atividade principal e secundária). Assim, as afirmações do autor sobre a constituição de uma plantation exportadora em Taubaté devem ser consideradas com restrições. A simples presença de um alambique e de numerosos escravos não permite a afirmação da existência de uma produção de açúcar numa plantation nos moldes nordestinos. Nas três primeiras décadas a posse de escravos representava cerca de dois terços da riqueza (variando entre 61,0% e 74,3%) e nas duas últimas ela continuava a ser o item com maior participação na riqueza, com pouco menos da metade do total (38,5% na década de 1710 e 48,8% na década de 1720). Os itens com maiores aumentos foram as dívidas ativas e passivas e o comércio, indicando uma maior possibilidade de financiamento da mão-de-obra cativa africana em substituição à indígena. A participação dos bens rurais e urbanos (terras, edificações, casas, terrenos etc.) não chegavam a representar 10% em todo o período (6,2% na primeira década e 8,4% na última).

A posse de escravos apresentou uma grande desigualdade na primeira década, com os proprietários dos plantéis com vinte ou mais cativos mantendo 87,1% dos escravos, os quais eram em sua quase totalidade índios carijós (97,9%). Houve uma desconcentração da distribuição na década seguinte, os escravistas dos plantéis com vinte ou mais escravos possuíam 44,3% dos cativos. Posteriormente, a concentração aumentou na mesma faixa, com a participação destes proprietários crescendo para 65,8% dos cativos na última década, os quais eram escravos africanos da Guiné (45,9%), índios carijós (41,5%) e mestiços (12,6%). Os escravistas possuidores de 1 a 9 cativos representavam 40% dos proprietários e detinham 4,8% dos escravos na primeira década e chegaram a representar na última década, 57,1% dos proprietários e 16,6% dos cativos. A média de escravos por plantel teve comportamento próximo ao da população total, com uma queda ao final do século XVII (de 39 para 12 escravos) e voltou a crescer no século XVIII, passando de 15 para 18 cativos entre a primeira e a terceira década do século. Os cultivadores de cana estavam presentes nos maiores plantéis, contudo houve uma desconcentração, sendo um deles na última década não proprietário de cativos (em todo período os não possuidores de escravos não passaram de 7).

Os cultivadores de outros bens que não a cana-de-açúcar mostraram uma posse menor de cativos do que os de cana. O predomínio do setor mercantil não aparece de forma clara, pois os bens urbanos e comerciais representavam apenas 5,6% da riqueza ao final do período em estudo, apesar do aumento ao longo do tempo. O crescimento das dívidas ativas e passivas no conjunto da riqueza de 17,7%, na década de 1680, para 34,5%, na década de 1720, mostrou um incremento da atividade prestamista. Entretanto, não se pode afirmar que havia "a supremacia do capital mercantil sobre o setor agrícola como detentor da riqueza" (1995, p. 54), por meio da comparação da participação dos itens acima com os bens rurais, os quais não ultrapassaram 7,3% da riqueza inventariada em todo período. Deveria ser incluído no cálculo o montante da riqueza dos escravos dos dois setores, que se esperaria estarem em sua maioria alocados na lide agrícola. Os cativos constituíam o maior custo da empresa agrícola, já que as terras e instalações têm valores muito baixos.

Do mesmo modo, a rentabilidade superior do setor mercantil em relação ao agrícola não ficou evidenciada empiricamente de maneira ampla. Existem algumas indicações para uma alta rentabilidade, especialmente no caso de Domingos Cordeiro Gil, o maior prestamista da década de 1710. O elevado valor dos juros de uma dívida ativa (640$000 réis) com respeito ao seu patrimônio rural (600$000) era esperado para um prestamista de dinheiro. Além disto, a taxa de juros simples cobrada neste empréstimo foi de 8% ao ano, a qual poderia ser alcançada por uma atividade agrícola rentável. Por fim, a passagem de Domingos Cordeiro de prestamista a agricultor por motivos extra-econômicos, não parece bem fundamentada em termos empíricos, outras explicações deveriam ser consideradas. Assim, se possível, o autor poderia aprofundar sua análise sobre estas questões, o que auxiliaria na corroboração da visão de Fragoso & Florentino.

FRANCA NO SÉCULO XIX

O estudo da localidade de Franca constitui a dissertação de mestrado de Lélio de Oliveira, defendida na Faculdade de história da UNESP de Franca sob orientação de Lincoln Etchebéhere Júnior.

Logo de início destaca-se o cuidado do autor com as referências, apresentação e organização do texto. A preocupação central da dissertação é com o evolver das formas de alocação da riqueza na localidade de Franca ao longo do século XIX. As mudanças na distribuição da riqueza pelos diversos tipos de bens e propriedades foram acompanhadas com base nos inventários disponíveis no Arquivo Histórico Municipal de Franca. Para a realização de tal empresa foram escolhidos dois períodos amostrais (1822 a 1830 e 1875 a 1885) como indicadores das transformações da riqueza francana durante o século XIX. A metodologia utilizada aproxima-se, como lembra o próprio autor, da presente na tese de Zélia Maria Cardoso de Mello. A dissertação está dividida em três capítulos. No primeiro, o autor procura mostrar alguns avanços da historiografia revisionista do viés exportacionista da literatura tradicional e vinculá-los ao seu trabalho. A importância e o dinamismo da economia de subsistência no centro-sul brasileiro, em especial entre o momento da decadência da mineração e o desenvolvimento da cafeicultura, devem ser considerados aliados ao comportamento da plantation de exportação no entendimento da economia francana, a qual constitui a matéria do capítulo seguinte.

Em Franca predominaram as atividades vincunladas à pecuária e seus derivados, embora diversas atividades também tivessem sua importância, como por exemplo: engenhos de açúcar e aguardente, comércio do sal, tecelagem, mineração e, no final do período, cafeicultura. A evolução econômica ocorreu pari passu ao vertiginoso crescimento demográfico, favorecido pela migração dos mineiros, principalmente na primeira metade dos oitocentos.

O último e principal capítulo revela as informações obtidas nos inventários por meio das amostras referidas acima. A comparação dos dois períodos permitiu ao autor afirmar a existência de uma concentração da riqueza tanto sob a forma de escravos quanto para a totalidade das propriedades e bens. A importância da riqueza alocada em escravos diminuiu significativamente no período, deixando de constituir o item de maior participação no total (queda de 37,1% para 26,7% do total da riqueza). A presença dos pequenos proprietários (de 1 a 5 escravos) era dominante nos dois interregnos, alcançando 73,4%, no primeiro, e 64,8% dos escravistas no segundo período. Os proprietários de 1 a 9 cativos detinham 79,5% dos escravos e eram 90,4% do total dos escravistas no primeiro período. No momento posterior os escravistas com 1 a 10 cativos representavam 85,4% do total. Houve também uma redução da participação dos bens semoventes e das dívidas passivas e ativas na riqueza paralelamente ao crescimento da parcela dos bens de raiz, em especial pela valorização das casas, fazendas, terras etc. Ainda neste capítulo há uma análise muito interessante dos preços dos escravos correlatamente às características dos mesmos, idade e sexo. O autor deveria explorar mais tal análise, em especial o uso de testes estatísticos ao invés dos preços médios, mínimos e máximos, o que permitiria conclusões mais ricas e precisas a respeito dos condicionantes das diferenças dos preços dos escravos.

Uma informação fundamental que não aparece na dissertação é o número de inventários disponíveis, consultados e utilizados pelo autor e a ausência dos números absolutos nas tabelas e gráficos, os quais em sua quase totalidade estão expressos apenas em porcentagens. Pelo número de escravos levantados nos dois períodos, 155 e 167 cativos, e a sua média por proprietário, de 4,8 e 5,3, respectivamente, pode-se imaginar que tais inventários não devam passar de uma centúria, considerando os não proprietários de escravos (3,2% dos inventários na primeira amostra e 46,7% dos mesmos na segunda).

Outro ponto a ser desenvolvido em trabalho posterior é a significativa concentração nas mãos de poucos e a exclusão de grande parcela da população da propriedade escrava entre os dois períodos, como vimos pelos números apresentados anteriormente. Talvez com a incorporação dos inventários entre os dois períodos possamos ter uma idéia mais precisa do motivo de tal fato, a centralização e concentração da propriedade escrava pode estar condicionada pelo fim do tráfico, ou avanço da plantation, ou até ser apenas uma característica dos momentos finais da escravidão. Por fim, nota-se a ausência nas referências bibliográficas de alguns trabalhos fundamentais sobre a região, como os do Prof. José Geraldo Evangelista e, em número mais significativo, da historiografia mais recente.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 A distribuição da riqueza pelos ativos mostrou uma diminuição da importância dos escravos no seu conjunto durante o período abarcado pelos trabalhos acima. Ao longo do século XIX tal redução apresentou-se mais pronunciada, especialmente com o fim do tráfico de cativos. Nos primeiros cinqüenta anos do século dezenove, a riqueza em escravos representava entre um terço e a metade do total. Na metade seguinte da centúria tal participação reduziu-se significativamente e a concentração da posse cativa aumentou, mas esta tendência apresentou variações regionais. Na cidade de São Paulo, a redução no conjunto da riqueza foi mais drástica e a desigualdade da posse escrava superior à do interior. Por outro lado, a participação dos imóveis rurais e urbanos cresceu nas duas áreas, principalmente em Franca. Apesar dos inventários retratarem apenas os detentores de bens, os não proprietários de cativos tiveram uma significativa importância no século XIX, reforçada a partir do fim do tráfico de escravos. Em Taubaté, os não escravistas eram parcos sete inventariados entre 171 (4,1%), talvez em função da presença muito forte de cativos indígenas mais baratos que os africanos. As observações postas acima ressaltam a importância e o valor dos trabalhos utilizando os inventários, como de Zélia Cardoso de Mello, Lelio de Oliveira e Maurício Alves. O desenvolvimento da historiografia cada vez mais instiga e obriga os pesquisadores a buscarem novas fontes originais para seus estudos como realizado pelos autores.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Maurício Martins. Caminhos da pobreza: a manutenção da diferença em Taubaté (1680-1729). Dissertação (Mestrado em História) - IFCH-UFRJ, 1995.

FRAGOSO, João L. R. & FLORENTINO, Manolo G. O arcaísmo como projeto. Rio de Janeiro: Diadorim, 1993.

MACHADO, Alcântara. Vida e morte do bandeirante. Belo Horizonte/São Paulo: ITATIAIA/EDUSP, 1980. (Reconquista do Brasil; nova série; v. 8).

MELLO, Zélia Cardoso de. Metamorfose da riqueza: São Paulo, 1845-1895. São Paulo: HUCITEC/Prefeitura do Município de São Paulo/Secretaria Municipal da Cultura, 1985.

OLIVEIRA, Lélio Luiz de. As transformações da riqueza em Franca no século XIX. Dissertação (Mestrado em História) - FHDSS-UNESP, 1995.

RENATO LEITE MARCONDES

(Doutorando em economia pelo IPE-USP

e membro do N.E.H.D./FEA-USP)

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PESQUISAS EM ANDAMENTO

NOME: Carla Casper Hackenberg

ENDEREÇO: Av. São José, 667 Ap. 14 - Cristo Rei

CEP: 80050-350 CIDADE: Curitiba ESTADO: PR

FONE: (041) 264-8396

INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná

GRAU: Pós-graduando

TITULO DA PESQUISA: A influência das relações parentais na vida cotidiana escrava em localidades do Rio de Janeiro e Paraná na primeira metade do século XIX.

TEOR DA PESQUISA: A proposta básica da pesquisa é estabelecer uma relação entre a formação de laços parentais nos grupos escravos rurais e a estratégia de sobrevivência dos negros, talvez como forma indireta de resistência (enquanto defesa do grupo à aniquilação cultural) ao sistema opressor e reducionista. Em resumo, a pesquisa é uma tentativa de repensar a questão do parentesco, a partir da construção de um paralelo da vida cotidiana escrava, em dois pólos econômicos distintos (Rio de Janeiro e Paraná), ainda no período inicial do século XIX quando o tráfico fazia-se num fluxo intenso.

NOME: Miridan Britto Knox

ENDEREÇO: R. Igarapava, 31 Ap. 202

CEP: 22450-200 CIDADE: Rio de Janeiro ESTADO: RJ

INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Rio de Janeiro

GRAU: DOUTOR

TíTULO DA PESQUISA: A mortalidade por causas na freguesia do Smo. Sacramento do Rio de Janeiro no século XIX.

TEOR DA PESQUISA: Procura sistematizar as causas-morti por sexo e condição social (livre, escravo, forro) na freguesia do Santíssimo Sacramento do Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX. Baseia-se em pesquisas de livros de óbitos do arquivo da Cúria e em análise de Mapas Populacionais. Trata-se do levantamento inicial para o estudo das condições de morbidez nas freguesias urbanas do Rio de Janeiro. Até o presente momento (8-11-95) já foram levantados 1.500 registros de óbitos, por causa, sexo e condição social.

 

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FONTES PRIMÁRIAS

Segue abaixo a relação de documentos depositados no Arquivo Judiciário de Guaratinguetá (SP) no 1o. Ofício, 2o. Ofício, Cartório do Registro Civil, Cartório Eleitoral e Distribuição. Tais informações foram retiradas do artigo de Joaquim Roberto Fagundes, denominado O Arquivo Judiciário de Guaratinguetá e publicado na Revista Puri do Instituto de Estudos Valeparaibanos em junho de 1993.

1o. Ofício:

- Inventários e Testamentos (1710-1920) - 187 maços

- Processos Cíveis (1750-1920)

- Processos Cíveis (1750- ) - 125 maços

- Processos Crimes (1836-1920) - 20 maços

- Livro de Registro de Testamento (1816-1893) - 15 livros

- Livro de Protocolo de Audiência-Juízo Municipal (1832-1921) - 30 livros

- Livro de Protocolo - Juízo de Direito (1890-1894) - 3 livros

- Livro de Tutelas e Cruratelas (1815-1906) - 10 livros

- Livro de Audiência do Juízo de Órfãos desvalidos (1888) - 1 livro

- Livro de Contas de Órfãos (1865 e 1872) - 2 livros

- Livro de Receitas e despesas do Juízo de Órfãos (várias datas) - 3 livros

- Livro de termo de fiança de inventários e testamentos (1820) - 1 livro

- Livro de audiência criminal e policial (1869-1877) - 1 livro

- Livro de leilões do Juízo de Órfãos (1842-1897)

- Índice do autos do Cartório do 1o. Ofício (várias datas) - vários livros

2o. Ofício:

- Inventários e Testamentos (1838-1920) - 40 maços

- Processos Cíveis (1855-1927) - 31 maços

- Processos Crimes (1838-1920) - 13 maços

- Livro de Registros de Testamentos (1897-1917) - 4 livros

- Livro de atas do Júri (1867-1917) - 8 livros

- Livro de rendimento do cartório (1902-1921) - 2 livros

- Livro diário do cartório (1932-1933) - 1 livro

- Livro de Orfanológico (1907) - 1 livro

- Livro de audiência cíveis, comerciais e criminais (1882-1884) - 1 livro

- Livro de notas de compras de escravos (1872-1879) - 2 livros

- Livro de registro de protestos e títulos (diversas datas) - 6 livros

- Livro de rol dos culpados (1889-1919) - 3 livros

- Livro de sorteio de jurados (1903-1910) - 4 livros

- Livro de atas do tribunal do Júri (1908-1909) - 1 livro

- Livro de arrecadação da provedoria dos defuntos e órfãos (1825-3) - 1 livro

Cartório Eleitoral:

- Livro de atas das instalações das mesas e das eleições para presidente da

República (1906) - 2 livros

- Folhas avulsas de recrutamento militar (1938)

- Revisão do alistamento eleitoral (1913) - brochura

- Relação dos cidadãos qualificados nominalmente (1890) - brochura

- Lista dos inspetores de quarteirão (1906) - brochura

- Livro de registro de eleitores (1890-1898) - 3 livros

- Papéis eleitorais (1921) - folhas soltas

- Atas eleitorais da 1a. secção (1894-1900) - 1 livro

- Atas do Júri - 1a. secção (1897-1904) - 1 livro

- Ata da 1a. secção do Juízo de Paz (1904) - 1 livro

- Livro de registro de eleitores (1900-1904) - 1 livro

- Processos de qualificação eleitoral e militar (1880-1920) - 10 caixas

- Registro Civil

- Processos do Juízo de Paz (1828-1920) - 5 maços

- Atas do Juízo de Paz (1834-1923) - 2 maços

- Editais de proclama de casamento (1890-1920) - 2 maços

- Processos de casamento (1890-1920) - vários maços

- óbitos (1890-1920) - várias caixas

- Petições de registro de nascimento (1910-1920) - 1 maço

 

Distribuição:

- Livro de distribuição criminal (1907) - 1 livro

- Livro de distribuição de ações cíveis (1855-1922) - 10 livros

- Livro de distribuição dos escrivães dos órfãos (1863-1897) - 4 livros

- Livro de distribuição de escrituras (1871-1922) - 12 livros

O Arquivo Judiciário de Guaratinguetá encontra-se:

Museu Frei Galvão

Praça Conselheiro Rodrigues Alves, 48, 2o. andar

12500-000 - Guaratinguetá - SP

 

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RESUMOS

Realizou-se o levantamento dos resumos dos artigos na área publicados no Boletim do Centro de Memória - Unicamp:

BACELLAR, Carlos A. P. A Família do Engenho no Oeste Paulista. Boletim do Centro de Memória Unicamp, Campinas, v. 1, no. 1, p. 11-13 jan./jun. 1989.

RESUMO: No artigo resumem-se as conclusões obtidas na tese de mestrado do autor, na qual procurava-se desvendar o funcionamento do sistema sucessório familiar, no Oeste Paulista de quatro gerações de grandes proprietário de escravos e terra, entre 1765 e 1855.

ABRAHÃO, Fernando A. As Ações de Liberdade em Campinas. Boletim do Centro de Memória Unicamp, Campinas, v. 1, no. 1, p. 21-24 jan./jun. 1989.

RESUMO: Descrição do funcionamento do processo de libertação de escravos em Campinas, a partir de 1870, tendo por base principalmente o Fundo de Emancipação.

GONÇALVES, Denise. As Listas de Matrícula e os Registros de escravos do Fundo Judiciário de Campinas. Boletim do Centro de Memória Unicamp, Campinas, v. 1, no. 1, p. 25-27, jan./jun. 1989.

RESUMO: Nota a respeito da "matrícula especial" de escravos, como instrumento legal instituído a partir da Lei do Ventre Livre.

BRUIT, Héctor H. O Cotidiano dos Colonos do Café Segundo Documentos Cartoriais. Boletim do Centro de Memória Unicamp, Campinas, v. 2, no. 4, p. 6-16 jul./dez. 1990.

RESUMO: Apontamentos à margem de uma pesquisa, que tem como objeto central o desenvolvimento do trabalho livre na agricultura da segunda metade do século passado, na região de Campinas; a finalidade das notas limita-se a mostrar as possibilidades dos documentos cartoriais enquanto fonte para pesquisas.

TRIPOLI, Mailde J. Cólera - Morbo: Ontem e Hoje. Boletim do Centro de Memória Unicamp, Campinas, v. 3, no. 5, p. 36-38, jan./jun. 1991.

RESUMO: Reprodução, com rápida análise, de documentos existentes na Câmara Municipal de Campinas, que tratam da ameaça de uma epidemia de cólera no Brasil em 1855 e suas repercussões na cidade.

BEATO, Lucila B. Os Estudos Afro-brasileiros e o Diálogo na Diáspora Africana. Boletim do Centro de Memória Unicamp, Campinas, v. 5, no. 9, p. 53-58 jan./jun. 1993.

RESUMO: A autora discute os avanços dos estudos a respeito dos africanos em vários países americanos, principalmente nos Estados Unidos. Enfatiza a importância de tais estudos e o relativo descaso que têm merecido no Brasil; representam aqui uma área submersa do mundo acadêmico, cuja produção visível é pontual e pouco significativa no interior da universidade brasileira.

BASTOS, Marcus A. A. Presença Judaica em Campinas no Século XIX (1870-1890): uma primeira abordagem. Boletim do Centro de Memória Unicamp, Campinas, v. 6, no. 12, p. 35-50 jul./dez 1994.

RESUMO: Estuda-se a presença de judeus entre os diferentes grupos de imigrantes que se estabeleceram em Campinas no período 1870 a 1890.

LIMA, Lana L. G. & VENANCIO, Renato P. Alforria de Crianças escravas no Rio de Janeiro do século XIX. Resgate-Revista de Cultura, Campinas, v. 2, p. 26-34 1991.

RESUMO: Analisam-se as alforrias, ocorridas no Rio de Janeiro, concedidas às crianças escravas no momento do batizado. Através das fontes paroquiais demonstra-se a importância quantitativa casos, usualmente subestimados quando estudados com base nos livros de notas dos cartórios.

CASTRO, Hebe Maria Mattos de. A cor inexistente: relações raciais e trabalho rural no Rio de Janeiro pós-escravidão. Estudos Afro-Asiáticos, Rio de Janeiro, v. 10, no. 15, p. 208-17 out. 1995.

RESUMO: Discute as dificuldades da historiografia brasileira em conseguir enfocar o liberto e sua inserção social após a abolição e rediscute o silêncio sobre a cor e o uso das designações raciais na documentação oitocentista.

PAIVA, Clotilde Andrade & LIBBY, Douglas Cole. Caminhos Alternativos: escravidão e reprodução em Minas Gerais no século XIX. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 25, no. 2, p. 203-233, mai./ago. 1995.

RESUMO: Entre os fatores que influenciaram a demografia escrava talvez o mais importante tenha sido o grau de envolvimento na tradicional economia colonial de exportação. Até o final do século XVIII o mercado interno brasileiro havia se consolidado e as atividades produtivas correspondentes demandavam uma força de trabalho escrava considerável. Em períodos e regiões diferentes, várias populações cativas engajadas na produção de gêneros alimentícios, destinados ao consumo interno, se comprovaram capazes de reprodução natural. Após o ciclo aurífero, Minas Gerais constitui a maior e mais expressiva região dedicada ao mercado interno. Baseado em novas evidências, demonstrar-se-á que, a despeito das enormes pressões do tráfico negreiro internacional, a população escrava mineira da década de 1830 se sustentava, em parte, por meio da reprodução natural e que uma geração após o término do tráfico encontrava-se plenamente reprodutiva.

MARCONDES, Renato Leite. O evolver demográfico e econômico nos espaços fluminenses (1780-1840). Estudos Econômicos, São Paulo, v. 25, no. 2, p. 235-270 mai./ago. 1995.

RESUMO: Acompanhamos o desenvolvimento demo-econômico do Rio de Janeiro entre 1780 e 1840, com base em três mapas de população, atinentes a 1780, 1821, 1840. Utilizamos também os informes das exportações e a literatura disponível sobre a economia fluminense no período para delinear sua evolução econômica. A partir destes dados desagregados dividimos o território do Rio de Janeiro em quatro áreas: a açucareira, a cafeeira, o município do Rio de Janeiro e, a última, com as freguesias restantes. No período em estudo, o café constituiu o principal fator de transformação demográfica e econômica do Rio de Janeiro. Verificou-se a existência de movimentos migratórios favorecendo principalmente a área cafeeira do Vale do Paraíba fluminense. Ressalta-se o dinamismo demográfico da área açucareira, ainda que menos intenso que a vinculada à rubiácea. As duas demais áreas diminuem sua participação no conjunto da população, em especial no total do contigente cativo.

 

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PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

LIPHIS - Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em História Social. O IFCS/UFRJ lançou, em 1995, seu Cadernos no. 1, no qual destacam-se os seguintes artigos:

- FLORENTINO, Manolo & GÓES, José Roberto. Parentesco e estabilidade familiar entre os escravos do agro fluminense, 1790-1830, p. 13-19.

- JUCA, Antonio Carlos. Magé na crise do escravismo: sistema agrário e evolução econômica na produção de alimentos, 1850/1888, p. 27-34.

- RAGOSO, João. A espera das frotas: hierarquia social e formas de acumulação no Rio de Janeiro, século XVII. p. 53-62.

- ALMEIDA, Carla. Investigações sobre a estrutura de posse de escravos em Minas Gerais: Mariana, 1750-1850. p. 35-41.

- LIMA, Carlos. Escravidão e famílias livres: o caso dos artesãos da cidade do Rio de Janeiro, 1797-1845. p. 43-51

- SIMONATO, Andréa. Algumas considerações sobre o parentesco entre cativos: agro fluminense, 1860. p. 63-73.

Endereço: CADERNOS LIPHIS - IFCS/UFRJ

Largo de São Francisco, 1, sala 204

Centro

20051-070 - Rio de Janeiro - FJ

Tel: (021) 221-0341 ramal 203

INFORMATIVO ABEP. no. 46, set./dez. 1995

NOTÍCIA BIBLIOGRÁFICA E HISTÓRICA. Campinas, PUCCAMP, ano XXVII, no. 158,

jul./set. 1995.

NOTÍCIA BIBLIOGRÁFICA E HISTÓRICA. Campinas, PUCCAMP, ano XXVII, no. 159, out./dez. 1995.

LPH, REVISTA DE HISTÓRIA. Ouro Preto, UFOP, no. 5, 1995.

ALMEIDA, Carla Maria C. Minas Gerais de 1750 a 1850: bases da economia e tentativa de periodização. LPH: Revista de HISTÓRIA, Ouro Preto, no. 5, 1995.

FLORENTINO, Manolo Garcia. Em costas negras: uma HISTÓRIA do tráfico Atlântico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1995. (Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa, 5).

MOTT, Luiz. A inquisição no Maranhão. São Luís: EDUFMA, 1995. (Série Monografias Acadêmicas, 2).

ONU. Population situation in 1995. New York, United Nations, 1995.

ONU. Abortion policies: a global review, Oman a Zimbabwe. New York, United Nations, 1995, vol. III.

ONU. Developments in demographic training and research projects: aspects of technical cooperation. New York, United Nations, 1995.

ESTUDOS AFRO-ASIÁTICOS. Rio de Janeiro, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, no. 28, out. 1995.

BOLETIM DA ABET. ano 5, no. 1, janeiro 1996.

BOLETIM INFORMARIVO DA ABPHE. ano 1, no. 2, nov. 1995.

Endereço: Associação Brasileira de Pesquisadores em HISTÓRIA Econômica

A/C Flávio Saes FEA-USP - Departamento de Economia

Av. Luciano Gualberto, 908

Cidade Universitária

05508-900 - São Paulo - SP

BOLETIM ABEA (Associação Brasileira de Estudos Americanos). 1995.

Endereço: Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Av. Bento Gonçalves, 9500

Porto Alegre - RS

Fone: (051) 336-9822 Ramal 6692/6693

Fax: (051) 336-1719

ECONOMIA & EMPRESA. São Paulo, Instituto Mackenzie/Universidade Mackenzie, vol. 2, no. 3, jul./set. 1995.

REVISTA CCHLA. João Pessoa, Universidade Federal da Paraíba, ano 3, número especial, nov. 1995.

EM FOCO. Vozes, no. 2, out./mar. 1995/96.

DEMOGRÁFICA. Brasília, CODEPLAN, ano I, no. 2, abr./jun. 1995.

Endereço: CODEPLAN - Núcleo de Estudos Populacionais

Setor Comercial Norte - Ed. CODEPLAN

Quadra 02 Bloco C

70710-500 - Brasília - DF

Os livros, cópias de artigos publicados e exemplares de monografias, de dissertações e de teses que nos forem enviados, serão regularmente divulgados nesta secção e incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP.

BHD - IRACI COSTA

R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21

05004-000 São Paulo SP

BRASIL

 

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SOFTWARES PARA DEMOGRAFIA HISTÓRICA

Neste número apresentamos alguns endereços eletrônicos de instituições de ensino e pesquisa na Internet. Os endereços http podem ser acessados por meio dos programas Mosaic ou Netscape.

Biblioteca Virtual sobre Língua e Literatura

http://www.cr-sp.mp.br/literatura/index.html

EAESP/FGV (Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio

Vargas)

http://www.fgvsp.br/

ESALQ (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da USP) http://www.ciagri.usp.br/

HAHR (Hispanic American Historical Review)

e-mail: hahr@servax.fiu.edu

Museus - USP

http://www.Isi.usp.br/~webmastr/usp/cultura/museus

POPIN (Population Information Network - ONU)

e-mail: popin@undp.org

PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná)

http://www.pucpr.br/

PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)

http://www.puc-rio.br/

gopher://io.rdc.puc-rio.br:70/11

ftp://exu.inf.puc-rio.br

PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)

http://music.pucrs.br/

PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)

http://www.pucsp.br

UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

http://www.uerj.br

UFBA (Universidade Federal da Bahia)

http://www.ufba.br/instituicoes/ufba/welcome.html

UFC (Universidade Federal do Ceará)

http://www.ufc.br/

UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)

http://dcc.ufmg.br

UFPA (Universidade Federal do Pará)

telnet://bbs.ufpa.br

UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

http://www.cesup.ufrgs.br/ufrgs/html

ftp://ftp.inf.ufrgs.br

gopher://penta.ufrgs.br:70/11

UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

http://www.ufrj.br/

ftp://ftp.nce.ufrj.br

UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)

http://www.inf.ufsc.br/ufsc/ufsc.html

http://www.inf.ufsc.br/

ftp://ftp.inf.ufsc.br

UFSM (Universidade Federal de Santa Maria - RS)

http://www.ufsm.br/

ftp://ftp.ufsm.br

gopher://gopher.ufsm.br:70/11

UNB (Universidade de Brasília)

http://www.unb.br/

UNESP (Universidade Estadual Paulista)

http://wolwerine.ibilce.unesp.br/

UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas)

http://www.unicamp.br/

ftp://ftp.unicamp.br

gopher://ccsun.unicamp.br:70/11

USP (Universidade de São Paulo)

http://www.usp.br/

Endereços de Universidades no Estados Unidos Via YAHOO:

http://gnn.yahoo.com/gnn/Regional/U_S__States/

Acrescentando o estado, cidade etc:

Arizona/Cities/Tempe/Education/Colleges/Arizona_State_University/

Massachusetts/Cities/Boston/Education/Colleges/Boston_College/

Massachusetts/Cities/Boston/Education/Colleges/Boston_University/

California/Education/Colleges/California_State_Universities/

Colorado/Cities/Fort_Collins/Education/Colleges/Colorado_State_University/

Connecticut/Education/Colleges/Connecticut_State_University_System/

Florida/Cities/Tallahassee/Education/Colleges/Florida_State_University/

Washington_D_C_/Education/Colleges/George_Washington_University/

Washington_D_C_/Education/Colleges/Georgetown_University/

Massachusetts/Cities/Cambridge/Education/Colleges/Harvard_University/

Maryland/Cities/Baltimore/Education/Colleges/Johns_Hopkins_University/

Michigan/Cities/East_Lansing/Education/Colleges/Michigan_State_University/

Massachusetts/Cities/Cambridge/Education/Colleges/MIT/

New_Jersey/Cities/Princeton/Education/Colleges/Princeton_University/

Indiana/Cities/West_Lafayette/Education/Colleges/Purdue_University/

California/Cities/Palo_Alto/Education/Colleges/Stanford_University/

California/Education/Colleges/University_of_California/

Illinois/Cities/Chicago/Education/Colleges/University_of_Chicago/

Massachusetts/Education/Colleges/University_of_Massachusetts/

Florida/Cities/Miami/Education/Colleges/University_of_Miami/

Texas/Education/Colleges/University_of_Texas/

Connecticut/Cities/New_Haven/Education/Colleges/Yale_University/

 

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PROGRAMAS DE CURSOS

Neste número apresentamos o programa da disciplina intitulada TÓPICOS AVANÇADOS EM DEMOGRAFIA I (HS 866) e oferecida no programa de Pós-Graduação em Demografia, de iniciativa conjunta do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e do Núcleo de Estudos em População (NEPO), ambos da UNICAMP. O programa abaixo transcrito corresponde à versão do primeiro semestre de 1994, quando a disciplina em tela foi ministrada sob a responsabilidade de Maria Coleta F. A. de Oliveira.

OBJETIVOS

O fio condutor do curso é dado pela questão da explicação dos processos e fenômenos demográficos, vistos enquanto processos e fenômenos sociais. O ponto de partida é a discussão sobre a natureza do conhecimento, e como essa questão se apresenta nas Ciências Sociais em geral, e na Demografia em particular. Em seguida, são examinadas as contribuições paradigmáticas de Malthus e Marx, passando-se para a apreciação das formulações contemporâneas acerca dos fenômenos demográficos apoiadas nestes dois paradigmas. A chamada perspectiva histórico-estrutural tal como formulada na América Latina nos anos 70 é examinada, explorando-se algumas contribuições mais recentes inspiradas nesse tipo de orientação teórica, desembocando no debate atual sobre a explicação da mudança demográfica como um resultado de mudanças latitudinais 'descoladas' das formas de vida social e econômica. Essa discussão se estende para considerar a contribuição da tradição dos surveys, retomando o tema das possibilidades e limites desse estilo de investigação. Em seguida, discute-se a contribuição da perspectiva de gênero na Demografia, especialmente no que diz respeito a temas como a nupcialidade e fecundidade. O tema da mortalidade recebe alguma atenção, objetivando discutir como são construídas as explicações sobre a mudança nos níveis de mortalidade. O curso termina retomando e sistematizando uma série de tópicos de caráter metodológico, centrados na questão da explicação e da interpretação.

PROGRAMA E BIBLIOGRAFIA

  1. Natureza e alcance do conhecimento demográfico

DUARTE, J. C. et all. "Alguns problemas teóricos-metodológicos dos estudos de população na América Latina". Textos NEPO 3. Campinas: Núcleo de Estudos de População / Universidade de Estadual de Campinas.

HAUSER, P. M. & DUNCAN, O. D. "Overview and Conclusions". The Study of Population: an Inventory and Appraisal. Chicago: Chicago Un. Press, 1959.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1992.

PRESTON, S. H. "The Next Fifteen Years in Demographic Analysis".

TAEUBER, K. E.(eds). Social Demography. New York: Academic Press,1978.

PRZEWORSKI, A. "Teoria sociológica y estudio de la poblacións: reflexionaes sobre el trabajo de la Comisión de Población y Desarollo de CLACSO". MERTENS et all. Reflexiones teorico-metodológicas sobre investigaciones en población. México: El Colégio de México, 1982.

SANTOS, J. L. F. et all. Dinâmica da população: teoria, métodos e técnicas de análise. São Paulo: T.A. Queiroz Editor, 1980.

SEMINÁRIO: KUHN (1992)

2. Malthus, Marx, neo-malthusianos e neo-marxistas

BASERUP, E. The Conditions of Agricultural Growth. Chicago: Aldine, 1965.

COALE, A. & HOOVER, E. População e desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1958.

HOGAN, D. J. "Crescimento populacional e desenvolvimento sustentável". Lua Nova, n. 31, 1993.

MALTHUS, T. R. An Essay on the Principle of Population and a Summary View of the Principle of Population. Middlesex: Penguin Books, 1970.

MARX, K. Le capital - critique de l'économie politique. Paris: Éditions Sociales, 1950. Livro I, Tomo III.

_______. Contribuition à la critique de l'économie politique. Paris: Éditions Sociales, 1957.

_______ & ENGELS, F. Critique de Malthus. Paris: Maspero, 1978.

MEEK, Ronald L. Marx and Engels on the Population Bomb.Berkeley: The Ramparts Press, 1971.

OLIVEIRA, Francisco de. "Malthus e Marx: Falso encanto e dificuldade radical". Textos NEPO 4. Campinas: Núcleo de Estudos de População/Universidade Estadual de Campinas, 1985.

SECCOMBE, W. "Marxism and Demography". New Left Review, n. 137, p. 22-47.

SZMRECSANYI, T. (Org.). Thomas Robert Malthus: Economia. São Paulo: Ática, 1982.

SEMINÁRIO: COALE & HOOVER (1958) e HOGAN (1993).

3. A explicação da fecundidade e o debate sobre a abordagem histórico-estrutural. O interesse pela fecundidade no centro e na periferia. A transição demográfica nas sociedades dependentes. A perspectiva histórico-estrutural hoje.

CLELAND, J. "Equity, Security and Fertility: A Reaction to Thomas" Populations Studies, v. 47, no. 2, July/1993, p. 345-352.

__________ & WILSON C. "Demand Theories of Fertility Transition: Na Iconoclastic View". Population Studies, v.41, nr.1, 1987, p.5-30.

FARIA, V. E. "Políticas de governo e regulação da fecundidade: conseqüências não antecipadas e efeitos perversos". Revista Brasileira de Ciências Sociais, 1988.

GREENHALG, Susan. "Toward a Political Economy of Fertility: Anthropological Contributions". Population and Development Review, v. 16, no. 1, march/1990, p. 85-106.

OLIVEIRA, Francisco de. "A produção dos homens: notas sobre a reprodução da população sob o capital". Estudos CEBRAP, n.16, 1976, p. 7-25.

OLIVEIRA, M. C. F. A. de & SZMRECSÁNYI, M. I. Q. F. "Fecundidade". SANTOS, J. L. F., LEVY, M. S. F. & SZMRECSÁNYI, T. (Orgs.). Dinâmica da população. São Paulo: T. A. Queiroz, 1980, p. 185-208.

PAIVA, P. T. A. "O processo de proletarização como fator de desestabilização dos níveis de fecundidade no Brasil. Reprodução de la Población y Desarollo, v. 5. Campinas: CLACSO, 1982, p. 213-249.

PATARRA, N. L. & OLIVEIRA, M. C. F. A. "Apontamentos críticos sobre os estudos de fertilidade. Revista Brasileira de Estatística, v. 33, no. 131, 1972, p. 481-502.

THOMAS, N."Land, Fertility and the Population Establishment". Population Studies, v. 45, nr. 3, november/1991, p. 379-397.

_________. "Economic Security, Culture and Fertility: A Reply to Cleland. Population Studies, v. 47, nr. 2, july/1993, p. 353-359.

SEMINÁRIO: PATARRA & OLIVEIRA (1972), OLIVEIRA (1976) e FARIA (1988).

4. Os estudos de fecundidade na tradição dos grandes surveys. Os surveys americanos dos anos 60; os surveys na América Latina; World Fertility Survey e os Demographic and Health Surveys. Motivações, tomada de decisões, intenções reprodutivas e fecundidade desejada: o modelo de oferta-demanda de filhos. Contribuições da psicologia e da economia

BECKMAN, L. J. "Couples Decision-Making Processes Regarding Fertility". TABAUER, K. E. et all. Social Demography. New York: Academic Press, 1978, p. 57-81.

BONGAARTS, J. "The Supply-Demand Framework for the Determinants of Fertility: An Alternative Implementation. Population Studies, v. 47, no. 3, 1993, p. 437-456.

BULATAO, R. H. & LEE, R. D. Determinants of Fertility in Developing Countries. New York: Academic Press, 1983. Caps. 1, 2, 8 e 9.

CLELAND, J. & HOBCRFT, J. Reproductive Change in Developing Countries: Insights from the World Fertility Survey. New York: Oxford Un. Press, 1985. Caps.1 e 10.

CLELAND J. & WILSON, C. "Demand Theories of Fertility Transition: An Iconoclastic View". Population Studies, v. 41, nr. 1, 1987, p. 5-30.

DAVIS, K. & BLAKE, J. "An Analytical Framework". Development and Cultural Change, v. 4, 1956, p. 211-235.

EASTERLIN, R. A. "Towards a Socio-Economic Theory of Fertility: A Survey of Research on Economic Factors in American Fertility. BEHRMAN, S. J. et all. (eds.). Fertility and Family Planning: A World View. Ann Arbor: Un.of Michigan Press, 1969, p. 127-176.

_______________. "An Economic Framework for Fertility Analysis. Studies in Family Planning, v. 6, 1975, p. 54-63.

_______________. "The Economics and Sociology of Fertility: A Synthesis". TILLY, C.(ed). Historical Studies of Changing Fertility. Princeton: Princeton Un. Press, 1978.

FREEDMAN, R. "The Sociology of Human Fertility: A Trend Report and annoted bibliography". Current Sociology, v.10/11, nr. 2, 1961/2.

HÕHN, C. & MACKENSEN, R. (eds.). Determinants of Fertility Trends: Theories Re-Examined. Liège: IUSSP/Ordina Editions, 1980.

OLIVEIRA, M. C. F. A. de & SZMRECSANYI, M. I. Q. F. "Fecundidade". SANTOS, J. L. F., LEVY, M. S. F. & SZMRECSANYI, T. (Orgs.). Dinâmica

da população. São Paulo: T. A. Queiroz, 1980, p. 185-208.

RYDER, N. B. "Some Problems of Fertility Research". TABAUER, K. E. et all. Social Demography. New York: Academic Press,1978, p 3-13.

THOMAS, N. "Land, Fertility and the Population Establishment". Population Studies, v. 45, no. 3, november/1991, p. 379-397.

_________. "Economic Security, Culture and Fertility: A Reply to Cleland. Population Studies, v. 47, no. 2, july/1993, p. 353-359.

WESTOFF, C. F. "Reproductive Intentions and Fertility Rates". International Family Planning Perspectives, v. 16, 1990, 84-89.

_____________ & RYDER, N. B. "The Predictive Validity of Reproductive Intentions". Demography, v. 14, 1977, p. 431-453.

SEMINÁRIO: BULATAO & LEE (1983, Cap. 1) e CLELAN & WILSON (1987).

5. O impacto do feminismo e a contribuição da perspectiva de gênero. O 'viés sexual' dos estudos de fecundidade. A contribuição dos economistas e a centralidade da condição feminina. Status da mulher e a noção de gênero.

CASTRO, Mary G. "O conceito de gênero e as análises sobre mulher e trabalho. Notas sobre impasses teóricos. Cadernos CRH, v. 17, 1992, p. 80-105.

COSTA, Albertina O. & BRUSCHINI, C. (Orgs.). Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

HEITLINGER, A. "Fertility and the Status of Women: An Overview. IUSSP International Population Conference, v.1, 1993, p. 271-283. Montreal (Session F. 6).

OPPONG, C. "Women's Roles. Opportunity Costs and Fertility. BULATAO, R. H. & LEE, R. D. Determinants of Fertility in Developing Countries. New York: Academic Press, 1983, p. 547-589.

WATKINS, S. C. "If All We Knew About Women Was What We Read in Demography". What Would We Know? Demography, v. 30, no. 4, 1993, p. 551-577.

6. Tendências da Mortalidade e sua Explicação.

CALDWELL, J. C. "Education as a Factor in Mortality Decline: an Examination of Nigerian Data". Population Studies, v. 33, no. 3, 1979.

_______________ & McDONALD, P. "Influence of Maternal Education on Infant and Child Mortality: Levels and Causes. IUSSP International Population Conference, 1981, Manila (Session F. 11).

______________. "Routes to Low Mortality in Poor Countries". Population and Development Review, v. 12. no. 2, June/1986, p.171-220.

MOSLEY, W. H. & CHEN, L. O. "An Analitical Framework for the Study of Child Survival in Developing Countries". Population and Development Review, supplement 10, 1984.

OMRAN, A. R. "The Epidemiologic Transition Theory. A Preliminary Update". Journal of Tropical Pediatrics, v. 29, no. 6, 1983, p. 305-316.

PAULA, Sérgio G. de. Morrendo à Toa. São Paulo: Ática, 1991.

SEMINÁRIO: CALDWELL (1979), CALDWELL (1986) e PAULA (1991).

7. Interpretação e explicação. As chamadas abordagens micro-sociais. Os estudos de tipo qualitativo e a contribuição da perspectiva antropológica.

CALDWELL, J. C. "Strengths and Limitations of the Survey Approach for Measuring and Understanding Fertility Change: Alternative Possibilities". CLELAND, J. & HOBCRFT, J. Reproductive Change in Developing Countries. London: Oxford Un. Press, 1985.

CALDWELL, J. C. "Recent Developments Using Micro-Approaches to Demographic Research. IUSSP. International Population Conference, v. 4, 1985, p. 235-246. Florence (Session F. 23).

GREENHALG, Susan. "Toward a Political Economy of Fertility: Anthropological Contributions". Population and Development Review, v. 16, no. 1, March/1990, p. 85-106.

JELIN, E. et all. "Un estilo de trabajo: la investigación microsocial." VARIOS AUTORES. Problemas metodológicos de la investigación sociodemográfica. México: PISPAL/El Colegio de México, 1986, p. 109-126.

POLGAR, S. "Population History and Population Policies from na Anthropological Perspective. Current Anthropology, v. 13, no. 2, p. 203-211.

 

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CENSO DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA - SEGUNDA FASE

Solicitamos uma vez mais a contribuição dos colegas que nos remeteram os informes concernentes à primeira fase de nosso censo dos pesquisadores da área de demografia histórica. Agora, numa segunda etapa e com o intuito de atualizar a bibliografia produzida pelos estudiosos da área, gostaríamos que nos fosse enviado para o endereço abaixo, o mais breve possível, o arrolamento completo de seus trabalhos. Seria ótimo se tal arrolamento viesse acompanhado de breves resumos dos estudos elencados. Tais trabalhos e respectivos resumos serão inseridos no arquivo denominado ROL - Relação de trabalhos publicados no campo da demografia histórica, organizado pelo N.E.H.D., regularmente atualizado e colocado à disposição de todos os colegas interessados.

 

SALLES, Gilka Vasconcelos Ferreira de & DANTAS, Elizabeth Agel da Silva. A escravidão negra na província de Goiás: 1822-1888. Rio de Janeiro, Acervo, v. 3, n. 1, p. 37-50, jan./jun. 1988.

RESUMO: Este é um estudo da escravidão negra na província de Goiás, sobre um evento histórico pertinente, que é a origem dos escravos e sua contribuição para a economia, seu número, preço, produção e produtividade; como também o evento final que foi a abolição, em ambos aspectos jurídico e político. Goiás não difere, significativamente, das outras províncias do Brasil no que respeita ao uso da mão-de-obra cativa. Entretanto, algumas variações regionais foram detectadas. A metodologia adotada segue o método heurístico, considerando vários documentos e outras fontes que foram consultadas para fornecer os fundamentos essenciais ao método histórico.

FALCI, Miridan Brito Knox. Casamentos nas Freguesias do Rio Antigo. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, p. 83-88, 1994/1995.

RESUMO: Análise preliminar de documentação existente no Arquivo da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro. A autora considera particularmente as informações referentes a casamentos religiosos na freguesia do Santíssimo Sacramento, no Rio de Janeiro, no correspondente ao período 1842 a 1851.

FALCI, Miridan Brito Knox. Viver nos Trópicos: Aspectos da Mortalidade na Província do Piauí. In: Anais da X Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica, Curitiba, 1991, p. 187-193.

RESUMO: A partir do Livro de óbitos da Paroquia de Nossa Senhora do Amparo do Poty, estudam-se as causas das mortes da Vila do Poty, atual Terezina, entre 1831 e 1859;analisam-se também as condições sanitárias da Província do Piauí. O estudo aponta as dificuldades em caracterizar com segurança as verdadeiras causas que haviam provocado a morte; na maioria das vezes anota-se o sintoma e não a causa. Assim a "febre" foi responsável por 49,5% da mortes declaradas no documento compulsado. A segunda maior causa assinalada corresponderam a mortes por "estupor"; a seguir em importância identificaram-se a "febre maligna", o "catarrao" e a "hidropsia".

TELAROLLI JR., Rodolpho. Fundamentos Tecnológicos das Ações Sanitárias no Estado de São Paulo na Primeira República. In: Anais do IX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, Belo Horizonte, ABEP, 1994, p. 45-59.

RESUMO: Estudo das condições sanitárias no Estado de São Paulo, na Primeira República. Considera os aspectos tecnológicos das práticas sanitárias na região; estuda o impacto da febre amarela no final do século passado; analisa os principais elementos da propagação das epidemias no Estado; discute os cuidados adotados quanto à localização dos cemitérios, de maneira a evitar a contaminação dos lençóis freáticos.

 

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CENSO DE DEMOGRAFIA HISTÓRICA - RESULTADOS PARCIAIS

Damos prosseguimento à apresentação dos resultados parciais do Censo de Demografia Histórica, cujo objetivo é proceder ao levantamento, o mais completo possível, dos estudiosos da área, bem como de suas respectivas produções científicas. Os endereços abaixo obedecem a forma:

Nome do pesquisador

Logradouro

CEP Cidade, Estado (caso se trate do Brasil)

Cidade, Estado ZIP (caso não se trate do Brasil)

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PESOS E MEDIDAS

Transcrevemos o capítulo de Metrologia de Luis Lisanti Filho incluído na obra Negócios Coloniais (uma correspondência comercial do século XVIII). Brasília/São Paulo: Ministério da Fazenda/Visão Editorial, 1973, 5 vs., p. 79-94.

Cabe observar que devido à extensão do texto nossa reprodução não inclui as fontes das informações e eventuais qualificações a respeito das medidas adotadas. Inicialmente apresentamos o texto introdutório de Lisanti, que auxilia no entendimento das medidas comuns no Brasil colonial.

 

 

Entre os conhecimentos necessários ao cumprimento adequado da profissão de comerciante os manuais de prática comercial indicavam a Aritmética. Na verdade, as operações que o comerciante devia realizar para poder controlar o produto de suas vendas, a quantidade de mercadorias remetidas, avariadas ou perdidas, o volume do seu estoque etc., complicavam-se em virtude da variedade de pesos e medidas existentes, os quais se modificavam não só de um país para outro, mas também de uma região para outra, dentro de um mesmo país. É certo que havia diferenças entre os pesos e medidas em Portugal segundo as regiões, como também é certo que ocorriam diferenças entre Portugal e o Brasil, e dentro do próprio Brasil variavam, também, os padrões de medir e pesar. Nossas informações a respeito no caso brasileiro são insatisfatórias e estão a exigir um tratamento sistemático. Sabemos, entretanto, que o alqueire de Lisboa era menor que o do Rio de Janeiro na proporção de 2 para 1. Diferenças ocorriam também em Santos onde o moio de sal eqüivalia a doze alqueires, a relação que encontramos em Simonsen para essa medida é, todavia, de 1 moio para 60 alqueires. Por outro lado, escrevendo de Santos em 1727, notava Pedro Fernandes de Andrade que a medida para o sal que a câmara mandara fazer era grande "e tem bastante maioria mais que a da Bahia cabeça de comarca desta, por quem em direito se deviam governar". Não havia uniformidade, problema que persistiu e foi se acentuando na vida econômica brasileira de tal sorte que não foi fácil o debate sobre a reforma do sistema de pesos e medidas e a conseqüente adoção do sistema métrico, na segunda metade do século XIX. Pareceu-nos, porém, necessário e útil organizar uma tabela dos pesos empregados ou indicados na documentação com os respectivos valores e correspondência no sistema métrico. A tarefa não foi simples, tendo sido feitas sucessivas verificações e comparações em diversos autores.

A anotação sucessiva das eventuais variantes colhidas nas fontes de que pudemos dispor, tem por objeto a indicação das alternativas encontradas que, assim, ficam à mão do leitor. Elas ilustram a necessidade de pormenorizar cuidadosamente, quando possível, a diversidade existente, para se poder chegar a uma conclusão, ainda que provisória. De todo modo, foi possível manter um relativo grau de segurança, visto que as quantidades se referiam a padrões portugueses. Neste caso, as dificuldades foram em parte ajustadas graças, sobretudo, às indicações obtidas no trabalho de Barreiros. As transações no Brasil complicariam em muito o tratamento devido à escassez de informação, e as investigações que se desenvolverem na direção dos estudos de preço e de produtividade, por exemplo, terão que fazer face ao problema. O que se pretendeu foi obter elementos concordantes, o mais possível, para uma uniformização que permitisse, depois, a organização do elenco de mercadorias transacionadas e a redução ao sistema métrico dos pesos e medidas utilizados. A possibilidade de dispor de correspondência em sistema métrico ou ainda em pesos e medidas antigas permite ao pesquisador que lide com material semelhante uma aproximação mais eficaz com as realidades de comércio e/ou produção que procura avaliar e analisar. Obter desta documentação elementos que permitam um aclaramento nessa direção é o objetivo deste tópico. Naturalmente, não se pretende ter encontrado ainda padrões uniformes ideais, pois muito resta a fazer neste terreno. No que diz respeito ao elenco dos pesos e medidas das mercadorias que foram objeto das operações de Francisco Pinheiro e seus correspondentes, devemos assinalar que os valores que compõem a relação abaixo indicada foram obtidos levando-se em consideração sempre o termo médio. Este, por sua vez, foi orientado pela moda, retirando-se dos cálculos todos os valores que se situassem muito além dela. As distorções, cremos, foram desse modo evitadas a um nível aceitável. Foram, para isto, verificadas todas carregações e contas de venda da documentação e refeitos todos os cálculos para controle. O elenco assim construído procura destacar algumas características do comércio do período de que trata a documentação, como, por exemplo, a indicação das grandezas unitárias transportadas. A ausência de algumas mercadorias explica-se pelo fato de que nem sempre aparecem indicações sobre quantidades mensuráveis especificamente. É o caso de alguns tecidos cuja indicação é feita em peças, sem nenhuma informação sobre seu equivalente em côvados, varas ou alnas. Foi possível obter dados aproximados para alguns casos, valendo-nos das informações contidas no "Dictionnaire" de Savary des Bruslons; como, por exemplo, a barregana, a cambraeta, a lona etc. Outras mercadorias, entretanto, não dão margem à avaliação. É o caso da granada (contas). Neste caso, sabemos, apenas, que 1 maço era igual a 4 macinhos. O mesmo ocorre com o ferro de argola, sem que tenha sido possível obter seu peso em separado. Na verdade, os valores apresentados tem apenas o objetivo, insistimos, de acrescentar alguns elementos que permitam melhor apreciação das transações comerciais de que aqui se trata; são ordens de grandeza, nada mais.

Almude

16,95 litros (para líquidos)

Alna

1320 metros

Alqueire

13,8 litros(para secos)

Ancorote

36,0 litros(para líquidos)

Arrátel

459 gramas

Arroba

14,688 quilos

Caixadeaçúcar

440,6 quilos

Canada

1,41250 litros (para líquidos)

Caradeaçúcar

14,688 quilos

Cazonguel

6,90 litros (para secos)

Corja

20 unidades

Côvado

3 palmos craveiros: 68 centímetros

Enzeque

27,6 litros (para secos)

Feixe

102,8 a 176,3 quilos

Garrafa

1,70625 litros (para líquidos)

Grão

4,980469 centigramas

Libra

459 gramas

Marco

229,50002304 gramas

Medida

2,1187 litros (para líquidos)

Moio

828 litros (para secos)

Oitava

3,58583768 gramas

Onça

28,68750144 gramas

Pipa

440,7 litros (para líquidos)

Quartola

220,35 litros (para líquidos)

Quintal

58,752 quilos

Vara

1,10 metros

VaraCastelhana

848 milímetros

 

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ALIMENTOS E BEBIDAS

Produtos

Unidade

Quantidade por Unidade

Equivalência no Sistema Métrico

Aguardente

barril

5 almudes

84.8 litros

 

ancorote

2 almudes e 1,5 canada

36,0 litros

Amendoa

barrica

505 libras

231,8 quilos

Azeite

barril

4,7 almudes

79,7 litros

Bacalhau

pipa

5 quintais, 1 arroba e 13 libras

314,4 quilos

Farinha

barrica

23 arrobas, 19 libras

346,5 quilos

 

barril

6 arrobas, 24 libras

99,1 quilos

Farinha do Norte

barril

7 arrobas, 5 libras

105,1 quilos

Figo

barril

3 arrobas, 2 libras

45,0 quilos

Manteiga

barril peq.

56,5 libras

25,9 quilos

 

barril médio

237,2 libras

74,4 quilos

 

barril grande

237,2 libras

108,8 quilos

 

barrica

524,8 libras

240,9 quilos

Queijo

cada

5,7 libras

2,6 quilos

Toucinho

caixão

22 arrobas, 13 libras

329,1 quilos

Vinho

pipa

26 almudes

440,7 litros

 

barril

5 almudes

84,8 litros

 

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MANUFATURADOS

Produtos

Unidade

Quantidade por Unidade

Equivalência no

Sistema Métrico

Aço

caixa

18 arrobas, 29 libras

277,7 quilos

Breu

barrica

23 arrobas, 3 libras

339,2 quilos

Fio (de Holanda)

maço

14,7 libras

6,7 quilos

Pólvora

barril

0,5 quintal

29,4 quilos

 

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TECIDOS

Produtos

Unidade

Quantidade por Unidade

Equivalência no Sistema Métrico

Aniagem

peça

84,3 varas

92,7 metros

Baeta

peça

53,1 côvados

36,1 metros

Baeta Azul

peça

53,3 côvados

36,2 metros

Baeta berne

peça

52,8 côvados

35,9 metros

Baeta branca

peça

54,0 côvados

36,7 metros

Baeta canela

peça

52,2 côvados

35,5 metros

Baeta Cochonilha

peça

50,5 côvados

34,3 metros

Baeta Colchester

peça

51,1 côvados

34,7 metros

Baeta de cores

peça

53,1 côvados

36,0 metros

Baeta de Rouen?

peça

52,6 côvados

35,8 metros

Baeta escarlate

peça

52,8 côvados

35,9 metros

Baeta escura

peça

53,5 côvados

36,4 metros

Baeta gra

peça

52,8 côvados

35,9 metros

Baeta negra

peça

42,0 varas castelhanas

35,6 metros

Baeta negra fina

peça

51,1 côvados

34,7 metros

Baeta ordinária

peça

52,6 côvados

35,8 metros

Baeta parda

peça

53,3 côvados

36,2 metros

Baeta rosa

peça

54,0 côvados

36,7 metros

Baeta verde

peça

53,6 côvados

36,4 metros

Baeta verde gaia

peça

52,0 côvados

35,4 metros

Baeta vermelha

peça

53,1 côvados

36,1 metros

Barregana

peça

21 a 23 alnas

25 a 27,3 metros

Bocachim (de França)

peça

19,0 côvados

12,9 metros

Bretanha

peça

6,0 varas

6,6 metros

Bretanha fina

peça

6,0 varas

6,6 metros

Bretanha grossa

peça

5,6 alnas (6,7 varas)

7,4 metros

Bretanha ordinária

peça

6,0 varas

6,5 metros

Brim (singelo e dobrado)

peça

41,3 côvados

38,8 metros

Calamânia

peça

41,3 côvados

28,1 metros

Calamânia de cores

peça

43,3 côvados

29,4 metros

Calamânia de cores lavadas

peça

40,5 côvados

27,5 metros

Calamânia preta

peça

37,8 côvados

25,7 metros

Cambraeta

peça

13,0 alnas

15,4 metros

Camelao

peça

53,4 côvados

36,5 metros

Camelao de cores

peça

52,0 côvados

35,4 metros

Camelao fino

peça

59,6 côvados

40,5 metros

Cassa

peça

16,0 côvados

21,4 metros

Chita

peça

23,2 côvados

15,8 metros

Chita (de Holanda)

peça

21,3 côvados

14,5 metros

Cre largo

peça

52,5 côvados

57,8 metros

Cre ordinário

peça

53,6 côvados

59,0 metros

Crepe

peça

78,9 côvados

53,4 metros

Damasco

peça

36,4 côvados

24,8 metros

Damasco verde

peça

38,0 côvados

25,8 metros

Droguete

peça

41,2 côvados

28,0 metros

Droguete lã e seda

peça

40,0 côvados

27,2 metros

Droguete largo

peça

52,8 côvados

35,9 metros

Droguete pano

peça

35,0 côvados

23,8 metros

Droguete rei

peça

40,0 côvados

27,2 metros

Esparragão

peça

82,8 côvados

56,3 metros

Holanda

peça

29 a 30 alnas

34,5 metros

Holandilhas

peça

39,5 côvados

26,9 metros

Lemiste preto

peça

46,3 côvados

31,5 metros

Linhagem

peça

87,3 côvados

96,0 metros

Linhagem curada

peça

(87,6 varas)

96,4 metros

Lona

peça

25 a 35 alnas

29,7 a 41,6 metros

Nobreza de cores

peça

111,2 côvados

75,6 metros

Nobreza negra

peça

84,0 côvados

57,1 metros

Pano

peça

39,7 côvados

27,0 metros

Pano azul

peça

55,3 côvados

37,6 metros

Pano azul claro

peça

37,0 côvados

25,2 metros

Pano azul fino

peça

53,0 côvados

36,0 metros

Pano azul grosso

peça

29,3 côvados

19,9 metros

Pano azul ordinário

peça

43,5 côvados

29,6 metros

Pano berne

peça

38,0 côvados

25,8 metros

Pano da "Fabrica da Ilha"

peça

39,1 côvados

26,6 metros

Pano de cor

peça

45,3 côvados

30,8 metros

Pano de linho

peça

53,9 varas

59,3 metros

Pano de monção

peça

111,8 varas

123,0 metros

Pano de primeira

peça

54,8 varas

60,3 metros

Pano de primeira mais fino

peça

28,8 varas

31,7 metros

Pano escarlate

peça

52,0 côvados

35,4 metros

Pano fino

peça

53,0 côvados

36,0 metros

Pano fino canelado

peça

38,0 côvados

25,8 metros

Pano fino azul claro

peça

37,0 côvados

25,2 metros

Pano fino azul ferrete

peça

53,0 côvados

36,0 metros

Pano fino claro

peça

37,0 côvados

25,2 metros

Pano fino de cor

peça

31,5 côvados

21,4 metros

Pano fino negro

peça

62,3 côvados

42,4 metros

Pano grã

peça

56,0 alnas (67,2 varas)

73,9 metros

Pano grosso

peça

32,5 côvados

22,1 metros

Pano ordinário

peça

31,4 côvados

21,4 metros

Pano ordinário de cor

peça

34,1 côvados

23,2 metros

Pano preto

peça

29,7 côvados

20,2 metros

Pintado

peça

19,7 alnas (23,6 varas)

26,0 metros

Primavera amarela

peça

79,3 côvados

53,9 metros

Primavera azul clara

peça

108,0 côvados

73,4 metros

Primavera carmezim

peça

108,0 côvados

73,4 metros

Primavera de ouro

peça

41,4 côvados

28,2 metros

Primavera ligeira

peça

149,3 côvados

101,5 metros

Primavera preta

peça

50,6 côvados

34,4 metros

Ruão

peça

18,0 côvados

12,2 metros

Ruão branco (de França)

peça

24,0 côvados

16,3 metros

Ruão de cor

peça

72,0 côvados

49,0 metros

Ruão de Hamburgo

peça

18,0 côvados

12,2 metros

Ruão largo (de França)

peça

74,0 varas

81,4 metros

Ruão preto de forro

peça

18,0 côvados

12,2 metros

Seda "de conta"

peça

97,5 côvados

66,3 metros

Seda ligeira

peça

148,3 côvados

100,8 metros

Seda listrada

peça

38,0 côvados

25,8 metros

Seda preta de conta

peça

108,0 côvados

73,4 metros

Sufulie

peça

11,2 côvados

7,6 metros

Tafetá

peça

204,2 côvados

138,9 metros

Tafetá azul

peça

240,1 côvados

163,3 metros

Tafetá carmezim

peça

212,0 côvados

144,2 metros

Tafetá preto

peça

164,3 côvados

111,7 metros

 

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ESTATÍSTICAS RETROSPECTIVAS

Seguem dados sobre a população de Minas Gerais, constantes da Revista do Arquivo Público de Minas Gerais e concernentes aos anos: 1776, 1786, 1805, 1808, 1821 e 1823.

 

TABELA I

POPULAÇÃO DE MINAS GERAIS EM 1776

(continua)

 

Sexo Masculino

 

 

 

Comarcas

Brancos

Pardos

Negros

Total

Vila Rica

7.847

7.981

33.961

49.789

Rio das Mortes

16.277

7.615

26.199

50.091

Sabará

8.648

17.011

34.707

60.366

Serro

8.905

8.186

22.304

39.395

Total

41.677

40.793

117.171

199.641

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano II, fascículo III, jul. a set. de 1897, p. 511.

 

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TABELA I

POPULAÇÃO DE MINAS GERAIS EM 1776

(continua)

 

Sexo Feminino

 

 

 

TOTAL

Comarcas

Brancos

Pardos

Negros

Total

 

Vila Rica

4.832

8.810

15.187

28.829

78.618

Rio das Mortes

13.649

8.179

10.862

32.690

82.781

Sabará

5.746

17.225

16.239

39.210

99.576

Serro

4.760

7.103

7.536

19.399

58.794

Total

28.987

41.317

49.824

120.128

319.769

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano II, fascículo III, jul. a set. de 1897, p. 511.

 

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TABELA I

POPULAÇÃO DE MINAS GERAIS EM 1776

(conclusão)

Comarcas

Nasceram

Morreram

Vila Rica

1.944

1.839

Rio das Mortes

2.795

1.660

Sabará

2.501

2.270

Serro

1.734

1.075

Soma

8.974

6.844

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano II, fascículo III, jul. a set. de 1897, p. 511.

 

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TABELA II

POPULAÇÃO DE MINAS GERAIS EM 1786

(continua)

 

Livres

Qualidades

Homens

Mulheres

Total

Brancos

35.917

29.747

65.664

Pardos

38.808

41.501

80.309

Pretos

19.441

23.298

42.739

Soma

94.166

94.546

188.712

Índios

 

 

 

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano IV, fascículos I e II, jan. a jun. de 1899,

p. 294.

TABELA II

POPULAÇÃO DE MINAS GERAIS EM 1786

(conclusão)

 

Escravos

TOTAL

Qualidades

Homens

Mulheres

Total

 

Brancos

--

--

--

65.664

Pardos

9.879

10.497

20.376

100.685

Pretos

106.412

47.347

153.759

196.498

Soma

116.291

57.844

174.135

362.847

Índios

 

 

 

913

População sem detalhes (inclusive os 913 índios)

 

 

 

30.851

SOMA GERAL

 

 

 

393.698

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano IV, fasciculos I e II, jan. a jun. de 1899,

p. 294.

 

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TABELA III

POPULAÇÃO DE MINAS GERAIS EM 1805

 

 

Livres

 

 

Escravos

 

 

Qualidades

Homens

Mulheres

Total

Homens

Mulheres

Total

TOTAL

Brancos

42.269

35.766

78.035

------

------

-------

78.035

Pardos

44.841

47.208

92.049

12.307

12.690

24.997

117.046

Pretos

22.081

26.058

48.139

112.617

51.167

163.784

211.923

Soma

109.191

109.032

218.223

124.924

63.857

188.781

407.004

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano IV, fascículos I e II, jan. a jun. de 1899, p. 294.

 

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TABELA IV

POPULAÇÃO DE MINAS GERAIS EM 1808

 

 

Livres

 

 

Escravos

 

 

Qualidades

Homens

Mulheres

Total

Homens

Mulheres

Total

TOTAL

Brancos

54.157

52.527

106.684

------

------

-------

106.684

Pardos

64.406

65.250

129.656

7.857

7.880

15.737

145.393

Negros

23.286

24.651

47.937

86.849

46.186

133.035

180.972

Soma

141.849

142.428

284.277

94.706

54.066

148.772

433.049

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano IV, fascículos I e II, jan. a jun. de 1899, p. 295.

 

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TABELA V

POPULAÇÃO LIVRE DE MINAS GERAIS EM 1821

(continua)

 

 

Brancos

 

Mulatos

 

Negros

 

Total

 

Comarcas

H

M

H

M

H

M

H

M

TOTAL

Ouro Preto

6645

6694

9638

16660

4000

5000

20283

28354

48637

Sabará

11445

10609

21252

21261

6376

7357

39073

39227

78300

Rio das Mortes

42490

35355

19392

20037

5845

5503

67727

60895

128622

Serro do Frio

6401

5793

15159

16540

8172

6887

29732

29220

58952

Paracatu

3281

2334

4388

5308

1000

1404

8669

9046

17715

Total

70262

60785

69829

79806

25393

26151

165484

166742

332226

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano IV, fascículos I e II, jan. a jun. de 1899, p. 744.

 

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TABELA V

POPULAÇÃO LIVRE DE MINAS GERAIS EM 1821

(conclusão)

Comarcas

Brancos

Mulatos

Negros

Total

Ouro Preto

13339

26298

9000

48637

Sabará

22054

42513

13733

78300

Rio das Mortes

77845

39429

11348

128622

Serro do Frio

12194

31699

15059

58952

Paracatu

5615

9696

2404

17715

Total

131047

149635

51544

332226

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano IV, fascículos I e II, jan. a jun. de 1899, p. 744.

 

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TABELA VI

POPULAÇÃO ESCRAVA DE MINAS GERAIS EM 1821

(continua)

 

Mulatos

 

 

Negros

 

Total

 

Comarcas

H

M

H

M

H

M

TOTAL

Ouro Preto

1672

1532

15291

8441

16963

9973

26936

Sabará

2274

2518

22550

13878

24824

16396

41220

Rio das Mortes

4581

3723

53506

23185

58087

26908

84995

Serro do Frio

3418

1909

11137

8210

14555

10119

24674

Paracatu

160

90

1631

2176

1791

2266

4057

Total

12105

9772

104115

55890

116220

65662

181882

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano IV, fasciculos I e II, jan. a jun. de 1899, p. 744.

 

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TABELA VI

POPULAÇÃO ESCRAVA DE MINAS GERAIS EM 1821

(conclusão)

Comarcas

Mulatos

Negros

Total

Ouro Preto

3204

23732

26936

Sabará

4792

36428

41220

Rio das Mortes

8304

76691

84995

Serro do Frio

5327

19347

24674

Paracatu

250

3807

4057

Total

21877

160005

181882

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano IV, fascículos I e II, jan. a jun. de 1899, p. 744.

 

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TABELA VII

POPULAÇÃO DE MINAS GERAIS EM 1821

Comarcas

Livres

Escravos

Total

Ouro Preto

48637

26936

75573

Sabará

78300

41220

119520

Rio das Mortes

128622

84995

213617

Serro do Frio

58952

24674

83626

Paracatu

17715

4057

21772

Total

332226

181882

514108

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial deMinas Gerais, ano IV, fascículos I e II, jan. a jun. de 1899, p. 744.

 

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TABELA VIII

POPULAÇÃO DE MINAS GERAIS EM 1823

 

 

Livres

 

 

Escravos

 

 

Qualidades

Homens

Mulheres

Total

Homens

Mulheres

Total

TOTAL

Brancos

62.206

60.847

123.053

------

------

-------

123.053

Índios

1.358

1.323

2.681

------

------

-------

2.681

Pardos

58.873

64.915

123.788

7.942

7.327

15.269

139.057

Crioulos

10.729

14.460

25.189

34.216

33.444

67.660

92.849

Pretos

2.105

1.804

3.909

43.371

14.065

57.436

61.345

Soma

135.271

143.349

278.620

85.529

54.836

140.365

418.985

População das Comarcas de Sabará e do Serro (sem detalhes)

144.686

SOMA GERAL

563.671

Fonte: Revista do Arquivo Público Mineiro. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, ano IV, fasciculos I e II, jan. a jun. de 1899, p. 295.

 

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AOS COLABORADORES

A assinatura deste Boletim será efetuada mediante o envio de 20 disquetes, já formatados, para nossa Editoria. Interessa-nos receber notas de pesquisa em andamento, resumos, resenhas e artigos concernentes à área de estudos populacionais. Tais contribuições poderão ser escritas em português, castelhano, italiano, francês ou inglês. Reiteramos, por fim, a solicitação da remessa de trabalhos já publicados e concernentes à nossa área de especialização. Eles serão divulgados no Boletim e incorporados ao acervo da Biblioteca da FEA-USP. Caso remanesçam dúvidas entre em contato conosco.

BHD - IRACI COSTA

R. Dr. Cândido Espinheira, 823, Ap. 21

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