.

     

  

 

BOLETIM DE HISTÓRIA DEMOGRÁFICA

Ano XI, no. 31, janeiro de 2004

      

                 

SUMÁRIO  

 

Apresentação

Artigos

Resumos

Notícia Bibliográfica 

Censo de Demografia Histórica

Notícias e Informes

Estatísticas Retrospectivas

ROL - Relação de Trabalhos Publicados

 

   

 

  

Apresentação

                     

O material estampado neste número do BHD é dos mais diversificados. Há o instigante artigo de  Jose G. Vargas-Hernandez, que coloca em questão a idéia de uma América Latina homogênea, a acompanhá-lo, além de resumos de trabalhos apresentados em vários encontros acadêmicos, encontra-se uma relação razoável de obras concernentes à presença de imigrantes judeus no Brasil, a notícia da elaboração de mais uma page do NEHD -- a de nosso colega Paulo Eduardo Teixeira -- e o anúncio do lançamento de Os refugiados da Seca: emigrantes cearenses, 1888-1889, livro que é acompanhado de um CD-ROM no qual encontram-se dados sobre a migração decorrente da última seca ocorrida no período do Império. Por fim, ainda no âmbito da divulgação de fontes primárias, publicamos o relevante levantamento efetuado sob a coordenação da Profa. Maria Adenir Peraro e referente ao dados censitários observados, em 1890, na Freguesia de São Gonçalo de Pedro II, um dos distritos de Cuiabá.  

                         

                     

Artigos

                           

                           

VARGAS-HERNANDEZ, Jose G. Algunos mitos, estereotipos, realidades y retos de Latinoamérica.
RESUMO. La mayoría de los latinoamericanistas tratan a las naciones Latinoamericanas como si sólo fuera un simple objeto de estudio, el cual tiene características similares. El propósito de este trabajo es analizar algunos de los mitos, estereotipos, realidades y retos atribuidos a una de las más importantes regiones del mundo, conocida como Latinoamérica. Latinoamérica ha sido conceptualizada como una entidad homogénea, significando solamente las naciones actuales que han recibido la herencia Ibérica como resultado de haber sido conquistadas y colonizadas por España y Portugal. La mayor parte de los estudios sobre América Latina descuidan reconocer la influencia de otras culturas de Europa del Norte y devalúan la fuerte herencia recibida de las culturas indígenas o amerindias y los descendientes africanos. Para ter acesso ao texto integral do artigo .

                             

       

                   

Para acessar a relação de  CENTROS DE ESTUDOS SOBRE BRASIL E AMÉRICA LATINA NO EXTERIOR, preparada pela Profa. Lúcia Maria P. Guimarães, .

                  

                       

  Resumos

                                    

                             

AGOSTINI, Camilla. Desconstruindo um abismo: o estudo da etnicidade na experiência centro-africana no Rio de Janeiro do século XIX. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. A autora ressalta a importância de alguns trabalhos que abordam contextos sociais centro-africanos da primeira metade do século XIX, enfatizando a viabilidade da abordagem de etnicidade nos contextos africano e brasileiro de forma associada. Realça, ainda, a importância da construção de categorias específicas que permitem observar a formação de identidades afro-orientadas no sudeste do Oitocentos.

                            

AGUIAR, Otavio. O olhar do estrangeiro: políticas de civilizações e ocupação nos sertões do leste mineiro (1808-1836). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Guido Thomaz Marlière, destacou-se como o mais famoso e comentado indigenista mineiro do século XIX. Sua trajetória de vida foi abordada de forma romântica por alguns dos maiores historiadores diletantes mineiros do princípio do século XX. Discutindo as abordagens tradicionais e procurando estabelecer um diálogo entre a teoria e a empiria, esta biografia, tema de uma dissertação de mestrado em processo de redação, pretende contar a história do processo de ocupação dos sertões do leste da Capitania/ Província de Minas Gerais entre 1808 e 1836, a partir da trajetória de vida desse francês.

                  

ALVES, Maurício Martins. Características demográficas de escravos em Taubaté, 1680-1848. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Ao final do século XVII, Taubaté/SP possui majoritariamente cativos indígenas. Com a descoberta do ouro, investe-se em cativos de origem africana (naturais/descendentes de) e no plantio de cana-de-açúcar. Cresce, nas primeiras décadas do século XVIII, o índice de masculinidade (razão de sexo), a idade média dos escravos com 15 anos ou mais, a média de cativos por escravista. Cresce também a proporção de plantéis com 20 ou mais escravos, bem como a proporção de cativos sob controle destes. Após a década de 1730, o arrolamento de indígenas é quase nulo e os indicadores descritos anteriormente decaem todos, associados ao refluxo da atividade agrícola. Somente no século XIX tais índices se elevam, associados a uma pequena retomada do crescimento do plantio de cana e, especialmente, ao crescimento do plantio de café a partir da década de 1820. Segundo os inventários, em todo o período (exceção feia à década de 1790), 18 a 66% dos escravistas possuem até 4 escravos, correspondendo a até 30% dos cativos. A proporção de inventariados não escravistas cresce progressivamente de 0 para 48%. Pelas listas, entre 1774 e 1835 entre 74 e 81% dos fogos não possuíam cativos, e dois terços dos fogos com escravos possuíam até três cativos.
                           

ARAÚJO, Janeth Xavier de. Artífices e oficiais mecânicos em Vila Rica no século XVIII: pintores e entalhadores. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Estudaremos a mão-de-obra qualificada ocupada na ornamentação e decoração dos templos religiosos, atuantes na comarca de Vila Rica no século XVIII. Tratamos de profissionais que se destacaram na cultura artística: pintores, entalhadores e escultores. Vila Rica, caracterizada pelo precoce caráter urbano, propiciou a concentração de variado contingente populacional e, por decorrência, diversificação das atividades ocupacionais. Ali conviveram mineradores, comerciantes, ambulantes e artesãos para a manutenção das necessidades básicas, pequenos agricultores voltados para o cultivo e atendimento da demanda da micro-região. Importante acervo de procedência paroquial foi trabalhado pelo Banco de Dados da Paróquia do Pilar de Ouro Preto, coordenado pela profa. Adalgisa Arantes Campos (UFMG). Ele nos permitirá conferir informações e reconstituir famílias de artistas, através dos assentos de batismos, casamentos e óbitos.

                               

ARAÚJO, Maria Lucília Viveiros. Os estudos com inventários post-mortem: da ficha colorida ao banco de dados. Comunicação apresentada no XXII Simpósio Nacional de História. João Pessoa, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal da Paraíba, 2003.
RESUMO. Evidencio a importância dos inventários post-mortem para os trabalhos historiográficos. Seu estudo pode proporcionar respostas para questões da vida cultural, da acumulação e da distribuição da riqueza entre os grupos sociais. Os inventários são documentos ricos em informações e, por isso, é difícil organizar e computar os dados neles contidos. Seu estudo evoluiu da antiga ficha em cores do século passado para o banco de dados. Proponho identificar a tradição, as correntes atuais, expor os diferentes métodos de trabalho e seus objetivos. O estudo identifica no Brasil séculos de tradição com fontes historiográficas, porém sem continuidade. Selecionei, para apresentação, os estudos com inventários brasileiros que apresentaram um método de trabalho específico e, comparando-os com os trabalhos apresentados no Colóquio de história comparada Quebec-França, de 1990, identificam-se aqui trabalhos acadêmicos significativos, mas eles deveriam ser em maior número. Por fim, exponho meu estudo com os inventários da Capital de São Paulo do Oitocentos e as vantagens dos recursos da informática para a coleta e apresentação desses dados.

                                     

BACCI, Massimo Livi. 500 anos de demografia brasileira: uma resenha. Revista Brasileira de Estudos de População, v.19, n.1, jan./jun. 2002, p. 141-159. O presente artigo foi originalmente publicado na revista Popolazione e Storia, n.1, 2001, p.13-34, com o título "500 anni di demografia brasiliana: uma rassegna", e traduzido por Maria Silvia C. B. Bassanezi.
RESUMO. O presente artigo trata-se de uma "resenha" da história da demografia no Brasil, do ponto de vista de um "estrangeiro, não especialista na vida brasileira". Não obstante, a partir de diversas fontes que indicaram ou estimaram a população ao longo dos 500 anos de história brasileira, o autor problematiza o crescimento da população tendo em vista a contribuição da imigração de brancos (europeus) e negros (neste caso a imigração forçada pela escravidão que perdurou até o século XIX). Conclui-se que a escassa população do Brasil em 1500 representava uma pequena cota da população do continente americano, e hoje, em 2000, "os 170 milhões de brasileiros são um terço da população do continente e constituem-se na sociedade etnicamente mais complexa e mais dinâmica das Américas". (Este resumo foi elaborado por Paulo Eduardo Teixeira).

                                 

BARROS, Surya Aaronovich Pombo de. Presença/ausência da população de cor na escola paulistana, na virada do século XIX para o XX: tensões e significados. Comunicação apresentada no XXII Simpósio Nacional de História. João Pessoa, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal da Paraíba, 2003.
RESUMO. Para além de discussões que envolvam classificações raciais ou relevância sócio-econômica na desigualdade presente até os dias atuais entre brancos e negros, o que pretendemos discutir neste trabalho é o processo histórico vivenciado pela população de cor paulistana em sua tentativa de inserção na sociedade brasileira após a abolição da escravidão, pensando no papel da educação nesse processo, que - imaginamos - contribuiu para o quadro que se apresenta atualmente.

                        

BASSANEZI, Maria Silvia C. Beozzo. & BACELLAR, Carlos de Almeida Prado. Levantamentos de população publicados da Província de São Paulo no século XIX. Revista Brasileira de Estudos de População, v.19, n.1, jan./jun. 2002, p. 113-129.
RESUMO. No período marcado pela transição do trabalho escravo para o livre e pela expansão da cafeicultura no território paulista foram realizadas várias tentativas de conhecer os efetivos populacionais e demais estatísticas da Província de São Paulo. Três delas, ocorridas respectivamente em 1836, 1854-55 e 1886, tiveram seus resultados sistematizados, impressos e publicados. O contexto e o conteúdo desses levantamentos regionais, o discurso de seus idealizadores e realizadores, e as "venturas e desventuras" na execução e no uso desses censos são objeto de análise do presente artigo.

                       

BERTUCCI, Liane. Homeopatias versus gripe espanhola. São Paulo, 1918. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Utilizando basicamente os jornais diários da cidade de São Paulo, o trabalho recupera aspectos da atuação dos homeopatas ao tempo da gripe espanhola na capital paulista. O estudo destaca os medicamentos indicados por aqueles profissionais (entre eles a famosa Grippina do dr. Alberto Seabra), para tentar amenizar os efeitos da influenza na localidade e a concepção que os homeopatas tinham da doença epidêmica. O texto procura ainda resgatar flagrantes dos contatos, nem sempre amistosos, entre homeopatas e alopatas naquele período.

                             

BRÜGGER, Silvia Maria Jardim. Registros paroquiais de São João del Rei: caminhos para a pesquisa histórica. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Foram os trabalhos de demografia histórica os primeiros a fazerem uso dos registros paroquiais para embasamento de suas pesquisas. Embora continuem a ser os estudiosos das relações familiares os que mais se utilizam desta documentação, trabalhos de diversas naturezas têm buscado as informações nela contida. Pode-se citar, como exemplo de campos de pesquisa que se prestam à utilização destes dados: os relativos à etnicidade e relações interétnicas, à religiosidade e à história da Igreja. Nesta comunicação, procurarei mostrar as informações contidas nestes registros e como elas permitem esta diversidade de abordagem. Num segundo momento, focarei a análise nos registros paroquiais de São João del Rei, procurando apresentar alguns aspectos demográficos que vêm sendo analisados preliminarmente a partir de suas informações.

                                 

CARDOSO, Luiz Carlos Amam. Negros: de escravos a trabalhadores livres. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Tratamos nessa comunicação de alguns aspectos do processo que convencionamos denominar de: o período de transição do trabalho escravo para o trabalho livre, no Brasil. Tempo compreendido entre a "Crise do Escravismo" no Império, até o início da "Era Vargas", em 1930, quando o Estado brasileiro deu inicio à elaboração de leis e normas para regular as relações entre o capital e o trabalho. A abolição da escravidão interrompe a apropriação do trabalho escravo, entretanto a promulgação da Lei Áurea é apenas um referencial político institucional, pois, entre 1888 e 1930, existiram contradições provocadas pela inexistência de políticas dos governos regionais para a inclusão social dos negros, além da ausência de ações do governo central para de pleno regular o trabalho livre e fiscalizar o cumprimento das leis sobre o trabalho assalariado. 

                        

CARDOSO, Paulino de Jesus Francisco. Escravidão, Direito e Dependência: Pensando as experiências das populações de origem africana em Desterro no final do séc. XIX. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Nesta comunicação apresentamos algumas reflexões iniciais desenvolvidas em nossa pesquisa para tese de doutorado intitulada "Negros em Desterro: Aspectos da História das Populações de origem africana na cidade de Florianópolis (1880-1910)" e que, por sua vez objetiva recuperar para a história as vivências, as relações familiares, as manifestações culturais, os locais de moradia, as profissões, as redes de solidariedade construídas por africanos e afrodescendentes, hoje, afro-brasileiros, na capital catarinense. Com base em fontes oriundas da 1.a Vara de Família do Fórum Municipal de Florianópolis, pretendemos discutir algumas interpretações acerca da natureza da condição escrava, bem como, os esforços para no processo de abolição do cativeiro, perpetuar as formas de dependência de africanos e afrodescendente. Servem-nos fontes diversas: as de natureza oficial - Processos crimes, inventários e testamentos -, bem como os jornais e os diferentes registros de viajantes e cronistas de época.

                    

CARTE, Cláudio Baptista. Quilombo: uma análise do conceito ou Descendentes e remanescentes: análise do conceito de quilombo. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O Rio Grande do Sul é caracterizado, na produção acadêmica e institucional, como o Memorial do Rio Grande do Sul, pela concretização da ideologia do "embranquecimento", fluxo ideológico das elites intelectuais que influenciaram o pensamento social brasileiro. Os negros alijados da história, invisíveis, pela falta de pesquisas que tratem do tema, principalmente das estratégias de persistência e fixação na terra. As "terras de pretos" (Fundação Palmares), em estudo pela arqueologia, ciência que identifica e (re)constrói cotidianos, apresentam variedade na sua organização. Os estudos de casos efetuados pela arqueologia, no RS, de locais conhecidos como quilombos identificaram, além de refúgios naturais, terras que foram compradas em áreas de pouco interesse econômico (Ilha do Quilombo em Porto Alegre) e outros relacionados a terras de seus antigos senhores que os negros receberam como herança ou como doação, em retribuição por serviços prestados (a exemplo de Casca, Mostardas, e Paredão, Gravataí). Tal constatação pode gerar um novo tipo de entendimento sobre o conceito de quilombo até o momento utilizado para o sul do país, e é sobre isto que versa nosso trabalho.

                        

CASTELLUCCI JR., Welligton. Condições de vida dos homens pobres livres de ltaparica (1860-1900). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Na segunda metade do século XIX a crescente pressão pela abolição da escravatura determinou o aumento de uma população de homens pobres livres em todo o Brasil. Na Ilha de Itaparica - na Bahia - os mulatos, negros, africanos ou brasileiros libertos, elaboraram meios de sobrevivência no seio de uma sociedade dicotomizada entre a ostentação da aristocracia e a escravidão. Trata-se nesta pesquisa, de estudar o quotidiano, o trabalho, as sociabilidades e as condições de vida destes homens pobres que viveram em ltaparica no período em destaque.

                        

CHEQUER, Raquel Mendes Pinto. O impacto da morte paterna no arranjo familiar: primeiros apontamentos (Minas 1750-1830). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O estudo da família mineira colonial sempre despertou interesse na historiografia. Os trabalhos realizados enfocam principalmente o caráter ilegítimo do relacionamento homem/mulher e os filhos também ilegítimos nascidos destas uniões. O elevado número de pedidos de provisão de tutelas, por parte de viúvas, constantes do Arquivo Histórico Ultramarino apontam para a existência de uma família até então pouco estudada: a do tipo nuclear. As viúvas que anseiam por tutoria pretendem administrar a vida de filhos gerados dentro de uma família que possuía este perfil. Mas o que ocorreria após a morte da figura paterna? O perfil desta família permaneceria o de uma família enquadrada nos padrões de uma família legitimamente constituída, ou dadas as circunstâncias da sociedade colonial mineira buscaram um novo arranjo familiar? Para responder estas indagações, está sendo feito um estudo nas regiões das Comarcas do rio das Velhas, de Vila Rica e do Rio das Mortes.

                          

COELHO, Mauro Cezar. Alexandre Rodrigues Ferreira e o Diretório dos Índios: a colonização pelo trabalho. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Este trabalho analisa a estratégia de civilização do elemento indígena consubstanciada no Diretório dos Índios - legislação implementada na Amazônia no século XVIII, regularizando a liberdade concedida aos índios em 1755. Através das considerações de Alexandre Rodrigues Ferreira, naturalista luso-brasileiro em viagem pela Amazônia, propõe-se uma interpretação desse instrumento concebendo-o como uma tentativa de incutir nos elementos reunidos na região, naquele momento, uma moral baseada no trabalho.

                          

DAUWE, Fabiano. Estratégias institucionais de liberdade: um estudo acerca do Fundo de Emancipação dos Escravos em Nossa Senhora do Desterro (1871-1888). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. A Lei do Ventre Livre (lei 2.040, de 28 de setembro de 1871), apesar de garantir amplos privilégios aos proprietários de escravos na concessão de suas alforrias, teve um caráter inovador nesse processo, por admitir pela primeira vez a interferência estatal na libertação dos cativos, o Fundo de Emancipação de Escravos, um dos dispositivos criados pela Lei, foi o órgão encarregado de classificar os escravos a serem libertados e captar recursos para isso. O presente trabalho se propõe a investigar o impacto desse instrumento legal nas estratégias de liberdade de africanos e afrodescendentes cativos em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis.

                          

DUPUY, Andrea. Mano de obra y familia en la campaña de Buenos Aires en la primera mitad del siglo XIX. El caso de los 'hacendados' y 'estancieros' del partido de Pergamino. Pós-História: Revista de Pós-Graduação em História. Assis (SP), Universidade Estadual Paulista, número 10, 2002, publicação do programa de pós-graduação em História da UNESP - Campus de Assis, p. 239-258.
RESUMO. La realidad rural de Buenos Aires temprana-independiente es una etapa caracterizada por cambios continuos, donde familia y mano de obra forman parte de una estructura social flexible, que va adaptándose a diferentes coyunturas. El presente trabajo constituye un estudio de caso que intenta mostrar esta situación general, a través de una aproximación económica al estudio de la familia de "hacendados" y "estancieros" de una localidad particular, el partido de Pergamino, en la primera mitad del siglo XIX. Precisamente, se demostrará como la nueva coyuntura de expansión ganadera que tiene lugar en estos años traerá como consecuencia una creciente necesidad de fuerza de trabajo para las actividades ganaderas que no puede ser suplida por la sola oferta de trabajadores de la campaña y por consiguiente será suplantada, en la mayoría de los hogares, por una diversidad de parientes, quienes ahora tendrán un lugar activo en este nuevo contexto, produciendo como efecto, la transformación de la estructura social característica del nuevo escenario rural.

                                   

ESPINDOLA, Haruf Salmen. Amargo sertão do Rio Doce: incorporação do território de floresta tropical por Minas Gerais, 1800-1845. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Com a descoberta das Minas Gerais foi proibida a navegação dos rios que desciam para o litoral. Desta forma, os sertões que ficavam a Leste dos núcleos urbanos ligados à mineração, em Minas Gerais, tornaram-se "áreas proibidas". Mas, com o declínio da exploração do ouro, a região foi vista como alternativa para a crise. Entre 1800 e 1845, a navegação fluvial, o acesso ao mercado mundial, a incorporação de território de floresta e a guerra aos índios ocuparam espaço significativo na pauta do governo central e dos governos de Minas e do Espírito Santo. São analisados o processo de ocupação do território cortado pelo referido rio, a viabilidade da navegação pretendida e as razões do insucesso. Em 1833, o governo colocou toda a esperança no capital britânico, porém, passados dez anos, sem que fosse realizada qualquer obra, abandonou inteiramente o projeto de fazer o Rio Doce navegável.

                           

EUGÊNIO, Alisson. Drama individual, problema coletivo: a saúde pública em Minas Gerais no século XIX. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. A pesquisa trata de algumas questões relativas a problemas de saúde pública no Brasil do Século XIX. O Estado nacional recém organizado iniciou a construção de um sistema de assistência médica, pressionado pelos altos índices de mortalidade causados por epidemias, como a de varíola (bexiga), no biênio 1873-1874. Estas causavam pânico nas populações espalhadas pelos diversos cantos do país. Neste sentido, são apresentados alguns dados sobre a Província de Minas Gerais, onde muitos municípios foram flagelados pelo "mal das bexigas", e em seguida faremos uma discussão das estratégias de combate à sua propagação fomentadas no período, tendo em vista os recursos disponíveis na época, os limites de sua aplicação e o comportamento dos indivíduos em face do problema.

                             

FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Famílias mato adentro: produção de alimentos e trajetórias de vida no Rio Grande do Sul dos Oitocentos. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Na sociedade sul-riograndense do século dezenove os sujeitos históricos inseriram-se em formas de produção e em redes de relações sociais visando assegurar sua sobrevivência e prosperar. Este estudo mais pontual, realizado na região do antigo município de Santa Maria, na Depressão Central, buscou mostrar que um mesmo sujeito histórico poderia perpassar diversas atividades ao longo de sua trajetória de vida. O objetivo deste trabalho foi, justamente, confrontar as condições sociais existentes e as opções e estratégias utilizadas por lavradores nacionais e, também, por pequenos criadores que eram também lavradores, no que possuíam de diverso e semelhante, no Rio Grande do Sul dos oitocentos.

                          

FLORENTINO, Manolo. Os negros minas e os padrões de alforria no Rio de Janeiro entre 1840-1864. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Análise de um conjunto de cartas de alforria da cidade do Rio de Janeiro com destaque para a presença de africanos entre os alforriados.

                              

FREITAS, Maira de Oliveira. A arte de curar no setecentos mineiro em perspectiva. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Esta comunicação pretende discutir a arte de curar no setecentos mineiro, especificamente, em Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará, comarca do Rio das Velhas. Os estudos sobre as práticas curativas concernentes ao período colonial são unânimes ao retratarem as dificuldades vivenciadas, correlacionando-as à escassez de médicos, sendo, tais atividades, restritas à atuação de cirurgiões, boticários, sangradores, parteiras e curiosos que, devido às distâncias territoriais, se revezavam ante as necessidades. Diante deste quadro, propomos o exame da prática curativa, ressaltando, sobretudo, as particularidades advindas das especificidades sócio-culturais do setecentos, a fim de compreendermos os entornos da questão da saúde, sobretudo, no que se refere á análise de suas relações como o corpo, a vida, a morte e as enfermidades.

                            

GALLO, Fernanda. Entre becos (in)visíveis: O significado das habitações populares para africanos e afrodescendentes em Desterro (1885-1910). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Imbuídos de uma atitude sobretudo política, que abarca experiências concretas de pessoas comuns, de que nos fala Maria Odila Leite Dias, a presente pesquisa esforça-se em trazer à tona discussões acerca das relações sociais destes relevantes agentes históricos, através de suas experiências habitacionais. Consideradas pela elite como inadequadas, segundo normas de conduta e higiene, criadas e legitimadas por ela própria. Neste sentido, tal pesquisa buscou as especificidades nas formas de moradia dos periféricos da nova ordem social. Aglomerados, que ao que tudo indica, transformados em espaço de sociabilidade, permitiam que os Africanos e afrodescendentes pudessem de certa forma, mediante a elaboração de diversas táticas, viver de acordo com seus próprios significados.

                           

GEREMIAS, Patrícia Ramos. Filhos livres de mães cativas: os ingênuos e os arranjos familiares das populações de origem africana na Ilha de Santa Catarina nos últimos anos da escravidão. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Com a promulgação da lei 2040 de 28 de setembro de 1871, também conhecida como "Lei do Ventre Livre", os filhos das escravas nascidos no Brasil a partir da data da referida lei foram considerados de condição livre. Com isso vimos surgir uma nova condição social em fins do século XIX, a dos filhos livres de mães cativas, denominados na época, ingênuos. Essa nova condição fez surgir, por sua vez, novas formas de dependência e o que antes era uma relação de senhor-escravo passou a ser uma relação de tutor-tutelado. A partir de uma análise inicial da bibliografia especializada, bem como de alguns dos processos de tutoria, oriundos do Juizado de Órfãos e Ausentes da Província de Santa Catarina, buscamos apreender as implicações da lei 2040 para as relações familiares e para as estratégias de sobrevivência das populações de origem africana, bem como buscamos compreender a dimensão dessas novas formas possíveis de dependência entre a população de cativos, "libertos" e livres, e ainda, identificar o aparato judicial voltado para a assistência dessas crianças.

                                 

GOMES, Alessandra Caetano. Em busca da liberdade: as cartas de alforria e os libertos no Sertão da Farinha Podre. Uberaba - Minas Gerais, 1830-1888. Franca, Departamento de História da Faculdade de História, Direito e Serviço Social da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Campus de Franca, monografia de conclusão de curso, 2003, 105 p.
RESUMO. Esta pesquisa teve como objetivo central compreender como se deu o processo de manumissão na região de Uberaba, no Triângulo Mineiro do século XIX. Por meio da análise das cartas de liberdade -- contidas no cartório do 1.° ofício de Notas do Tabelião de Uberaba e do Arquivo público de Uberaba -- foi possível realizar o estudo da composição do grupo de forros da região, como também do tipo de alforria que estes manumissos receberam. Para uma melhor compreensão da política da concessão das alforrias na região, foi realizada uma comparação com a literatura que tratou do mesmo tema no sudeste escravista do período provincial.

                               

GOMES, Flávio dos Santos. Pós-emancipação, imigração e colonização: o campesinato negro no Maranhão (1853-1920). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Nosso objetivo é analisar o processo histórico de ocupação e colonização da região noroeste do Maranhão, fundamentalmente a região Gurupi-Turiaçu, limítrofe atualmente com o Pará. Articulando análises e abordagens de etno-história e fundamentalmente pesquisas arquivísticas, nossa intenção é perscrutar a formação/ocupação de comunidades camponesas nesta vasta área com base nas inúmeras comunidades de fugitivos, vilas de camponeses, de imigrantes chineses e portugueses e de retirantes cearenses, assim como de grupos indígenas. Procuramos articular os estudos das temáticas da colonização (em áreas não-agroexportadoras e de fronteiras econômicas abertas) com aqueles sobre contatos interétnicos (trocas e contatos econômicos e culturais) entre diversos setores sociais, pretendemos analisar da gestação paulatina de um campesinato negro nesta região no período que se estende de 1853 a 1920.

                        

GONÇALVES, Andréa Lisly. A conquista do sertão de Minas Novas do Araçuaí: história e memória do Arraial de Nossa Senhora da Conceição de Água Suja. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Ao analisar o processo de ocupação da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Água Suja do Termo de Minas Novas - sertão da Comarca do Serro do Frio - procurei demonstrar que esse processo obedeceu ao mesmo padrão de insurgência que se observou na área central da mineração, constituída pelas Comarcas de Vila Rica, Sabará e Rio das Mortes. Ao estabelecer os vínculos que uniram o inconfidente de 1789, Domingos de Abreu Vieira, à Freguesia de Água Suja pretendi desvendar a importância representada pela região no setecentos e o seu papel nada secundário na capitania de Minas Gerais, a "pérola da Coroa Portuguesa" no período.

                              

GONÇALVES, Paulo Cesar. Retirantes cearenses nas fazendas de café paulistas (1877-1901). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O objeto de estudo desta comunicação é o deslocamento dos retirantes cearenses pressionados pelas secas no final do século XIX para o interior de São Paulo, busca-se ressaltar a importância do trabalhador nacional livre no processo da expansão cafeeira durante a transição da escravidão ao trabalho livre. As migrações serão analisadas de forma quantitativa e qualitativa. É certo que somente uma parte dos retirantes das secas dirigiu-se para São Paulo. Essa quantificação e o estudo do tipo de inserção desses homens na economia cafeeira podem revelar sua importância dentro do mercado de trabalho em expansão. Assim será possível, ainda, discutir se o discurso sobre a falta de braços baseava-se em aspectos demográficos ou no preconceito contra o trabalhador nacional. Através das fontes já pesquisadas foi quantificado e mapeado o movimento das famílias cearenses fugidas da grande seca de 1877-80, com transporte e hospedagem financiados pelo governo. A Corte parecia ser o primeiro ponto de parada dos retirantes, os quais, em seguida, eram enviados à capital paulista para serem encaminhados às fazendas e núcleos coloniais. Esse procedimento, conforme as pesquisas em andamento, repetiu-se nas secas enfrentadas em 1888-89, 1898 e 1900.

                             

GRAÇA FILHO, Afonso de Alencastro. Inventário post-mortem de São João del Rei (1831-1888): a estrutura agrária na antiga Comarca do Rio das Mortes. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O Termo de S. João del Rei destacou-se como centro administrativo, comercial e creditício da antiga Comarca do Rio das Mortes, especialmente no século XIX. Os seus inventários nos dão uma imagem distinta da reafirmada por uma parte da historiografia, como de decadência após o declínio aurífero de Minas. Podemos, através deles, visualizar uma estrutura produtiva diversificada e composta por grandes e médias unidades escravistas ao lado das pequenas explorações familiares voltada para o abastecimento de gêneros básicos. Além disto, reafirmam uma situação próspera da economia regional ao longo do Oitocentos.

                           

HARTUNG, Miriam. Escravos, parentes e compadres no Paraná do século XIX. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Um olhar menos comprometido com a perspectiva teórica que reduz o escravo à sua condição jurídica, possibilidade aberta por uma historiografia mais recente cujos principais autores são Slenes, Reis, Florentino, Motta, Chalhoub, permite perceber escravos ligados por diferentes relações parentais, e não como peças, coisas, seres anônimos, sem vínculos familiares, cuja única e exclusiva ligação teria sido a condição de cativos. Neste trabalho procurei conhecer a rede de relações parentais que ligava os escravos da Fazenda Santa Cruz, localizada na região dos Campos Gerais, Paraná, região também conhecida como "Taraná Velho". Como as demais fazendas da região, a Santa Cruz dedicava-se, primeiramente, à criação de gado, atividade substituída, a partir de 1730, com a abertura do caminho de Viamão, pela invernagem de tropas de gado e mulas destinadas à feira de Sorocaba. Todas as atividades necessárias ao funcionamento dessas fazendas, cujos plantéis tinham entre 30 e 100 cativos, eram desempenhadas pelos escravos. Além de se ocuparem das atividades agrícolas, eram também oficiais de carpinteiro, de sapateiros, de alfaiates, arneiros, cozinheiros, campeiros. No entanto, a maior parte do plantel concentrava-se nas atividades ligadas à pecuária e aos serviços domésticos Mediante a análise de testamentos, inventários e registros de batismo, foi possível conhecer as diferentes formas pelas quais os escravos da fazenda Santa Cruz se ligavam uns aos outros, constituindo teias de relações que, se por um lado minimizavam e modificavam suas condições de vida, por outro, acabavam pressionado na direção da transformação do regime enquanto tal. 

                       

INAGAKI, Edna Mitsue. "Dourádossu": o caminho do nikkei - japoneses e seus descendentes em Dourados (1940-1950). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Os nikkeis desse período não vieram diretamente do Japão, pois já haviam passado pelo estado de São Paulo; haviam saído das fazendas cafeeiras paulistas e estavam trabalhando independentemente pelo interior paulista, desejando auferir altos lucros para retornarem ao Japão; mas no pós-guerra a situação transforma-se, o objetivo é outro; essa é a situação desses nikkeis que chegam a Dourados. Nos depoimentos apresentados, podemos observar já essa mudança de mentalidade, agora o objetivo é a fixação.

                       

KERN, Arno Alvarez. História e Arqueologia Histórica: interfaces e reflexões epistemológicas. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. A compreensão dos processos globais de mudança histórica das sociedades que habitam no passado o sul do Brasil, e portanto, a região oriental do Rio da Prata, tornou-se cada vez mais ampla e aprofundada graças às práticas metodológicas e às teorias que orientam as numerosas pesquisas desenvolvidas recentemente nos diversos campos da História e da Arqueologia Histórica. Estas pesquisas desempenharam um papel de extraordinária importância, com seus resultados, elaborados com base no levantamento e na análise de múltiplas e complexas informações documentais. Muitos dos documentos materiais e escritos estudados, predominantemente dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, nos permitiram conhecer e compreender não apenas inúmeros aspectos tecno-econômicos das sociedades da época nesta região, como também integrar a tais informações os dados sócio-políticos e ideológicos. A História e a Arqueologia Histórica, como ciências em construção, tiveram como objetivo nesses trabalhos o estudo sincrônico e diacrônico simultâneo das culturas das diferentes etnias européias e indígenas existentes no passado e organizadas como complexos sistemas sócio-culturais abertos e em contínua inter-relação. As pesquisas fundamentam-se, sobretudo, no exame crítico dos vestígios materiais do passado, que sobreviveram aos fenômenos de destruições naturais ou antrópicos, bem como no análise da documentação escrita complementar.

                           

LACERDA, Antonio Henrique Duarte. Metodologia das fontes primárias utilizadas para o estudo das manumissões - Juiz de Fora (MG), 1850-88. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Proponho-me a realizar uma discussão das fontes e metodologia utilizada para o estudo dos padrões das manumissões no maior município produtor de café e detentor de cativos de Minas Gerais na segunda metade do século XIX. As cartas de alforria são o principal "corpus" documental, totalizando 744 alforrias que incidem sobre 1.091 libertos. Testamentos, inventários post-mortem, contratos de trabalho e as ações de liberdade serão utilizados como fontes complementares. Parte desta documentação é inédita e a combinação de fontes pode nos oferecer um painel interessante, do acompanhamento da vida destes libertos. Os inventários post-mortem serão utilizados como fonte complementar para os dados ausentes nas cartas de alforrias, principalmente as listas de matriculas anexas aos mesmos e/ou as relações de avaliação dos escravos. Os dados coletados nos Livros de Notas, complementados pelas informações dos inventários, permitirão conhecer melhor os escravos alforriados: idade, profissão, condições físicas etc. Mediante a consideração dos testamentos poderemos saber se os libertos receberam algum legado em doação de seu ex-senhor, e como se deu sua inserção social após a manumissão.

                                       

LOT, Miriam Moura. O matrimônio e seu papel moralizador na Vila Rica barroca. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O casamento religioso é sacramento cristão, instituído na Europa ocidental no século XII. No Seiscentos a Igreja Católica reitera-o como monogâmico e indissolúvel, a partir das resoluções do Concílio de Trento (1545-1563). Seu estudo é ponto de partida para análises sobre a família e vida social. Seu registro - assento de casamento - fornece informações expressivas e diversificadas acerca da vida individual e coletiva da Vila Rica colonial. Tratamos dos aspectos doutrinários deste sacramento e em seguida, analisamos dois casos de uniões a partir da originalidade de sua composição social (escrava crioula com índio livre e escrava africana com livre), bem como de um processo de divórcio, com partilha de bens, a pedido da mulher. Neste, percebe-se a recusa individual às convenções sociais e religiosas da época barroca. A parte doutrinária se deve a Débora Felipe de Oliveira, integrante do Banco de Dados da Paróquia do Pilar de Ouro Preto (UFMG- Depto. de História).

                    

MACHADO, Maria Helena. Atlantes ou arianos: os debates a respeito da origem do homem e da civilização nas Américas na segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Esta comunicação tem como objetivo apresentar algumas considerações do estudo que venho desenvolvendo sobre as teorias a respeito da origem do homem americano e da antiguidade da civilização nas Américas, no contexto intelectual do século XIX e primeiras décadas do XX, vinculando-as às discussões latino-americanas e brasileiras a respeito do grau de desenvolvimento, civilização e "perfeccionamento" das populações americanas originais (pré-conquista) e o papel da América no mundo civilizado. Enfocando o debate a respeito da origem do homem e das civilizações em seu contexto europeu e norte-americano e em sua recepção nos meios intelectuais brasileiros, esta comunicação pretende apontar para a importância dos estudos da filologia comparada, que se reportavam à existência de um contexto intelectual emoldurado pelo comparativismo cultural, o qual apresentava uma versão própria dos axiomas biológicos ou raciais.

                      

MARIN, Rosa Elisabeth Acevedo. Estruturas camponesas no Pará colonial: ocupação da terra e dinâmica demográfica em Freguesia da Comarca de Belém no final do século XVIII. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. As margens do rio Guamá foram ocupadas no curso do século XVIII por imigrantes açorianos. A freguesia de São Miguel do Guamá e as banhadas pelos rios Capim, Acará, Moju e Bujaru formavam parte da Comarca de Belém. As proximidades desse centro político e econômico favoreceu a distribuição de sesmarias já nos primeiros anos da colonização portuguesa. O projeto de criação de uma civilização agrária deixa marcas na sua história. A comarca de Belém detinha a metade do total da população escrava do Grão Pará ainda que agrupasse somente 26% da população total. Neste círculo agrícola se concentraram os engenhos e engenhocas. Os cultivos de cana-de-açúcar, arroz, algodão, café e mandioca se desenvolvem em numerosos pequenos sítios e fazendas. Descrevem-se as estruturas econômicas a partir de relações sociais, sistemas de uso e de apropriação da terra e de mecanismos de inserção no mercado colonial.

                         

MELO, José Evandro Vieira de. Núcleo colonial de canas: a formação da pequena propriedade na agro-indústria açucareira (Lorena 1885/1901). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O objeto de estudo dessa pesquisa é o processo de modernização da agromanufatura açucareira no município de Lorena, com a constituição de um Engenho Central, nas duas últimas décadas do século XIX e a criação de um núcleo colonial para o fornecimento de cana. Esta pesquisa sustenta-se em três corpos documentais centrais: os relatórios ministeriais sobre o tema e os documentos apresentados ao governo imperial, a documentação cartorária do município e a documentação do núcleo colonial da Inspetoria de Terras e Colonização. O tema aqui estudado é abordado dentro do processo geral de transformação pelo qual passava a agromanufatura canavieira no Brasil, no momento de criação da grande produção industrial capitalista no setor açucareiro. Visa, também, a compreender o processo de transição do trabalho escravo para o trabalho livre, buscando as novas condições de trabalho surgidas desse processo.

                            

MENDES, Bruno de Araújo. A formação de famílias escravas em Santa Oliveira da Boa Vista. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. A pesquisa investiga possibilidades de análises a partir Banco de dados da Paróquia N. Sra. do Pilar de Ouro Preto. Enfatiza especialmente a formação de famílias escravas em Santa Quitéria da Boa Vista, antigo distrito de Vila Rica, nas primeiras décadas do século XIX. Através da série de batismos é possível acompanhar o movimento de parcela significativa da população: formação dessas famílias específicas e as estratégias de convivência dentro do escravismo. Além disso, o movimento populacional de escravos pode auxiliar-nos na investigação das mudanças econômicas verificadas na região. Escolhemos a "Aplicação" da Boa Vista pelo número e qualidade das informações possíveis a partir de cruzamentos. Diante disso, concluímos que esta micro-região era das mais dinâmicas no entorno de Ouro Preto, atraindo cerca de 75% dos escravos africanos batizados fora da sede da Paróquia.

                     

MEZZOMO, Frank Antônio. O discurso católico e o empreendimento colonizador. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Analisar a participação do elemento religioso na divulgação e construção de um imaginário edênico das terras do oeste do Paraná em comunidades ítalas e teutas dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, é o objetivo deste artigo que se utiliza de fontes primárias como propagandas de terras, entrevistas orais e livros que compõem o acervo historiográfico da região.

                           

MORTARI, Claudia. Os homens pretos de Desterro: um estudo sobre a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário (1841-1860). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
Na cidade de Nossa Senhora do Desterro, capital da Província de Santa Catarina, as populações africanas tinham como um lugar próprio, a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. A partir dela buscavam, através do costume instituído nas relações sociais, estabelecer e legitimar estratégias de solidariedade e assistência entre eles, objetivando entre outras coisas, educar as crianças, alforriar escravos e enterrar e sufragar a alma dos Irmãos falecidos. Enquanto um lugar composto por indivíduos de diversas origens e condições sociais, a Irmandade não estava isenta de conflitos e embates, como o ocorrido entre pretos, pardos e crioulos, que entre outras razões buscavam conquistar o que consideravam de direito, procurando viver da melhor maneira possível. Os embates permitem que se dê visibilidade às diferentes experiências das populações de origem africana em Desterro, tirando-as da silenciosidade imposta pela historiografia catarinense.

                      

MOTTA, José Flávio. O tráfico de cativos na província de São Paulo nas décadas derradeiras da escravidão. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Estuda-se o tráfico interno de escravos com base nas escrituras de compra e venda, permuta, doação e dação in solutum de cativos, registradas nas décadas de 1860, 1870 e 1880 em um conjunto selecionado de localidades da província de São Paulo. São acompanhadas, no decurso do período em questão, as características dos escravos transacionados (sexo, idade, estado conjugal, procedência/naturalidade, aptidão etc.), bem como os preços pelos quais foram comercializados e a identidade daqueles que os transacionavam. Adicionalmente, examina-se com especial atenção o tráfico interprovincial direcionado à região paulista, bem como os indícios que as fontes documentais utilizadas fornecem acerca do impacto desse comércio sobre as relações familiares existentes entre os escravos.

                   

MOTTA, José Flávio & NOZOE, Nelson. O fluxo de estrangeiros para o Brasil em fins do Novecentos. Economia Aplicada. São Paulo, Dep. de Economia da FEA-USP/FIPE, vol. 7, n. 3, jul.-set. de 2003, p. 585-606.
RESUMO. Os autores sumariam os principais resultados de pesquisa sobre a imigração recente para o Brasil. Os objetivos centrais de tal estudo, compreendiam o levantamento das fontes de dados disponíveis, a crítica da qualidade das informações e, por fim, o delineamento do(s) perfil(is) da população imigrante em fins do século passado. Apesar de não serem elaborados necessariamente com a finalidade precípua de acompanhar o fluxo de entrantes no País, os bancos de dados manuseados permitiram traçar o perfil do estoque de estrangeiros aqui residentes, bem como levantar as principais características do fluxo de ingressantes nos anos recentes. Foram observados deslocamentos que acompanharam os processos de privatização e de vendas de empresas nacionais para o capital estrangeiro, a exemplo dos espanhóis, bem como movimentos de excluídos em luta pela sobrevivência, segmento ilustrado pelos bolivianos. Ambos representam, decerto, as duas faces da mesma moeda que, conjuntamente, traduzem as características do capitalismo vigente em nossos dias.

                            

NOGUERÓL, Luiz Paulo Ferreira. Sabará e Porto Alegre na formação do mercado nacional no século XIX. Campinas: UNICAMP, 2003. (Tese de doutorado).
RESUMO. Esta tese procurou, a partir de dados coletados em fontes primárias relativas a duas distantes comarcas brasileiras no século XIX, testar algumas hipóteses explicativas para a economia do Brasil participando, desta maneira, do debate em torno do sentido da colonização. Mediante a análise da integração de diferentes mercados então existentes, escravos, cavalos e bois, analisamos as relações existentes entre mercados internos e externos indicando a dominação do segundo sobre o primeiro.

                                

NUNES, Heliane Prudente. A produção acadêmica sobre História da família em Goiás na segunda metade do século XIX. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. As pesquisas propostas nesta mesa coordenada têm como objeto de estudo a família em Goiás, enfocada a partir de uma análise historiográfica produzida sobre o tema. A história da família de Goiás, elaborada numa perspectiva acadêmica (tese de doutorado e dissertações de mestrado) tem-se pautado por alguns temas que se identificam com o enfoque teórico metodológico da historia das mentalidades. Estudos sobre o cotidiano familiar, a vida privada, e as relações pessoais que a envolvem, o controle religioso e o civil, tem-se destacado nas produções acadêmicas dos cientistas sociais e historiadores goianos. Para tanto, recorreu-se a variadas fontes: relatos dos viajantes e cronistas que passaram por Goiás no século XIX, arquivos paroquiais, fontes iconográficas, as Ordenações Afonsinas e o Código Civil de 1916. Tais fontes revelaram como viveram os homens, as mulheres e as crianças em Goiás na virada do século XIX para o século XX.

                           

OLIVEIRA, Benícia Colto de. A política de colonização do Estado Novo em Mato Grosso (1937-1945). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Esta pesquisa teve como objeto de estudo a política de colonização do Estado Novo no sul de Mato Grosso, quando Vargas desencadeou a campanha Marcha para Oeste, cujo fio condutor foi a ocupação dos espaços considerados vazios. Dentre os desdobramentos dessa política destacamos a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND), criada em 1943 pelo Decreto-lei 5.941, onde foram distribuídos 6.500 lotes de terra de 30 a 50 hectares a colonos de vários estados brasileiros que para ela se dirigiram em busca da terra como meio de sobrevivência. Outro implemento foi o ramal ferroviário de Ponta Porã que, ligou o Brasil com a república do Paraguai.
                              

OLIVEIRA, Patrícia Porto de. Vila Rica: dados urbanos através dos assentos de batismos de escravos adultos séc. XVIII. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O presente trabalho tem por objetivo analisar a cultura urbana e os modos de vida em Vila Rica com base nos dos Assentos de Batismo de Escravos Adultos do acervo arquivístico da Paróquia do Pilar de Ouro Preto, 1712-1750. Percebe-se nos documentos os ritmos sociais , as temporalidades e as próprias relações cotidianas que perpassam o viver neste aglomerado urbano, mesmo que em ritmo lento. A ênfase está nos escravos adultos resgatados nos Livros de Assento de Batismo. Trata-se de refletir através dos Assentos a relação cultural de Vila Rica e os modos de vida que possibilitam as apreensões/descrições dos cruzamentos culturais, mobilidade física, cultural, social e política. Enfim elementos cotidianos que permitem ao documento ser fonte de informação em um dado momento em que há trânsito migratório para emprego na mineração.

                                

PARRELA, Ivana D. Um outro sertão de Minas: diamantes e garimpeiros no caminho da Bahia. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Pretende-se neste trabalho analisar as representações construídas para a região ao norte da demarcação diamantina, como sertão diamantino, e sobre os grupos ocupantes deste espaço, garimpeiros e contrabandistas - agentes fora da ordem colonial oficial - que tinham nesta área seu campo de ação, no último quartel do século XVIII.

                                

PENNA, Clemente Gentil. "Vivendo sobre si": Estratégias de liberdade das populações de origem africana na Ilha de Santa Catarina nas últimas décadas da escravidão (1871-1888). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. A lei 2.040 de 28 de setembro de 1871 parece ter sido uma espécie de marco para o sistema escravista brasileiro, por legislar entre outros aspectos, a respeito da libertação de todos os filhos de escravas nascidos a partir daquela data. Todavia buscamos nesta pesquisa, nos ater a outros aspectos da dita lei, sobretudo à parte em que ela diz respeito à possibilidade de o cativo reunir um pecúlio a fim de adquirir sua alforria. Tal escolha se deu pelo fato de ser este um pormenor muito pouco estudado pela historiografia brasileira, não sendo por acaso que a denominação mais conhecida da lei 2.040 ser a de "Lei do Ventre Livre", e não "Lei do Pecúlio". Parece-nos, todavia, que a possibilidade de o cativo comprar sua alforria, independentemente da vontade de seu senhor, exerceu um papel fundamental no sentido de solapar a escravidão enquanto instituição vigente no país. Sendo assim, uma análise dos processos de pecúlio e arbitramento de preço que se encontram no Arquivo do Fórum Municipal de Florianópolis nos dão subsídios para perceber os usos e aplicações de tal lei, permitindo-nos perceber qual o grau de participação efetiva de africanos e afrodescendentes em favor de suas liberdades. Nota do NEHD: deve-se ter presente que a possibilidade de o escravo comprar sua alforria antecede a aludida lei.

                          

PEREIRA, Robson Mendonça. Reforma urbana e construção da ordem: o traçado da política higienista no interior paulista - o caso de Batatais (1890 - 1900). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O inventário em construção do processo de modernidade urbana assistido pelos municípios paulistas na passagem para o regime republicano encontra seu ponto de inflexão no discurso pretensamente competente dos bacharéis sanitaristas que redefinem o espaço urbano e na presença de migrantes e imigrantes que buscavam resgatar sua própria identidade ora participando do processo e em outros momentos questionando as medidas de exclusão, criando-se assim possibilidades para reconfiguração do espaço público.

                       

PRAXEDES, Vanda Lúcia. Os filhos ilegítimos nas Minas setecentistas. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Durante muito tempo acreditou-se que os ilegítimos, devido às restrições oriundas da legislação civil e eclesiástica ocupavam posição inferior diante da prole legítima e da sociedade. Entretanto ao se cruzar as informações jurídicas com as apreendidas nas práticas cotidianas, vislumbramos situações bem diversas, revelando um outro lugar para o ilegítimo no seio da família e na sociedade colonial, evidenciando os diversos modos de inserção familiar e social, o que nos leva a pensar essa experiência vivida como uma experiência de lutas, rupturas, conflitos e de negociações, processo no qual os indivíduos reinventam práticas para ocupar seu espaço e seu lugar na sociedade. Esta comunicação pretende investigar a atuação dos ilegítimos no âmbito da família e da sociedade mineira setecentista.

                                           

QUEIROZ, Jonas Marçal de. Agricultura e emigração: representações sobre o trabalhador livre, na imprensa do Gão-Pará (1877-1888). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. A proximidade da abolição final provocou um intenso debate acerca das relações de trabalho, da propriedade e do uso da terra no Brasil. Várias propostas foram discutidas com vistas à substituição do escravo pelo imigrante europeu ou asiático, à possibilidade de os brasileiros pobres ocuparem um espaço significativo no mercado de trabalho, juntamente com os escravos que fossem adquirindo a liberdade, o que se efetivaria mediante a fundação de escolas agrícolas e a adoção de uma legislação que reprimisse o ócio e a vadiagem. A imprensa tornou-se, então, um espaço privilegiado para as discussões e tomadas de posição frente a estas alternativas. A duplicidade do seu conteúdo, ou seja, a alternância entre sua abrangência mais extensa e seu localismo particularista, nos permite compreender como estavam sendo concebidas as propostas de civilização da Amazônia por meio do trabalho e da agricultura.

                       

QUEIROZ, Paulo Roberto Simó. "A onda de prosperidade morria nas barrancas do Paraná": uma tentativa de avaliação dos efeitos da E. F. Noroeste do Brasil no campo sul-mato-grossense (1920-1960). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. A estrada de ferro historicamente conhecida como Noroeste do Brasil (NOB) começou a ser construída em Bauru (SP) em 1905, tendo como destino Cuiabá (MT). Entre 1907 e 1908 seu traçado foi alterado, passando a dirigir-se a Corumbá, no sul de Mato Grosso, e em 1914 ficou concluído o trecho entre Bauru e o Porto Esperança (margem esquerda do rio Paraguai). Entre 1938 e 1953 a ferrovia (que pertencia à União) foi concluída, sendo levada até Corumbá (onde se conectou à E. F. Brasil-Bolívia), e ampliada, mediante um ramal dirigido à fronteira com a República do Paraguai, em Ponta Porã. O trabalho aqui resumido comunica uma tentativa de aferição dos efeitos dessa ferrovia sobre as transformações verificadas no campo sul-mato-grossense (isto é, o território que viria depois a constituir o Estado de Mato Grosso do Sul) no período entre 1920 e 1960. Mencionam-se as expectativas anteriores bem como as avaliações posteriores, relativas aos efeitos da via férrea sobre a região. Em seguida, com base nos dados dos censos oficiais brasileiros, busca-se empreender uma aferição da influência da ferrovia sobre as mencionadas transformações. Opera-se mediante a divisão do território considerado em três áreas distintas, definidas segundo suas relações com a estrada e sistematicamente comparadas.

                           

REGINALDO, Lucilene. Uns três congos e alguns angolas: a construção da invisibilidade dos bantos na Bahia. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Registros documentais dos séculos XVIII e XIX atestam a presença de africanos "angolas" e "congos" na cidade da Bahia, no seu Recôncavo, bem como em outras partes da capitania. Estes registros, de certa forma, problematizam um pressuposto por muito tempo inquestionável nos estudos históricos e antropológicos sobre a Bahia, qual seja, o da insignificância numérica e, sobretudo, cultural dos africanos centro-ocidentais na população escrava baiana. Pretendemos nesta comunicação discutir os caminhos que levaram à construção desta "invisibilidade", bem como sugerir uma possível "janela" de observação dos povos do Centro-Oeste Africano na sociedade baiana colonial: as irmandades de pretos em geral, e, particularmente, as Irmandades do Rosário.

                                    

RIBEIRO, Ricardo Ferreira. Longe da vigilância no poder - o sertão mineiro como "território livre" nos setecentos. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. No Sertão Mineiro, as distâncias, as dificuldades de acesso, a adversidade da paisagem, a indefinição de limites das jurisdições das diversas instâncias da administração pública enfraquecem as possibilidades de atuação das autoridades coloniais. Nesse contexto, surgem "espaços livres", marcados por formas de organização social e política não inteiramente subordinadas ao governo da capitania e a outras esferas de poder político e religioso. As tentativas de submissão desses espaços resultaram em manobras políticas e/ou lutas de resistência envolvendo de forma articulada, ou em conflitos isolados, potentados sertanejos, religiosos rebeldes, "vadios", quilombolas, índios e outros segmentos sociais. Esses movimentos, de uma forma ou de outra, sempre contavam com a possibilidade de "cair no Cerrado", como uma estratégia em caso de derrota política e/ou militar, procurando, através da interiorização, escapar do controle das autoridades.

                                

RODRIGUES, Cláudia. Entre o Civil e o Eclesiástico. O conflito de jurisdições sobre cemitérios e enterramentos na crise do Império Brasileiro. Comunicação apresentada no XXII Simpósio Nacional de História. João Pessoa, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal da Paraíba, 2003.
RESUMO. Ao longo do século XIX, os cemitérios e os enterramentos foram dois dos temas mais discutidos na sociedade brasileira, uma vez que envolveram questões ligadas à medicina e à salubridade pública, às diferentes práticas religiosas, à instituição eclesiástica, à administração pública, às representações acerca da morte e do além-túmulo. Se o Oitocentos foi o período em que estes dois temas geraram grandes polêmicas, estas não se restringiram ao processo de criação dos cemitérios públicos, entre as décadas de 1840 e 1850, em diferentes localidades do Império, quando ocorreu a transferência das sepulturas das proximidades das igrejas para fora dos limites das cidades. Uma vez criadas estas necrópoles, o assunto voltou a ser alvo de intensas discussões a partir de 1869, em debates que alcançaram dimensão completamente diferente daquela do período anterior. Não mais identificadas apenas como uma questão de higiene pública, as sepulturas e as inumações passaram a ser vistas como espaços e práticas em torno dos quais se deflagrou a disputa por sua jurisdição entre as autoridades civis e as eclesiásticas. Falar, portanto, de cemitérios e enterramentos no século XIX demanda uma discussão sob dois enfoques diferentes, que atente para as especificidades conjunturais. Assunto que me proponho a tratar nesta comunicação.

                           

SAMPAIO, Patrícia Maria Melo. Etnia e legislação colonial: uma leitura da Carta Régia de 1798. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. A proposta é esboçar uma análise preliminar da Carta Régia de 1798, relativa à emancipação e civilização dos índios, aplicada no Estado do Grão-Pará e Rio Negro entre 1798 e 1838. A presente comunicação busca recuperar a legislação responsável pela extinção do Diretório Pombalino (1757) tal como vem aparecendo na historiografia para, em um segundo momento, analisar a estrutura dessa lei na tentativa de deslindar o funcionamento do novo modelo de civilização proposto pela Coroa portuguesa para as populações indígenas da Amazônia. Por fim tendo como referência as questões inerentes ao complexo jogo que se estabelece na articulação entre políticas indígenas e indigenistas, intenta-se uma leitura sobre a sua aplicação e as intervenções aí aplicadas por aqueles que deveriam ser objeto dessa política.

                        

SANTOS, Marina de Souza. A contribuição do migrante nordestino no povoamento de Dourados, MS (1940-1970). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Os migrantes nordestinos chegam em maior número a Dourados a partir de 1943 devido à criação da CAND (Colônia Agrícola Nacional de Dourados) provocando um grande aumento populacional e o crescimento da cidade. Em nosso trabalho apresentamos as causas da migração e a presença do nordestino em Dourados no período de 1940-1970. Usamos dois exemplos de correntes migratórias, uma em direção ao Paraná e outra ao Centro-Oeste, buscamos definir o conceito de migrante segundo o IBGE e a sociologia e, através de fontes orais, analisamos a adaptação do nordestino à região e suas manifestações culturais buscando interpretar a questão da formação de uma identidade.

                      

SARAIVA, Luis Fernando. Mercado de terras, mercado de homens: uma análise das condições do trabalho escravo nas fazendas de café de Juiz de Fora. (1870-1888). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O trabalho visa realizar uma análise das diversas condições do trabalho escravo para o município de Juiz de Fora, localizado na Zona da Mata mineira e uma das maiores regiões produtoras de café no período final do oitocentos. Esta cidade manteve o trabalho mancípio até o último momento do regime escravista no Brasil sem que se percebesse grandes revoltas, ou abandono das fazendas como percebemos em outras regiões do sudeste cafeeiro. Assim, entender as condições de controle dos trabalhadores rurais (livres, libertos e escravos) da região, bem como, as formas de resistência por ele encontradas é o objeto central deste artigo. Para realizarmos tal estudo, coletamos cerca de 486 inventários post-mortem da população de Juiz de Fora para o período de 1870 até 1888 e que nos dão informações sobre 7.032 escravos, um número significativo se pensarmos que para o ano de 1882, o município abrigava 21.808 escravos. O perfil destes escravos - razão de sexo, idade, preço, origem e a sua inserção na economia local - é analisado a partir das outras informações tiradas dos inventários, além do cruzamento com outros tipos de fontes como relatórios de presidentes de província, documentação da Câmara Municipal de Juiz de Fora e em artigos publicados na imprensa local.

                                

SCOTT, Ana Silvia Volpi. Alternativas regionais e locais à emigração para o Brasil no final do século XIX: o exemplo do Concelho de Guimarães. Revista Brasileira de Estudos de População, v.19, n.1, jan./jun. 2002, p. 95-111.
RESUMO. A partir do estudo de uma comunidade minhota, examina-se a questão da industrialização e da emigração em Portugal no último quartel do século XIX, procurando-se colocar em evidência que nem sempre os modelos gerais produzidos para privilegiar a perspectiva nacional são adequados para a análise da repercussão desses fenômenos ao nível local e regional. O estudo de uma comunidade do noroeste português foi o ponto de partida para questionar-se a situação particular de uma comunidade que, à primeira vista, marcharia na contracorrente nacional. Embora o país como um todo apresentasse taxas de emigração crescentes, a comunidade estudada apresentou tendência contrária. Entender como e por que isso ocorreu é o que pretende este artigo.

                     

SILVA, Emília Maria Ferreira da. Representações sobre o negro na "Viagem pitoresca e histórica ao Brasil" de Jean Baptiste Debret. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Analiso a presença do negro no discurso civilizatório perpassado na obra "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", de Jean Baptiste Debret. Obra publicada na França entre 1834 e 1839 como resultado das informações e observações feitas por Debret durante o período em que esteve no Brasil, de 1816 a 1831. Todas as representações que incluam a presença do negro serão analisadas, por verificarmos que elas criam um imaginário social que aponta, a partir de um exercício de olhar e de descrever as estampas, para uma certa estratificação espacial da presença negra. A obra é constituída de aproximadamente 153 pranchas, sendo encontradas em 99 delas a presença de negros, ou seja 64% da obra. Suas imagens e textos escritos falam de uma cidade negra, que se impôs ao "pintor de história". Negros que deram cor, forma e vida à viagem de Debret e à sua representação da sociedade brasileira da época. Imagens prioritariamente em situações de trabalho, castigo, festa e religião. Considero suas imagens e textos como fontes que revelam uma determinada visão européia sobre o negro no Brasil da primeira metade do século XIX, inserida no contexto da construção da imagem da nação que se queria exportar.

                               

SILVA, Haroldo Silis Mendes da. Carroceiros, quitandeiras, marinheiros, pombeiros e outras agências: trabalho e sobrevivência de africanos e afrodescendentes na cidade de Desterro na década da abolição. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O presente trabalho é fruto de uma pesquisa intitulada "Carroceiros, quitandeiras, marinheiros, pombeiros e outras agências: trabalho e sobrevivência de africanos e afrodescendentes na cidade de Desterro na década da abolição' com base em documentos encontrados nos arquivos Municipal, Público e do Fórum da cidade de Florianópolis. A grande maioria das pesquisas realizadas sobre as populações de origem africana têm sido realizadas em outras regiões do país. Nossa Senhora de Desterro (atual Florianópolis) era a cidade que contava com o maior número de africanos e afrodescendentes em Santa Catarina. Por essa razão, o objetivo desta pesquisa foi entender a trajetória das populações de origem africana no mercado de trabalho da cidade de Desterro na década da abolição e servir de inspiração para novas pesquisas sobre as populações de origem africana em Santa Catarina.

                      

TAVARES, Cézar Moreno Conceição. A colonização e o povoamento do Baixo Jequitinhonha em Minas Gerais, no século XIX: a guerra contra os índios. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. O trabalho apresenta o estudo sobre a colonização e o povoamento do Baixo Jequitinhonha, em Minas Gerais, no século XIX, através de uma política indigenista oficial agressiva que declarou uma "Guerra Justa" para a ocupação da região, visando a apropriação privada, acarretando a marginalização e a exclusão dos índios Borun do processo histórico de formação do território mineiro.

                     

TEIXEIRA, Paulo Eduardo. O processo migratório na formação de Campinas: 1765-1830. Revista Brasileira de Estudos de População, v.19, n.1, jan./jun. 2002, p. 75-93.
RESUMO. Ao estudarmos a formação da Vila de Campinas durante o início do século XIX, notamos como foi importante o processo migratório para o povoamento dessa localidade. Utilizando as Listas Nominativas de Habitantes para os anos de 1814 e 1829, e os Registros Paroquiais de Casamentos de 1774-1826, foi possível estabelecer algumas relações entre a naturalidade dos chefes de domicílios e outros parâmetros, tais como a ocupação econômica e a cor, levando-nos a perceber os processos de mobilidade social e de mobilidade espacial na constituição do espaço que foi denominado de velho Oeste Paulista.
                           

TESSEROLI, Miriam A. Construindo a branquitude: afrodescendentes, açorianos, identidade na literatura catarinense. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Nas décadas de 40 e 50, Florianópolis e também o Brasil estavam vivendo um momento de procura de uma certa "identidade". Florianópolis vive este momento forjando a urdidura para tecer a trama do açoriano. Busca nos povos das Ilhas dos Açores e Madeira as características de um povo longínquo para se tornarem os fios deste tecido. Minha proposta de pesquisa, em fase inicial, é perceber na literatura a construção do "manezinho" na Ilha de Santa Catarina. No período acima descrito começam a aparecer as primeiras publicações da Revista Sul - representado o Grupo Sul, que faz parte da terceira geração de modernistas do país -, veiculando idéias estéticas modernistas e também procurando essa "identidade", só que de forma regional. O Primeiro Congresso de História Catarinense, em 1948, também busca esta "identidade". A partir da história contida ma memória que a literatura nos traz, quero perceber como o açoriano toma o espaço hegemônico nessa relação binária com afrodescendentes. Como foi sendo construída a branquidade em Florianópolis, SC.

                                 

VERSIANI, Flávio Rabelo & VERGOLINO, José Raimundo Oliveira. Posse de Escravos e Estrutura da Riqueza no Agreste e Sertão de Pernambuco: 1777-1887. Estudos Econômicos. São Paulo, IPE-USP, vol. 33, n. 2, p. 353-393, 2003.
RESUMO. O artigo reporta achados de um programa de pesquisa em andamento sobre as características do escravismo em Pernambuco, com ênfase no século XIX. Considerando a evidência de que uma parcela significativa do estoque de escravos da província estava localizada, no período, fora de sua área açucareira - ou seja, no Agreste e no Sertão - investigam-se as características de tais escravos com base em dados constantes em inventários post-mortem. Verifica-se que os escravos no Agreste e Sertão: (a) em geral pertenciam a pequenos plantéis; (b) tinham o perfil demográfico esperado de cativos comprados para utilização produtiva; (c) constituíam proporção preponderante dos ativos inventariados, em valor, mesmo depois do significativo aumento nos preços de escravos, na segunda metade do século. Esses achados contrariam a idéia, comumente expressa na literatura, de que algodão e gado, as atividades produtivas típicas do Agreste e Sertão, não pudessem ser exploradas com uso de trabalho escravo, e reforçam as evidências reveladas por outros autores sobre a importância de pequenos plantéis nos quadros da escravidão observada no Brasil.

                          

VIANA, Kelly Cristina Benjamim. Vítimas e culpadas: violência feminina em Minas Gerais no Séc XVIII. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Faremos uma análise da violência urbana e sua relação com o papel da mulher na segunda metade do século XVIII mineiro. Tendo como marcos as transformações e permanências ocorridas na sociedade mineira com o declínio da atividade mineradora e o papel da mulher nesta sociedade. Pretende-se mostrar através da analise da documentação que, além de aparecerem como vítimas de crimes e maus tratos, as mulheres eram constantemente acusadas de diversos delitos como: roubos, espancamentos, assassinatos, adultérios e abandono do lar. Reforçando sua participação na vida das cidades como indivíduos atuantes e não apenas como passivas esposas e donas de casa.

                                 

VIEIRA FILHO, Raphael Rodrigues. Os negros na região de Jacobina. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Esta comunicação é parte do projeto "Os negros na região de Jacobina, BA: Família, Trabalho e Festa" que está sendo desenvolvido no doutorado da PUCISP, cujo objeto são as populações afro-brasilieras e seu cotidiano na segunda metade do séc. XIX na região de Jacobina. Esse projeto surgiu do trabalho com fontes primárias e visitas realizadas entre 1996 e 1998, propiciadas pelo acompanhamento dos monitores e bolsistas na pesquisa "A cidade como espaço de diversidade cultural". Essa experiência trouxe informações sobre negros escravizados, libertos e livres, que não correspondia com a bibliografia consultada na primeira etapa do trabalho, na qual os negros não apareciam. Os questionamentos propiciados a partir do confronto da documentação coletada com a bibliografia sobre o sertão das Jacobinas foram os estimuladores do projeto atual.

                        

VINHOSA, Francisco Luiz Teixeira. Casamento no Brasil: do religioso ao civil. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Neste trabalho, procuramos estudar a transição, no Brasil, do casamento religioso para o civil. Tendo a Constituição de 25/03/1824 reconhecido a religião católica como a religião oficial do Estado, o direito brasileiro, no Império, reconheceu, a princípio, somente o casamento católico. Apesar de o casamento civil constar do programa de governo do Visconde de Ouro Preto, gabinete de 07/06/1889, coube ao governo provisório republicano, após a separação da Igreja do Estado, em 07/01/1890, a implantação do casamento civil, decreto 181 de 24/01/1890, decisão confirmada pela constituição republicana de 24/02/1891. Estas duas medidas mereceram o repúdio não só dos Bispos brasileiros, Pastoral de 19 de março de 1890; a população leiga também reagiu a elas, em episódios às vezes, violentos.

                                               

WAGNER, Ana Paula. Alforria na Pia Batismal - um estudo para a Ilha de Santa Catarina (1850-1872). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Discute-se nesta comunicação uma forma especial de libertação de cativos que viviam na Ilha de Santa Catarina entre os anos de 1850 e 1872: a alforria na pia batismal. As cartas de alforria não eram a única forma utilizada para a libertação de escravos. Muitos cativos eram libertados por intermédio do batizado, sem que houvesse qualquer registro especial de sua libertação, que não fosse esta condição estar anotada no batistério, dando-os como livres. O trabalho está centrado na análise de uma documentação especial, certidões de batismo emitidas pela Igreja Católica nos anos em questão. Buscou-se encontrar características dos manumissos, bem como daqueles que os alforriavam. Um estudo desta natureza é importante na medida em que reflete experiências vividas por pessoas numa sociedade desigual e baseada na propriedade de homens.

                                   

WITTER, Nikelen Acosta. No tempo de Maria Antônia: vivências e práticas de cura no Sul do Brasil no século XIX. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
RESUMO. Por vezes, certos agentes históricos convertem-se em portas para o passado, pois em suas experiências as peculiaridades de uma época se fazem presentes e ativas. É o caso da preta forra Maria Antônia, uma anciã de 70 anos, que, em 1866, foi chamada para curar uma menina na vila de Santa Maria no interior do Rio Grande do Sul. A estranha moléstia da menina, que regurgitava lã, agulhas e barro, foi acompanhada por diversos curadores, dentre os quais Maria Antônia foi acusada como causadora da doença por envenenamento. Os cinco meses que dura o processo constituíram numa chave para pesquisar a vida cotidiana no interior da Província, as práticas de cura, as ligações entre as mulheres e as redes de solidariedade feminina, os forros e suas alternativas de sobrevivência num mundo no qual o medo dos negros e de suas práticas eram uma presença constante.

                   

                            

Notícia Bibliográfica

                                            

NOZOE, Nelson, BASSANEZI, Maria Sílvia C. Beozzo & SAMARA, Eni de Mesquita (Orgs.). Os refugiados da Seca: emigrantes cearenses, 1888-1889. São Paulo e Campinas, NEHD, NEPO e CEDHAL, 2003, 44 p., acompanha CD-ROM.

RESUMO. As secas que se abateram sobre o Nordeste brasileiro na segunda metade do século XIX induziram a população do Ceará a emigrar para várias outras regiões do país; uma parcela demandou o Norte, outra dirigiu-se para o Sudeste. Nesta publicação é oferecido um estudo concernente ao perfil sócio-demográfico dos refugiados da seca de 1888-1889 que emigraram servindo-se da navegação de cabotagem. A base documental encontra-se nas portarias governamentais que autorizavam a emissão de passagens marítimas e reunidas sob o título de Companhia de Vapores, fontes essas pertencentes ao acervo do Arquivo Público Estadual do Ceará. Visando a estimular novos trabalhos sobre o tema, os autores divulgam, juntamente com o livro, um CD-ROM no qual vêm transcritas 5.860 portarias que propiciaram a saída de quase 32.000 pessoas vitimadas pela última seca do período Imperial.

                          

       

                                                  

MIZRAHI, Rachel. Imigrantes judeus do Oriente Médio: São Paulo e Rio de Janeiro. São Paulo, Ateliê Editorial, 2003, 330 p. (Brasil Judaico, vol. 1).
RESUMO. Durante dez anos a autora coletou histórias contadas por velhos imigrantes judeus orientais e sefaradis, além de consultar fontes escritas, como atas e estatutos de sinagogas. O material, apresentado originalmente como tese de doutorado que representa valioso subsídio ao estudo dos fluxos migratórios judaicos para o Brasil, vê-se agora estampado como livro com o qual se dá início à coleção intitulada Brasil Judaico.

                                 

                        

Censo de Demografia Histórica

                       

Luciana Elizabete Fernandes
Pós-graduanda na UNICAMP
E-mail: lucianaefernandes@yahoo.com.br 
RUA Doutor Ruberlei Boareto da Silva, 1.162
Cidade Universitária
13083-715 CAMPINAS SP

                                                      

                      

Notícias e Informes

                                           

NEHD: nova página de pesquisador

CONHEÇA A PAGE DE PAULO EDUARDO TEIXEIRA

                          

http://www.brnuede.com/pesquisadores/teixeira/    

                           

                                                        

Estatísticas Retrospectivas

                  

Recenseamento de 1890: Freguesia de São Gonçalo de Pedro II

                          
No âmbito do projeto Levantamento de Fonte Censitária: o Recenseamento de 1890 em Mato Grosso, desenvolvido na Universidade Federal de Mato Grosso, sob a coordenação da Profa. Maria Adenir Peraro, pela Equipe Técnica composta por Fernanda Quixabeira Machado e por Quelce Queiroz dos Santos foi produzido o documento intitulado "Recenseamento de 1890: Freguesia de São Gonçalo de Pedro II - 2o Distrito- Cuiabá - Mato Grosso - Brasil" para o qual foram transcritos, ipsis litteris, os dados censitários concernentes à aludida freguesia. Para  acessar o arquivo "zipado" dessa relevante fonte primária .

                                                 

                                    

ROL - Relação de Trabalhos Publicados

 

                                         

    Outros trabalhos incorporados ao ROL  

                                                                

ALEXANDR, Frida. Filipson: memórias da primeira colônia no Rio Grande do Sul. São Paulo, Fulgor, 1967.
RESUMO. Crônicas do primeiro assentamento de imigrantes judeus europeus que chegaram ao Rio Grande do Sul a partir do começo do século, vindos principalmente da Rússia.

            

CASCUDO, Luís da Câmara. Mouros, franceses e judeus: três presenças no Brasil. São Paulo, Global, 2002, 112 p.

                   

BROMBERG, Rachel Mizrahi. A inquisição no Brasil: um capitão-mor judaizante. São Paulo, Centro de Estudos Judaicos, 1984.

RESUMO. Uma importante obra sobre judeus, marranos e cristãos novos no o período colonial.

             

FALBEL, Nachman. Estudos sobre a comunidade judaica no Brasil. São Paulo, Federação Israelita do Estado de São Paulo, 1984.
RESUMO. O autor trata da história da presença judaica no Brasil.

               

GRITTI, Isabel Rosa. Imigração judaica no Rio Grande do Sul: a Jewish Colonization Association e a colonização de Quatro Irmãos. Porto Alegre, Martins Livreiro-Editor, 1997, 154 p.

                 

KOSMINSKY, Ethel Volfzon. Rolândia, a terra prometida: judeus refugiados do nazismo no norte do Paraná. São Paulo, Centro de Estudos Judaicos, 1985.
RESUMO. Uma tese na qual a autora investiga, sob a ótica sociológica, a história dos judeus de Rolândia (PR).

                

LESSER, Jeffrey Howard. O Brasil e a questão judaica: imigração, diplomacia e preconceito. Rio de Janeiro, Imago, 1995.
RESUMO. O autor investiga a relação entre o anti-semitismo e a chegada de imigrantes judeus no Brasil, a partir dos anos 30.

                    

LIBERMAN, Maria. Judeus na Amazônia brasileira, séculos 19 e 20. Tese de doutorado em História Social, São Paulo, FFLCH-USP, 1990.
RESUMO. A autora efetua estudo sobre os judeus que vivem na Região Norte do Brasil.

                    

NOVINSKY, Anita. Cristãos Novos na Bahia. São Paulo, Perspectiva, 1972.

                  

PIERONI, Geraldo. Banidos: a Inquisição e a lista dos cristãos-novos condenados a viver no Brasil. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2003, 288 p.
RESUMO. Geraldo Pieroni vem nos brindar, uma vez mais, com livro específico sobre o degredo na Inquisição portuguesa. Após duas obras consagradas, publica agora "Banidos: a Inquisição e a lista dos cristãos-novos condenados a viver no Brasil", no qual seleciona um grupo específico dentre os condenados a viver no Brasil, no caso os cristãos-novos. Escolha feliz, apesar da desdita dos condenados, pois os cristãos-novos tiveram papel importantíssimo na colonização do Brasil e, do mesmo modo que no Reino, foram os mais penitenciados pelo Tribunal na história do Santo Ofício português. Neste livro, Pieroni inventaria os casos de cristãos-novos degredados nos séculos XVI e XVII, examina-lhes as culpas, acompanha as trajetórias individuais e familiares, tudo isso sem deixar de inserir a matéria no problema mais geral em que o degredo de cristãos-novos se enquadrava: a pureza da fé e a limpeza de sangue. E, como todos os especialistas na história inquisitorial, Pieroni enfrenta a pergunta crucial: eram os cristãos-novos judaizantes? Em anexo, encontra-se lista completa dos degredados com informações sociológicas, teor das sentenças e números de processos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Um livro precioso, portanto, não apenas pelo que informa e analisa, mas pela generosa abertura de caminhos para futuras pesquisas. (Nota bibliográfica escrita por Ronaldo Vainfas).

                 

RATTNER, Henrique (org). Nos caminhos da diáspora. São Paulo, Centro Brasileiro de Estudos Judaicos, 1972.
RESUMO. Coletânea de estudos demográficos sobre os judeus.

                     

RATTNER, Henrique. Tradição e mudança: a comunidade judaica em São Paulo. São Paulo, Ática, 1977.
RESUMO. O autor analisa o recenseamento, efetuado nos anos 60 do século XX, da comunidade judaica residente em São Paulo.

                          

ROTTENBEG GOUVEIA, Regina. Comunidade judaica em Curitiba. Curitiba, Universidade Federal do Paraná, 1985.
RESUMO. Estudo sobre parcela da comunidade judaica paranaense.

                      

SCHLESINGER, Hugo. Nós judeus nascidos na Polônia. São Paulo, Mundus, 1990.
RESUMO. O autor estuda os judeus de raízes polonesas e que se dirigiram para o Brasil.

                         

SCHLESINGER, Hugo. Iudaica Brasiliensis (1838-1992). São Paulo, Federação Israelita do Estado de São Paulo, 1992.
RESUMO. O autor se propõe a documentar, sistematicamente, as publicações em língua portuguesa concernentes aos judeus e que circularam no Brasil no correr do período 1838-1992. Trata-se, assim, de relevante obra de referência.

                        

SCHWEIDSON, Jacques. Judeus de bombacha e chimarrão. Rio de Janeiro, José Olympio, 1985.
RESUMO. Crônica da vida dos judeus gaúchos.

                    

SHALOM. A aventura sefaradi - 500 anos de expulsão dos judeus da Espanha. Suplemento Especial da revista Shalom, 297, 1992.
RESUMO. Coletânea de artigos sobre cinco séculos de imigração sefaradi.

                                  

SOIBELMAN, G. Memórias da Philippson. São Paulo, 1984.
RESUMO. Estudo sobre os primórdios da presença judaica no Brasil, em geral, e no Rio Grande do Sul em particular.

                    

SOUZA, Maristela Coccia Moreira de. No ardor da febre: práticas médico-sanitaristas e febre amarela em Campinas (1889-1904). Dissertação de mestrado, programa de pós-graduação em História da UNESP - Campus de Assis, 2001, mimeografado.

                  

TUCCI CARNEIRO, Maria Luiza. Brasil, um refúgio nos trópicos - A trajetória dos refugiados do nazi-fascismo. São Paulo, Estação Liberdade/Instituto Goethe, 1996.
RESUMO. A autora, professora da USP, foi das primeiras a estudar a história do anti-semitismo no Brasil. Neste trabalho, em edição bilíngüe português/alemão, ela traça a trajetória de judeus europeus que escaparam do holocausto se refugiando no Brasil.

                           

TUCCI CARNEIRO, Maria Luiza. O anti-semitismo na Era Vargas: fantasmas de uma geração (1930-1945). São Paulo, Brasiliense, 1988.
RESUMO. A autora explicita o anti-semitismo da década de 30.

                              

VELTMAN, Henrique. A história dos judeus em São Paulo. Rio de Janeiro, Expressão e Cultura, 1996, 144 p.
RESUMO. Trabalho votado à presença judaica em São Paulo.

                         

VELTMAN, Henrique. A história dos judeus no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Expressão e Cultura, 1998, 180 p.
RESUMO. Obra votada à presença judaica no Rio de Janeiro.

                                                 

       

                 

Trabalhos apresentados na V Jornada Setecentista

                                    

ARAÚJO, Maria Marta Lobo de. As misericórdias enquanto palcos de sociabilidades no século XVIII. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                

BOTELHO, Tarcísio Rodrigues. Família escrava em Catas Altas do Mato Dentro (MG) no século XVIII. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                      

CAVAZZANI, André Luiz M.. Expostos na Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curytiba: possibilidades metodológicas. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                         

CHEQUER, Raquel Mendes Pinto. O papel das viúvas nos negócios de família. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                       

CRIVELENTE, Maria Amélia Assis Alvez. Uma família para Valentin: imigração, concubinato e mobilidade social na fronteira oeste da colônia do Brasil - Reconstituição das paróquias Santana do Sacramento de Chapada e Senhor Bom Jesus de Cuiabá - 1780-1867. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                     

CUPERSCHMID, Ethel Mirzahy. Resquícios judaicos em Minas Gerais no século XVIII. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                          

GALVÃO, Rafael Ribas & NADALIN, Sérgio Odilon. Arquivos paroquiais, bastardia e ilegitimidade: mães solteiras na sociedade setecentista. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                            

GUIMARÃES, Carlos Magno; REIS, Flávia Maria da Mata & PEREIRA, Anderson Barbosa Alves. Mineração Colonial: Arqueologia e história. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                       

JORGE, Valesca Xavier Moura. Família e poder: um estudo sobre a sociabilidade na Curitiba setecentista. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                       

KOWALSKI, Fernando Marcel. Degeneres Homines: Estudo da ilegitimidade e sua semântica - Curitiba, século XVIII. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                     

KÜHN, Fábio. A prática do Dom: família, dote e sucessão na fronteira da américa portuguesa. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                 

LOTT, Miriam Moura. Casamento e relações de afetividade entre escravos: Vila Rica - séculos XVIII e XIX. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                   

MAGALHÃES, Beatriz Ricardina de. Como uma população multicultural movimentava a riqueza num limitado território mineiro. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                       

MÓL, Cláudia Cristina. Lar doce lar: o significado da casa para a mulher liberta de Vila Rica no século XVIII. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                          

MORAES, Juliana de Mello. As associações leigas no setecentos: solidariedades e mobilidade social. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                        

NADALIN, Sérgio Odilon & GALVÃO, Rafael Ribas. Arquivos paroquiais, bastardia e ilegitimidade: mães solteiras na sociedade setecentista. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                         

OLIVEIRA, Patrícia Porto de. Batismo de escravos adultos e o parentesco espiritual nas minas setecentistas. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                      

PEREIRA, Ana Luiza de Castro. Casamento, concubinato e ilegitimidade na vila setecentista de Nossa Senhora da Conceição de Sabará, Minas Gerais. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                   

PEREIRA, Anderson Barbosa Alves; GUIMARÃES, Carlos Magno & REIS, Flávia Maria da Mata. Mineração Colonial: Arqueologia e história. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                 

PEREIRA, Magnus Roberto de Mello. Um Brasil imperfeito - Ou de como a África foi vista por brasileiros em finais do século XVIII. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                

PORTELLA, José Roberto Braga. Inácio Caetano Xavier e Francisco José de Lacerda e Almeida: Moçambique em dois relatos ou sonhos da segunda metade do século XVIII. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                        

REIS, Flávia Maria da Mata; PEREIRA, Anderson Barbosa Alves & GUIMARÃES, Carlos Magno. Mineração Colonial: Arqueologia e história. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                     

SANTOS, Antonio Cesar de Almeida. A aritmética política pombalina e o povoamento da América portuguesa na segunda metade do século XVIII. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                        

SANTOS, Rosângela Maria Ferreira dos. E mandem convocar ao povo... - Eleições municipais em Curitiba (1735-1765). Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                             

SCOTT, Ana Silvia Volpi. "Velhos portugueses ou novos brasileiros?" Reflexões sobre a família luso-brasileira setecentista. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                           

STANCZYK FILHO, Milton. Instrumentos de pesquisa: indicadores possíveis na exploração de testamentos e inventários post-mortem. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                             

VENANCIO, Renato Pinto. Compadrio e rede familiar entre forras de Vila Rica, 1713-1804. Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE -Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                          

WAGNER, Ana Paula. Encontros e escolhas em Desterro: libertos da Ilha de Santa Catarina (1800-1819). Comunicação apresentada na V Jornada Setecentista. Curitiba, CEDOPE - Centro de Documentação e Pesquisa de História dos Domínios Portugueses, Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, novembro de 2003.

                          

                     

 

Volta para o início da Página